terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ODONTOLOGIA DESPORTIVA NA LUTA PELO RECONHECIMENTO

162
Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo
2009 mai-ago; 21(2): 162-8

ODONTOLOGIA DESPORTIVA NA LUTA PELO RECONHECIMENTO

Dentistry Sports in the fight for the reco gnition

* Especialista em Odontologia do Trabalho, especializanda em Estomatologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), mestranda em laser em Odontologia
pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)

Resumo

Este trabalho tem o objetivo de enfatizar a necessidade da presença de CDs trabalhando junto ao esporte, considerando-se que é comum a existência de problemas odontológicos durante as competições, além daqueles originados por acidentes, que podem comprometer o trabalho de uma longa preparação, resultado de vários anos de esforços e sacrifícios dos atletas. Traça ainda um relato da atuação dos CDs brasileiros em olimpíadas e jogos pan-americanos e destaca pontos primordiais da atuação do CD no esporte.

Descritores: Traumatismos em atletas • Odontologia • Esporte

Abstract

This work has for objective to emphasize the necessity of the presence of dental surgeons working next to the sport, considering that the existence of dental problems is common during the competitions, beyond those originated by accidents, that can compromise the work of a long preparation, resulted of some years of efforts and sacrifices of the athletes. It still traces a story of the performance of the Brazilian Dental Surgeons Brazilian in Olympic Games and pan-Americans games and detaches primordial points of the performance of the dental surgeons in the sport.

Descriptors : Athletic Injuries• Dentistry • Sports

Sueli de Souza Costa 163 Costa SS. Odontologia desportiva na luta pelo reconhecimento. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 maiago; 21(2): 162-8

Introdução

Nem bem saímos de uma Copa do Mundo de Futebol, na Alemanha, e o Brasil está no ritmo da Olimpíada,reafirmando o esporte como uma prática de profundas raízes na nossa cultura. Entretanto, quando se fala
sobre um determinado assunto, diz-se que ele é parte de algo, que integra tal matéria, que sua teoria começou a ser desenvolvida há décadas etc. Com a Odontologia desportiva isso ainda não acontece no Brasil, apesar dos
esforços de diversos profissionais no sentido de seu reconhecimento
(O orgulho10 1992, Jornaldosite12 2007, Proposições13 2007, Souza20 1992, Souza21 1992, Souza22 1992, Souza23 2001, Souza24 1992, Souza25 1992,
Souza26 2002, Traumatismo30 2007). Enquanto isso não ocorre, em competições esportivas ou mesmo simples treinamentos, os problemas relacionados à Odontologia aparecem na prática, principalmente quando há queda no rendimento do atleta ou o surgimento de algum acidente.
a) Olimpíadas Reconhecida como uma das ciências responsáveis pela saúde humana, justamente por se responsabilizar pela prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças bucais, assim como reconhecer manifestações buco-dentais e de anexos que representem doenças sistêmicas, a Odontologia é hoje peça fundamental para o desenvolvimento do esporte.
No Brasil, apesar de ser um dos países com maior índice de cárie do mundo, a preocupação com a saúde bucal dos atletas (Quando6 2006, O orgulho10 1992, jornaldosite12 2007, Souza21 1992, Souza23 2001) tem sido manifestada há alguns anos, embora estatísticas nesse sentido não apareçam.
Desde 1958, temos um cirurgião-dentista integrando nossa equipe esportiva, nas Copas do Mundo de Futebol. Considerado o pai da Odontologia desportiva em nosso país, Mário Trigo viajou com a seleção brasileira de futebol nas copas de 1958, 1962 e 1966. Só em 1958 examinou 33 jogadores e foi obrigado a realizar 118 extrações. Depois dele, Carlos Sérgio Araújo (1994, 1998 e 2002) integrou a seleção brasileira de futebol como dentista
(Quando6 2006). Nas olimpíadas, entretanto, o Brasil já era o único
país do mundo que contava com um cirurgião-dentista permanente em sua delegação olímpica, desde 1963, quando aconteceram os Jogos Pan-americanos em São Paulo. Era Aldo Forli Scocate, que foi o responsável pela saúde bucal de brasileiros que participaram de Olimpíadas, como a última em que esteve, em Barcelona. Só nesta,foram 265 atendimentos, representando uma média de 14,6 casos por dia, um índice bastante alto para uma equipe como a nossa, com pouco mais de 300 integrantes (O orgulho10 1992).A consequência desse trabalho foi a tranquilidade psicológica para os atletas, reconquistada performance muscular, melhora no rendimento e
até boas colocações esportivas para o Brasil (O orgulho10 1992, Souza20 1992, Souza25 1992). Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, o Brasil contou
com uma delegação de 245 atletas, recorde de sua participação na história dos jogos olímpicos. E a exemplo do que aconteceu no ano anterior (Pan 2003), o país mais uma vez teve a presença de um cirurgião-dentista na comissão médica. Nos Jogos Pan-Americanos de 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana, a delegação brasileira também foi a única a ter um CD exclusivo, André Luiz Camargo, que permaneceu durante toda a
competição a serviço dos atletas (Quando6 2006). Além disso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também possui um CD em seus quadros, Afonso Rocha. E a Associação Brasileira de Odontologia (ABO)
é idealizadora do projeto de lei PL 5391/2005 que obriga a presença de CD especializado em odontologia desportiva em competições, sendo esse projeto encampado e apresentado por Gilmar Machado (PT-MG) na Câmara
dos Deputados (Proposições13 2007, Regimento14 2007). O projeto continua em andamento. b) Odontologia desportiva no mundo O tema odontologia desportiva faz parte do currículo escolar de várias universidades norte-americanas.
Conta também com publicações a respeito em diversas revistas odontológicas e médicas de países como França, Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Austrália, Itália, Alemanha, Finlândia, Checo-Eslováquia e Canadá. E
integra ainda documentos do Comitê Olímpico Internacional, quando trata especificamente da prevenção de concussão(McCrory et al.9 2005 , Kumamoto e Diorio7 1989), durante a prática esportiva. No Brasil, de acordo com a pesquisa realizada pelo Serviço de Documentação Odontológica (SDO) da biblioteca de Odontologia da Universidade de São Paulo, nada
existia sobre o tema, que tenha sido registrado em seus arquivos até os anos 90. Apesar disso, o jornal diário A Gazeta Esportiva publicou dois artigos destacando a odontologia desportiva (Souza21 1992, Souza25 1992).
164 Costa SS. Odontologia desportiva na luta pelo reconhecimento. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 maiago; 21(2): 162-8
Discussão
a) Exigências norte-americanas
A odontologia desportiva não se resume ao uso de protetores
bucais como medida de prevenção, mas também
à profilaxia de prejuízos à cavidade oral e ao tratamento
de tais manifestações que, direta ou indiretamente, possam
comprometer o desenvolvimento atlético, tais como
o atleta respirador bucal (Carvalho1 2007, Kumamoto e
Diorio7 1989, Lamendin8 1978 , McCrory et al.9 2005 ,
Respiração bucal15 2007, Quando6 2006).
Nos Estados Unidos, há exigência do uso de protetores
bucais aos praticantes de modalidades esportivas violentas
como a principal medida de prevenção. Há cerca
de três décadas, o uso de protetores bucais era considerado
uma realidade. Mas só foi possível devido ao National
Collegiate Athletic Association exigir o uso de protetores
bucais nas escolas norte-americanas, durante jogos e
competições, desde o verão de 1973. E somente a partir
desta data os times profissionais manifestaram interesse
pelo uso, bem como os de outros países, já que reduzia
muito as injúrias provocadas pela prática de futebol e
boxe (Cathcart2 1952, De Wet et al.3 1980 , Kumamoto
e Diorio7 1989, Lamendin8 1978).
Stenger e Cols (Lamendin8 1978 ), em cinco anos de
estudos de injúrias na região da cabeça e pescoço ocorridas
durante os jogos colegiais de futebol, concluíram que
não houve apenas a prevenção de lesões dentais e de mucosa
da cavidade oral através do uso de protetores bucais,
mas também a proteção da cabeça e do pescoço. Esta
proteção adicional é especialmente evidenciada durante
os jogos nos quais aparecem lesões ou há predisposição
de seu aparecimento.
Cathcart2 (1952) reporta que o uso de protetores
bucais tem prevenido a concussão ou até a morte, ou
problemas intracranianos mais sérios como a hemorragia
subdural, por evitar que o côndilo mandibular force para
cima e para trás a base craniana, em jogos violentos. Esse
resultado encorajou os colégios e associações universitárias
a exigirem o uso de protetores bucais também em
outros esportes, como o hóquei sobre o gelo, o basquete,
o futebol e a ginástica.
b)Prevenção
O desempenho dos atletas nos jogos olímpicos depende
de uma longa preparação, resultado de anos de
esforços e sacrifícios, necessitando da orientação de profissional
experiente, assim como de um compromisso fiel
com a saúde bucal, especialmente a prevenção.
Mesmo assim, é comum a eventualidade de acidentes
locais ou de origem dolorosa no meio esportivo, além da
existência de infecções que podem provocar consequências
à distância (psicológicas, de desempenho muscular,
entre outras). Essa noção de infecção à distância foi relatada
pela primeira vez há 2.500 anos (Souza25 1992),
época em que o rei da Assíria passou a reclamar do aparecimento
de um reumatismo após a extração de um dente
infeccionado.
Um alerta também já havia ocorrido durante os Jogos
Olímpicos de Paris, em 1924, quando o cirurgião suíço
Martin chegou a afirmar que o atleta de competição
pode subitamente ter queda de rendimento em prova de
força devido à perda de resistência provocada por um
foco de infecção dental ou de amídala (para citar as localizações
mais frequentes), que atingem pontos do organismo
como músculos, tendões ou inserções (Souza25
1992). Ou devido à inflamação dolorosa da região, alterando
a irrigação de áreas peritendinosas, diz. Essa teoria
é reforçada por Lamedin8 (1978), que numa conferência,
na França, em 1977, afirmou ser possível compreender
que o tratamento local da tendinite ou da epicondilite
ou de todas as outras infecções dolorosas e sensíveis ao
atleta não resultará positivo por ser um tratamento local,
enquanto a causa inicial não for suprimida.
Apesar de ser uma teoria muito discutida, a origem da
dor ou da infecção pode provocar queda de rendimento
no atleta, alterar sua performance, gerando a necessidade
de medicamentos que também podem comprometer o
seu desempenho, entre outras consequências.
c) O 3º molar inferior
A prática desportiva é mais comum nas idades mais
jovens, época em que aparecem os primeiros problemas
com o 3º molar inferior. Os acidentes leves envolvendo
esse dente são capazes de provocar (Kumamoto e Diorio7
1989, Lamendin8 1978 , Souza21 1992, Souza24 1992 ,
Traumatismo30 2007) a indisponibilidade brutal e total
do atleta, manifestando hiperemia, dor, trisma e inchaço.
Nos estágios mais avançados, provoca mau hálito,
gengivite, amidalite e inchaços repetitivos.
Se os primeiros são largamente descritos, os estágios
avançados são ignorados pela maioria dos atletas, apesar
de consequências graves devido à sua localização na região
do ângulo mandibular. Além disso, a idade média
da aparição do terceiro molar, 16 a 22 anos, corresponde
à idade de melhor performance desportiva.
165
Costa SS. Odontologia desportiva na luta pelo reconhecimento. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 maiago;
21(2): 162-8
Assim, certas patologias podem ser prevenidas ou
previstas no decorrer dos anos, através dos exames clínico
e radiográfico e, em certos casos, indicada a germectomia
ou a extração, programada para o período menos
desfavorável ao calendário esportivo.
Os acidentes provocados pelo surgimento e evolução
desse dente estão ligados diretamente às condições anatômicas
e embriológicas, além daqueles condicionados
às condições de higiene local. Embriologicamente, a calcificação
do germe do 3º MI pode ser radiograficamente
visível a partir dos oito anos de idade, a formação de
raízes se faz entre 15 e 18 anos e sua calcificação mostrase
concluída a partir dos 20 anos de idade, em média
(Elstein5 1979, Jornaldosite12 2007, Sametzky19 1982 ).
Concomitantemente ao desenvolvimento dos acidentes
de evolução dental do 3º MI, há a sua complicação
a partir do momento em que ocorrem gripes, inchaços,
fadiga e outros fatores que comprometem a boa saúde. E
vão desde uma pericoronarite reversível a trismas e adenopatia
ou complicações mais graves devido à proximidade
do trato orofaríngeo, ou ainda acidentes relacionados
à crista marginal posterior, à crista coronariodentária
associada à presença de ameloblastomas. Há também
dores, manifestações oculares, manifestações cutâneas...
d) Protetores bucais
Os acidentes de bicicleta, lesões em casa ou em quadras
esportivas ocasionam fraturas coronárias e radiculares,
polpas necrosadas e dentes avulsionados, girados
ou mobilizados, quando não são mais graves as situações.
Assim, indica-se o uso de protetores bucais principalmente
nos esportes onde há contato físico entre os
jogadores; essencial como no basquete, boxe, luta e, em
menor grau, o futebol, e nos esportes individuais como
no ciclismo, motociclismo etc (Cathcart2 1952, De Wet
et al.3 1980 , Elstein5 1979 , Picozzi11 1975, Stenger et
al.28 1964 ).
Nos Estados Unidos, o uso de protetores é obrigatório
entre os praticantes de esportes onde há contato entre
equipes. Essa obrigação chegou a gerar controvérsias,
com repercussão na Espanha em 1979 (Elstein5 1979),
onde houve o questionamento do papel que caberia ao
dentista na colocação de tais protetores, pois grande parte
deles seria aceito e obrigado aos escolares, passados
pelo treinador das equipes, visando lucro financeiro.
A Associação Atlética do Colegiado Nacional (EUA)
somente passou a exigir o uso de protetores em jogos
ou competições a partir de meados da década passada,
enquanto que em 1962 a Federação Nacional de Futebol
dos Estados Unidos tinha exigido que os protetores fossem
construídos e adaptados ao jogador a partir da moldagem
de sua boca.
No Brasil, no entanto, acidentes que tenham originado
no esporte lesões maxilofaciais e dentais sequer entram
nas estatísticas, mesmo considerando-se o futebol
como o esporte mais popular do mundo, praticado por
mais de 40 milhões de pessoas (Souza21 1992).
Mas os traumatismos provocados em partidas de
futebol (jogos ou treinos) apresentam índices bastante
elevados em países, por exemplo, onde a prática desse
esporte não é tão difundida (Quando6 2006, Souza21
1992). Só na Finlândia, por exemplo, entre 1979 e 1982
foram registrados 8640 acidentes em jogos ou treinos de
futebol para o total de 201.316 jogadores inscritos. Desses,
de acordo com o estudo realizado por Sane & Ylipaavalniemi,
pela Universidade de Helsinki, 552 (6,4%)
afetaram as regiões dental e maxilofacial.
Além disto, o serviço médico atendeu mais de 537
casos (97%) em que havia também o relato de traumatismos
das áreas. De um total de 843 injúrias, 681 (80,
8%) afetaram os dentes e o processo alveolar e 95 (11,
2%) fraturaram o terço médio do esqueleto da face. A
causa mais comum (em 86,4%), segundo esse relato, foi
colisão entre dois jogadores de futebol e mais da metade
166
Costa SS. Odontologia desportiva na luta pelo reconhecimento. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 maiago;
21(2): 162-8
dos casos (50,5%) foi por cotovelada ou chute.
Na França, num estudo incluindo outras modalidades
além do futebol, realizado pelo Serviço de Estomatologia
e Cirurgia Maxilo-Facial do Hospital Bel-Air, de
Thionville, em 1981 e 1982, constatou-se que o futebol
é o mais implicado (71%) entre os esportes que provocaram
injúrias dentais ou maxilofaciais (45%) do total
daquele departamento.
A frequência dos acidentes provocados na face pela
prática esportiva é muito maior do que o número divulgado,
como já ocorre em países que mantêm relatos
sobre tais casos. No Brasil esse número seria muito mais
significativo se registros fossem feitos de praxe, e apontariam
a necessidade de uma prevenção eficaz, principalmente
do uso de protetores (Carvalho1 2007, Cathcart2
1952, De Wet et al.3 1980 , Picozzi11 1975, Rupp17 2004,
Rupp18 2004 , Sport27 2005, Stenger28 1964, Traumatismo30
2007).
e) Função dos protetores bucais:
Devido ao fato dos dentes encontrarem-se separados
dos tecidos moles, do lábio e da língua, com o uso de
protetores bucais é possível evitar-se a laceração de tais
tecidos, por encontrarem-se fora do contato dental durante
o golpe. Os protetores também amortecem e distribuem
as forças dos golpes frontais diretos, evitando as
fraturas ou a avulsão de dentes anteriores.
Para que os protetores consigam desempenhar corretamente
a função são necessários requisitos mínimos. As
qualidades desejáveis de um protetor bucal foram determinadas
pelo Comitê Conjunto de Protetores Bucais dos
Estados Unidos. E são as seguintes: retenção, comodidade,
facilidade ao falar, resistência à fratura, facilidade de
respiração e proteção para os dentes, lábios e adjacências.
Os protetores geralmente são fabricados para a arcada
superior, mas pacientes com maloclusão classe III o utilizam
na arcada inferior, protegendo os dentes anteriores
inferiores, que se encontram proeminentes.
Conclus ão
O desempenho dos atletas nos jogos e competições
depende de uma longa preparação, resultado de anos de
esforços e sacrifícios, sendo comuns problemas odontológicos
durante as competições, além daqueles originados
por acidentes. Assim, é necessário evitar o comprometimento
da performance ou rendimento em treinamentos
ou práticas esportivas.
É também necessário que estatísticas sejam realizadas
catalogando-se casos, épocas, idades, jogos envolvidos,
consequências etc, para que um melhor plano de prevenção
possa ser colocado em prática em cada caso.
Deve, ainda, ser de responsabilidade do dentista e
dos meios de comunicação de massa informar aos pacientes
as maneiras de prevenir acidentes desportivos ou
consequências odontológicas no esporte (inclusive utilizando-
se protetores bucais) numa tentativa de diminuir
tais casos e proteger aos pacientes que têm relações com
os esportes mais violentos.
Os órgãos de comunicação de massa devem cumprir
o papel de informar a todos, principalmente atletas e
adeptos de práticas onde a questão bucal esteja direta ou
indiretamente envolvida, além de alavancar as pesquisas
no setor de odontologia desportiva, divulgando a prevenção
de consequências desagradáveis.
167
Costa SS. Odontologia desportiva na luta pelo reconhecimento. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 maiago;
21(2): 162-8
REFERÊNCIAS
1. Carvalho GD. SOS respirador bucal, obstáculos nas
diferentes estruturas dificultando ou impedindo o
livre processo respiratório. Disponível em http://
www.ceaodontofono.com.br/artigos/art/1999/
out99.htm, acesso em 20/02/2007.
2. Cathcart JF. Mouth protectors for contact sports,
Dental Digest, 1952 Aug; 57(87): 348.
3. De Wet FA, Potgieter PJ, Russow LM. Mouthgards
for sports participation, Journal of Dental Association
for South Africa, 1980; (35):417.
4. Dentists to parents: good oral health starts early.
Disponível em http://oral.health.ivillage.com/
newsstories/dentistsparentsgoodoralhealthstarts.
cfm, acesso em 20/02/2007.
5. Elstein SC. La odontología preventiva y actividades
deportivas, Espanha, 1979 Nov-Dic; 6(36):660-2
6. Quando a odontologia entra em campo. Jornal do
CFO, 2006 mar-jun; 14(70-71): 4-5.
7. Kumamoto DP, Diorio LP. An Interprofessional
learning experience in sports dentistry, J Dent Educ,
1989Aug; 53 (8): 491-4.
8. Lamendin H. Importance pour les spotifs de l’hygine
et de la surveillance bucco-dentaires, Chir Dent Fr,
Paris, l978;17(48):47-50.
9. McCrory P, Johnston K, Meeuwisse W, et all. Summary
and agreement statement of the 2nd international
conference on concussion in sport, Prague
2004, International Olympic Committee. Disponível
em http://multimedia.olympic.org/pdf/en_
report_926.pdf, acesso em 10/10/2005.
10. O Orgulho de trabalhar com atletas, Odonto, EDIMS,
1992;(8):4-7.
11. Picozzi A. Mouth protectors, Dent Clin Nort Am,
1975 Apr; (19): 385-8.
12. Problemas odontológicos podem reduzir em 21% o
rendimento do jogador. Disponível em http://www.
jornaldosite.com.br/materias/saudebucal/anteriores/
saudebucal1084.htm, acesso em 20/02/2007.
13. Proposições, Câmara dos Deputados, Brasil, Câmara.
Disponível em http://www2.camara.gov.br/
proposicoes/loadFrame.html?link=http://www.camara.
gov.br/internet/sileg/prop_lista.asp?fMode=
1&btnPesquisar=OK&Ano=2005&Numero=5391
&sigla=PL, acesso em 19/02/2007.
14. Regimento interno da Câmara dos Deputados,
Brasil, Câmara, Legislação. Disponível em (http://
www2.camara.gov.br/internet/legislacao/RegInterno.
pdf) acesso em 19/02/2007.
15. Respiração bucal causa muitos problemas? Disponível
em www.ortocamp.com.br/respira_boca.htm,
acesso em 20/02/2007.
16. Respiração bucal, síndrome do respirador bucal.
Disponível em www.Respirebem.com.br, acesso em
20/02/2007.
17. Rupp TJ, Bednar M. Facial fractures. Disponível em
www.emedicine.com/sports/topic33.htm, acesso
em 9/01/2004.
18. Rupp TJ, Bednar, M. Facial fractures. 33-34/84 Disponível
em www.emedicine.com/sports.htm, acesso
em 9/01/2004.
19. Sametzky S. Importance de la patologie d’evolution
de la dent de sagesse inférieure em odontologie du
sport, Chir Dent Fran, dez 1982; (16-23):49-51.
20. Souza S. Esporte sem dentes. A Gazeta Esportiva,
São Paulo, 22/11/92.
21. Souza S. Futebol, muitos traumas. Painel de debates,
A Gazeta Esportiva, São Paulo, 27/09/1992.
22. Souza S. O mal que vem pela boca. A Gazeta Esportiva,
São Paulo, 06/12/92.
23. Souza S. Odontodesportiva. Jornal da APCD,
out/2001.
24. Souza S. Odontologia esportiva. I Congresso internacional
UNICID, 1992.
25. Souza S. Odontologia no esporte. Painel de Debates,
A Gazeta Esportiva, São Paulo, 04/09/1992.
26. Souza S. Pioneirismo da odontologia desportiva no
Brasil. Rev Consult Méd, mai/jun/2002, II, (6).
168
Costa SS. Odontologia desportiva na luta pelo reconhecimento. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 maiago;
21(2): 162-8
27. Sport concussion assessment toot, athlete information.
Disponível em http://multimedia.olympic.org/
pdf/en_report_1005.pdf, acesso em 10/102005
28. Stenger JM, Lawson EA, Wright LM et al. Mouthgards
protection against shock to head, neck, and
teeth. J Am Dent Assoc, 1964 Sep; 69: 273-81.
29. Tommasi AF. Diagnóstico bucal. 1ª ed, São Paulo:
Medisa, 1977 p 188-220, 294-320, 523-533, 557-569,
570-638.
30. Traumatismo dental. Disponível em http://www.
cdof.com.br/odonto8.htm, acesso em 20/02/2007.
Recebido em: 28/05/2008
Aceito em: 24/06/2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.