sexta-feira, 21 de novembro de 2008

mal dos caixões de bends e a odontologia

PERIGOS , DOENÇAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA


Perigos associaram-se principalmente com mergulho recreativo de ar livre, debaixo de pressão; entretanto alguns animais marinhos também posam ser perigosos. A maioria dos perigos pode ser evitada se os mergulhadores seguirem os procedimentos de segurança ensinados nos cursos de certificação e não tentar mergulhar além da habilidade e experiência.

Os riscos para mergulhadores Scuba são maiores, e os danos relacionados a pressão. A Doença Descompressiva , chamada " Mal dos Caixões de Bends", foi o primeiro problema fisiológico encontrado, ataca com mais freqüência as juntas dos joelhos, cotovelos e etc... é um dano que acontece quando um mergulhador sobe ( ascende ) muito depressa, ou mergulha muito fundo por muito tempo. Ao longo de um mergulho, o corpo absorve nitrogênio (um elemento do ar) do ar comprimido. Quanto mais profundo um mergulhador desce, mais denso e o ar que é respirado e maior a quantidade do nitrogênio absorvido. Este nitrogênio forma bolhas minúsculas nos tecidos do corpo e circulação sangüínea. Se um mergulhador ascende à superfície muito rapidamente os gases na circulação sangüínea do mergulhador formão bolhas grandes, estas bolhas permanecem dentro do corpo podendo causar dor extrema em articulações e órgãos. Se grande o bastante, a bolha pode bloquear o fluxo de sangue para o cérebro e ser fatal. Casos severos de doença descompressiva podem ser fatais. Para evitar estes danos, os mergulhadores devem subir na velocidade adequada, calcular quanto tempo é seguro ficar a certas profundidades e quanto tempo eles devam gastar na superfície antes de mergulhar novamente. Mergulhadores que suspeitam que estão sofrendo de náusea de descompressão devem buscar um médico imediatamente. Mergulhadores também tem que esperar pelo menos 12 horas, e às vezes 24 horas, depois de um mergulho antes de poder voar em um avião. Porque a pressão muda rapidamente quando aumentamos a altitude. Voando muito cedo depois do mergulho, pode resultar na Doença descompressiva. Outro detalhe que deve ser observado e quanto a mergulhos em locais com altitudes muito superiores a 100 metros acima do nível do mar. Se as tabelas de descompressão não se aplicarem especificamente a altitude, devem ser feitos cálculos de proporção com os índices existentes, durante a programação dos mergulhos, evitando a doença descompressiva.

Outro dano relacionado a pressão é a Embolia Traumática pelo Ar. Isto acontece quando um mergulhador tendo respirado ar comprimido no fundo, retém este ar e ascende, aumenta a pressão intrapulmonar, causa distensão e ruptura alveolar e penetração do ar na circulação sangüínea. Por isto, todos os mergulhadores devem ascender lentamente de todo mergulho, respirar normalmente, permitindo que o excesso de ar escape do corpo gradualmente.

Os Barotraumas são acidentes que pode ocorrer , o Barotrauma do Ouvido Médio é a incapacidade do mergulhador de compensar, equilibrar a pressão externa com a interna, pode ocorrer no ouvido médio que esta separado do ouvido externo pelo tímpano. Caso algum tipo de infeção ou obstrução da Trompa de Eustaquio impeça o ar de chegar a esta área, pode levar ao rompimento da membrana timpânica. Neste caso a água fria atinge os canais semicirculares causando irritação, náuseas, vômitos e desorientação espacial. Esse episódio tem curta duração, termina quando a temperatura da água, no interior do ouvido, se iguala ao do corpo, mas em alguns casos causa pânico, provocando a morte por afogamento. A qualquer sinal de dor o mergulho deve ser interrompido, nunca devemos mergulhar quando resfriados ou com problemas das vias aéreas superiores.

O Barotrauma do Ouvido Externo e causado pelo uso de tampões nos ouvidos, proibido para os mergulhadores por formar uma câmara fechada no ouvido incapaz de equilibrar a pressão com o ouvido médio que causa o rompimento ( para fora ) da membrana do tímpano.

O Barotrauma Sinusa ou dos Seios da Face e Nasais se da pela obstrução da comunicação destes com a faringe pelos óstios sinusais, causando edema e congestão da mucosa sinusal. A dor , sensação de peso nas regiões e sangramento são os sintomas para interromper o mergulho imediatamente.

O Barotrauma Pulmonar ou Torácico e causado pela interrupção do suprimento de ar, o fato de prender a respiração durante a descida, faz com que a pressão externa seja maior que a dos pulmões. Manifesta-se com uma sensação de opressão e dor torácica de intensidade crescente durante a descida. Diante destes sintomas o mergulho deve ser interrompido e o mergulhador deve passar por uma avaliação do seu estado. Mesmo que uma forma leve deste Barotrauma ,mergulhador deve encerrar as atividades por um período de 24 hz. Nos mergulhos com equipamento, manobras para economizar ar, podem provocar esse acidente e devem ser evitadas.

O Barotrauma Dental ocorre quando, na descida do mergulhador, uma forte odontalgia, obriga a subir precipitadamente, com graves conseqüências, acredita-se que bolhas no interior da polpa dentária ou em tecidos moles adjacentes e sem comunicação com o ambiente apresentam uma pressão negativa causando a dor.

O Barotrauma Facial ou da Mascara e a falta de capacidade do mergulhador em equilibrar a pressão na mascara transformando-a em uma verdadeira ventosa, que sugara os tecidos moles da face e olhos podendo causar lesões graves. Se a pressão não for equilibrada o mergulhador deverá inundar a mascara imediatamente e depois clarea-la ( esvaziar ), caso não consiga o mergulhador deve subir.

O Barotrauma Cutâneo ou da Roupa e causada por roupas mal ajustadas ou em tamanho inadequado, podem formar espaços entre a roupa e a pele que funcionarão como câmara de ar isoladas que não serão equilibradas na descida. Quando retornam a superfície, o mergulhador notará manchas equimóticas nas áreas comprometidas, geralmente não necessitam de tratamento.

As Cólicas dos Escafandristas são causadas pela distensão dos gases no tubo digestivo, havendo formação de gases no estômago ou intestino, quando em profundidade. Ao subir á superfície, esses gases aumentam o volume, causando dor , o uso de gomas de mascar durante o mergulho deve ser evitado, por favorecer a deglutição do ar.

Atenção a Embriagues ou Narcose das Profundezas é um quadro provocado pela impregnação difusa do sistema nervoso central por elementos de uma mistura gasosa respirada além de certas profundidades, com manifestações psíquicas, sensitivas e motoras. Embriagado como sob os efeitos do álcool , o homem perde a capacidade de cumprir tarefas simples e despreocupa-se totalmente dos perigos que o cercam, caminhando com atitudes incoerentes para uma possível morte. A partir de trinta metros de profundidade que começam a surgir nas pessoas mais predispostas, (30% dos mergulhadores) os primeiros sinais . Aos sessenta metros com ar comprimido, a totalidade dos mergulhadores tem seu desempenho prejudicado. E aos noventa metros são poucos os profissionais que conseguem executar alguma tarefa, por mais fácil. Os sintomas apresentados são, a principio , subjetivos fenômenos como euforia, vertigem, não fixação da visão, acentuação do dialogo interior , depois os sintomas são fenômenos objetivos , desde mudança do comportamento, diminuição da atenção, diminuição da memória de fatos recentes, diminuição da coordenação motora, raciocínio lento, desinteresse e perda de sensibilidade. Os sintomas são mais evidentes a partir de 50 metros. Em grandes profundidades podemos observar um efeito narcótico com a perda de consciência do seu estado. Ao menor sintoma da doença, devemos subir alguns metros que o quadro deverá regredir. Na maioria das vezes é o dupla , instrutor ou mergulhador mais experiente que deve se encarregar de alertar e até mesmo conduzir o mergulhador acometido da narcose a superfície evitando maiores danos.

Os mergulhos realizados com intervalos menores que 12 horas são considerados mergulhos sucessivos. Para estes mergulhos são necessários utilizar as tabelas próprias.

As velocidades de descida para todas tabelas são de 75 pés por minuto e de subida de 60 pés por minuto, na duvida, não suba mais rápido que as bolhas de ar. Alguns relógios e computadores de mergulho já possuem um alerta que toca quando esta velocidade e ultrapassada.

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Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.