terça-feira, 30 de setembro de 2008









lesões bucais x estresse


03/01/2007


 


Karen Borges Antunes
Michelle Tonini Lula
Pedro Carlos Ferreira Tonani

 

 

RESUMO


O estresse é um estado físico causado pelo excesso de adrenalina circulante no organismo. A pressa, o trânsito, a falta de tempo, o excesso de trabalho geram um constante "estado de alerta", que é a origem do estresse. Os sintomas são os mais variados possíveis, tais como cansaço, irritabilidade, depressão, insônia, redução da resistência física e mental. Em casos mais extremos, o estresse pode estar entre as causas determinantes de infartos, úlceras gástricas e, até mesmo, de algumas lesões bucais. Dentre elas estão as Úlceras aftosas; Periadenite mucosa necrótica recorrente cicatrizante; Úlcera psicogênica ou factícia; Gengivoestomatite herpética; Herpes simples recidivante; Pênfigo Vulgar e Líquen Plano. O estresse foi definido por Hans Seyle, em 1.936, como uma síndrome geral de adaptação, que é dividida em três estágios: Alarme, Resistência e Exaustão. Os sintomas do estresse surgem como sinal de alerta pelos excessos do dia-a-dia, relacionados ao trabalho demasiado, consumo de álcool, cigarro ou café que são considerados fatores agravantes do quadro fisiológico do estresse. Os autores discutem as lesões bucais e estresse baseado na realidade holística do homem que visa integrar o físico ao psíquico.


Palavras-Chave: estresse, lesões bucais, semiologia bucal.

 

 


LESÕES BUCAIS X ESTRESSE



 

















Figura 1 - Gengivoestomatite Úlcero-Necrosante aguda (GUNA)




Figura 2 - Pênfigo vulgar




Figura 3 - Gengivoestomatite Herpética Aguda




Figura 4 - Líquen Plano


 




Figura 5 - Úlcera Aftosa



1. INTRODUÇÃO


Qualquer estímulo ambiental, que não é rotina, pode representar perigo à integridade holística do organismo. Este, constantemente estressa-se, com o corpo preparando-se para escapar de situações diferentes, conflitantes.


A maioria dessas alterações ocorre antes que a pessoa tenha tido tempo de raciocinar. Tão logo o perigo desaparece e a emoção é descarregada através da ação, sobrevem o relaxamento e o organismo volta rapidamente ao normal, sem ter sofrido nenhum dano aparente.


Pode-se, também, provocar reações de alarme no organismo, diante de fatos que não constituem uma ameaça à vida (ficar amedrontados ou excitados com algo que poderá acontecer no futuro e recordar, com emoção, fatos que ocorreram no passado) e sim à auto-estima, diante de situações em que uma ação física é não apenas inadequada como impossível. Todas as alterações físicas e químicas desencadeadas, para fazer face a uma emergência, são mantidas inadequadamente no organismo por longo tempo. Quando esse estado se mantém por muito tempo, acompanhado de uma permanente elevação da pressão arterial, de distúrbios digestivos e outras alterações, o sono é prejudicado, várias perturbações reais podem ocorrer e o homem acabará por se "envenenar" com suas próprias secreções. Há provas, igualmente, de que se a tensão é muito prolongada, o organismo se torna mais vulnerável às infecções.


É digno de se notar que, com o passar do tempo, a estressização pode levar ao estresse crônico e, deste, à depressão, que mina o todo imunitário, levando então ao quadro acima citado a respeito de facilitar enfermidades degenerativas, além de enfraquecer o organismo de modo geral.


 



2. CONCEITO


O termo aportuguesado estresse vem do Inglês (stress), que é um conceito físico para materiais sujeitos a tensões, como no caso de alicerces, suportes de pontes, resistência das concretagens e outras variáveis.


Segundo a definição do dicionário Aurélio estresse é um conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras, capazes de pertubar-lhe a homeostase.(Homeostase é a tendência à estabilidade do meio interno do organismo.)


Mas, o que é estresse? Estresse é uma palavra que foi popularmente usada durante o século XVII para representar "adversidade" ou "aflição".


Em fins do século XVIII, seu uso evoluiu para denotar "força", "pressão" ou "esforço", exercida primariamente pela própria pessoa, seu organismo e mente.


Em 1936, o fisiologista Hans Selye estudou a situação tensional de cobaias condicionadas à intensa fadiga. O mesmo fato ocorria quando esses animais eram levados à luminosidade intensa e trabalho extenuante. Mas, foi apenas desde o início do século XX, que as ciências biológicas e sociais iniciaram a investigação de seus efeitos na saúde física e mental das pessoas.


Modernamente, pode-se conceituar estresse como tendência ao desgaste organo-funcional gerado por estímulos excitantes (agradáveis ou desagradáveis) minando a imunidade, extenuando a ação neuro-hormonal e depauperando o psiquismo mental e/ou emocional.


O significado de estresse não se restringe, apenas, à tensão ou ansiedade, uma vez que a super-excitação, barulho, críticas, mudanças drásticas no modo de vida da pessoa e até mesmo, a alegria pura, é suficiente para pôr em ação, o mecanismo do estresse no nosso organismo.


Existem dois tipos de estresse. O negativo (distress), que é causado pelas frustrações e problemas diários, e o positivo (eutress), causados pelas coisas hesitantes em nosso cotidiano, como por exemplo, promoção no trabalho, gravidez, compra de uma casa. Embora esses dois tipos provoquem reações emocionais completamente diferentes, fisiologicamente, as respostas são idênticas.


Viver implica numa série de mudanças, frustrações e problemas que estão sempre a requerer a adaptação do organismo; essas mudanças hormonais são efetivadas diversas vezes em nosso dia-a-dia e nem sempre percebidas. Levar a vida sem estresse é um mito, pois não podemos atuar sem seu estímulo. Entretanto, muito estresse ou a sua ausência pode causar sérios problemas à saúde.


 



3. CAUSAS DO ESTRESSE


Com a identificação das possíveis causas do estresse, é muito mais provável que sejamos capazes de tomar medidas preventivas antes que os problemas assumam maiores proporções. Na verdade, a antecipação causa mais estresse que os eventos propriamente ditos: O medo de atrasar-se e perder um compromisso importante; receio de não realizar uma venda; temor de ser considerado um fracasso. Na maioria das vezes, o fato nem chega a ocorrer e tudo acaba bem, mas o dano interno já e está é feito.


A agressividade, frustração ou infelicidade em relação ao passado também podem ser grandes fatores de estresse, e absolutamente inúteis, principalmente, porque não se consegue mudar o que já aconteceu e, é surpreendente o número de pessoas que arruinaram grande parte da vida adulta por continuarem remoendo eventos ocorridos anos antes.


Pode-se observar que fatores como exposição diária à ruídos excessivos, calor, aglomerações, trânsito congestionado, pequenas inconveniências, interferência de problemas pessoais no trabalho e vice-versa, entre outras, são causas do estresse.


Algumas pessoas encaram tais situações de maneira positiva, tolerando-as com certo grau de serenidade; outras as encaram de forma negativa, simulando problemas de várias ordens, o que leva a um quadro estressante.


A possibilidade de sofrer os efeitos nocivos do estresse aparece quando se permite que um problema cresça sobre o outro transformando-se, assim, numa montanha. Entretanto, uma situação isolada ou um contratempo passageiro, também pode levar um indivíduo ao estresse.


 



4. REAÇÕES FISIOLÓGICAS FRENTE A UMA SITUAÇÃO ESTRESSORA


A situação que produz o estresse (estressora), independentemente de ser positiva ou negativa, causa a mesma reação biológica na pessoa. O corpo humano responde com uma reação conhecida como síndrome da "luta ou fuga" (fight or flight syndrome). Sete segundos após perceber a causa do estresse, o indivíduo automaticamente se prepara para reagir fisicamente à situação: a pressão sobe, o coração pulsa mais rápido, a respiração se torna mais pesada e rápida, os músculos se contraem e as mãos e os pés se tornam frios e suados. Em poucos segundos, o indivíduo está pronto para a luta. Na época das cavernas, esta resposta era altamente desejada, pois os homens primitivos realmente lutavam pela sobrevivência. Portanto, o corpo deveria estar pronto para aquele confronto. Muitas eras decorreram desde então; a figura da fera foi substituída pela do chefe, empregado, família ou outros membros da comunidade. Não nos envolvemos mais na luta corporal que possibilitava, ao homem da caverna, usar o excesso de adrenalina produzida, automaticamente, pelo corpo, para gerar energia para o combate. Hoje, retomamos à nossa poltrona e deixamos que o corpo volte ao "normal".


Embora essa adaptação física ocorra espontaneamente, se for mantida por períodos prolongados ou freqüentes, o estresse tenderá a se tornar crônico, e o indivíduo pagará um preço bastante alto, por essa reação biológica natural.


As tendências herdadas dos pais e as características de personalidade de cada um, adquiridas nos primeiros anos de vida, irão influenciar as suas reações.


Assim, como difere a reação de cada pessoa a uma determinada situação, da mesma forma o corpo reage de maneira peculiar em cada indivíduo.


Todas essas reações têm algo em comum; elas são o resultado da entrada em ação do mecanismo de defesa do nosso organismo diante de uma ameaça.


O estresse pode ser agudo ou cronico e tem três fases de evolução:


Estresse Agudo:


período breve de duração que pode levar alguns minutos ou até no máximo dois dias.


Um quadro de estresse agudo apresenta os sintomas clássicos de sudorese intensa, extremidades frias (pés, mãos, orelhas) respiração curta e ofegante, taquicardia, diarréia ou constipação, tonturas ou zumbidos nos ouvidos. Permite uma recuperação rápida e definitiva e raramente traz sequelas como: crises de angina derrame cerebral, infarto,etc...


Estresse Crônico:


é o mais frequente e é determinado por uma exposição prolongada aos agentes estressantes .


SEYLE (1936) definiu a reação de "stress" como síndrome geral da adaptação (SGA) e dividiu-a em 3 estágios ou fase: Alarme, Resistência e Exaustão.


- 1º. Estágio - Alarme:


corpo reconhece estressor e prepara-se para a ação através de reações bioquímicas.


Glândulas endócrinas - adrenalina - taquicardia - tacpnéia - maior oxigenação do sangue - músculos tensionam - se - circulação periférica aumenta - processos digestivos acumulam-se - corpo mantém-se em equilíbrio para enfrentar a situação ou fugir.


- 2º. Estágio - Resistência:


uma vez que agimos, o organismo repara o dano feito pelo "stress". Se não desaparece (o estressor) o organismo não tem chance de se recuperar e fica em estado de alerta.


Quando esta situação é mantida por períodos ou tempo prolongados, ou quando o organismo não pode lutar nem fugir do "stress" torna-se maléfico e então o organismo entra no estágio de Exaustão.


- 3º. Estágio Exaustão:


neste momento, as reações são nocivas e o indivíduo pode ter doenças graves como: enfarte, hipertensão, úlceras, etc...


 



5. FATORES AGRAVANTES


Indivíduos em estresse perdem grandes quantidades de Zn, Cr, Ca, Mg, pois estes minerais participam das reações de formação de adrenalina, glicocorticóides, insulina, etc os quais são produzidos, em grandes quantidades, nesta situação.


A dieta, como excesso de produtos cafeínados (café, chá preto, chá mate), pode ter uma excreção exagerada de cálcio pela urina.


Pessoas que ingerem excessivamente álcool, sal e açúcar branco podem ter absorção e/ou eliminação de Zinco inadequada. O Zinco age na proteção das glândulas supra-renais e, como se sabe, é a primeira linha de defesa no processo de estresse.


 


6. SINAIS E SINTOMAS FÍSICOS DO ESTRESSE


Alguns sinais e sintomas físicos intimamente relacionados ao estresse serão citados a seguir. O reconhecimento dos mesmos nos auxilia na prevenção e tratamento do indivíduo estressado, amenizando, portanto, as conseqüências patológicas.









Dor de cabeça;
Mãos trêmulas;
Diarréia;
Músculos retraídos / doloridos;
Olhos piscando
Acidez no estômago;
Suor nas mãos;
Pés frios.
Coração batendo forte;
Calor no rosto;
Gases;
Mãos frias;
Pele oleosa;
Aperto no estômago;
Tiques nervosos;
Arrotos freqüentes;
Ranger de dentes;
Fadiga;
Boca seca;
Palpitações;
Rosto avermelhado;
Suor nos pés;

Sinais de estresse no comportamento:






Agir impulsivamente;
Agressivo / Amedrontando;
Assustar-se facilmente;
Ter pesadelos freqüentes;
Ter tendência para acidentes;
Demasiadamente sensível;
Incapacidade de concentrar-se;
Não querer cooperar;
Necessidade excessiva de ser tranqüilizado;
Parece estar escondendo algo;
Preocupado / retraído;
Procura não falar;
Rebelde;
Submissão demasiada.
Dificuldade de dormir;
Ficar doente com freqüência;
Evitar olhar para as pessoas;
Roer unhas;
Super ativo;
Estar sempre na defensiva;
Pegar coisa que não lhe pertence;
Dizer mentiras e distorções;
Mudanças nos hábitos alimentares; (comer demais ou muito pouco)
Dependente;
Inquieto;
Mudança de personalidade;
Sempre cansado.

 



7. LESÕES BUCAIS RELACIONADAS AO ESTRESSE


 


Somente em meados da década de 50, através do conceituado endocrinologista Hans Seyle, ocorreu a descrição científica de alterações tão freqüentes no ser humano - quer nas alegrias (emoções agradáveis), quer nas tristezas (perdas, doenças e pré-doenças). Hans Seyle permitiu que índices objetivos com determinadas modificações químicas neuro-endócrinas fossem detectadas no estresse. Ele demonstrou, pela primeira vez, o que seriam lesões intimamente ligadas ao estresse exaustivo e o que seriam reações de adaptação do organismo - mecanismo de defesa.


 


7.1. Úlcera Aftosa


A úlcera aftosa é uma doença comum caracterizada pelo desenvolvimento de ulcerações recidivantes, dolorosas, solitárias ou múltiplas da mucosa bucal. De todos os tipos de ulceração não-traumática que afetam as mucosas, as úlceras aftosas são provavelmente as mais comuns. A incidência varia de 20% a 60%, dependendo da população estudada. A prevalência tende a ser maior em mulheres, profissionais e em pessoas de grupos sócio-econômicos mais elevados.


Etiologia e patogenia:


Embora a causa das ulcerações aftosas seja desconhecida, foram identificados vários fatores etiológicos.


Aspectos clínicos da U.A.R.:


 


1º) Estágio sintomático - caracterizado por sensação pruriginosa, "tensão", dor e "aspereza" da mucosa, perdurando por um período de cerca de 24 horas, no local em que a lesão irá se desenvolver.


2º) Estágio pré-ulcerativo - manifesta-se clinicamente quer por eritema, mácula ou pápula, localizado, com discreta elevação de consistência dura. A lesão, de início, pode ser única ou múltipla. Gradualmente, forma-se uma "membrana" ou uma cobertura superficial, quando então o eritema se desenvolve em um halo inflamatório, altamente hiperêmico. A "membrana" superficial pode ser circular ou oval, contudo, a forma final da lesão será determinada pela sua localização.


3º) Estágio ulcerativo - a "membrana"superficial central torna-se esbranquiçada, necrótica, lembrando uma área isquêmica localizada que, quando se desprende, deixa uma úlcera pouco profunda e bem delimitada. Sobre o assoalho da úlcera forma-se um exsudato fibrinoso, branco-amarelado ou acinzentado, ou, ainda, um coágulo sangüíneo. O halo eritematoso persiste e a lesão assume um aspecto crateriforme, com as margens em relevo, avermelhadas e que se assemelham a uma plataforma.


A úlcera é inicialmente pouco profunda, pequena e dolorosa; contudo, pode aumentar de tamanho, no período de 4 a 6 dias, quando atinge seu maior diâmetro. Muitas úlceras podem coalescer e formar uma lesão "gigante", com 1 a 2 cm de diâmetro. Após 2 ou 3 dias, abruptamente, ocorre uma transformação na sintomatologia; a dor cede, continuando a subsistir apenas como sensação de desconforto, provavelmente relacionada com o maior desenvolvimento atingido pela úlcera, bem como à formação do coágulo fibrinoso que a recobre, o qual, mantendo-se normal é suficientemente espesso e aderente, protegendo o tecido subjacente, de traumas locais.


4º) Estágio de reparação - após um período variável de 4 a 35 dias, freqüentemente em menos de 21 dias, dá-se a reparação, sem deixar seqüelas cicatriciais visíveis macroscopicamente. Somente aquelas lesões mais persistentes se reparam por cicatrização e em pequena porcentagem de casos.


Tratament


o: O uso de corantes sobre a lesão ulcerada neutraliza o pH, que em geral na mesma é ácido , com isso desaparece os sintomas.


- Corantes como: azul de metileno ,mercúrio cromo ,violeta de genciana sobre a lesão por 2 a 3 minutos 5 vezes ao dia .


- Uso de Imunomodulador : Leucogem : Tomar 1 medida 2x ao dia (uma após o almoço , outra após o jantar ) por 30 dias , dar um intervalo de 30 dias. Repetir a operação por 30 dias e após 6 meses repetir a mesma, independente de ter havido o surto ou não.


 


7.2. Periadenite Mucosa Necrótica Recorrente Cicatrizante ou Úlcera de Sutton


É considerada como uma forma clínica mais agressiva da afta vulgar, a qual não pode ser distingüida por critérios histológicos, imunológicos, nem por microscópia eletrônica. Lesão pouco comum, situada mais profundamente, bem maior do que a afta vulgar e com sintomatologia dolorosa bastante intensa. Persiste de 3 a 8 semanas, evoluindo para cicatrização sendo que, em alguns casos evidenciam notável fibrose da mucosa bucal.


 


7.3. Úlcera Psicogênica ou Factícia


São decorrentes do hábito de mordiscar determinadas áreas da mucosa bucal em decorrência de algum distúrbio emocional como o hábito de roer unhas e outros. Ocorrem com mais freqüência na língua, mucosa jugal e lábios, apresentam caráter crônico e recidivante, são acompanhadas de área queratótica associada que corresponde a uma reação de defesa da mucosa ao traumatismo contínuo. São mais freqüentes em crianças até a puberdade e no sexo feminino.


Os pacientes, raramente, revelam espontaneamente o hábito, por desconhecê-lo.


 


7.4. Gengivoestomatite Úlcero-Necrosante Aguda


É uma doença provocada por um complexo etiológico constituído, segundo Todescan, por fatores locais como: má higiene local, cálculos, irritações químicas, físicas e iatrogênicas; fatores predisponentes e fatores modificadores, principalmente estresse, estados sistêmicos como diabetes e baixa resistência às infecções, má nutrição, trauma de oclusão e outros.


Apesar da grande maioria dos estudiosos acreditarem que é produzida por uma associação simbiótica de um bacilo fusiforme ou uma espiroqueta (Borrelia vincentii), todas as tentativas de produzir experimentalmente a doença falharam, e, por outro lado são microorganismos que fazem parte da flora bucal normal e estão presentes em maior ou menor quantidade em grande número de infecções bucais. No entanto, acredita-se que a associação dos fatores, citados anteriormente a esses microrganismos possam desencadear a doença, porém, isoladamente, um ou outro não teriam condição de produzi-la. A manifestação clínica da GUNA, ou gengivite de Vincent, compreende ulceração e necrose da papila interdental resultando numa lesão crateriforme recoberta por pseudomenbrana acinzentada, que pode limitar-se a um setor ou generalizar-se.


Os principais sinais e sintomas clínicos são representados por dor, hiperemia gengival, necrose tecidual, odor fétido, sensação de compressão entre os dentes, glossite linfadenopatia, febre, diarréia, vômitos, hiper-acidez


Tratamento:


 


- Limpeza local com Peróxido de hidrogênio 10 volumes .Limpeza e raspagem coronária e radicular .Instruções de higienização .


- Bochechos com peróxido de hidrogênio 10 volumes, em casa, após a escovação.


Esperamicina de 6 em 6 horas durante 6 dias .Suporte nos casos mais severos(antibiótico deve ser usado por no  


7.5. Gengivoestomatite Herpética Aguda e Herpes Simples Recidivante


São doenças causadas pelo Herpesvírus hominis, sendo a virose mais comum que atinge a boca. Segundo Martins pertence ao grupo dos DNA. Nahmias & Cols. evidenciaram que estes vírus têm dois tipos sorológicos diferentes. O tipo I quase sempre atinge a parte superior (boca, lábios e olhos), enquanto o tipo II, tende a provocar infecções genitais.


A gengivoestomatite herpética primária aparece após um período de incubação de três a nove dias. O quadro clínico inicia-se por mal-estar geral, febre, irritabilidade, cefaléia, perda de apetite e linfadenopatia. A seguir surgem as manifestações bucais, quase sempre, precedidas de inflamação gengival, representadas por formações de vesículas, especialmente nas gengivas, língua, palato e face interna do lábio, que se rompem dando lugar a ulcerações semelhantes às aftas vulgares, de fundo branco-amarelado, circundadas por zona eritematosa edemasiada, sendo extremamente dolorosas. As lesões persistem de seis a dezesseis dias e reparam sem formação de cicatrizes.


O Herpes simples recidivante geralmente se manifesta em torno dos quinze anos de idade, sendo que os surtos declinam após os vinte e cinco anos. Após introduzido no organismo, o vírus parece que permanece latente no interior das células epiteliais, e sendo que as recidivas representam uma ativação do vírus residual e não uma infecção.


Uma das particularidades mais notáveis do herpes recidivante é a grande variedade de mudanças internas e externas que parecem capazes de desencadear surtos. Podem ser mencionados: exposição aos raios solares, tensão emocional, distúrbios digestivos, doenças viróticas como gripe e resfriado, ansiedade e hostilidade definida, etc..


As lesões podem ocorrer tanto no lábio, como na mucosa bucal sendo extremamente raras, intrabucalmente. Cerca de 12 a 24 horas antes do aparecimento das vesículas desenvolve-se uma sensação de hiperestesia ou ardor na região. As vesículas são sempre múltiplas, pequenas, formam grupos e tendem a coalescer. Rapidamente rompem liberando líquido branco-amarelado e formam crostas sero-sangüinolentas que coagulam tornando-se aderentes. É comum a presença de edema e eritema. As lesões são reparadas, geralmente, entre sete a dez dias sem deixar cicatrizes.


Tratamento


:


No tratamento do herpes simples recidivante já foram tentadas as mais variadas técnicas e substâncias sem êxito importante. Na atualidade, sabe-se que a destruição do vírus pelo rompimento da cadeia de DNA surte os melhores efeitos na cura da doença. O primeiro método é chamado de foto-inativação e se fundamenta no fato de que alguns corantes como o vermelho neutro, azul de toluidina e proflavina têm afinidade pela base guanina do DNA, causando rompimento da molécula sob exposição à luz.


O corante mais utilizado é o vermelho-neutro em solução aquosa de 0,1% aplicado sobre as lesões desde o início dos primeiros sintomas e exposição à luz, fluorescente, por cerca de 20 minutos. A aplicação e exposição devem ser repetidas cerca de três vezes ao dia, nos primeiros dias, após o aparecimento de vesículas que devem previamente ser rompidas com agulha esterilizada. O procedimento deve ser repetido a cada episódio recidivante da doença, sendo que os surtos e sua intensidade, em considerável número de pacientes, vão se reduzindo e ficando menos sério até desaparecerem completamente uma vez destruídos todos os vírus latentes. O levamisol parece produzir efeitos benéficos em um maior número de pacientes tratados com o mesmo esquema Terapêutico utilizado na UAR, porém com os mesmos riscos decorrentes dos efeitos secundários. Mais recentemente tem sido aplicados localmente, 3 a 4 vezes ao dia, a partir dos primeiros sintomas, os chamados rompedores de DNA como o iodoxiuridina (5 - iodo - 2) deoxiuridina, zovirax e outros que, inibem a síntese réplica do DNA e cujos resultados terapêuticos, na redução dos surtos e na sua indicação. Lembrar que as vesículas antes de se romperem deverão ser perfuradas com agulha estéril, seco seu conteúdo e a seguir aplicar o medicamento.


(ver tratamento da afta , o uso de leucogem ,levamisole leva a cura .Aclovir localmente 5x vezes ao dia até desaparecer os sintomas, só age localmente na lesão, não cura).


 


7.6. Pênfigo Vulgar


Pênfigo é a denominação geral de um grupo de doenças mucocutâneas caracterizadas pela formação de bolhas intra-epiteliais. A formação dessas bolhas resulta na desintegração ou perda da aderência celular, produzindo, assim, a separação das células conhecidas como acantólise.


O Pênfigo vulgar representa a submodalidade encontrada mais freqüentemente dentro do grupo do pênfigo.


Características clínicas:


Os pacientes com pênfigo vulgar, em cerca de 60% dos casos, apresentam os primeiros sinais da doença na mucosa bucal.


As lesões, inicialmente, apresentam-se como bolhas contendo líquido, ou como úlceras rasas. As bolhas se rompem rapidamente, deixando o teto colapsado. Essa membrana acinzentada é removida facilmente com uma compressa de gaze expondo uma base avermelhada, ulcerada e dolorosa. O aspecto das úlceras variam de pequenas lesões semelhantes a afta até a grandes lesões parecidas com mapas.


A tração delicada da mucosa não afetada clinicamente pode produzir desgarramento do epitélio, caracterizando o sinal de Nikolsky.


A incidência do pênfigo vulgar é igual em ambos os sexos. Parece que existem fatores genéticos e étnicos que predispõe o aparecimento da doença.


Associadas ao pênfigo vulgar podem ocorrer outras doenças auto-imunes, tais como a miastenia grave, o lupus eritematoso, a artrite reumatóide, a tireoidite de Hashimata, o timoma e a síndrome de Sjögren. Embora a maioria dos casos apareça na quarta e quinta décadas da vida, o pênfigo tem sido observado da infância à velhice.


Tratamento:


 


A terapêutica do pênfigo vulgar é sintomático sendo feita com corticosteróides, indicadas por médico, em dosagem de acordo com o quadro clínico, até conseguir-se uma dose de manutenção suficiente para impedir o aparecimento de novas bolhas.


Ocilom em orabase durante 9 dias a saber:


1 ao 3 dia - 3 vezes ao dia ( uso manhã, tarde e noite após higiene e limpeza da boca; ficar sem tomar nada durante 40 minutos).


4 ao 6 dia - 2 vezes ao dia.


7 ao 9 dia - 1 vez ao dia.


O pênfigo vulgar é colocado no grupo das doenças auto-imunes, tendo em vista a detecção de anticorpos contra substância intercelular ao nível da camada espinhosa do tecido epitelial. A reação imunológica determina a separação das células epiteliais logo acima da camada basal resultando em formação de fenda suprabasal.


 


7.7. Líquen Plano


O líquen plano é de particular interesse para o dentista, pois o comprometimento da mucosa bucal geralmente precede o aparecimento das lesões cutâneas.


A forma clínica mais comum de apresentação é a reticular, representada por pontos brancos, por linhas brancas que se cruzam e que são denominadas estrias de Wickham. Outras formas de apresentação compreedem a erosiva, atrófica, em placa, bolhosa e hipertrófica. As localizações mais frequentes da lesão são a mucosa jugal, gengiva e língua.


A causa do líquen plano é desconhecida. É interessante que a doença é raramente encontrada em indivíduos isentos de cárie; a pessoa nervosa, extremamente tensa, é aquela que invariavelmente apresenta o líquen. O curso da doença é longo, de meses a vários anos, com períodos freqüentes de remissão seguidos de exacerbação, os quais correspondem a: fases de desequilíbrio emocional, excesso de trabalho, ansiedade ou alguma forma de tensão mental. Outras causas sugeridas incluem traumatismo (visto que os surtos aparecem em linhas de arranhões), má nutrição e infecção. GRINSPAN (1973) descreveu uma associação interessante do líquen plano com o diabetes mellitus e a hipertensão vascular, a tríade sendo descrita como síndrome de Grinspan. Ademais, o líquen plano tem sido relatado em vários membros da mesma família, sugerindo a possibilidade de um padrão hereditário. Tal idéia, contudo, não tem evidência segura.


Estas lesões bucais não têm sintomas significativos, embora ocasionalmente os pacientes se queixem de uma sensação de queimadura nas áreas envolvidas. Também pode ocorrer uma forma hipertrófica do líquen plano na mucosa bucal, aparecendo em geral como uma lesão branca elevada, bem circunscrita, parecida com ceratose focal.


Esta lesão não tem tratamento específico. O tratamento com corticosteróides tem sido feito em casos mais graves, para reduzir a inflamação e diminuir o prurido das lesões cutâneas. Não é rara a regressão completa da doença após a estabilização emocional do paciente.


Tratamento:


 


O uso de Ocilom orabase é efetivo para boca (vide tratamento do Pênfigo Vulgar.)


 



8.DISCUSSÃO


 


A mente e o corpo estão ligados de modo que a mente tem influencia poderosa sobre o corpo e, este pode afetar drasticamente a mente. A mente e o corpo estão continuamente trabalhando juntos consciente ou inconscientemente. E eles influenciam-se e nunca são separados. O desequilíbrio da harmonia entre o corpo e a mente é o que origina o desenvolvimento da doenças relacionadas ao estresse.


O complexo etiológico das ulcerações aftosas recorrentes já foi devidamente abordado. Distúrbios emocionais, como ansiedade, raiva, tensão e depressão estão intimamente relacionados com desencadeamento das lesões ou seu agravamento (maior frequência e intensidade dos surtos da doença).


Muitos pacientes portadores da GUNA são pessoas cuja vida é condicionada por estresse físico e mental.


As alterações emocionais participam de forma intensa no desenvolvimento da doença, portanto o correto equilíbrio psíquico do paciente é essencial para cura e controle das recidivas.


Fazer o paciente alimentar-se adequadamente, dormir o tempo necessário, não se exceder nos exercícios físicos, reequilibrando também o lado somático da melhor forma possível,pode-se levar a cura da GUNA.


A grande variedade das mudanças internas ou externas parecem capazes de desencadear os surtos, do herpes recidivante dentre elas a tensão emocional.


Sabe-se que fatores emocionais assumem papel importante na etiologia do Líquen Plano e do Pênfigo Vulgar, sendo a normalização psíquica fundamental como medida prévia a qualquer tentativa de tratamento


Pênfigo Vulgar faz parte do grupo das doenças de autoagressão ou auto-imunes e não é fácil explicar como fatores emocionais podem desencadear ou agravar as lesões. Contudo, a associação do tratamento psicológico ou a eliminação, quando viável, do agente estressor ou de qualquer outra perturbação emocional presente.


 



9.CONCLUSÃO


O cirurgião dentista, desperto para a realidade holística do ser humano, educa o paciente para auto-avaliação e motiva-o para o tratamento; com isso as possibilidades de sucesso serão maiores pois haverá um comprometimento paciente/ dentista, dentista/ paciente, em busca da cura da lesão ou melhora do quadro.


 


Reconhecer as frustrações e tensões cotidianas são inevitáveis e um dos primeiros princípios para o domínio do estresse. Muitas pessoas acreditam que, se eliminassem o estresse da sua vida, poderiam sentir-se mais felizes e relaxar. Esta idéia, entretanto, não é realista. Vivendo em uma sociedade moderna, freqüentemente nos defrontamos com situações, sobre as quais não temos qualquer controle para mudá-las ou eliminá-las.


As pessoas, com personalidade enérgicas, enfrentam as mudanças com confiança e determinação e têm a tendência de interpretá-las como novas oportunidades. Por outro lado, as pessoas com personalidade menos enérgicas tendem a sentir-se alienadas, ameaçadas ou impotentes, quando há alterações na sua rotina. Desenvolver habilidades para interpretar de uma forma positiva, as situações que causam o estresse é uma das condições básicas para gerenciar seu nível de estresse.


O relaxamento mental e físico proporcionam imensos benefícios à saúde. Quando praticado regularmente, o relaxamento tem efeitos profundos no sistema imunológico da pessoa, tornando-a mais resistente à agentes transmissores de doenças, além de baixar a pressão do sangue e o nível do colesterol.


Estudos sobre o efeito do estresse no sistema imune e suas conseqüências, têm revelado através dos exames de sangue, uma deficiência no número de glóbulos brancos no sangue, conhecidos como linfócitos T e B. Estes glóbulos são considerados de vital importância para o controle de bactérias e para impedir o desenvolvimento de tumores.


As pessoas que relaxam, esporadicamente por alguns minutos, tendem a ter benefícios mínimos. Entretanto, aquelas que relaxam, regularmente, todos os dias, experimentam muitas vantagens, além do fortalecimento do sistema imune.


 



REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA


 


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 Fonte: http://www.aonp.org.br/fso/bibli05.htm . Postado em Agosto de 2008 por Ricardo Toscano Cirurgião-Dentista especialista em odontologia do trabalho UFSC

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A Síndrome de Burnout em Professores


 


A burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor.


Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:



  • Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
  • Atitude e comportamento dos administradores;
  • Avaliação dos administradores e supervisores;
  • Atitude e comportamento de outros professores e profissionais;
  • Carga de trabalho excessiva;
  • Oportunidades de carreira pouco interessantes;
  • Baixo status da profissão de professor;
  • Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
  • Alunos barulhentos;
  • Lidar com os pais.

Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:



  • Sentimento de exaustão;
  • Sentimento de frustração;
  • Sentimento de incapacidade;
  • Carregar o estresse para casa;
  • Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
  • Irritabilidade.

As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:



  • Realizar atividades de relaxamento;
  • Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
  • Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios;
  • Discutir os problemas com colegas de profissão;
  • Tirar o dia de folga;
  • Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.

Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:



  • Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
  • Prover os professores com cursos e workshops;
  • Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
  • Dar mais assistência;
  • Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
  • Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.

Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito esmero.

 

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Burnout. Postado em Agosto de 2008 por Ricardo Toscano Cirugião dentista especialista em Odontologia do Trabalho  UFSC.




Esforço Físico


 


 


As Normas relativas à Ergonomia (NR-17) podem ser lidas aqui ou no site do Ministério do Trabalho - MTE e compõem-se de seis tópicos:

 


  •  17.1 - Visa adaptar o trabalho ao homem
  •  17.2 - Levantamento, transporte e descarga de materiais
  •  17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho
  •  17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho
  •  17.5 - Condições ambientais de trabalho e
  •  17.6 - Organização do trabalho

 


corte com motosserra

O esforço físico despendido pelo agricultor no corte de árvores depende da ferramenta utilizada (machado ou motosserra), do seu posicionamento (no chão, como na foto ao lado, ou nos galhos como no caso das podas em cidades) e até das condições do terreno (seco ou pantanoso; plano ou inclinado).


O trabalho muscular exigido por esta atividade (de 4.000 a 5.000 Kcal/h), só é superado pelo dos atletas. Mesmo quando a atividade do corte de árvores é feita com o auxílio da motosserra, ela é considerada como de grande intensidade de esforço físico (ILO, 1968).


Transcrição do item 17.6.3 da Norma NR17 - Ergonomia. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.


corredor

APUD (1989) afirma que a frequência cardíaca é um dos melhores métodos para avaliar a carga de trabalho em ambientes quentes e o esforço extra para a dissipação do calor gerado pelo corpo.
GRANDJEAN (1988) recomenda a frequência de 35 bpm (batimentos do coração por minuto), acima da frequência cardíaca em repouso, como um limite de atividade contínua para homens.


APUD sugere o limite de 40% da capacidade cardiovascular individual, como aceitável para o trabalho desenvolvido num turno de 8 horas. De modo geral, um período de descanso deve seguir os ciclos de trabalho e pausas curtas e frequentes são mais indicadas do que pausas longas em menor número (LAVILLE, 1977).


Batimentos do Coração


Da página de Sinais Vitais, reproduzimos a Tabela abaixo, que mostra os parâmetros que norteiam a pulsação normal num indivíduo adulto.























BATIMENTOS CARDÍACOS EM ADULTOS (No./min)
NÚMEROINTERPRETAÇÃO
60 a 80  Normal
< 60  Lento (bradicardia)
>100  Rápido (taquicardia)
100 - 150  Emergência (acidentado)
> 150  Procurar Médico rápido

Segundo consta do livro SOS - Cuidados Emergenciais. Barbieri,R.L., Ed.Rideel, 1a.ed., São Paulo, 2002 alguns fatores afetam a velocidade de pulsação normal. São eles:


  1.  temperatura corporal: aumenta o número de bpm;
  2.  hora do dia: demanhã é mais lenta; no final da tarde e à noite, mais rápida;
  3.  idade: diminui da infância à meia idade e aumenta na idade avançada;
  4.  sexo: as mulheres têm 5 a 10 bpm a mais que os homens;
  5.  exercícios: os moderados, aumentam de 20 a 30 bpm (retornando após 2 min);
  6.  estimulação simpática (dor, ansiedade, medo, raiva): provoca taquicardia;
  7.  estimulação parassimpática (intoxicação, síncope, pressão intracraniana): bradicardia;
  8.  demanda de oxigênio (febre alta, choque, hipoxia, anemia grave): taquicardia;
  9.  arritmias cardíacas (pulso radial < pulso apical); e
  10.  arritmias sinusais: nas crianças e adultos jovens, a bpm pode se elevar no pico da inspiração respiratória e diminuir na expiração.

coração

Segundo o site Saude em movimento:

Freqüência Cardíaca de Repouso (FCR) é o número de batimentos cardíacos durante um minuto numa situação de repouso.

Freqüência cardíaca Máxima (FCM) é a maior freqüência cardíaca atingida no teste. A freqüência cardíaca máxima é atingida quando percebemos que mesmo aumentando a carga de trabalho não existe um aumento da freqüência cardíaca. Não pode ser alterada com o treinamento físico. O único fator identificado que altera a FCM é a idade: é diminuída em 1 batimento a cada ano. Portanto um indivíduo que possui sua FCM de 200 bpm com vinte anos de idade deverá ter sua FCM 20 batimentos a menos quando estiver com 40 anos de idade, ou seja 180 bpm.


Tempo de Recuperação


Fernando Seixas procedeu a um estudo numa fazenda de Iguape-SP, em 1996/97, para a determinação do esforço físico de trabalhadores na colheita da caixeta. Nesse trabalho, para calcular o tempo de recuperação após um período de atividades braçais de corte dessa árvore, foi utilizada a fórmula de MURREL modificada para frequência cardíaca (APUD, 1989). A saber:

S = 0,4 [(220 - idade) - FCR] + FCR
Ex: S = 0,4 [(220 - 33) - 68] + 68 = 116 bpm

T = W(b - S)/(b - FCR) onde:
T = tempo de recuperação (min)
W= tempo de trabalho (min)
b = taxa de pulsação média no trabalho (bpm)
S = nível de taxa de pulsação adotada como limite (bpm equiv. aos 40%)
FCR = frequência cardíaca em repouso (bpm)

Ex: T = [55 (132 - 116)] / (132 - 68) = 14 min
Explicação: um homem com 33 anos de idade e 68 bpm em repouso, trabalhando no corte de árvore durante 55 min (atingindo 132 bpm nessa operação), deve descansar durante 14 minutos.

Para outros cálculos da frequência cardíaca, consulte a página da Cooperativa do Fitness - CDOF.

 

 

Fonte: www.ufrrj.br Postado em setembro de 2008 por Ricardo Toscano Cirurgião-dentista especialista em odontologia do trabalho UFSC.




Sobrecarga de Trabalho


 


 


 


O termo sobrecarga de trabalho, na zona rural, pode ter um dos seguintes significados:

1 - Mais de 8h/dia de trabalho ou mais de 40h/semana;
2 - Uso abusivo de horas extras trabalhadas num só dia;
3 - Emprego de criança(s) em trabalho(s) de adultos;
4 - Rotina de viúvas pobres, com filhos, no semi-árido; e
5 - Trabalho que ultrapassa os limites humanos.

 

trabalho infantil

 

Quando comparado à uma máquina, o homem pode ser substituído por um simples motor elétrico de 0,25 HP e a um custo muito menor. Contudo, o trabalho manual é parte importante das atividades agrícolas, como as que exigem o uso de ferramentas manuais e que máquina alguma pode substituir.


O trabalho seguro e prazeiroso nas atividades agrícolas, depende da compreensão dos limites humanos e da sua correta aplicação nas situações reais encontradas.

 

Limites Humanos


 

Via de regra, devemos estar atentos aos limites humanos quando se está executando qualquer trabalho, em especial aqueles que exigem mais esforço do que o normal. Esses limites podem ser classificados em três áreas:


  •   Físico;
  •   Fisiológico; e
  •   Mental e emocional.

 


Limites Físicos


mundo nas costas

Os limites físicos são aqueles ditados pelas características do indivíduo: sexo, altura, peso e biotipo. Caso uma dada tarefa exija que você ultrapasse esses limites, então, você precisa de ajuda. Essa ajuda pode ser uma escada, uma chave de fenda, uma carreta ou algo que aumente a sua capacidade física de realizar o trabalho. Não se angustie desnecessariamente e nem exceda os seus limites.

 

Limites Fisiológicos


limite fisiológico

Os limites fisiológicos são aqueles que se relacionam a: tonus muscular, aptidão física, descanso, efeitos de drogas, boa saúde e nutrição. Esses limites podem variar de dia para dia e de estação do ano para estação. Assim, a doença, a fadiga e a fome, p.ex., afetam os nossos limites durante uma rotina de trabalho. Devemos dar atenção aos sinais de aviso emitidos pelo próprio corpo e que podem, geralmente, preveni-lo da ultrapassagem dos seus limites fisiológicos.


Limites Mentais e Emocionais


mental

Os limites mentais e emocionais são de predição mais difícil e, em geral, variam de dia para dia, dependendo do nível de estresse mental do indivíduo. Se uma pessoa tem a capacidade de entender uma tarefa, captar a informação e tomar decisões acertadas, deve também ser capaz de executar um bom trabalho com segurança. Considerando os aspectos mentais-emocionais, o trabalho mais seguro será aquele que permita ao trabalhador executá-lo de modo feliz, satisfeito e bem ajustado.


O estresse laboral, com seqüelas nocivas para o indivíduo, age sob a forma de moléstia, falta de saúde com alterações cardíacas e respiratórias, gastrite , úlcera, transtorno do sono, náuseas e com isso há desgaste do rendimento ou da qualidade de trabalho.


trabalho mortal

O Japão é o único país do mundo onde existe uma palavra para definir a "Morte por excesso de trabalho": KAROSHI. Sobre o significado do termo, KARO= excesso de trabalho e SHI = Morte. O KAROSHI (morte por sobrecarga de trabalho) é descrito na literatura sócio-médica como um quadro clínico extremo (ligado ao estresse ocupacional) com morte súbita por patologia coronária isquêmica ou cérebro vascular. KAROSHI é um acometimento fatal por sobre-esforço, sendo considerado uma doença relacionada ao trabalho e que freqüentemente está associada a longos períodos de horas trabalhadas.


O 1o caso registrado sobre KAROSHI deu-se em 1969, no Japão, quando da morte de um trabalhador de 29 anos, empregado da área de distribuição de jornais da maior empresa japonesa do ramo, por infarto. Na atualidade, anualmente, o Ministério do Trabalho Japonês tem indenizado entre 20 a 60 famílias/ano de trabalhadores que morrem pelo KAROSHI.


Burnout

Na metade da década de 70 o termo Burnout, que no sentido literal significa "estar esgotado" ou "estar queimando", caracteriza indivíduos com profissões de apoio, e de prestação de serviços aos semelhantes. As pessoas em estado extremo de estresse sentem fadiga (resultante da sobrecarga de trabalho); insatisfação (resultante da comparação com a situação vivenciada e seus anseios); frustração (resultante de um teor impróprio em relação às competências e às necessidades do indivíduo); angústia (resultante do conflito da contradição entre os impulsos das pressões e dos desejos); medo (caracterizado por problemas de sono e pelo consumo de medicamentos); ansiedade (caracterizada por tensão nervosa e medo); agressividade, resistência e crueldade (decorrentes das relações do trabalho e incompatibilidade com a hierarquia, chefia, e os outros profissionais); alcoolismo (vícios decorrentes de insatisfação e frustração).

 

 

Fonte: WWw.ufrrl.br . Postado em setembro de 2008 por Ricardo Toscano Cirurgião-dentista especialista em odontologia do trabalho UFSC.





Presenteísmo

 

 

 

Tal como ocorre no corpo humano, em uma empresa todos os órgãos e membros precisam funcionar adequadamente para que se alcancem os melhores resultados – a saúde do corpo ou, nesse caso, da organização. Quando um deles apresenta uma disfunção, todo o organismo sofre e tem de despender mais energia para suprir aquela deficiência. Algo semelhante acontece nas empresas quando ocorre o chamado presenteísmo. Ao contrário do absenteísmo – quando o empregado simplesmente não vai trabalhar –, no presenteísmo a pessoa comparece ao trabalho, mas não consegue produzir como deveria ou de acordo com o que se espera dela. Nesse caso, os gestores enfrentam uma dupla dificuldade: a primeira é identificar o problema – que não é tão visível como nos casos de absenteísmo; a segunda é mensurar os prejuízos em termos de produtividade. Por essas razões, o presenteísmo já está sendo considerado, especialmente nos Estados Unidos, um inimigo oculto da produtividade.


“O presenteísmo pode ser entendido como uma doença organizacional. Como ocorre em outras disfunções relacionadas ao trabalho em equipe, ele não pode ser analisado isoladamente”, afirma Beatriz Magadan, psicóloga organizacional e diretora da DRH Consultoria, de Porto Alegre. Na prática, o presenteísmo é decorrente de uma série de fatores que interferem na produtividade do empregado: o clima organizacional ruim, a falta de motivação para o trabalho e problemas de saúde – físicos ou psicológicos. Por isso, é muito mais complexo identificar o empregado “presenteísta” do que reconhecer o absenteísta ou, até mesmo, o workaholic – pessoa cuja vida pode, em casos mais graves, reduzir-se ao trabalho. Aliás, o workaholic pode ser um tipo de “presenteísta”, já que nem sempre sua produtividade e eficiência correspondem ao elevado número de horas trabalhadas.


O presenteísmo começou a ser estudado na França, na década de 50, e voltou à tona mais recentemente, quando as companhias perceberam que a próxima barreira da competitividade está nas mãos dos colaboradores. “As empresas já melhoraram os processos, a tecnologia e os modelos de negócios. Agora, o objetivo é maximizar a capacidade do capital humano”, destaca Henri Vahdat, sócio da área de capital humano da consultoria Delloite. No Brasil, o fenômeno ainda é pouco discutido e são raros os departamentos de recursos humanos que vêem nele uma ameaça à produtividade – e, em última instância, aos lucros. “Trata-se de um conceito muito refinado para o Brasil. Muitas empresas sequer oferecem condições básicas para o bem-estar no trabalho”, avalia o médico Alberto Ogata, especialista em economia da saúde e vice-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).


O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e assessor de sindicatos de trabalhadores, Roberto Heloani, diz que, apesar da gravidade, o problema ainda não está na agenda das empresas ou das entidades dos trabalhadores. Na verdade, a maioria das companhias não percebeu que, além de ser mais custoso do que o absenteísmo, o presenteísmo pode afastar talentos e levar os executivos a um burnout – um estado de exaustão prolongada. Celso Camargo Campos, diretor da Apex Executive Search, lembra o caso de um executivo que estava com gastrite, mas não levou o problema ao departamento médico da companhia. “Ele se encontrava no auge da carreira e, como engenheiro, era um dos responsáveis pela implementação de um grande projeto de melhoria na companhia”, conta Campos. Com esforço, o executivo conseguiu levar o trabalho adiante sem que ninguém percebesse a doença. Até que, às vésperas do início da implantação de um determinado equipamento, ele constatou que a gastrite havia se transformado em úlcera. Resultado: foi obrigado a ficar 20 dias afastado e a empresa ficou sem a pessoa que mais entendia do projeto justamente durante sua implantação. “O século 19 foi da industrialização, o 20, do conhecimento e o 21 é o da agilidade. Mas isso só se consegue com pessoas saudáveis e atentas”, reforça Campos. Em casos como o do engenheiro, pode até ocorrer um efeito cascata: além de atrapalhar o rendimento de toda a equipe, a ausência do profissional pode colocar em risco o cronograma de um projeto importante.










 


Espante os fantasmas


Algumas medidas que a empresa pode adotar para evitar que o presenteísmo se instale na organização


Assegurar a correta divulgação dos fundamentos da empresa e debater esses indicadores com analistas e investidores


Fazer uma triagem no momento da contratação do funcionário para detectar problemas crônicos, mesmo se pequenos


Investir na saúde dos colaboradores, inclusive com terapia para combater a depressão e tratamento de dores e doenças crônicas


Educar os colaboradores para que procurem um médico e fiquem em casa quando estão com problemas de saúde


Implantar programas de apoio psicológico, emocional e de serviços, inclusive aos familiares, para reduzir as preocupações do trabalhador com assuntos extratrabalho


 


Para os especialistas em RH e gestores de empresas, o problema está em saber como combater o presenteísmo, evitando que ele se reflita nos indicadores de produtividade. “O primeiro passo é entender as razões, as causas do problema”, aponta Brett Gorovsky, da consultoria norte-americana CCH. Enquanto nos Estados Unidos a principal causa está relacionada ao fato de as pessoas terem excesso de trabalho (veja o quadro “As razões dos norte-americanos”), no Brasil, o medo de perder o emprego ainda é fator determinante. “Quando as pessoas estão inseguras, procuram marcar presença, trabalham além do expediente ou não tiram férias. Fazem isso por medo de ser demitidas. Ao mesmo tempo, esse temor as desmotiva nas suas atividades”, explica Heloani, da FGV. Isso acontece principalmente nas organizações que têm políticas de recursos humanos – critérios de admissão e demissão, por exemplo – pouco transparentes. Se uma pessoa foi demitida, é preciso que os motivos fiquem claros para todos os colaboradores.










 


Com dor e com sono


Principais causas de presenteísmo por problemas de saúde que reduzem o rendimento do trabalhador brasileiro


Dores musculares: 86%


Problemas de sono: 35%


Dores gastrintestinais: 26%


Fonte: Estudo ISMA-BR – International Stress Management Association – Brasil)


O medo ou a insegurança estão intimamente ligados a alguns dos principais tipos de presenteísmo. Um deles é o de clima organizacional, que resulta, quase sempre, da desmotivação ou da preocupação dos empregados com o próprio futuro no trabalho, especialmente nos períodos de dificuldade da empresa. O temor de que os líderes pensem que estão fazendo “corpo mole” leva muitas pessoas a comparecer ao trabalho mesmo com complicações de saúde, o que diminui sua eficiência. Por fim, é bastante comum que o cidadão bata o ponto, mas não consiga se manter focado em suas atividades porque está preocupado com problemas familiares – do filho doente ao aumento da mensalidade escolar. “É sempre complicado identificar e lidar com essas situações porque os responsáveis não têm como adivinhar o que está acontecendo com o trabalhador ou com sua família. Só depois de algum tempo, é possível perceber que o resultado do trabalho não é satisfatório”, afirma Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association Brasil (ISMA-BR). Pior: quando a empresa não está familiarizada com o conceito de presenteísmo, o resultado insatisfatório do trabalho pode provocar uma demissão equivocada ou o desperdício de um talento.


 


Presente, mas desmotivado


A falta de motivação relacionada ao clima organizacional é outra causa do presenteísmo. O professor Heloani, da FGV, cita o exemplo do choque do avião da Gol com o jato Legacy, em 2006, que resultou num dos maiores desastres da aviação brasileira. Segundo ele, a crise dos controladores que se seguiu ao acidente evidenciou vários sintomas de presenteísmo. Jornadas de trabalho extenuantes, falta de estrutura de apoio, ausência de clareza nos critérios de admissão e demissão, medo de punições e outros problemas faziam parte do dia-a-dia dos controladores, que trabalhavam desmotivados e sob pressão. Era o ambiente organizacional propício a uma crise de graves proporções.


Para evitar que dificuldades no ambiente de trabalho se transformem em causas de presenteísmo, a Milenia Agrociências, do Paraná, faz pesquisas de ambiente corporativo por área. Os resultados são discutidos no próprio setor e, depois, são apresentados e debatidos com todo o corpo funcional da companhia em uma assembléia anual. “Escutamos as sugestões e partimos para a ação. As pessoas confiam no nosso trabalho porque criamos um ambiente de companheirismo e de respeito”, afirma Jefferson Cestari, gerente de recursos humanos da Milenia. Para melhorar o clima no trabalho, a empresa também possui programas de controle do colesterol, de combate ao tabagismo e de ginástica laboral. As metas de produção são definidas em conjunto, pelo líder e pelos empregados de cada área, o que as torna mais realistas.







 

“As empresas e os colaboradores precisam enxergar o presenteísmo como um problema organizacional. Se uma pessoa adoece, significa que toda a organização está um pouco doente”


Beatriz Magadan
Diretora da DRH Consultoria


A desmotivação com o ambiente de trabalho pode ter diversas causas. Um funcionário que não vê perspectivas de crescimento na empresa, trabalha sob intensa pressão por resultados ou numa função que não lhe traz nenhuma satisfação tende a produzir cada vez menos. “Quando a pessoa percebe que não tem futuro, que está numa rua sem saída, ela começa a fazer o mínimo possível”, diz Ana Maria.


Outra razão que leva ao presenteísmo é a falta de comprometimento do colaborador, geralmente resultado da perda de identificação com a empresa, da falta de regras claras para avaliação do desempenho e, também, da ausência de uma liderança inspiradora. “Não podemos esquecer que comprometimento é fator fundamental para se alcançar os objetivos do grupo ou da empresa”, afirma Glaucy Bocci, consultora sênior de Leadership Transformation da empresa de consultoria Hay Group. Por isso, o líder deve funcionar como o termômetro do ambiente corporativo, motivador de mudanças e como aquele que gerencia o trânsito entre as atividades do presente e do futuro, e torna o cotidiano mais harmonioso.


“O líder deve ser como um pára-choque de automóvel. Afinal, é o ambiente que cria equipes de alta performance, não o trabalho, e as pessoas seguem os líderes”, reforça Vahdat, da Delloite. Mas não se pode esquecer que o líder deve dar o exemplo. Se ele for “presenteísta”, toda a equipe terá essa propensão – com resultados desastrosos para a companhia. Além disso, reforçam os especialistas, o clima organizacional ruim pode desencadear complicações mais graves, como depressão e, até mesmo, o abuso de drogas.

 









 

 

 

 

Tá doente, fica em casa


O que as companhias norte-americanas estão fazendo para combater o presenteísmo causado por problemas de saúde


54% Mandam o empregado doente para casa


40% Educam os empregados sobre a importância de ficar em
casa quando estão com problemas de saúde


34% Procuram disseminar uma cultura que desencoraja trabalhar
quando doente


9% Não limitam o número de dias que o trabalhador pode se afastar por motivo de doença (sick days)


15% Outros


(Fonte: 2007 CCH Unscheduled Absence Survey)



Presente, mas sem cabeça


Não são só as complicações de saúde que atrapalham a produtividade do “presenteísta”. Um filho doente ou o aumento na conta do plano de saúde também podem impedir a concentração no trabalho. “Tem coisas que acontecem com o colaborador das quais a empresa sequer tem idéia. Somente agora elas estão se dando conta de que precisam prestar mais atenção na vida particular da pessoa”, observa Thais. Para evitar que problemas familiares ou financeiros atrapalhem o trabalho, os profissionais dos departamentos de RH de várias empresas estão virando psicólogos dos colaboradores. Algumas companhias chegam a oferecer até serviços de assessoria e educação financeira para os empregados e familiares.


“Além de investir em segurança e na melhoria do ambiente de trabalho, precisamos ter a preocupação com os outros aspectos que podem influenciar na saúde e no bem-estar do empregado”, assinala Leila Fátima Praga Pinheiro, coordenadora de projeto e assessora de assuntos psicológicos da Arcelor Mittal. Como se trata de uma atividade de elevado grau de risco, a empresa tem de estar atenta a qualquer sintoma de problema – no trabalho ou em casa – que possa se transformar em um acidente de trabalho.







 

“Os gastos das empresas para combater o problema do presenteísmo são muito pequenos se comparados ao que elas perdem em produtividade quando ignoram o problema”


Thais Blanco
consultora da Hewitt Associates


A solução encontrada pela Arcelor foi criar o Programa de Gestão Orçamentária (PGO) em 2003. O programa acontece em dois módulos: um educativo e outro preventivo. No primeiro, são feitas palestras às famílias sobre aspectos comportamentais da relação com o dinheiro. No outro, os colaboradores aprendem sobre juros compostos, importância de poupar e possibilidades de investimento. O programa contribuiu para que a empresa reduzisse de 11 para cinco o número de acidentes de trabalho em 2007. A produtividade, por sua vez, aumentou 12,5% no período. “Esse tipo de ação, que envolveu 4,5 mil empregados, ajudou a evitar o desperdício de matéria-prima, a reduzir o número de acidentes e a diminuir o absenteísmo”, observa Leila.


Muitas vezes, entretanto, o colaborador não se sente à vontade para falar de problemas pessoais a alguém da empresa. Isso ocorre especialmente em situações delicadas, como separações ou problemas com a guarda de filhos. Foi pensando nessas dificuldades que a empresa de consultoria Mind desenvolveu um serviço de 0800 especializado no apoio ao trabalhador e sua família. “A idéia é permitir que o empregado aprenda a lidar melhor com os problemas pessoais, evitando que eles atrapalhem a produtividade no trabalho”, explica Ricardo Esch, psicólogo e sócio da Mind. Na central da Mind, a pessoa é atendida por um psicólogo que procura identificar qual é o problema e a encaminha para o profissional adequado – numa consulta presencial. Há mais de 3 mil profissionais conveniados nas áreas de psicologia, assistência social, economia, contabilidade, advocacia, fonoaudiologia, psicomotria, entre outras especialidades. A Bristol e a AES Sul são algumas das clientes da Mind que disponibilizam o serviço aos seus empregados.


Entre os especialistas em RH, existe o consenso de que, em geral, as soluções para diminuir o presenteísmo são baratas. Ou poderiam integrar outros programas já existentes nas companhias. “Os gastos das empresas são muito pequenos, se comparados ao que elas perdem em produtividade quando ignoram o problema”, compara Thais Blanco, da Hewitt. A solução da central de atendimento da Mind, por exemplo, custa menos do que um vale-refeição por mês, por família.


Portanto, os avanços dependem mais da consciência da empresa e dos colaboradores sobre a importância de olhar o presenteísmo como um problema organizacional. “Se qualquer pessoa adoece, significa que a organização está um pouco doente”, compara Beatriz Magadan, da DRH Consultoria. Além da empresa, o funcionário também deve ter consciência sobre sua situação particular e procurar ajuda para que os problemas não atrapalhem sua produtividade. “Em última instância, o colaborador pode ser um agente catalizador de mudanças de posturas dentro da organização”, aconselha Beatriz. 










 


Como identificar os sintomas do presenteísmo


A crescente preocupação com o presenteísmo levou alguns institutos de pesquisa a desenvolver ferramentas para ajudar as empresas a detectar o problema e, principalmente, as suas causas. Entre esses instrumentos estão o Work Productivity and Activity Impairment (WPAI) e o Work Limmitation Questionaire (WLQ), ambos já traduzidos no Brasil. O objetivo é verificar a relação entre a produtividade e a situação de saúde, física e psicológica, de cada trabalhador.


Confira alguns itens do questionário WLQ, aplicado aos empregados:


1. Minha atividade física tem me ajudado a ficar mais focado em minhas atribuições?


2. Quando surgem problemas inesperados em meu trabalho, sou capaz de manter o foco e encontrar uma solução?


3. As medicações que o médico receitou ajudaram a me concentrar mais no trabalho?


4. Beber café ou outra bebida com cafeína tem me ajudado a executar mais atividades?


5. Mesmo com meu problema de saúde, me sinto desafiado a trabalhar sempre melhor?


6. Consegui encontrar soluções inovadoras para os problemas, mesmo com minhas dificuldades de saúde?


7. Quando minha doença me incomodava, tive a paciência usual no trato com os clientes?


8. Meus hábitos alimentares me deram energia para realizar melhor minha função?


9. Devido ao meu problema de saúde, mesmo os grandes desafios de minha função não me excitaram?


10. Quando meus problemas de saúde atrapalhavam o trabalho, me sentia uma pessoa de sorte por receber o salário mesmo tendo realizado poucas coisas?


 


Fonte: WLQ


Karoschi- morte no trabalho e pelo trabalho

Karoschi - Morte no Trabalho e Pelo Trabalho




A última década do século que acabou ocorreu uma redução- menos oficialmente no número de acidentes de trabalho no Brasil, porém o de mortes aumentou. Parece paradoxal mas tem uma explicação: enquanto o acidente é possível acobertar, o corpo quase sempre é muito difícil ou quase impossível de se esconder.O número de acidentes é registrado só para os trabalhadores em trabalho formal, ficando de fora todos os acidentes dos que vivem da economia informal e mesmo na economia formal nem todos os acidentes são comunicados, enquanto que a morte, não é possível deixá-la sem registro. Outro exemplo de acidentes não comunicados são os que ocorrem no trabalho rural - cerca de 300 mil vitimas/ano - que a OIT considera como um dos mais perigosos. No campo mesmo as mortes não são notificadas, estima-se que ocorre a comunicação em apenas 3% delas (Correio Braziliense 15-11-97).Segundo Jukka Takala chefe de Saúde e Segurança Organização Intencional do Trabalho (OIT), morrem mais de 1,1 milhão de trabalhadores por ano no mundo e pode piorar ainda mais. Esse número é assustador pois significa mais de 3 mil mortes por dia, cerca de 12 mortes por hora. Nessa última década, pelas novas tecnologias, pelo novo modelo de produção imposto e pela atual flexibilização da legislação trabalhista, tanto na rural quanto na urbana tem alimentado o número de doenças do trabalho.Em nome da globalização e da redução do chamado custo Brasil, o olhar que nunca esteve sobre o trabalhador e o ambiente de trabalho é desfocado ainda mais e recai única e exclusivamente sobre a produção e o mercado. Em nome deles intensifica-se a redução de direitos, inclusive o de trabalhar – intensa redução de mão-de-obra com sobrecarga para os que permanecem no trabalho - tanto de quem esta na ativa quanto dos inativos. Exige-se, para quem trabalha, uma excessiva carga de trabalho, exemplo disso o aumento de horas extras de 1993 para cá tanto na indústria (média de 40%), como no comércio (média de 55%) e nos serviços (média de 35%). A intensa pressão/opressão/instabilidade no trabalho sobre o trabalhador predispõe este a acidentes, a doenças antes não existentes. Apesar do pouco registro, por sub-notificação ou por imposição "legal" através de legislação inconstitucional, constata-se que no governo FHC elas dobraram. Em razão desse, modelo econômico-produtivo patologias antigas não são combatidas e novas surgem como a Karoschi, que em japonês signiftca morte no e pelo trabalho, que já são milhares.de casos no Japão. Fenômeno parecido tem sido notado no mundo todo, principalmente nas empresas que incorporam novas tecnologias de gestão de produção como o Controle de Qualidade Total.Seja o Karoschi ou Burn Out (incêndio inteno), em Inglês, o que mostra é a morte por excesso de trabalho. É a morte súbita por um comprometimento psicossomático global, agora acometendo os mais qualificados trabalhadores e os gerentes de produção.No ano de 1998 ocorreram 19.651 acidentes, sendo que 1.528 tiveram fraturas, 267 sofreram amputações e 88 trabalhadores morreram. Raramente são notificadas as doenças do trabalho, entre essas uma das que mais levam ao sofrimento é a DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) que recebia a identificação de LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Esta patologia pode levar à incapacidade total para o trabalho e causa um profundo sofrimento físico e mental do trabalhador.

Sindrome de Burnout

Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout é um termo psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. O termo burnout (do inglês "combustão completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida.
Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação, mas alguns consideram que trabalhadores com determinados traços de personalidade (especialmente de neuroses) são mais suscetíveis a adquirir a síndrome. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).
Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout. Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis. Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com altos níveis de stress podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais de stress. Taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout)
A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas conseqüências bastante sérias.
De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicólógos, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações.
Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Entretanto, pessoalmente, julgamos que essa Síndrome de Burnout seria a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho.

Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.