sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Especialista em odontologia do trabalho

onde encontrar Ricardo Toscano cirurgião-dentista especialista em odontologia do trabalho - odontosc.joi@terra.com.br em Joinville Santa Catarina Brasil

Manual de segurança, Higiene e Saúde do Trabalho

O Manual de referência para a prevenção de riscos profissionais


O Manual «Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho» tem-se revelado um instrumento de consulta indispensável para todos os profissionais, com informação legislativa actual e ferramentas prontas a utilizar.


Quer garantir o cumprimento da legislação em vigor e ter essa informação sempre actualizada?
Necessita de orientações para organizar os serviços de saúde e segurança na sua empresa?
Deseja reduzir os comportamentos de risco?
Precisa de ferramentas de trabalho para verificação das condições dos postos e dos equipamentos de trabalho?
Procura exemplos, minutas e casos práticos que o(a) ajudem na elaboração dos seus documentos?
Finalmente, com uma única publicação (Manual e CD-ROM) saberá o que fazer, quando fazer e como fazer para:

Garantir o cumprimento atempado das obrigações e o conhecimento das responsabilidades em matéria de saúde e segurança no trabalho;

Preparar-se para uma possível inspecção do trabalho;

Implementar um sistema de gestão da prevenção eficaz;

Organizar, planificar, implementar e gerir as actividades dos serviços de prevenção na empresa, de acordo com a política de SHST previamente definida e com a legislação em vigor;

Esclarecer dúvidas e apreender melhor os conceitos e as técnicas através dos casos práticos e exemplos apresentados, adaptados à realidade portuguesa;

Conhecer as especificidades de prevenção para actividades de risco, onde os acidentes de trabalho e as doenças profissionais são mais frequentes, como a actividade industrial, a construção civil, os trabalhos em electricidade, os trabalhos em altura, os trabalhos com máquinas, o manuseamento de químicos, a movimentação de cargas, etc.;
Saber como actuar em caso de acidente ou emergência: primeiros-socorros, quando e a quem participar e quais as consequências da não participação devida;

Seleccionar os equipamentos de protecção individual mais adequados ao trabalho a realizar, determinar os custos de um acidente de trabalho e efectuar análises e levantamentos das condições de trabalho, em diversas circunstâncias, utilizando checklists, mapas, folhas de cálculo e guias de avaliação de riscos, permitindo traçar um diagnóstico para a determinação de medidas de prevenção e correcção.

Fonte :Verlag Dashofer

nr e odontologia

Do que se trata a NR-7?

Esta norma estabelece que todos os empregadores, e instituições que admitam trabalhadores como empregados (independente do número de trabalhadores), têm a obrigação de elaborar e implementar em sua empresa o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), com o objetivo de promover e preservar a saúde de seus trabalhadores.

Quais são as orientações do PCMSO?
· Estar articulado com as demais NRs
· Identificar os serviços e riscos no local de trabalho
· Ter um caráter preventivo atendendo os padrões da Medicina do Trabalho

O PCMSO é obrigatório?
Sim. Elaborar e implementar o PCMSO é obrigação de todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que admitam trabalhadores como empregados regidos pela CLT.

Quais podem ser as conseqüências se a empresa optar em não elaborar e implementar o PCMSO?
A empresa pode ser multada pelo fiscal do trabalho da Delegacia Regional do Trabalho. Além disso, a saúde do trabalhador pode ficar exposta desnecessariamente e o empregador pode desnecessariamente responder a procedimentos criminais e de indenização civil.

Basta o serviço do médico para se elaborar o PCMSO?
Nem sempre. Às vezes é importante que o médico conte com a participação de outros profissionais antes mesmo de elaborar o PCMSO. Por exemplo, se o médico constatar, na sua visita preliminar, agentes insalubres ou potencialmente insalubres, o médico deverá consultar, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da empresa para que ele tenha subsídios técnicos para elaborar o PCMSO.
É preciso lembrar que o médico do trabalho é legalmente habilitado para a elaboração e implementação do PPRA, contudo, é necessário que o mesmo reconheça suas limitações técnicas e somente atue se tiver muita segurança para realizar aquele trabalho.

O que é o PPRA?
A sigla PPRA, como foi dito anteriormente, significa Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, NR 9.
O médico, para elaboração do PCMSO, não pode dispensar o PPRA, onde são identificados os riscos físicos, químicos ou biológicos os quais podem causar danos à saúde do trabalhador.
Na constatação destes agentes é o PPRA que irá apontar para o médico quais destes agentes estão presentes e em que intensidade, assim com possíveis medidas de controle. O PPRA então, auxilia o médico na constatação dos chamados "riscos ocupacionais".

O que são exames complementares?
São exames realizados em laboratório que complementam as informações que o médico precisa para decidir sobre a aptidão da pessoa que se submete a eles.
São exemplo de exames complementares.
· Glicemia
· Eletroencefalograma
· Eletrocardiograma
· Audiometria
· Hemograma

Quando é realizado o exame admissional?
O exame admissional, é realizado antes do empregado ser contratado pela empresa, para se estabelecer as condições de saúde do funcionário neste momento, e evitar que futuramente alegue alguma doença pré-existente.

Quando é realizado o exame periódico?
O exame periódico é realizado anualmente na empresa, e se faz indispensável para identificação de alterações na saúde do funcionário quando comparadas a exames anteriores.

Quando é realizado o exame demissional?
O exame demissional é realizado na demissão, visa documentar as condições de saúde do funcionário neste momento. É necessário para que futuramente não alegue que foi demitido com problemas de saúde, causados pelo seu trabalho.

Quando é realizado o exame de troca de função?
O exame de troca de função deve ser realizado sempre que o trabalhador ficar exposto a riscos ambientais diferentes em relação à função anterior.

Quando é realizado o exame de retorno ao trabalho?
O exame de retorno ao trabalho é realizado quando o funcionário ficar afastado do trabalho por mais de trinta dias. Obs: Isso não inclui férias.

O que é um Atestado de Saúde Ocupacional - ASO?
É o documento que o funcionário recebe com o resultado dos exames, as opções são: Apto para a função, Apto para a função com restrições, Inapto temporariamente ou Inapto para a função.

Qual deve ser o procedimento do médico coordenador em caso de acidente de trabalho?
Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico.
· Solicitar a empresa a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT;
· Indicar (quando necessário), o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho;
· Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho;
· Orientar o empregador quanto à necessidade da adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho.

Onde deve ficar o PCMSO e o PPRA?
O PCMSO e o PPRA deverão ficar no estabelecimento para o qual foi elaborado.


Observações importantes

· Encaminhe o funcionário para exame médico ocupacional SEMPRE munido de carteira de identidade ou de trabalho.
· O empregado deve estar ciente da função que ia exercer. Não é raro depararmos com empregados que não sabem qual será sua função ou mesmo qual o nome da empresa para a qual irão trabalhar.
· Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em prontuário clínico individual, que ficará sob responsabilidade do médico coordenador do PCMSO.
· O prontuário médico do funcionário deve ser mantido por período de 20 anos após o desligamento do funcionário.

Modelo de atestado de saude ocupacional - aso

ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL - ASO



Atesto para os devidos fins da NR 7, da Portaria nº 3.214/78, com nova redação dada pela Portaria nº 24, de 29/12/94, DOU de 30/12/94, e Portaria nº 8, de 08/05/96, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalhador, que o Sr. ...., portador da CTPS nº ....,série ..., RG nº ..., na função de ..., submeteu-se a exame:

( ) admissional

( ) periódico

( ) retorno ao trabalho

( ) mudança de função

( ) demissional

encontrando-se:

( ) apto

( ) inapto

( ) .............

para atividade de ......., tendo sido submetido em __/__/__, .... (indicar os procedimentos médicos) ..., bem como foram solicitados os seguintes exames complementares:

__/__/__: ...

__/__/__: ...

__/__/__: ...



(descrever os riscos ocupais específicos existentes, ou na ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas do SSST)



(local e data)

(carimbo e assinatura do médico encarregado)

(nome do médico encarregado, CRM, endereço e forma de contrato)

(nome do médico coordenador e o CRM, quando houver)

Modelo de atestado de saude ocupacional - ASO

ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL - ASO



Atesto para os devidos fins da NR 7, da Portaria nº 3.214/78, com nova redação dada pela Portaria nº 24, de 29/12/94, DOU de 30/12/94, e Portaria nº 8, de 08/05/96, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalhador, que o Sr. ...., portador da CTPS nº ....,série ..., RG nº ..., na função de ..., submeteu-se a exame:

( ) admissional

( ) periódico

( ) retorno ao trabalho

( ) mudança de função

( ) demissional

encontrando-se:

( ) apto

( ) inapto

( ) .............

para atividade de ......., tendo sido submetido em __/__/__, .... (indicar os procedimentos médicos) ..., bem como foram solicitados os seguintes exames complementares:

__/__/__: ...

__/__/__: ...

__/__/__: ...



(descrever os riscos ocupais específicos existentes, ou na ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas do SSST)



(local e data)

(carimbo e assinatura do médico encarregado)

(nome do médico encarregado, CRM, endereço e forma de contrato)

(nome do médico coordenador e o CRM, quando houver)

Programa de Médico (Medicina do Trabalho)

Médico (Medicina do Trabalho)

Organização, Psicologia e Sociologia do Trabalho: conceito de trabalho; divisão social do trabalho; valores e atitudes; organização de trabalho; ergonomia no trabalho; Globalização e reestruturação produtiva: introdução de novas tecnologias, automação e riscos à saúde; trabalho e empresa; modelos de Gestão; vida psíquica e organização; psicopatologia do trabalho; organização do trabalho e sofrimento psíquico; assédio moral, estresse, ansiedade e depressão; droga-adição. atividade e carga de trabalho; atividade física e riscos à saúde; trabalho sob pressão temporal e riscos à saúde; trabalho noturno e em turnos: riscos à saúde, noções de cronobiologia; papéis e responsabilidades de empregadores e trabalhadores e de suas organizações representativas com respeito à segurança e saúde no trabalho no Brasil: políticas/contratos, acordos e negociações coletivas. Legislação em Saúde, Trabalho e Previdência: segurança e saúde no trabalho nos diplomas legais vigentes no país: Constituição da República Federativa do Brasil, Consolidação das Leis do Trabalho - CLT; normas regulamentadoras aprovadas pela Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978 e suas alterações posteriores, Lei Orgânica de Saúde: Lei 8080 e Legislação Complementar: Lei 8142; Política Nacional de Saúde do Trabalhador; segurança e saúde no trabalho nas Normas Internacionais da Organização Internacional do Trabalho – OIT, especificamente a Convenção nº 81 - Inspeção do Trabalho (Decreto nº 95.461, de 11/12/87); Convenção nº 139 - Prevenção e o Controle de Riscos Profissionais causados pelas Substâncias ou Agentes Cancerígenos (Decreto nº 157, de 2/7/91); Convenção nº 148 - Proteção dos Trabalhadores contra os Riscos Profissionais devidos à Contaminação do Ar, ao Ruído, às Vibrações no Local de Trabalho (Decreto nº 93.413, de 15/10/86); Convenção nº 155 - Segurança e Saúde dos Trabalhadores (Decreto nº 1.254, de 29/09/94); Convenção nº 161 - Serviços de Saúde do Trabalho (Decreto nº 127, de 22/5/91). Legislação Previdenciária: Benefícios, aposentadoria, acidente de trabalho: Lei 8212 e 8213 de 24/07/91, Decreto 3048/99 e alterações posteriores (3112/99, 3265/99, 3298/99, 3452/00, 3668/00, 4032/00, 4079/00 e 4729/03). LTCAT e PPP. Saúde e Trabalho: relação saúde e trabalho: aspectos conceituais e evolução histórica; métodos de abordagem individual e coletiva dos trabalhadores, com as ferramentas clínicas e epidemiológicas; estudo dos ambientes e das condições de trabalho, com as ferramentas da higiene do trabalho, da ergonomia e da psicologia do trabalho; impacto do trabalho sobre a segurança e saúde dos trabalhadores: indicadores de saúde – grupos de risco e doenças dos trabalhadores; situação atual da saúde dos trabalhadores no Brasil; epidemiologia ocupacional: tipos de estudos epidemiológicos, métodos quantitativos, coeficientes e taxas: incidência, prevalência, gravidade, letalidade, mortalidade, risco relativo; vigilância em saúde do trabalhador: anamnese ocupacional; grupos homogêneos de risco ocupacional; evento sentinela; programa de controle médico em saúde ocupacional; avaliação laboratorial; atestado de saúde ocupacional; avaliação da capacidade laborativa; conceito, classificação e epidemiologia das doenças profissionais no Brasil; aspectos clínicos, toxicológicos, diagnóstico, prevenção, prognóstico e reabilitação das doenças profissionais mais freqüentes no Brasil; relação de doenças profissionais no âmbito da Previdência Social; acidentes do trabalho: conceito, epidemiologia, técnicas e métodos de investigação, medidas técnicas e administrativas de prevenção; emissão de CAT e de laudo médico; noções de toxicologia ocupacional: toxicocinética e toxicodinâmica; agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos: vigilância, riscos à saúde, mecanismos de prevenção e controle e patologias associadas; programa de prevenção de riscos ocupacionais; limites de tolerância; nível de ação; CIPA e mapa de riscos; condutas administrativas, éticas e legais; ato médico pericial; responsabilidade legal do médico do trabalho; registro de dados, arquivo e documentação médica em saúde do trabalhador.

Falta de cuidado com o dente leva até a infarto

Falta de cuidado com o dente leva até a infarto

Wanessa Rodrigues

A psicóloga Digecina Mendes de Sales Freitas, 46, e o marido, o comerciante Aristoclides da Silva Freitas Neto, 40, passaram por experiências dolorosas por causa de infecções dentárias. Após sentir muita dor e de estar com o lado direito do rosto totalmente inchado, ela descobriu que, por causa de uma infiltração, um dos dentes estava infeccionado e teve de passar por procedimento de canal. No caso dele, a infecção ocorreu após a realização de canal. O comerciante passou mais de um ano sentindo dores e tomando analgésicos até que a infecção foi curada por meio da intervenção de um especialista.

O que o casal não sabia e o que muita gente ainda não sabe é que os problemas bucais não prejudicam apenas a boca, eles interferem em todo o organismo e podem até causar infarto, segundo alertam especialistas. O presidente do Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO), o cirurgião-dentista e periodontista, Anselmo Calixto, diz que pesquisas comprovam que quando as bactérias existentes na boca saem do seu habitat natural e caem em outras partes do organismo, por meio da corrente sanguínea, podem causar doenças. E uma delas é a endorcadite bacteriana, que é a inflamação da parede do coração. Calixto ressalta que existem 400 tipos de bactéria na boca.

O especialista diz que existem duas principais portas de entrada para que as bactérias caiam na circulação. Uma delas é a própria cárie, quando atinge a polpa dentária, onde estão justamente os vasos sanguíneos. “As bactérias podem atingir o organismo por meio dessa cárie. Podem atingir o pulmão, o rim e o coração”, observa. A outra porta de entrada para as bactérias, segundo presidente do CRO, é por meio da doença periodontal, que também é bacteriana e atinge a gengiva e os ossos que sustentam os dentes. “Pesquisas demonstram que uma quantidade considerável de casos de infarto do miocárdio estão relacionados à doença periodontal”, diz.

O presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Emil Razuk, também faz o mesmo alerta. Segundo ele, uma cárie não tratada pode gerar complicações graves, pois a necrose do nervo vira um campo de cultura. “E como há muita comida por ali, as bactérias nadam de braçada”, afirma. Engolidas, elas entram na corrente sanguínea, causam febre reumatóide e podem resultar em inflamações em diversos órgãos, como o coração e os olhos, e também nos nervos e nas articulações. Razuk diz que, na infância, 40% dos casos de febre reumatóide têm origem em infecções buco-dentárias. Em alguns deles, os sintomas da inflamação podem demorar anos para se manifestar.

ACESSO
O presidente do CRO-GO diz que tanto a cárie como a doença periodontal são as enfermidades que mais afetam o ser humano. A causa disso, segundo Calixto, é a falta de higiene bucal e ainda a falta de acesso a serviços odontológicos na rede pública. “Muitas vezes a pessoa procura o serviço, mas não consegue ser atendida. E o que muitos não sabem é que a Constituição Federal garante ao cidadão o acesso à saúde, o que inclui esse tipo de atendimento”, diz.

Digecina e Aristoclides conseguiram resolver os problemas de infecção bucal justamente por terem acesso a serviços odontológicos, mas boa parte da população ainda não tem. Pelo menos 30 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde (MS) colhidos por meio do Saúde Bucal Brasil , não têm acesso à escova de dentes e 25 milhões da população nunca sentou em uma cadeira de dentista. Além do acesso ao serviço, Calixto observa que é necessário ter cuidados específicos com a higiene e ter consciência de que a saúde bucal não está relacionada apenas à boca, mas a todo o organismo.

“É necessário fazer uma boa escovação, passar fio dental e consultar um especialista com freqüência”, recomenda Calixto. E é isso que Digecina e Aristoclides passaram a fazer com mais cuidado após terem sofrido com infecções. A psicóloga diz que antes mesmo de passar por este problema já era acostumada a freqüentar o dentista, pelo menos uma vez ao ano, e cuidar da higiene da boca. “Mas, depois de sentir tanta dor e ver meu rosto inchado, passei a frequentar o dentista de seis em seis meses”, diz.

Fonte: jornal hoje em dia

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

cerest

MS habilita cinco novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador - 10/10/2006
Cinco novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) foram habilitados nos estados de Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul pela Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde com a publicação no Diário Oficial da União, no dia 10, da Portaria SAS/MS nº 747.


De gestão municipal, os Cerest serão instalados em São Luis (MA), Corumbá (MS), Uberaba e Barbacena (MG) e Palmeira das Missões, executando ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente de seu vínculo empregatício.


No ato da habilitação, os Centros de Referência receberão do Fundo Nacional de Saúde R$ 50 mil para reforma de imóvel e compra de equipamentos. Ao fim de cada mês, são repassados a essas unidades recursos da ordem de R$ 30 mil, para custeio de todas as ações previstas na Portaria 2.437/2005.


Juntamente com uma rede de 500 serviços sentinela de média e alta complexidade capaz de atender às vítimas de agravos à saúde relacionados ao trabalho, os Cerest integram a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.


Desde agosto, o Ministério da Saúde habilitou 40 novos Centros de Referência. Ao todo, já são 150 os Cerest de abrangência estadual ou regional que executam ações de Saúde do Trabalhador em todo o País. Ao longo de 2007, o Ministério da Saúde deve habilitar outros 50 Cerest, estendendo em 200 as unidades implementadas.

Fonte : Área Técnica de Saúde do Trabalhador

PROPOSTA DE GESTÃO DE RISCOS PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO, A PARTIR DO DIAGNÓSTICO DE BIOSSEGURANÇA

PROPOSTA DE GESTÃO DE RISCOS PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO, A PARTIR DO DIAGNÓSTICO DE BIOSSEGURANÇA, NAS CLÍNICAS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UFSM


Clacir de Lourdes Londero Zenkner

A odontologia é uma profissão que oferece vários riscos, dentre eles os agentes biológicos constituem uma séria ameaça à saúde tanto do profissional, paciente e equipe. Aprender a controlar estes riscos é uma meta a alcançar, onde a educação deve ser iniciada ainda na vida acadêmica. O estudo foi realizado no curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Maria ? UFSM e teve como objetivo propor um sistema de gestão de risco a partir de um diagnóstico de biossegurança. Este diagnóstico foi feito por meio da aplicação de um check list que avaliou as ações desenvolvidas pelos acadêmicos (através da observação e de uma entrevista), a gestão da biossegurança que o curso possui (através da entrevista com o coordenador) e a estrutura física das clínicas (observação das clínicas). Os dados coletados foram analisados e representados através de tabelas e gráficos. Concluiu-se que falta para os acadêmicos um maior comprometimento com relação às medidas de controle de infecção, que seria apropriada a inclusão da disciplina de biossegurança e ergonomia e que a estrutura física das clínicas devem se adequar as exigências legais para facilitar a atuação de maneira mais ergonômica colaborando para reduzir os riscos ocupacionais.


Pertenece a: BDTD Ibict

Fonte :biblioteca. universia

SEMINÁRIO Frigoríficos: como superar a atual situação de adoecimentos de trabalhadores.

SEMINÁRIO
Frigoríficos: como superar a atual situação de adoecimentos de trabalhadores.

Programação:
12 de dezembro de 2008.
8:15 - Abertura
8:30 - Riscos a Saúde dos Trabalhadores nas Empresas de Abate e Processamento de Carnes - AFT Rosimeire Leão - Ministério do Trabalho (MTE).
10h - Possibilidades de Mudanças do Atual Estado das Coisas - Dr. Marçal Jackson - FUNDACENTRO
11:00 - Intervalo
11:10 - Análise das Atividades de Trabalho Relacionadas em Termos Mentais - Ana Regina de Aguiar Dutra - Ergonomista
11:40 - Debates
12:10 - Encerramento pela manhã.
ALMOÇO
13:30 - A atuação do MPT e do MTE - Dr. Sandro Sarda (MPT) e AFT Paulo Cervo (MTE)
14:10 - Avaliação e gestão do risco de LER/DORT na indústria frigorífica - Dr. Carlos Roberto Campos - Especialista em Medicina do Trabalho, especialista em Ergonomia, Ortopedista e Presidente da Associação Nacional de Médicos do Trabalho (ANAMT)
14:50 - Experiência Inovadoras: pausas de recuperação de fadigas -Nelson Fernando Romanelli - Fisioterapeuta do Frigorífico Diplomata
15:20- Um Programa de Reabilitação efetivo - Roberto Ruiz - Médico Sanitarista / Mestre em medicina preventiva e social (UNICAMP)
15:40 - A Posição dos Trabalhadores - Siderlei de Oliveira (INST / CUT)
16:00 - A Posição das Empresas - Representante Sindicato das Empresas (SindCarne)
16:20 - Intervalo
16:40- Debates: o que fazer? É possível a convergência em função dos interesses da sociedade visando a proteção a saúde dos trabalhadores ?
17:10- Finalização: propostas.
18:15 - Encerramento.
Local: auditório da 12a. Procuradoria Regional do Trabalho (12 PRT - MPT),
Avenida Rio Branco no. 301 - Florianópolis - Santa Catarina
Informações e inscrições: com Andressa, na 12a. PRT - Ofício de Chapecó.
Fone (49) 3328-3075 ou pelo e-mail: chapeco@prt12.mpt.gov.br . Para inscrever-se, o interessado deverá informar nome, endereço de contato, formação, cargo ou função, e local / órgão ou instituição onde exerce suas atividades.
Vagas: 80, mediante inscrição prévia e confirmação.
Data: 12 de dezembro de 2008, das 8 horas e 30 minutos às 18 horas.
Promoção: Procuradoria Regional do Trabalho da 12ª Região

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Classificação Internacional das Doenças

Classificação Internacional das Doenças



(CID). Lista de todas as doenças e síndromes conhecidas, incluindo perturbações mentais e do comportamento e diversos problemas de saúde, publicada aproximadamente de dez em dez anos pela OMS. Abrev. CID. A CID-10 foi publicada em 1982. É usada em muitos países como o principal meio de classificação das causas de morbilidade e mortalidade e permite a comparação das respectivas taxas a nível nacional e internacional. Também é comum a abreviatura ICD, International Classification of Diseases.

Fonte :medicos de Portugal

CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde

Apresentação
Conteúdo do Volume I
Conteúdo do Volume II
Conteúdo do Volume III
Como usar a CID-10

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A 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças passou a ter a seguinte denominação: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Na prática, é conhecida como CID-10.

Diferentemente das revisões anteriores, que se apresentavam em dois volumes, a CID-10 apresenta-se em três volumes:

Volume I
O Volume I contém a classificação propriamente dita, assim chamada LISTA TABULAR. Esta é formada por categorias, isto é, códigos de três caracteres (uma letra e dois algarismos) e subcategorias (nesse caso, quando a uma categoria é atribuído um outro número, tem-se, portanto, as subdivisões de três caracteres iniciais acrescidos de um ponto e de outro número.

Um conjunto de categorias que contém doenças semelhantes constitui um agrupamento. Vários agrupamentos constituem um capítulo.

Esquema:

Capítulos → Agrupamentos →

são conjuntos de Categorias →

que correspondem ao código de uma letra e dois dígitos Subcategorias

ao código da categoria se junta um ponto e mais um algarismo - .0 a .9 que é o código da CID

ou:

Capítulos - contendo vários

Agrupamentos - que são conjuntos de

Categorias - que correspondem ao código com uma letra e dois dígitos e que são subdivididos em

Subcategorias - onde a cada código de categoria junta-se um ponto e um algarismo do .0 ao .9) e que formam o código completo da doença.

A CID-10 tem 22 capítulos, portanto cinco a mais do que a CID-9.

No Volume I existe o que se chama de "núcleo da classificação", que é uma lista de códigos de três caracteres (ver Volume I, páginas 31 a 108) e que é considerado o essencial para apresentação das estatísticas de mortalidade por causas. Este "núcleo" está dividido em capítulos e, dentro destes, estão os agrupamentos.

Segue-se a esta classificação de três caracteres a chamada Lista Tabular propriamente dita e que usualmente nomeia o Volume I. Essa Lista Tabular contém os códigos das subcategorias, isto é, com quatro caracteres (Ver Volume I, páginas 111 a 1126).

O Volume I também contém:

Morfologia das Neoplasias (CID-O)
Listas Especiais para Tabulações
Definições
Regulamento da Nomenclatura
Volume II
É o volume que apresenta as orientações, guias, regras etc para os usuários da CID-10.

Apresenta as seguintes partes:

Introdução
Descrição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde
Como usar a CID-10
Regras e Disposições para Codificar Mortalidade e Morbidade
Apresentação Estatística
Histórico do Desenvolvimento da CID
O Volume II é um instrumento importante para o codificador, pois é nele que estão contidas todas as regras para codificar mortalidade e morbidade, bem como as definições sobre causa de morte, descrição do atestado de óbito e outros itens de interesse em mortalidade e morbidade.

Contém, também, as definições relativas a mortalidade fetal, perinatal, neonatal, infantil e materna.

Esta presente "Ajuda" para os usuários da CID-10 reproduz uma pequena parte do Volume II. É uma reprodução fiel quanto ao conteúdo, mas nem sempre igual quanto à forma de apresentação.

Volume III
É o índice alfabético (como na CID-9) e está composta das seguintes partes:

Seção I - Índice Alfabético de Doenças e Natureza da Lesão
Seção II - Índice Alfabético de Causas Externas da Lesão
Seção III - Tabela de Drogas e Compostos Químicos
Como Introdução a essas partes, o Volume III contém informações e notas sobre o uso do índice, convenções usadas, abreviaturas etc.

Como Usar a CID
Na seção anterior já se descreveu o conteúdo do Volume I. O codificador irá usar, basicamente, a Lista de Categorias de Três Caracteres e/ou a Lista Tabular, isto é, a lista com categorias e subcategorias e os respectivos termos de inclusão e exclusão.

Ainda que seja possível ao codificador, particularmente àquele experiente, chegar corretamente a um código para um diagnóstico usando somente o Volume I, isto não é recomendável, pois poderá consumir muito tempo no processo, além de propiciar erros. Recomenda-se sempre usar o Índice Alfabético (Volume III) conjuntamente.

O Volume II da CID-10 é o Manual de Instruções e contém informações detalhadas, no capítulo 3, sobre como utilizar a CID. Nessa parte do Volume II, a explicação é bastante completa sobre todas as convenções utilizadas e de como usar os Volumes I e III da CID-10.

Termos de inclusão - na Lista Tabular, sob uma rubrica ou código de três ou quatro caracteres, estão listados um ou mais termos diagnósticos. Esses são conhecidos como Termos de Inclusão e são fornecidos em adição aos títulos das categorias e subcategorias. Significa que o código se aplica ao diagnóstico do título bem como a esses termos.

Termos de exclusão - existem algumas categorias que apresentam uma lista de termos, ou apenas um, e que é precedida pela palavra "Exclui". Esses são termos que, ainda que o título da categoria possa sugerir que eles deveriam ser classificados, de fato, são excluídos destas categorias e indicadas outras categorias onde versão ser classificados.

Na CID-10 existem também o sistema de dois códigos para algumas afecções (cruz + ou adaga † e asterisco *) e que foi introduzido na CID-9. Ver página 20 do Volume II da CID-10 que contém explicações detalhadas.

Existem um certo número de convenções que têm o mesmo significado de revisões anteriores. São elas: parêntes (); colchetes []; dois-pontos :; chave {}; SOE; NCOP ponto e traço .-.

No Volume II pode-se encontrar, a partir da página 23, as explicações e a interpretação desses sinais ou siglas.

O uso do Índice (Volume III) está muito bem explicado na "Introdução" do Volume, assim como no Volume II, Manual de Instruções, a partir da página 27.


Fonte :datasus .gov

classificação de doenças, disturbios e lesões da oms

Jornal da AME
30/06/2005

Nova classificação de doenças, distúrbios e lesões da Organização Mundial de
Saúde leva em conta a funcionalidade da pessoa
Entre as classificações internacionais da Organização Mundial da Saúde
(OMS), que fornecem uma ampla gama de informações para aplicação em vários
aspectos da Saúde, as condições gerais de saúde (doenças, distúrbios,
lesões, etc) são classificadas principalmente na CID, a "Classificação
Internacional de Doenças", em sua décima revisão. Agora, este instrumento
conta com um complemento que deve fazer toda a diferença. Trata-se da CIF,
"Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde", cujo
enfoque não é apenas o da incapacidade, mas também da funcionalidade da
pessoa. Complementares, a CID10 classifica as doenças e distúrbios e os
problemas relacionados à saúde. A CIF, por sua vez, fornece dados adicionais
sobre funcionalidade e incapacidade, considerando os fatores ambientais em
que o indivíduo está inserido e busca englobar todas os aspectos da saúde
humana, com alguns componentes relevantes para a saúde relacionados ao
bem-estar. Utilizadas em conjunto, ambas fornecem uma imagem mais ampla e
mais significativa da saúde das pessoas ou da população.


Objetivos


Entre os objetivos da CIF constam: proporcionar base científica para a
compreensão e o estudo das condições relacionadas à saúde; estabelecer uma
linguagem comum para a descrição da saúde e estudos relacionados, para
melhorar a comunicação entre diferentes usuários, como profissionais da
saúde, pesquisadores, elaboradores de políticas públicas e as próprias
pessoas com deficiência, permitindo comparação de dados entre países. Pode
ser utilizada como ferramenta de pesquisa, na coleta e registro de dados,
para medir resultados, qualidade de vida ou fatores ambientais. Sua
aplicação também pode se dar como ferramenta clínica, na avaliação de
necessidades, na compatibilidade dos tratamentos com condições específicas,
reabilitação e avaliação de resultados.
Mas, com a adoção da CIF complementando a função da CID10, o que muda para
as pessoas com deficiência?
A médica Heloisa Di Nubila enfatiza que a CIF, ao complementar a informação
que pode ser codificada pela CID (estatísticas de doenças/morbidade e
morte/mortalidade), deve melhorar a comunicação e o entendimento universal
sobre o que sejam "deficiências", definidas como alterações de funções e
estruturas do corpo e "incapacidades", definidas como limitações em
atividades e restrições à participação, nos seus diferentes graus de
intensidade medidos por qualificadores.
Heloisa destaca que a CID10 e a CIF são classificações amplas que podem
descrever qualquer estado de saúde ou funcionalidade e aconselha às pessoas
com deficiência que se apropriem do conhecimento sobre potenciais usos
dessas classificações. "Por esses instrumentos, as reais condições de vida
das pessoas com deficiência poderão vir a fazer parte das estatísticas,
permitindo guiar ações e decisões, delinear políticas, definir intervenções
e destinar orçamentos, entre outras", declara a médica.


Diferença


A CIF foi aprovada pela OMS em 2001 e a tradução para o Português deu-se no
final de 2003, há pouco mais de um ano. A importante diferença entre ambas,
embora se complementem, é que enquanto a CID10 baseia-se no diagnóstico
médico de doença ou estado de saúde, a CIF estende o olhar para a
funcionalidade da pessoa, ou seja, não se restringe apenas a aspectos
negativos ou "incapacidade", considerando o contexto em que está inserida.
É a primeira vez que em uma classificação, discutida ao longo de anos,
votada e aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são apontados
fatores contextuais externos ao indivíduo, na forma de barreiras e
facilitadores, bem como o resultado da interação entre o estado de saúde do
indivíduo e estes fatores contextuais, levando a limitação em atividades e
restrição à participação. Este modelo vai além da doença, com uma visão mais
inclusiva e menos médica.


Mudanças


"Poder utilizar um instrumento que permite criar dados estatísticos sobre,
por exemplo, os fatores ambientais, como constam nos capítulos 4 (Atitudes)
e 5 (Serviços, Sistemas e Políticas), significa poder diagnosticar
importantes barreiras à inclusão social das pessoas com deficiência e
identificar pontos para possíveis intervenções", revela Heloisa. Ao longo do
tempo, segundo a médica, o uso da CIF pode mostrar mudanças na condição dos
indivíduos, apontando como, ao remover barreiras e oferecer facilitadores, é
possível transformar incapacidade em funcionalidade. " Neste contexto, a
inclusão social seria entendida como condição ideal de funcionalidade,
independente da deficiência", afirma.


Fonte : Jornal da AME - Denner E. Oliveira

CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.

Comunicado de imprensa da OMS - 15 de Novembro de 2001.

Classificação Internacional.

A publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classifica o funcionamento, a saúde e a deficiência do ser humano a nível mundial, põe em causa as idéias tradicionais sobre a saúde e a deficiência. A CIF (Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) foi aceita por 191 países como a nova norma internacional para descrever e avaliar a saúde e a deficiência.

Aplicando a CIF, a OMS estima que cada ano se perdem 500 milhões de anos de vida em boa saúde devido às deficiências associadas a problemas de saúde. Isto representa mais da metade dos anos perdidos devido a mortes prematuras. A CIF proporciona um instrumento comum para quantificar este grave problema.

Enquanto os indicadores tradicionais se baseiam em taxas de mortalidade da população, a CIF focaliza o seu interesse no conceito "vida", considerando a forma como as pessoas vivem os seus problemas de saúde e como estas podem melhorar as suas condições de vida para que consigam ter uma existência produtiva e enriquecedora. Isto tem implicações sobre a prática da medicina, sobre a legislação e políticas sociais destinadas a melhorar o acesso aos cuidados de saúde, bem como à proteção dos direitos individuais e coletivos.

A CIF transforma a nossa visão da deficiência, que não é mais o problema de um grupo minoritário e não se limita unicamente às pessoas com deficiência visível ou em cadeiras de rodas. Por exemplo, uma pessoa afetada por HIV pode ficar incapacitada em termos de oportunidades de participação ativa na sua profissão. Neste caso a CIF apresenta diferentes perspectivas para direcionar medidas pertinentes visando a possibilidade dessa pessoa continuar integrada na vida ativa e participar plenamente na vida da comunidade.

A CIF toma em consideração os aspectos sociais da deficiência e propõe um mecanismo para estabelecer o impacto do ambiente social e físico sobre a funcionalidade da pessoa. Por exemplo, quando uma pessoa com uma deficiência grave tem dificuldade em trabalhar num determinado edifício porque não existem rampas ou elevadores, a CIF identifica as prioridades de intervenção, o que supõe, neste caso, que esse edifício possua essas acessibilidades, em vez dessa pessoa se sentir obrigada a desistir do seu emprego.

A CIF coloca todas as doenças e problemas de saúde em pé de igualdade, sejam quais forem as suas causas. Uma pessoa pode não ir trabalhar devido a uma gripe ou uma angina, mas também por causa de uma depressão. Esta aproximação neutra colocou as perturbações mentais ao mesmo nível das patologias físicas e contribuiu para reconhecer e estabelecer a carga mundial de morbidade associada aos problemas depressivos, que representam atualmente a causa principal de anos de vida perdidos em razão das incapacidades.

A CIF resulta de um esforço de 7 anos de um trabalho no qual participaram ativamente 65 países. Foram empreendidos rigorosos estudos científicos de forma a que a CIF se possa aplicar independentemente da cultura, grupo etário ou sexo, de modo a tornar possível a coleta de dados confiáveis e susceptíveis de comparação, relativamente aos critérios de saúde dos indivíduos e das populações. Atualmente a OMS está realizando pesquisas em todo o mundo para recolher dados baseados na CIF.



Objetivos da CIF.
A CIF é uma classificação desenvolvida com o duplo propósito de utilização em várias disciplinas e em diferentes setores. Os seus objetivos específicos são os seguintes:

Apresentar uma base científica para a compreensão e o estudo da saúde e dos estados com ela relacionados, bem como os resultados e suas determinantes;
Estabelecer uma linguagem comum para descrever a saúde e os estados com ela relacionados, para melhorar a comunicação entre os diferentes usuários, tais como profissionais de saúde, investigadores, legisladores de políticas de saúde e a população em geral, incluindo as pessoas com deficiência;
Permitir a comparação dos dados entre países, entre as disciplinas de saúde, entre os serviços, e em diferentes momentos ao longo do tempo;
Proporcionar um esquema de codificação sistematizado de forma a ser aplicado nos sistemas de informação da saúde.
Estes objetivos encontram-se interligados entre si, uma vez que a necessidade e a utilização da CIF requer a construção de um sistema relevante e útil que possa aplicar-se em âmbitos distintos: na política de saúde, na avaliação da qualidade da assistência e avaliação das conseqüências em diferentes culturas.



Aplicações da CIF.
Desde a sua publicação como versão experimental em 1980, a CIF tem sido utilizada para diferentes finalidades, por exemplo:

Como ferramenta estatística - na recolha e registro de dados (ex. em pesquisas e estudos da população ou em sistemas de tratamento de informação);
Como ferramenta de investigação - para medir resultados, qualidade de vida ou fatores ambientais;
Como ferramenta clínica - na valoração de necessidades, para homogeneizar tratamentos com condições específicas de saúde, na valoração vocacional, na reabilitação e na avaliação de resultados;
Como instrumento de política social - no planejamento de sistemas de segurança social, sistemas de compensação, e para conceber e implementar políticas;
Como instrumento educativo - para estruturar o "currículo" e de forma a aumentar a conscientizazação da sociedade e desenvolver atividades sociais.
Dado que a CIF é intrinsecamente uma classificação da saúde e dos aspectos "relacionados com a saúde", também se utiliza em outros setores como as companhias de seguros, a segurança social, o sistema laboral, a educação, a economia, a política social, no desenvolvimento de legislação e nas modificações ambientais. Foi aceita como uma das classificações sociais das Nações Unidas e incorpora as Regras Gerais sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Deficiência(*). Como tal, a CIF oferece-nos um instrumento apropriado para implementar as normas internacionais relativas aos direitos humanos, assim como as legislações nacionais.

A CIF dispõe de um amplo leque de aplicações, como por exemplo, na segurança social, na avaliação dos cuidados de saúde e em estudos demográficos de âmbito local, nacional e internacional. Constitui também um marco de referência conceitual para a informação que é aplicável aos cuidados de saúde individuais, incluindo a prevenção, a promoção da saúde e a melhoria da participação, eliminando ou mitigando os obstáculos de índole social e promovendo o desenvolvimento de suportes sociais e de elementos facilitadores. É também relevante para o estudo dos sistemas de prestação de cuidados de saúde, tanto para a formulação como para a avaliação de políticas.

* Regras Gerais sobre a Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiência. Adotadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua 48ª Sessão em 20 de Dezembro de 1993 (Resolução 48/96). Nova Iorque, NY, Departamento da Informação Pública das Nações Unidas, 1994.
Fonte :bengala legal

odontologia do trabalho

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O que é Estatística ?

O que é Estatística ?

O que modernamente se conhece como Ciências Estatísticas, ou simplesmente Estatística, é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação das informações.

O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas estatísticas de obtenção e análise de informações permite o controle e o estudo adequado de fenômenos, fatos, eventos e ocorrências em diversas áreas do conhecimento. A Estatística tem por objetivo fornecer métodos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações sujeitas a incertezas.

Desde a Antiguidade

Apesar da Estatística ser uma ciência relativamente recente na área da pesquisa, ela remonta à antiguidade, onde operações de contagem populacional já eram utilizadas para obtenção de informações sobre os habitantes, riquezas e poderio militar dos povos. Após a idade média, os governantes na Europa Ocidental, preocupados com a difusão de doenças endêmicas, que poderiam devastar populações e, também, acreditando que o tamanho da população poderia afetar o poderio militar e político de uma nação, começaram a obter e armazenar informações sobre batizados, casamentos e funerais. Entre os séculos XVI e XVIII as nações, com aspirações mercantilistas, começaram a buscar o poder econômico como forma de poder político. Os governantes, por sua vez, viram a necessidade de coletar informações estatísticas referentes a variáveis econômicas tais como: comércio exterior, produção de bens e de alimentos.

Até nossos dias

Atualmente os dados estatísticos são obtidos, classificados e armazenados em meio magnético e disponibilizados em diversos sistemas de informação acessíveis a pesquisadores, cidadãos e organizações da sociedade que, por sua vez, podem utilizá-los para o desenvolvimento de suas atividades. A expansão no processo de obtenção, armazenamento e disseminação de informações estatísticas tem sido acompanhada pelo rápido desenvolvimento de novas técnicas e metodologias de análise de dados estatísticos.

Fonte :ence ibge

classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saude

CIF
Classificação Internacional
de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde
Classificação Detalhada com definições
Todas as categorias com as suas definições, inclusões e exclusões
Organização Mundial da Saúde
Direcção-Geral da Saúde
2003
2
3
Índice
A Introdução
1. Antecedentes
2. Objectivos da CIF
3. Propriedades da CIF
4. Visão geral dos componentes da CIF
5. Modelos de Funcionalidade e de Incapacidade
6.Utilização da CIF
B. Classificação de primeiro nível
C. Classificação de segundo nível
D. Classificação detalhada com definições
Funções do Corpo
Estruturas do Corpo
Actividades e Participação
Factores Ambientais
E. Anexos
1. Questões de taxonomia e de terminologia
2. Guia para a codificação pela CIF
3. Utilizações possíveis da lista de Actividades e Participação
4. Exemplos de casos
5. A CIF e as pessoas com incapacidades
6. Directrizes éticas para a utilização da CIF
7. Resumo do processo de revisão
8. Orientações futuras da CIF
9. Dados da CIF sugeridos como mínimos e ideais para sistemas de informação de
saúde ou para inquéritos de saúde
10. Agradecimentos
4
CIF Introdução
5
1. Antecedentes
Este volume contém a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade
e Saúde, conhecida como CIF1. O objectivo geral da classificação é proporcionar uma
linguagem unificada e padronizada assim como uma estrutura de trabalho para a
descrição da saúde e de estados relacionados com a saúde. A classificação define os
componentes da saúde e alguns componentes do bem-estar relacionados com a saúde
(tais como educação e trabalho). Os domínios contidos na CIF podem, portanto, ser
considerados como domínios da saúde e domínios relacionados com a saúde. Estes
domínios são descritos com base na perspectiva do corpo, do indivíduo e da sociedade
em duas listas básicas: (1) Funções e Estruturas do Corpo, e (2) Actividades e
Participação.2 Como classificação, a CIF agrupa sistematicamente diferentes
domínios3 de uma pessoa com uma determinada condição de saúde (e.g. o que uma
pessoa com uma doença ou perturbação faz ou pode fazer). A Funcionalidade é um
termo que engloba todas as funções do corpo, actividades e participação; de maneira
similar, incapacidade é um termo que inclui deficiências, limitação de actividades ou
restrição na participação. A CIF também relaciona os factores ambientais que
interagem com todos estes constructos. Neste sentido, a classificação permite ao
utilizador registar perfis úteis da funcionalidade, incapacidade e saúde dos indivíduos
em vários domínios.
A CIF pertence à “família” das classificações internacionais desenvolvida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) para aplicação em vários aspectos da saúde. A
família de classificações internacionais da OMS proporciona um sistema para a
codificação de uma ampla gama de informações sobre saúde (e.g. diagnóstico,
funcionalidade e incapacidade, motivos de contacto com os serviços de saúde) e
utiliza uma linguagem comum padronizada que permite a comunicação sobre saúde e
cuidados de saúde em todo o mundo, entre várias disciplinas e ciências.
Nas classificações internacionais da OMS, os estados de saúde (doenças,
perturbações, lesões, etc.) são classificados principalmente na CID-10 (abreviatura da
Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão),4 que fornece uma estrutura
de base etiológica. A funcionalidade e a incapacidade associados aos estados de saúde
são classificadas na CIF. Portanto, a CID-10 e a CIF são complementares, 5 e os
1 O texto representa uma revisão da Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens
(ICIDH), publicada inicialmente pela Organização Mundial da Saúde com carácter experimental em 1980. Esta versão
foi desenvolvida após estudos de campo sistemáticos e consultas internacionais nos últimos cinco anos e foi aprovada
pela Quinquagésima Quarta Assembleia Mundial de Saúde para utilização internacional em 22 de Maio de 2001
(resolução WHA54.21).
2 Estes termos, que substituem aqueles utilizados previamente "deficiência", "incapacidade" e "limitação
(desvantagem)", alargam o âmbito da classificação de modo a permitir a descrição de experiências positivas. Os novos
termos são definidos mais adiante nesta Introdução e surgem em detalhe no corpo da classificação. É importante notar
que esses termos são utilizados com significados específicos que podem diferir do seu uso na vida quotidiana.
3 Um domínio é um conjunto prático e significativo de funções relacionadas com a fisiologia, estruturas anatómicas,
acções, tarefas ou áreas da vida. .
4 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde , Décima Revisão, Vols.
1-3 Genebra, Organização Mundial da Saúde, 1992-1994.
5 É importante também reconhecer a sobreposição entre a CID-10 e a CIF. As duas classificações começam com os
sistemas do corpo. Deficiências referem-se às estruturas e funções do corpo que são, em geral, parte do “processo de
doença” e portanto, também utilizadas na CID-10. Não obstante, a CID-10 utiliza as deficiências (tais como, sinais e
sintomas) como partes de um conjunto que forma uma “doença” ou, algumas vezes, como os motivos de contacto com
CIF Introdução
6
utilizadores são estimulados a usar em conjunto esses dois membros da família de
classificações internacionais da OMS. A CID-10 proporciona um “diagnóstico” de
doenças, perturbações ou outras condições de saúde, que é complementado pelas
informações adicionais fornecidas pela CIF sobre funcionalidade.6 Em conjunto, as
informações sobre o diagnóstico e sobre a funcionalidade, dão uma imagem mais
ampla e mais significativa da saúde das pessoas ou da população, que pode ser
utilizada em tomadas de decisão.
A família de classificações internacionais da OMS constitui uma ferramenta valiosa
para a descrição e a comparação da saúde das populações num contexto internacional.
As informações sobre a mortalidade (facultadas pela CID-10) e sobre as
consequências na saúde (proporcionadas pela CIF) podem ser combinadas de forma a
obter medidas sintéticas da saúde das populações. Isto permite seguir a saúde das
populações e a sua distribuição, bem como avaliar a parte atribuída às diferentes
causas.
A CIF transformou-se, de uma classificação de “consequência da doença” (versão de
1980) numa classificação de “componentes da saúde”. Os “componentes da saúde”
identificam o que constitui a saúde, enquanto que as "consequências" se referem ao
impacto das doenças na condição de saúde da pessoa. Deste modo a CIF assume uma
posição neutra em relação à etiologia de modo que os investigadores podem
desenvolver inferências causais utilizando métodos científicos adequados. De maneira
similar, esta abordagem também é diferente de uma abordagem do tipo
"determinantes da saúde" ou “factores de risco". Para facilitar o estudo dos
determinantes ou dos factores de risco, a CIF inclui uma lista de factores ambientais
que descrevem o contexto em que o indivíduo vive.
serviços de saúde, enquanto que o sistema da CIF utiliza as deficiências como problemas das funções e estruturas do
corpo associados aos estados de saúde.
6 Duas pessoas com a mesma doença podem ter níveis diferentes de funcionamento, e duas pessoas com o mesmo nível
de funcionamento não têm necessariamente a mesma condição de saúde. Assim, a utilização conjunta aumenta a
qualidade dos dados para fins clínicos. A utilização da CIF não deve substituir os procedimentos normais de
diagnóstico. Em outros contextos, a CIF pode ser utilizada sozinha.
CIF Introdução
7
2. Objectivos da CIF
A CIF é uma classificação com múltiplas finalidades elaborada para servir a várias
disciplinas e sectores diferentes. Os seus objectivos específicos podem ser resumidos
da seguinte maneira:
• proporcionar uma base científica para a compreensão e o estudo dos
determinantes da saúde, dos resultados e das condições relacionadas com a
saúde;
• estabelecer uma linguagem comum para a descrição da saúde e dos estados
relacionados com a saúde, para melhorar a comunicação entre diferentes
utilizadores, tais como, profissionais de saúde, investigadores, políticos e
decisores e o público, incluindo pessoas com incapacidades;
• permitir a comparação de dados entre países, entre disciplinas relacionadas com
os cuidados de saúde, entre serviços, e em diferentes momentos ao longo do
tempo;
• proporcionar um esquema de codificação para sistemas de informação de saúde.
Estes objectivos estão inter-relacionados dado que a necessidade de aplicar a CIF e a
sua utilização requerem a construção de um sistema prático e útil que possa ser
aplicado por vários utilizadores na política de saúde, na garantia da qualidade e na
avaliação de resultados em diferentes culturas.
2.1 Aplicações da CIF
Desde a sua publicação como versão experimental, em 1980, a ICIDH tem sido
utilizada para vários fins, por exemplo:
• como uma ferramenta estatística – na colheita e registo de dados (e.g. em estudos
da população e inquéritos na população ou em sistemas de informação para a
gestão);
• como uma ferramenta na investigação – para medir resultados, a qualidade de
vida ou os factores ambientais;
• como uma ferramenta clínica – avaliar necessidades, compatibilizar os
tratamentos com as condições específicas, avaliar as aptidões profissionais, a
reabilitação e os resultados;
• como uma ferramenta de política social – no planeamento de sistemas de
segurança social, de sistemas de compensação e nos projectos e no
desenvolvimento de políticas;
• como uma ferramenta pedagógica – na elaboração de programas educacionais,
para aumentar a consciencialização e realizar acções sociais.
CIF Introdução
8
Como a CIF é uma classificação da saúde e dos estados relacionados com a saúde,
também é utilizada por sectores, tais como, seguros, segurança social, trabalho,
educação, economia, política social, desenvolvimento de políticas e de legislação em
geral e alterações ambientais. Por estes motivos foi aceite como uma das
classificações sociais das Nações Unidas, sendo mencionada e estando incorporada
nas Regras Uniformes para a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com
Incapacidades .7Assim, a CIF constitui um instrumento apropriado para o
desenvolvimento de legislação internacional sobre os direitos humanos bem como de
legislação a nível nacional.
A CIF é útil num âmbito muito largo de aplicações diferentes, por exemplo, em
segurança social, na avaliação da gestão dos cuidados de saúde, em inquéritos à
população a nível local, nacional e internacional. Oferece uma estrutura conceptual
para a informação aplicável aos cuidados de saúde pessoais, incluindo a prevenção, a
promoção da saúde e a melhoria da participação, removendo ou atenuando as
barreiras sociais e estimulando a atribuição de apoios e de facilitadores sociais. É
também útil no estudo dos sistemas de cuidados de saúde, tanto em termos de
avaliação como de formulação de políticas.
7 As Regras Uniformes para a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Incapacidades (The standard Rules on
the Equalization of Opportunities for Persons with Disabilities ). Adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas
na sua 48ª sessão em 20 de Dezembro de 1993 (resolução 48/96). Nova York, NY, Departamento de Informações
Públicas das Nações Unidas, 1994.
CIF Introdução
9
3. Propriedades da CIF
Uma classificação deve ser clara em relação ao seu objecto: o seu universo, o seu
âmbito, as suas categorias, a sua organização e a forma como esses elementos estão
estruturados em termos da sua inter-relação. Estas propriedades básicas da CIF estão
descritas nas secções que se seguem.
.
3.1 Universo da CIF
A CIF engloba todos os aspectos da saúde humana e alguns componentes relevantes
para a saúde relacionados com o bem-estar e descreve-os em termos de domínios de
saúde e domínios relacionados com a saúde. 8 A classificação é circunscrita ao amplo
contexto da saúde e não cobre circunstâncias que não estão relacionadas com a saúde,
tais como, as que resultam de factores sócio-económicos. Por exemplo, algumas
pessoas podem ter uma capacidade limitada de executar uma tarefa no ambiente em
que vivem, por causa da raça, sexo, religião ou outras características sócioeconómicas,
mas essas restrições de participação não estão relacionadas com a saúde
no sentido que lhe é atribuído na CIF.
Muitas pessoas consideram, erradamente, que a CIF se refere unicamente a pessoas
com incapacidades; na verdade, ela aplica-se a todas as pessoas. A saúde e os estados
relacionados com a saúde associados a qualquer condição de saúde podem ser
descritos através da CIF. Por outras palavras, a CIF tem aplicação universal.9
3.2 Âmbito da CIF
A CIF permite descrever situações relacionadas com a funcionalidade do ser humano
e as suas restrições e serve como enquadramento para organizar esta informação. Ela
estrutura a informação de maneira útil, integrada e facilmente acessível.
A CIF organiza a informação em duas partes; (1) Funcionalidade e Incapacidade, (2)
Factores Contextuais. Cada parte tem dois componentes:
1. Componentes da Funcionalidade e da Incapacidade
O componente Corpo inclui duas classificações, uma para as funções dos sistemas
orgânicos e outra para as estruturas do corpo. Nas duas classificações os capítulos
estão organizados de acordo com os sistemas orgânicos.
O componente Actividades e Participação cobre a faixa completa de domínios que
indicam os aspectos da funcionalidade, tanto na perspectiva individual como social.
2. Componentes dos Factores Contextuais
8 Exemplos de domínios da saúde incluem ver, ouvir, andar, aprender e recordar, enquanto que exemplos de domínios
relacionados com a saúde incluem transporte, educação e interacções sociais.
9 Bickenbach JE, Chatterji S, Badley EM, Üstün TB. Modelos de incapacidade, universalismo e a ICIDH. Social
Science and Medicine, 1999, 48:1173 - 1187
CIF Introdução
10
O primeiro componente dos Factores Contextuais é uma lista de Factores
Ambientais. Estes têm um impacto sobre todos os componentes da funcionalidade e
da incapacidade e estão organizados de forma sequencial, do ambiente mais imediato
do indivíduo até ao ambiente geral.
Os Factores Pessoais também são um componente dos Factores Contextuais, mas
eles não estão classificados na CIF devido à grande variação social e cultural
associada aos mesmos.
Os componentes de Funcionalidade e da Incapacidade da CIF podem ser expressos de
duas maneiras. Por um lado, eles podem ser utilizados para indicar problemas (e.g.
incapacidade, limitação de actividade ou restrição de participação designadas pelo
termo genérico deficiência); por outro lado, eles podem indicar aspectos não
problemáticos (i.e. neutros) da saúde e dos estados relacionados com a saúde
resumidos sob o termo funcionalidade).
Estes componentes da funcionalidade e da incapacidade são interpretados utilizandose
três constructos separados, mas relacionados. Estes constructos são
operacionalizados com o uso de qualificadores. As funções e as estruturas do corpo
podem ser interpretadas através das alterações dos sistemas fisiológicos ou das
estruturas anatómicas. Para o componente Actividades e Participação estão
disponíveis dois constructos: capacidade e desempenho (ver secção 4.2).
A funcionalidade e a incapacidade de uma pessoa são concebidas como uma
interacção dinâmica 10 entre os estados de saúde (doenças, perturbações, lesões,
traumas, etc.) e os factores contextuais. Como já foi indicado anteriormente, os
Factores Contextuais englobam factores pessoais e ambientais. A CIF inclui uma lista
abrangente de factores ambientais que são considerados como um componente
essencial da classificação. Os factores ambientais interagem com todos os
componentes da funcionalidade e da incapacidade. O constructo básico do
componente dos Factores Ambientais é o impacto facilitador ou limitador das
características do mundo físico, social e atidudinal.
3.3 Unidade de classificação
A CIF classifica a saúde e os estados relacionados com a saúde. A unidade de
classificação corresponde, portanto, a categorias dentro dos domínios da saúde e
daqueles relacionados com a saúde. Assim, é importante notar que nesta classificação,
as pessoas não são as unidades de classificação, isto é, a CIF não classifica pessoas,
mas descreve a situação de cada pessoa dentro de uma gama de domínios de saúde ou
relacionados com a saúde. Além disso, a descrição é sempre feita dentro do contexto
dos factores ambientais e pessoais.
10 Esta interacção pode ser considerada como um processo ou um resultado dependendo do utilizador.
CIF Introdução
11
3.4 Apresentação da CIF
A CIF é apresentada em duas versões para poder responder às necessidades dos vários
utilizadores que necessitam de níveis diferentes de detalhe.
A versão completa da CIF, tal como é apresentada neste volume, consiste numa
classificação com quatro níveis de detalhe. Estes quatro níveis podem ser agregados
num sistema de classificação de nível superior que inclui todos os domínios num
segundo nível. Esta classificação a dois níveis também está disponível numa versão
resumida da CIF.
4 Visão geral dos componentes da CIF
DEFINIÇÕES11
No contexto de saúde:
Funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as
funções psicológicas).
Estruturas do corpo são as partes anatómicas do corpo, tais como, órgãos, membros
e seus componentes.
Deficiências são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como, um
desvio importante ou uma perda.
Actividade é a execução de uma tarefa ou acção por um indivíduo.
Participação é o envolvimento de um indivíduo numa situação da vida real.
Limitações de actividade são dificuldades que um indivíduo pode ter na execução de
actividades.
Restrições de participação são problemas que um indivíduo pode enfrentar quando
está envolvido em situações da vida real
Factores ambientais constituem o ambiente físico, social e atitudinal em que as
pessoas vivem e conduzem sua vida.
A Tabela 1 dá uma visão geral desses conceitos, que são explicados em termos
operacionais na secção 5.1. Como está indicado na tabela:
• A CIF tem duas partes, cada uma com dois componentes:
Parte 1. Funcionalidade e Incapacidade
(a) Funções do Corpo e Estruturas do Corpo
(b) Actividades e Participação
11 Ver também Anexo 1, Questões de Taxonomia e de Terminologia.
CIF Introdução
12
Parte 2. Factores Contextuais
(c) Factores Ambientais
(d) Factores Pessoais
• Cada componente pode ser expresso em termos positivos e negativos.
• Cada componente contém vários domínios e em cada domínio há várias
categorias, que são as unidades de classificação. A saúde e os estados
relacionados com a saúde de um indivíduo podem ser registados através da
selecção do código ou códigos apropriados da categoria e do acréscimo de
qualificadores, códigos numéricos que especificam a extensão ou magnitude da
funcionalidade ou da incapacidade naquela categoria, ou em que medida um
factor ambiental facilita ou constitui um obstáculo.
Tabela 1. Uma visão geral da CIF
Parte 1: Funcionalidade e Incapacidade
Parte 2: Factores Contextuais
Componentes Funções e Estruturas
do Corpo
Actividades e
Participação
Factores Ambientais Factores Pessoais
Domínios
Funções do Corpo
Estruturas do Corpo
Áreas Vitais
(tarefas, acções)
Influências externas
sobre a funcionalidade
e a incapacidade
I
Influências internas
sobre a funcionalidade
e a incapacidade
Constructos
Mudança nas funções do
corpo (fisiológicas)
Mudança nas estruturas
do corpo (anatómicas)
Capacidade
Execução de tarefas
num ambiente padrão
Desempenho/Execução
de tarefas no ambiente
habitual
Impacto facilitador ou
limitador das
características do
mundo físico, social e
atitudinal
Impacto dos atributos
de uma pessoa
Integridade funcional e
estrutural
Actividades
Participação
Aspectos
positivos
Funcionalidade
Facilitadores
Não aplicável
Deficiência
Limitação da actividade
Restrição da
participação
Aspectos
negativos
Incapacidade
Barreiras
Não aplicável
4.1 Funções e estruturas do corpo e deficiências
Definições: As funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos
(incluindo as funções psicológicas)
CIF Introdução
13
As estruturas do corpo são as partes anatómicas do corpo, tais como,
órgãos, membros e seus componentes.
Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, tais
como, um desvio importante ou uma perda.
(1) As funções e as estruturas do corpo são classificadas em duas secções diferentes.
Essas duas classificações estão concebidas de forma a serem utilizadas em
paralelo. Por exemplo, as funções do corpo incluem sentidos humanos básicos
como as "funções da visão" e as estruturas relacionadas aparecem na forma de
“olho e estruturas relacionadas”.
(2) "Corpo" refere-se ao organismo humano como um todo; por isso, o cérebro e as
suas funções, i.e., a mente, estão incluídos. As funções mentais (ou psicológicas)
são, portanto, incluídas nas funções do corpo.
(3) As funções e as estruturas do corpo são classificadas de acordo com os sistemas
orgânicos; por isso, as estruturas do corpo não são consideradas como órgãos, no
seu sentido restrito. 12
(4) As deficiências de estrutura podem consistir numa anormalidade, defeito, perda ou
outro desvio importante relativamente a um padrão das estruturas do corpo. As
deficiências foram definidas de acordo com os conhecimentos biológicos actuais
ao nível de tecidos ou das células e ao nível sub-celular ou molecular. Por motivos
práticos, no entanto, esses níveis não estão classificados.13 As bases biológicas das
deficiências orientaram essa classificação e é possível expandir a classificação
para incluir os níveis celular ou molecular. Do ponto de vista médico, deve-se ter
em mente que as deficiências não são equivalentes às patologias subjacentes, mas
sim a manifestações dessas patologias.
(5) As deficiências correspondem a um desvio relativamente ao que é geralmente
aceite como estado biomédico normal (padrão) do corpo e das suas funções. A
definição dos seus componentes é feita essencialmente por pessoas com
competência para avaliar a funcionalidade física e mental, de acordo com esses
padrões.
(6) As deficiências podem ser temporárias ou permanentes; progressivas, regressivas
ou estáveis; intermitentes ou contínuas. O desvio em relação ao modelo baseado
na população, e geralmente aceite como normal, pode ser leve ou grave e pode
variar ao longo do tempo. Estas características são consideradas posteriormente
em descrições adicionais, principalmente nos códigos, através de um qualificador
que se acrescenta ao código e do qual fica separado por um ponto.
12 Embora o nível de órgão tenha sido mencionado na versão de 1980 da ICIDH, a definição de um "órgão" não é clara.
O olho e o ouvido são considerados tradicionalmente como órgãos; no entanto, é difícil identificar e definir seus limites,
e o mesmo se aplica aos membros e aos órgãos internos. Em vez de utilizar uma abordagem por "órgão", que implica a
existência de uma entidade ou unidade dentro do corpo, a CIF substitui esse termo por “estrutura do corpo”.
13 Assim, as deficiências codificadas quando se utiliza a versão completa da CIF, devem poder ser identificadas ou
percebidas por outra pessoa ou pela pessoa interessada quer através da observação directa quer a partir de factos
observados.
CIF Introdução
14
(7) As deficiências não têm uma relação causal com a etiologia ou com a forma como
se desenvolveram. Por exemplo, a perda da visão ou de um membro pode resultar
de uma anomalia genética ou de uma lesão. A presença de uma deficiência implica
necessariamente uma causa, no entanto, a causa pode não ser suficiente para
explicar a deficiência resultante. Da mesma forma, quando há uma deficiência, há
uma disfunção das funções ou estruturas do corpo, mas isto pode estar relacionado
com qualquer doença, perturbação ou estado fisiológico.
(8) As deficiências podem ser parte ou uma expressão de uma condição de saúde, mas
não indicam, necessariamente, a presença de uma doença ou que o indivíduo deva
ser considerado doente.
(9) As deficiências cobrem um campo mais vasto que as perturbações ou as doenças,
por exemplo, a perda de uma perna é uma deficiência de uma estrutura do corpo,
mas não é uma perturbação ou uma doença.
(10) As deficiências podem originar outras deficiências, por exemplo, a diminuição da
força muscular pode prejudicar as funções do movimento; as funções cardíacas
podem estar relacionadas com o défice das funções respiratórias, e uma percepção
prejudicada pode estar relacionada com as funções do pensamento.
(11) Algumas categorias do componente Funções e Estruturas do Corpo e as categorias
da CID-10 parecem sobrepor-se, principalmente no que se refere aos sintomas e
sinais. No entanto, os propósitos das duas classificações são diferentes. A CID-10
classifica sintomas em capítulos especiais para documentar a morbilidade ou a
utilização de serviços, enquanto que a CIF os mostra como parte das funções do
corpo, que podem ser utilizados na prevenção ou na identificação das necessidades
dos doentes. Mais importante ainda, na CIF, a classificação das Funções e das
Estruturas do Corpo foi concebida para ser utilizada em conjunto com as
categorias de Actividades e Participação.
(12) As deficiências são classificadas nas categorias apropriadas utilizando-se critérios
de identificação definidos (e.g. presente ou ausente de acordo com um valor
limiar). Esses critérios são os mesmos para as funções e estruturas do corpo. Eles
são: (a) perda ou ausência; (b) redução; (c) aumento ou excesso e (d) desvio. Uma
vez que uma deficiência esteja presente, ela pode ser graduada em termos de
gravidade utilizando-se o qualificador genérico da CIF.
(13) Os factores ambientais interagem com as funções do corpo, como por exemplo, a
qualidade do ar e a respiração, a luz e a visão, os sons e a audição, estímulos que
distraem e a atenção, textura do pavimento e o equilíbrio, a temperatura do
ambiente e a regulação da temperatura do corpo.
CIF Introdução
15
4.2 Actividades e Participação/limitações de actividades e restrições de participação
Definições: Actividade é a execução de uma tarefa ou acção por um indivíduo.
Participação é o envolvimento numa situação da vida.
Limitações de actividade são dificuldades que um indivíduo pode
encontrar na execução de actividades.
Restrições de participação são problemas que um indivíduo pode
experimentar no envolvimento em situações reais da vida.
(1) Os domínios do componente Actividades e Participação estão incluídos numa lista
única que engloba a totalidade das áreas vitais (desde a aprendizagem básica ou a
mera observação a áreas mais complexas, tais como, interacções interpessoais ou
de trabalho). O componente pode ser utilizado para descrever as actividades (a) ou
a participação (p) ou ambas. Os domínios deste componente são qualificados pelos
dois qualificadores de desempenho e capacidade. Assim, as informações colhidas
através dessa lista produz numa tabela de dados sem sobreposições ou
redundâncias (ver Tabela 2).
Tabela 2. Actividades e Participação: matriz de informação
Qualificador
Domínios Desempenho Capacidade
d1 Aprendizagem e aplicação dos
conhecimentos
d2 Tarefas e exigências gerais
d3 Comunicação
d4 Mobilidade
d5 Auto cuidados
d6 Vida doméstica
d7 Interacções e relacionamentos
interpessoais
d8 Principais áreas da vida
d9 Vida comunitária, social e cívica
(2) O qualificador de desempenho descreve o que o indivíduo faz no seu ambiente de
vida habitual. Como este ambiente inclui um contexto social, o desempenho
também pode ser entendido como "envolvimento numa situação de vida", ou "a
experiência vivida" das pessoas no contexto real em que vivem 14. Esse contexto
inclui os factores ambientais – todos os aspectos do mundo físico, social e
atitudinal que podem ser codificados através do componente Factores Ambientais.
14 A definição de "participação" introduz o conceito de envolvimento. Algumas propostas de definição para
“envolvimento” incorporam tomar parte, ser incluído ou participar numa área da vida, ser aceite, ou ter acesso aos
recursos necessários. Na Tabela 2, o único indicador possível de participação é codificado através do desempenho. Isto
não significa que a participação seja automaticamente igualada ao desempenho. O conceito de envolvimento também
deve ser diferenciado da experiência subjectiva de envolvimento (o sentido de "pertencer"). Os utilizadores que
desejarem codificar o envolvimento separadamente devem consultar as orientações para a codificação no Anexo 2.
CIF Introdução
16
(3) O qualificador de capacidade descreve a aptidão de um indivíduo para executar
uma tarefa ou uma acção. Este constructo visa indicar o nível máximo provável de
funcionalidade que a pessoa pode atingir num dado domínio num dado momento.
Para avaliar a capacidade plena do indivíduo, é necessário ter um ambiente
"padronizado" para neutralizar o impacto variável dos diferentes ambientes sobre
a capacidade do indivíduo. Esse ambiente padronizado pode ser: (a) um ambiente
real, utilizado geralmente, para avaliação da capacidade em situações de teste; ou
(b) nos casos em que isto não é possível, um ambiente que possa ser considerado
como tendo um impacto uniforme. Este ambiente pode ser chamado de ambiente
“uniforme “ ou “ padrão”. Assim, a capacidade reflecte a aptidão do indivíduo
ajustada ao ambiente. Este ajustamento deve ser o mesmo para todas as pessoas
em todos os países para permitir comparações internacionais. As características do
ambiente uniforme ou padrão podem ser codificadas utilizando-se a classificação
dos Factores Ambientais. A diferença entre a capacidade e o desempenho reflecte
a diferença entre os impactos do ambiente actual e os do ambiente uniforme,
proporcionando assim uma orientação útil sobre o que pode ser feito no ambiente
do indivíduo para melhorar seu desempenho.
(4) Ambos os qualificadores, capacidade e desempenho, podem ainda ser utilizados
com e sem dispositivos de auxílio ou assistência pessoal. Embora nem os
dispositivos nem a assistência pessoal eliminem as deficiências, eles podem
remover as limitações da funcionalidade em domínios específicos. Este tipo de
codificação é útil principalmente para identificar o nível de limitação que o
indivíduo teria sem os dispositivos de auxílio (ver orientações para a codificação
no Anexo 2).
(5) As dificuldades ou os problemas nesses domínios podem surgir quando há uma
alteração qualitativa ou quantitativa na maneira como são realizadas as funções
nestes domínios. As limitações ou restrições são avaliadas em comparação com
um padrão populacional geralmente aceite. O padrão ou a norma com o qual se
compara a capacidade ou desempenho de um indivíduo correspondem à
capacidade ou desempenho de uma pessoa sem a mesma condição de saúde
(doença, perturbação ou lesão, etc.). A limitação ou restrição encontrada mede a
discordância entre o desempenho observado e o esperado. O desempenho esperado
é a norma populacional, que representa a experiência de pessoas sem essa
condição de saúde específica. A mesma norma é utilizada no qualificador de
capacidade de maneira que seja possível inferir o que pode ser feito ao ambiente
do indivíduo para melhorar seu desempenho.
(6) Um problema de desempenho pode resultar directamente do ambiente social,
mesmo quando o indivíduo não tem nenhum a deficiência. Por exemplo, um
indivíduo VIH positivo sem nenhum sintoma ou doença, ou alguém com uma
predisposição genética para uma determinada doença, pode não apresentar
nenhuma deficiência ou ter capacidade suficiente para trabalhar; no entanto,
poderá não o fazer porque lhe é negado o acesso ao trabalho, por discriminação ou
estigma.
(7) É difícil distinguir entre "Actividades" e "Participação" com base nos domínios
desses componentes. Da mesma maneira, não foi possível distinguir, com base nos
CIF Introdução
17
domínios, as perspectivas "individuais" das "sociais" devido às variações
internacionais, às diferenças nas abordagens utilizadas pelos profissionais e aos
enquadramentos teóricos. Portanto, se os utilizadores assim o desejarem, a CIF
fornece uma lista única que pode ser usada, na sua prática, para diferenciar
Actividades (A) e Participação (P). Isto é explicado mais em detalhe no Anexo 3.
Há quatro maneiras possíveis de fazê-lo:
(a) designar alguns domínios como Actividades e outros como
Participação, evitando qualquer sobreposição;
(b) o mesmo que (a), mas permitindo uma sobreposição parcial;
(c) designar todos os domínios detalhados como Actividades e os títulos
das categorias como Participação;
(d) utilizar todos os domínios como Actividades e como Participação.
4.3 Factores Contextuais
Os Factores Contextuais representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de
um indivíduo. Eles incluem dois componentes: Factores Ambientais e Factores Pessoais –
que podem ter efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a
saúde e os estados relacionados com a saúde do indivíduo.
Os factores ambientais constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as
pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses factores são externos aos indivíduos e podem
ter uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da
sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar acções ou tarefas, ou sobre a
função ou estrutura do corpo do indivíduo.
(1) Os Factores Ambientais estão organizados na classificação tendo em vista dois níveis
distintos:
(a) Individual – no ambiente imediato do indivíduo, englobando espaços como
o domicílio, o local de trabalho e a escola. Este nível inclui as
características físicas e materiais do ambiente em que o indivíduo se
encontra, bem como o contacto directo com outros indivíduos, tais como,
família, conhecidos, colegas e estranhos.
(b) Social – estruturas sociais formais e informais, serviços e regras de conduta
ou sistemas na comunidade ou cultura que têm um impacto sobre os
indivíduos. Este nível inclui organizações e serviços relacionados com o
trabalho, com actividades na comunidade, com organismos
governamentais, serviços de comunicação e de transporte e redes sociais
informais, bem como, leis, regulamentos, regras formais e informais,
atitudes e ideologias.
(2) Os Factores Ambientais interagem com os componentes das Funções e Estruturas
do Corpo e as Actividades e a Participação. Para cada componente, a natureza e a
extensão dessa interacção podem ser mais bem definidas com base nos resultados
de trabalhos científicos a desenvolver no futuro. A incapacidade é caracterizada
CIF Introdução
18
como o resultado de uma relação complexa entre a condição de saúde do indivíduo
e os factores pessoais, com os factores externos que representam as circunstâncias
nas quais o indivíduo vive. Assim, diferentes ambientes podem ter um impacto
distinto sobre o mesmo indivíduo com uma determinada condição de saúde. Um
ambiente com barreiras, ou sem facilitadores, vai restringir o desempenho do
indivíduo; outros ambientes mais facilitadores podem melhorar esse desempenho.
A sociedade pode limitar o desempenho de um indivíduo criando barreiras (e.g.,
prédios inacessíveis) ou não fornecendo facilitadores (e.g. indisponibilidade de
dispositivos de auxílio).
Os factores pessoais são o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo
e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição de saúde
ou de um estado de saúde. Esses factores podem incluir o sexo, raça, idade, outros estados
de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida, diferentes maneiras
de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível de instrução, profissão, experiência
passada e presente, (eventos na vida passada e na actual), padrão geral de comportamento,
carácter, características psicológicas individuais e outras características, todas ou algumas
das quais podem desempenhar um papel na incapacidade em qualquer nível. Os factores
pessoais não são classificados na CIF. No entanto, eles são incluídos na Fig.1 para
mostrar a sua contribuição, que pode influenciar os resultados das várias intervenções.
CIF Introdução
19
5. Modelo de funcionalidade e incapacidade
5.1 Processo da funcionalidade e da incapacidade
Como classificação, a CIF não estabelece um modelo de "processo" de funcionalidade e
incapacidade. No entanto, ela pode ser utilizada para descrever o processo fornecendo os
meios para a descrição dos diferentes constructos e domínios. Ela permite, como processo
interactivo e evolutivo, fazer uma abordagem multidimensional da classificação da
funcionalidade e da incapacidade e fornece as bases para os utilizadores que desejam criar
modelos e estudar os diferentes aspectos deste processo. Neste sentido, a CIF pode ser
vista como uma linguagem: os textos elaborados com base nesta classificação dependem
dos utilizadores, da sua criatividade e da sua orientação científica. O diagrama
apresentado na Fig. 1 pode ser útil15 para visualizar a compreensão actual da interacção
dos vários componentes.
Fig. 1 Interacções entre os componentes da CIF
Neste diagrama, a funcionalidade de um indivíduo num domínio específico é uma
interacção ou relação complexa entre a condição de saúde e os factores contextuais (i.e.
factores ambientais e pessoais). Há uma interacção dinâmica entre estas entidades: uma
intervenção num elemento pode, potencialmente, modificar um ou vários outros
elementos. Estas interacções são específicas e nem sempre ocorrem numa relação unívoca
previsível. A interacção funciona em dois sentidos: a presença da deficiência pode
modificar até a própria condição de saúde. Inferir uma limitação da capacidade devido a
uma ou mais deficiências, ou uma restrição de desempenho por causa de uma ou mais
limitações, pode parecer muitas vezes razoável. No entanto, é importante colher dados
sobre estes constructos de maneira independente e então, explorar as associações e
ligações causais entre eles. Se a nossa intenção é descrever uma experiência de saúde, no
seu todo, todos os componentes são úteis. Por exemplo, uma pessoa pode:
15 A CIF difere substancialmente da versão de 1980 da ICIDH na representação das inter-relações entre a
funcionalidade e incapacidade. Deve-se notar que qualquer diagrama provavelmente estará incompleto e fadado a
representações incorrectas devido à complexidade das interacções num modelo multidimensional. O modelo é
elaborado para ilustrar múltiplas interacções. É possível utilizar outras representações que indicam outros elementos
importantes no processo. As interpretações das interacções entre os diferentes componentes e constructos também
podem variar (por exemplo, o impacto dos factores ambientais sobre as funções do corpo seguramente diferem do seu
impacto sobre a participação).
Funções e estruturas Actividade
do corpo Participação
Factores
ambientais
Factores
pessoais
Condição de Saúde
(perturbação ou doença)
CIF Introdução
20
• ter deficiências sem limitações de capacidade (e.g. uma desfiguração resultante da
Doença de Hansen pode não ter efeito sobre a capacidade da pessoa);
• ter problemas de desempenho e limitações de capacidade sem deficiências
evidentes (e.g. redução de desempenho nas actividades diárias associado a várias
doenças);
• ter problemas de desempenho sem deficiências ou limitações de capacidade (e.g.
indivíduo VIH positivo, ou um ex. doente curado de doença mental, que enfrenta
estigmas ou discriminação nas relações interpessoais ou no trabalho);
• ter limitações de capacidade se não tiver assistência, e nenhum problema de
desempenho no ambiente habitual (e.g. um indivíduo com limitações de
mobilidade pode beneficiar, por parte da sociedade, de ajudas tecnológicas de
assistência para se movimentar);
• experimentar um grau de influência em sentido contrário (e.g. a inactividade dos
membros pode levar à atrofia muscular; a institucionalização pode resultar numa
perda da socialização).
Os exemplos de casos, no Anexo 4, ilustram de modo mais detalhado as possibilidades
das interacções entre os constructos.
O esquema indicado na Fig. 1 mostra o papel que os factores contextuais (i.e. factores
ambientais e pessoais) têm no processo. Esses factores interagem com um indivíduo com
uma condição de saúde, e determinam o nível e a extensão das funções do indivíduo. Os
factores ambientais são extrínsecos ao indivíduo (e.g. as atitudes da sociedade, as
características arquitectónicas, o sistema legal) e são incluídos na classificação dos
Factores Ambientais. Os Factores Pessoais, por outro lado, não são considerados na
versão actual da CIF. Se necessário, a sua avaliação fica ao critério do utilizador. Eles
podem incluir sexo, raça, idade, forma física, estilo de vida, hábitos, educação recebida,
maneira de enfrentar problemas, passado social, instrução, profissão, experiência passada
e presente (acontecimentos da vida passada e acontecimentos presentes), padrão de
comportamento em geral, carácter, valores psicológicos individuais e outros factores
relacionados: todos ou qualquer um podem desempenhar um papel na incapacidade a
qualquer nível.
5.2 Modelo médico e modelo social
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade foram propostos vários
modelos conceptuais 16. Esses modelos podem ser expressos numa dialéctica de “modelo
médico” versus “modelo social”. O modelo médico considera a incapacidade como um
problema da pessoa, causado directamente pela doença, trauma ou outro problema de
saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por
profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade tem por objectivo a cura ou a
adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é
16 O termo "modelo" significa aqui constructo ou paradigma, o que difere da utilização deste termo na secção anterior.
CIF Introdução
21
considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a
modificação ou reforma da política de saúde. O modelo social de incapacidade, por sua
vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e,
basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A
incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de
condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema
requer uma acção social e é da responsabilidade colectiva da sociedade fazer as
modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com
incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou
ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa
questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão
política.
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração
das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial".
Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes
perspectivas de saúde: biológica, individual e social. 17
17 Ver também Anexo 5 – "A CIF e as pessoas com incapacidades".
CIF Introdução
22
6. Utilização da CIF
A CIF é uma classificação da funcionalidade e da incapacidade do homem. Ela agrupa, de
maneira sistemática, os domínios da saúde e os domínios relacionados com a saúde.
Dentro de cada componente, os domínios são agrupados de acordo com as suas
características comuns (tais como, origem, tipo ou semelhança) e ordenados segundo
essas características. A classificação está organizada de acordo com um conjunto de
princípios (ver Anexo 1). Esses princípios referem-se à capacidade de inter-relação dos
níveis e à hierarquia da classificação (conjuntos de níveis). No entanto, algumas
categorias na CIF estão organizadas de maneira não hierárquica, sem nenhuma ordem,
mas como membros iguais de um mesmo ramo.
As características estruturais da classificação, que têm impacto na sua utilização, são as
seguintes:
(1) A CIF propõe definições operacionais padronizadas dos domínios da saúde e dos
domínios relacionados com a saúde em contraste com as definições correntes de
saúde. Essas definições descrevem os atributos essenciais de cada domínio (por
exemplo, qualidades, propriedades e relações) e contêm informações sobre o que
cada domínio inclui ou exclui. Como as definições contêm pontos de referência
usualmente utilizados para a avaliação, podem ser facilmente utilizadas em
questionários. De modo inverso, os resultados dos instrumentos de avaliação
existentes podem ser codificados em termos da CIF. Por exemplo, as “funções
visuais” são definidas em termos de capacidade de perceber a forma e o contorno
dos objectos, a várias distâncias, utilizando um ou ambos os olhos, de maneira que
a gravidade das dificuldades de visão pode ser codificada nos níveis leve,
moderada, grave ou completa em relação a esses parâmetros.
(2) A CIF utiliza um sistema alfanumérico no qual as letras b, s, d e e são utilizadas
para indicar Funções do Corpo, Estruturas do Corpo, Actividades e Participação e
Factores Ambientais. Essas letras são seguidas por um código numérico que
começa com o número do capítulo (um dígito), seguido pelo segundo nível (dois
dígitos) e o terceiro e quarto níveis (um dígito cada).
(3) As categorias da CIF "encaixam-se" de maneira que as categorias mais amplas são
definidas de forma a incluir subcategorias mais detalhadas. (por exemplo, o
Capítulo 4, do componente Actividades e Participação, sobre Mobilidade, inclui
subcategorias separadas como ficar de pé, sentar-se, andar, transportar objectos,
etc.). A versão reduzida da CIF cobre dois níveis, enquanto que a versão completa
(detalhada) estende-se por quatro níveis. Os códigos das versões completa e
reduzida são correspondentes, e a versão resumida pode ser obtida da versão
completa.
(4) A um qualquer indivíduo pode-lhe ser atribuído uma série de códigos em cada
nível. Estes podem ser independentes ou estar inter-relacionados.
(5) Os códigos da CIF só estão completos com a presença de um qualificador, que
indica a magnitude do nível de saúde (por exemplo, gravidade do problema). Os
qualificadores são codificados com um, dois ou mais dígitos após um ponto
CIF Introdução
23
separador. A utilização de qualquer código deve ser acompanhada de, pelo
menos, um qualificador. Sem eles, os códigos não têm significado.
(6) O primeiro qualificador para Funções e Estruturas do Corpo, os qualificadores de
desempenho e capacidade para Actividades e Participação, e o primeiro
qualificador dos Factores Ambientais descrevem a extensão dos problemas no
respectivo componente.
(7) Todos os três componentes classificados na CIF (Funções e Estruturas do Corpo,
Actividades e Participação e Factores Ambientais) são quantificados através da
mesma escala genérica. Um problema pode significar uma deficiência, limitação,
restrição ou barreira, dependendo do constructo. As palavras de qualificação
apropriadas, conforme indicado nos parênteses abaixo, devem ser escolhidas de
acordo com o domínio de classificação relevante (onde xxx significa o número de
domínio do segundo nível). Para que essa quantificação seja utilizada de maneira
universal, os procedimentos de avaliação devem ser desenvolvidos através de
pesquisas. Estão disponíveis classes amplas de percentagens para aqueles casos
em que se usam instrumentos de medida calibrados ou outras normas para
quantificar deficiência, limitação de capacidade, problema de desempenho ou
barreira. Por exemplo, a indicação de “nenhum problema” ou “problema
completo” pode ter uma margem de erro até 5%. Um "problema moderado" é
quantificado a meio da escala de dificuldade total. As percentagens devem ser
calibradas nos diferentes domínios tendo como referência os valores standard da
população, como percentis.
xxx.0 NÃO há problema (nenhum, ausente, insignificante) 0-4%
xxx.1 Problema LIGEIRO (leve, pequeno, ...) 5-24%
xxx.2 Problema MODERADO (médio, regular, ...) 25-49%
xxx.3 Problema GRAVE (grande, extremo, ...) 50-95%
xxx.4 Problema COMPLETO (total, ....) 96-100%
xxx.8 não especificado
xxx.9 não aplicável
(8) No caso dos factores ambientais, este primeiro qualificador pode ser utilizado para
indicar a extensão dos efeitos positivos do ambiente, i.e. facilitadores, ou a
extensão dos efeitos negativos, i.e. barreiras. Ambos utilizam a mesma escala 0-4,
mas para os facilitadores o ponto é substituído por um sinal +: por exemplo,
e110+2. Os Factores Ambientais podem ser codificados (a) em relação a cada
constructo individualmente, ou (b) em geral, sem referência a qualquer constructo
individual. A primeira opção é preferível, já que ela identifica mais claramente o
impacto e a atribuição.
(9) Para diferentes utilizadores, pode ser apropriado e útil acrescentar outros tipos de
informações à codificação de cada item. Há uma variedade de qualificadores
adicionais que podem ser úteis. A Tabela 3 apresenta os detalhes dos
qualificadores para cada componente bem como qualificadores adicionais
sugeridos que podem ser desenvolvidos.
CIF Introdução
24
(10) As descrições dos domínios da saúde e dos domínios relacionados com a saúde
correspondem à sua utilização em dado momento (i.e. como numa fotografia
instantânea). No entanto, procedendo de forma repetitiva, utilizando múltiplos
pontos no tempo, é possível descrever uma trajectória ao longo do tempo e do
processo.
(11) A CIF atribui aos estados da saúde e aos estados relacionados com a saúde de uma
pessoa, uma gama de códigos que englobam as duas partes da classificação.
Assim, o número máximo de códigos por pessoa pode ser 34 ao nível de um dígito
(8 códigos de funções do corpo, 8 de estruturas do corpo, 9 de desempenho e 9 de
capacidade). De maneira similar, o total do número de códigos para os itens do
segundo nível é 362. A um nível mais detalhado esses códigos chegam a 1424
itens. Nas aplicações práticas da CIF, um conjunto de 3 a 18 códigos pode ser
adequado para descrever um caso com uma precisão do nível dois (três dígitos).
Em geral, a versão mais detalhada, de quatro níveis, é utilizada para serviços
especializados (e.g. resultados da reabilitação, geriátricos, etc.), enquanto que a
classificação a dois níveis pode ser utilizada nos inquéritos e na avaliação de
resultados clínicos.
No Anexo 2 são apresentadas outras instruções para a codificação. Recomenda-se
vivamente aos utilizadores que obtenham uma formação específica sobre a utilização da
classificação através da OMS e da sua rede de centros colaboradores.
CIF Introdução
25
Tabela 3. Qualificadores
Componentes Primeiro qualificador Segundo qualificador
Funções do Corpo (b) Qualificador genérico com a escala
negativa, utilizado para indicar a
extensão ou magnitude de uma
deficiência
Exemplo: b167.3 indica uma
deficiência grave nas funções
mentais específicas da linguagem.
Nenhum
Estruturas do Corpo (s) Qualificador genérico com a escala
negativa, utilizado para indicar a
extensão ou magnitude de uma
deficiência
Exemplo: s730.3 indica uma
deficiência grave do membro
superior
Utilizado para indicar a natureza da
mudança na estrutura do corpo em
questão:
0 nenhuma mudança na estrutura
1 ausência total
2 ausência parcial
3 parte suplementar
4 dimensões anormais
5 descontinuidade
6 desvio de posição
7 mudanças qualitativas na estrutura,
incluindo retenção de líquidos
8 não especificada
9 não aplicável
Exemplo: s730.32 para indicar a
ausência parcial do membro superior
Actividades e Participação
(d)
DESEMPENHO
Qualificador genérico
Problema no ambiente habitual da
pessoa
Exemplo :d5101.1 _ indica leve
dificuldade de para tomar banho se
utilizar dispositivos de auxílio
disponíveis no seu ambiente
habitual.
CAPACIDADE
Qualificador genérico
Limitação, sem ajuda
Exemplo: d5101._2 indica dificuldade
moderada para tomar banho sem o
recurso a dispositivos de auxílio ou a
ajuda de outra pessoa.
Factores Ambientais (e) Qualificador genérico, com escala
negativa e positiva, para indicar,
respectivamente, a extensão dos
barreiras e dos facilitadores
Exemplo: e130.2 indica que os
produtos para a educação são uma
obstáculo moderado. Inversamente,
e130+2 indicaria que os produtos
para a educação são um facilitador
moderado
Nenhum
CIF Introdução
26
Endosso da 54ª Assembleia Mundial de Saúde à CIF para uso internacional
Os termos da resolução WHA54.21 são os seguintes:
A 54ª Assembleia Mundial de Saúde,
1. ENDOSSA a segunda edição da Classificação Internacional das Deficiências, das
Incapacidades e das Desvantagens (CIDID) com o título Classificação Internacional de
Funcionalidade, Deficiência e Saúde, doravante designada CIF;
2.·INSTA os Países Membros a utilizar a CIF em actividades de investigação, vigilância e
notificação, tendo em consideração as situações específicas nos Países Membros e, em
particular, tendo em vista possíveis revisões futuras;
3. SOLICITA ao Director Geral que, quando solicitado, apoie os Países Membros na
utilização da CIF.
CIF Classificação de primeiro nível
27
FUNÇÕES DO CORPO
Capítulo 1 Funções mentais
Capítulo 2 Funções sensoriais e dor
Capítulo 3 Funções da voz e da fala
Capítulo 4 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológico e
imunológico e do aparelho respiratório
Capítulo 5 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e endócrino
Capítulo 6 Funções genitourinárias e reprodutivas
Capítulo 7 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o movimento
Capítulo 8 Funções da pele e estruturas relacionadas
ESTRUTURAS DO CORPO
Capítulo 1 Estruturas do sistema nervoso
Capítulo 2 Olho, ouvido e estruturas relacionadas
Capítulo 3 Estruturas relacionadas com a voz e a fala
Capítulo 4 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico e do
aparelho respiratório
Capítulo 5 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os sistemas
metabólico e endócrino
Capítulo 6 Estruturas relacionadas com os aparelhos genitourinário e reprodutivo
Capítulo 7 Estruturas relacionadas com o movimento
Capítulo 8 Pele e estruturas relacionadas
CIF Classificação de primeiro nível
28
ACTIVIDADES E PARTICIPAÇÃO
Capítulo 1 Aprendizagem e aplicação do conhecimento
Capítulo 2 Tarefas e exigências gerais
Capítulo 3 Comunicação
Capítulo 4 Mobilidade
Capítulo 5 Auto cuidados
Capítulo 6 Vida doméstica
Capítulo 7 Interacções e relacionamentos interpessoais
Capítulo 8 Áreas principais da vida
Capítulo 9 Vida comunitária, social e cívica
FACTORES AMBIENTAIS
Capítulo 1 Produtos e tecnologia
Capítulo 2 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem
Capítulo 3 Apoio e relacionamentos
Capítulo 4 Atitudes
Capítulo 5 Serviços, sistemas e políticas
CIF Classificação de segundo nível
29
FUNÇÕES DO CORPO
Capítulo 1 Funções Mentais
Funções mentais globais (b110-b139)
b110 Funções da consciência
b114 Funções da orientação
b117 Funções intelectuais
b122 Funções psicossociais globais
b126 Funções do temperamento e da personalidade
b130 Funções da energia e dos impulsos
b134 Funções do sono
b139 Funções mentais globais, outras especificas e não especificadas
Funções mentais específicas (b140-b189)
b140 Funções da atenção
b144 Funções da memória
b147 Funções psicomotoras
b152 Funções emocionais
b156 Funções da percepção
b160 Funções do pensamento
b164 Funções cognitivas de nível superior
b167 Funções mentais da linguagem
b172 Funções de cálculo
b176 Funções mentais para a sequência de movimentos complexos
b180 Funções de experiência pessoal e do tempo
b189 Funções mentais específicas, outras especificadas e não especificadas
b198 Funções mentais, outras especificadas b199 Funções mentais, não especificadas
Capítulo 2 Funções sensoriais e dor
Visão e funções relacionadas (b210-229)
b210 Funções da visão
b215 Funções dos anexos do olho
b220 Sensações associadas ao olho e anexos
b229 Visão e funções relacionadas, outras especificadas e não especificadas
Funções auditivas e vestibulares (b230-b249)
b230 Funções auditivas
b235 Funções vestibulares
b240 Sensações associadas à audição e à função vestibular
b249 Funções auditivas e vestibulares, outras especificadas e não especificadas
CIF Classificação de segundo nível
30
Funções sensoriais adicionais (b250-b279)
b250 Função gustativa
b255 Função olfactiva
b260 Função proprioceptiva
b265 Função táctil
b270 Funções sensoriais relacionadas com a temperatura e outros estímulos
b279 Funções sensoriais adicionais, outras especificadas e não especificadas
Dor (b280-b289)
b280 Sensação de dor
b289 Sensação de dor, outras especificadas e não especificadas
b298 Funções sensoriais e dor, outras especificadas
b299 Funções sensoriais e dor, não especificadas
Capítulo 3 Funções da voz e da fala
b310 Funções da voz
b320 Funções da articulação
b330 Funções da fluência e do ritmo da fala
b340 Funções de outras formas de vocalização
b398 Funções da voz e da fala, outras especificadas
b399 Funções da voz e da fala, não especificadas
Capítulo 4 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas
hematológico e imunológico e do aparelho respiratório
Funções do aparelho cardiovascular (b410-b429)
b410 Funções cardíacas
b415 Funções dos vasos sanguíneos
b420 Funções da pressão arterial
b429 Funções do aparelho cardiovascular, outras especificadas e não especificadas
Funções dos sistemas hematológico e imunológico (b430-b439)
b430 Funções do sistema hematológico
b435 Funções do sistema imunológico
b439 Funções dos sistemas hematológico e imunológico, outras especificadas e não especificadas
Funções do aparelho respiratório (b440-b449) b440 Funções da respiração
b445 Funções dos músculos respiratórios
b449 Funções do aparelho respiratório, outras especificadas e não especificadas
Funções e sensações adicionais dos aparelhos cardiovascular e respiratório (b450-
b469)
CIF Classificação de segundo nível
31
b450 Funções respiratórias adicionais
b455 Funções de tolerância ao exercício
b460 Sensações associadas às funções cardiovasculares e respiratórias
b469 Funções e sensações adicionais dos aparelhos cardiovascular e respiratório, outras
especificadas e não especificadas
b498 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológico e imunológico e do aparelho
respiratório, outras especificadas
b499 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológico e imunológico e do aparelho
respiratório, não especificadas
Capítulo 5 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e
endócrino
Funções relacionadas com o aparelho digestivo (b510-b539)
b510 Funções de ingestão
b515 Funções digestivas
b520 Funções de assimilação
b525 Funções de defecação
b530 Funções de manutenção do peso
b535 Sensações associadas ao aparelho digestivo
b539 Funções relacionadas com o aparelho digestivo, outras especificadas e não especificadas
Funções relacionadas com os sistemas metabólicos e endócrino (b540-b559)
b540 Funções metabólicas gerais
b545 Funções de equilíbrio hídrico, mineral e electrolítico
b550 Funções termoreguladoras
b555 Funções das glândulas endócrinas
b559 Funções relacionadas com os sistemas metabólico e endócrino, outras especificadas e não
especificadas b598 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e endócrino, outras especificadas b599 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e endócrino, não especificadas
Capítulo 6 Funções geniturinárias e reprodutivas
Funções urinárias (b610-639)
b610 Funções de excreção urinária
b620 Funções miccionais
b630 Sensações associadas às funções urinárias
b639 Funções urinárias, outras especificadas e não especificadas
Funções genitais e reprodutivas (b640-b679)
b640 Funções sexuais
b650 Funções relacionadas com a menstruação
b660 Funções de procriação
b670 Sensações associadas às funções genitais e reprodutivas
b679 Funções genitais e reprodutivas, outras especificadas e não especificadas
b698 Funções genitourinárias e reprodutivas, outras especificadas b699 Funções genitourinárias e reprodutivas, não especificadas
CIF Classificação de segundo nível
32
Capítulo 7 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o
movimento
Funções das articulações e dos ossos (b710-b729)
b710 Funções da mobilidade das articulações
b715 Funções da estabilidade das articulações
b720 Funções da mobilidade dos ossos
b729 Funções das articulações e dos ossos, outras especificadas e não especificadas
Funções musculares (b730-b749)
b730 Funções da força muscular
b735 Funções do tónus muscular
b740 Funções da resistência muscular
b749 Funções musculares, outras especificadas e não especificadas
Funções relacionadas com o movimento (b750-b789)
b750 Funções de reflexos motores
b755 Funções de reacções motoras involuntárias
b760 Funções de controlo do movimento voluntário
b765 Funções dos movimentos involuntários
b770 Funções relacionadas com o padrão de marcha
b780 Sensações relacionadas com os músculos e as funções do movimento
b789 Funções do movimento, outras especificadas e não especificadas
b798 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o movimento, outras especificadas b799 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o movimento, não especificadas
Capítulo 8 Funções da pele e estruturas relacionadas
Funções da pele (b810-b849)
b810 Funções protectoras da pele
b820 Funções reparadoras da pele
b830 Outras funções da pele
b840 Sensação relacionada com a pele
b849 Funções da pele, outras especificadas e não especificadas
Funções dos pêlos e das unhas (b850-b869)
b850 Funções dos pêlos
b860 Funções das unhas
b869 Funções dos pêlos e das unhas, outras especificadas e não especificadas
b898 Funções da pele e estruturas relacionadas, outras especificadas
b899 Funções da pele e estruturas relacionadas, não especificadas
CIF Classificação de segundo nível
33
ESTRUTURAS DO CORPO
Capítulo 1 Estruturas do sistema nervoso
s110 Estrutura do cérebro
s120 Medula espinhal e estruturas relacionadas
s130 Estrutura das meninges s140 Estrutura do sistema nervoso simpático s150 Estrutura do sistema nervoso parassimpático
s198 Estrutura do sistema nervoso, outra especificada s199 Estrutura do sistema nervoso, não especificada
Capítulo 2 Olho, ouvido e estruturas relacionadas
s210 Estrutura da cavidade ocular
s220 Estrutura do globo ocular
s230 Estruturas anexas ao olho
s240 Estrutura do ouvido externo
s250 Estrutura do ouvido médio
s260 Estrutura do ouvido interno
s298 Olho, ouvido e estruturas relacionadas, outras especificadas
s299 Olho, ouvido e estruturas relacionadas, não especificadas
Capítulo 3 Estruturas relacionadas com a voz e a fala
s310 Estrutura do nariz
s320 Estrutura da boca
s330 Estrutura da faringe
s340 Estrutura da laringe
s398 Estruturas relacionadas com a voz e a fala, outras especificadas s399 Estruturas relacionas com a voz e a fala, não especificadas
Capítulo 4 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico
e do aparelho respiratório
s410 Estrutura do aparelho cardiovascular
s420 Estrutura do sistema imunológico
s430 Estrutura do aparelho respiratório
s498 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico e do aparelho respiratório,
outras especificadas
s499 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico e do aparelho respiratório, não
especificadas
CIF Classificação de segundo nível
34
Capítulo 5 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os
sistemas metabólico e endócrino
s510 Estrutura das glândulas salivares
s520 Estrutura do esófago
s530 Estrutura do estômago
s540 Estrutura dos intestinos
s550 Estrutura do pâncreas
s560 Estrutura do fígado
s570 Estrutura da vesícula e vias biliares
s580 Estrutura das glândul endócrinas
s598 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os sistemas metabólico e endócrino,
outras especificadas
s599 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os sistemas metabólico e endócrino,
não especificadas
Capítulo 6 Estruturas relacionadas com os aparelhos geniturinário e
reprodutivo
s610 Estrutura do aparelho urinário
s620 Estrutura do pavimento pélvico
s630 Estrutura do aparelho reprodutivo
s698 Estruturas relacionadas com os aparelhos genitourinário e reprodutivo, outras especificadas
s699 Estruturas relacionadas com os aparelhos genitourinário e reprodutivo, não especificadas
Capítulo 7 Estruturas relacionadas com o movimento
s710 Estrutura da região da cabeça e do pescoço
s720 Estrutura da região do ombro
s730 Estrutura do membro superior
s740 Estrutura da região pélvica
s750 Estrutura do membro inferior
s760 Estrutura do tronco
s770 Estruturas musculoesqueléticas adicionais relacionadas ao movimento
s798 Estruturas relacionadas com o movimento, outras especificadas
s799 Estruturas relacionadas com o movimento, não especificadas
Capítulo 8 Pele e estruturas relacionadas
s810 Estrutura das áreas da pele
s820 Estrutura das glândulas da pele
s830 Estrutura das unhas
s840 Estrutura dos pêlos
s898 Pele e estruturas relacionadas, outras especificadas
s899 Pele e estruturas relacionadas, não especificadas
CIF Classificação de segundo nível
35
ACTIVIDADES E PARTICIPAÇÃO
Capítulo 1 Aprendizagem e aplicação de conhecimentos
Experiências sensoriais intencionais (d110-d129)
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras percepções sensoriais intencionais
d129 Experiências sensoriais intencionais, outras especificadas e não especificadas
Aprendizagem básica (d130-d159)
d130 Imitar
d135 Ensaiar (Repetir)
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competências
d159 Aprendizagem básica, outra especificada e não especificada
Aplicação do conhecimento (d160-d179)
d160 Concentrar a atenção
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisões
d179 Aplicação do conhecimento, outra especificada
d198 Aprendizagem e aplicação do conhecimento, outras especificadas
d199 Aprendizagem e aplicação do conhecimento, não especificadas
Capítulo 2 Tarefas e exigências gerais
d210 Realizar uma única tarefa
d220 Reaizar tarefas múltiplas
d230 Realizar a rotina diária
d240 Lidar com o stresse e outras exigências psicológicas
d298 Tarefas e exigências gerais, outras especificadas
d299 Tarefas e exigências gerais, não especificadas
Capítulo 3 Comunicação
Comunicar e receber mensagens (d310-d329)
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens não verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d329 Comunicar e receber mensagens, outras especificadas e não especificadas
CIF Classificação de segundo nível
36
Comunicar e produzir mensagens(d330-d349)
d330 Falar
d335 Produzir mensagens não verbais
d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual
d345 Escrever mensagens
d349 Comunicar e produzir mensagens, outra especificada e não especificada
Conversação e utilização de dispositivos e de técnicas de comunicação (d350-d369)
d350 Conversação
d355 Discussão
d360 Utilização de dispositivos e de técnicas de comunicação
d369 Conversação e utilização de dispositivos e de técnicas de comunicação, outros especificados e
não especificados
d398 Comunicação, outra especificada
d399 Comunicação, não especificada
Capítulo 4 Mobilidade
Mudar e manter a posição do corpo (d410-d429)
d410 Mudar a posição básica do corpo
d415 Manter a posição do corpo
d420 Auto-transferências
d429 Mudar e manter a posição do corpo, outras especificadas e não especificadas
Transportar, mover e manusear objectos (d430-d449)
d430 Levantar e transportar objectos
d435 Mover objectos com os membros inferiores
d440 Movimentos finos da mão
d445 Utilização da mão e do braço
d449 Transportar, mover e manusear objectos, outros especificados e não especificados
Andar e deslocar-se (d450-d469)
d450 Andar
d455 Deslocar-se
d460 Deslocar-se por diferentes locais
d465 Deslocar-se utilizando algum tipo de equipamento
d469 Andar e mover-se, outros especificados e não especificados
Deslocar-se utilizando transporte (d470-d489)
d470 Utilização de transporte
d475 Conduzir
d480 Montar animais como meio transporte
d489 Deslocar-se utilizando transporte, outros especificados e não especificados
d498 Mobilidade, outra especificada
d499 Mobilidade, não especificada
CIF Classificação de segundo nível
37
Capítulo 5 Auto cuidados
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreção
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da própria saúde
d598 Auto cuidados, outros especificados d599 Auto cuidados, não especificados
Capítulo 6 Vida doméstica
Aquisição do necessário para viver (d610-d629)
d610 Aquisição de um lugar para morar
d620 Aquisição de bens e serviços
d629 Aquisição do necessário para viver, outro especificado e não especificado
Tarefas domésticas (d630-d649)
d630 Preparar refeições
d640 Realizar as tarefas domésticas
d649 Tarefas domésticas, outras especificadas e não especificadas
Cuidar dos objectos da casa e ajudar os outros (d650-d669)
d650 Cuidar dos objectos da casa
d660 Ajudar os outros
d669 Cuidar dos objectos da casa e ajudar os outros, outros especificados e não especificados
d698 Vida doméstica, outra especificada
d699 Vida doméstica, não especificada
Capítulo 7 Interacções e relacionamentos interpessoais
Interacções interpessoais gerais (d710-d729)
d710 Interacções interpessoais básicas
d720 Interacções interpessoais complexas
d729 Interacções interpessoais gerais, outras especificadas e não especificadas
Relacionamentos interpessoais particulares (d730-d779)
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos íntimos
d779 Relacionamentos interpessoais particulares, outros especificados e não especificados
d798 Interacções e relacionamentos interpessoais, outros especificados
d799 Interacções e relacionamentos interpessoais, não especificados
CIF Classificação de segundo nível
38
Capítulo 8 Áreas principais da vida
Educação (d810-d839)
d810 Educação informal
d815 Educação pré-escolar
d820 Educação escolar
d825 Formação profissional
d830 Educação de nível superior
d839 Educação, outra especificada e não especificada
Trabalho e emprego (d840-d859)
d840 Estágio (preparação para o trabalho)
d845 Obter, manter e sair de um emprego
d850 Trabalho remunerado
d855 Trabalho não remunerado
d859 Trabalho e emprego, outros especificados e não especificados
Vida económica (d860-d879)
d860 Transacções económicas básicas
d865 Transacções económicas complexas
d870 Auto-suficiência económica
d879 Vida económica, outra especificada e não especificada
d898 Áreas principais da vida, outras especificadas d899 Áreas principais da vida, não especificadas
Capítulo 9 Vida comunitária, social e cívica
d910 Vida comunitária
d920 Recreação e lazer
d930 Religião e vida espiritual
d940 Direitos Humanos
d950 Vida política e cidadania
d998 Vida comunitária, social e cívica, outra especificada d999 Vida comunitária, social e cívica, não especificada
CIF Classificação de segundo nível
39
FACTORES AMBIENTAIS
Capítulo 1 Produtos e tecnologia
e110 Produtos ou substâncias para consumo pessoal
e115 Produtos e tecnologias para uso pessoal na vida diária
e120 Produtos e tecnologias destinados a facilitar a mobilidade e o transporte pessoal em espaços
interiores e exteriores
e125 Produtos e tecnologias para a comunicação
e130 Produtos e tecnologias para a educação
e135 Produtos e tecnologias para o trabalho
e140 Produtos e tecnologias para a cultura, actividades recreativas e desportivas
e145 Produtos e tecnologias para a prática religiosa e vida espiritual
e150 Aquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios para uso público
e155 Aquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios para uso privado
e160 Produtos e tecnologias relacionados com a utilização e a exploração dos solos
e165 Bens
e198 Produtos e tecnologias, outros especificados
e199 Produtos e tecnologias, não especificados
Capítulo 2 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem
e210 Geografia física
e215 População
e220 Flora e fauna
e225 Clima
e230 Desastres naturais
e235 Desastres causados pelo homem
e240 Luz
e245 Mudanças relacionadas com o tempo
e250 Som
e255 Vibração
e260 Qualidade do ar
e298 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem, outro especificado
e299 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem, não especificado
Capítulo 3 Apoio e relacionamentos
e310 Família próxima
e315 Família alargada
e320 Amigos
e325 Conhecidos, pares, colegas, vizinhos e membros da comunidade
e330 Pessoas em posição de autoridade
e335 Pessoas em posição subordinada
e340 Prestadores de cuidados pessoais e assistentes pessoais
e345 Estranhos
e350 Animais domesticados
e355 Profissionais de saúde
e360 Outros profissionais
e398 Apoio e relacionamentos, outros especificados
e399 Apoio e relacionamentos, não especificados
CIF Classificação de segundo nível
40
Capítulo 4 Atitudes
e410 Atitudes individuais de membros da família próxima
e415 Atitudes individuais de membros da família alargada
e420 Atitudes individuais de amigos
e425 Atitudes individuais de conhecidos, pares, colegas, vizinhos e membros da comunidade
e430 Atitudes individuais de pessoas em posições de autoridade
e435 Atitudes individuais de pessoas em posições subordinadas
e440 Atitudes individuais de prestadores de cuidados pessoais e dos assistentes pessoais
e445 Atitudes individuais de estranhos
e450 Atitudes individuais de profissionais de saúde
e455 Atitudes individuais de outros profissionais
e460 Atitudes sociais
e465 Normas, práticas e ideologias sociais
e498 Atitudes, outras especificadas
e499 Atitudes, não especificadas
Capítulo 5 Serviços, sistemas e políticas
e510 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a produção de bens de consumo
e515 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a arquitectura e a construção
e520 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o planeamento de espaços abertos
e525 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a habitação
e530 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os serviços de utilidade pública
e535 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área da comunicação
e540 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os transportes
e545 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a protecção civil
e550 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área jurídico-legal
e555 Serviços, sistemas e políticas relacionados com associações e organizações
e560 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os meios de comunicação
e565 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a economia
e570 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a segurança social
e575 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o apoio social geral
e580 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a saúde
e585 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a educação e a formação profissional
e590 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o trabalho e o emprego
e595 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o sistema político
e598 Serviços, sistemas e políticas, outros especificados
e599 Serviços, sistemas e políticas, não especificados
CIF Estruturas do Corpo
41
FUNÇÕES DO CORPO
Definição: Funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções
psicológicas).
Deficiências são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como, um desvio
importante ou uma perda.
Primeiro qualificador
Qualificador comum com escala negativa utilizado para indicar a extensão ou magnitude de uma
deficiência:
xxx.0 NENHUMA deficiência (nenhuma, ausente, escassa,…) 0-4 %
xxx.1 Deficiência LIGEIRA (leve, pequena,…) 5-24 %
xxx.2 Deficiência MODERADA (média,…) 25-49 %
xxx.3 Deficiência GRAVE (grande, extrema,…) 50-95 %
xxx.4 Deficiência COMPLETA (total,…) 96-100 %
xxx.8 não especificada
xxx.9 não aplicável
Estão disponíveis classes amplas de percentagens para aqueles casos em que se usam instrumentos de
medida calibrados ou outras normas para quantificar a deficiência das funções do corpo. Por exemplo, a
indicação de “ausência de deficiência” ou “deficiência total” pode ter uma margem de erro até 5%. Em
geral, uma deficiência moderada é quantificada a meio da escala da deficiência total. As percentagens
devem ser calibradas em diferentes áreas tendo como referência os valores standard da população como
percentis. Para que esta quantificação possa ser utilizada de maneira universal, os métodos de avaliação
devem ser desenvolvidos através de pesquisas.
CIF Estruturas do Corpo
42
CAPÍTULO 1
FUNÇÕES MENTAIS
Este capítulo trata das funções do cérebro que incluem funções mentais globais como consciência, energia e
impulso, e funções mentais específicas como memória, linguagem e cálculo.
FUNÇÕES MENTAIS GLOBAIS (b110-b139)
b110 Funções da consciência
funções mentais gerais do estado de consciência e alerta, incluindo a clareza e continuidade
do estado de vigília
Inclui: funções do estado, continuidade e qualidade da consciência; perda de consciência,
coma, estados vegetativos, fugas, estados de transe, estados de possessão, alteração da
consciência induzida por medicamentos, delirium, estupor
Exclui: funções da orientação (b114), funções da energia e dos impulsos (b130), funções do
sono (b134)
b1100 Estado de consciência
funções mentais que, quando alteradas, produzem estados, tais como, turvação da
consciência, estupor ou coma
b1101 Continuidade da consciência
funções mentais relacionadas com vigília, vigilância e consciência mantidas que,
quando alteradas, podem causar fuga, transe ou outros estados similares
b1102 Qualidade da consciência
funções mentais que, quando alteradas, causam mudanças no estado de vigília, de
alerta e de consciência, como por exemplo, estados alterados por indução de
medicamentos ou delirium
b1108 Funções da consciência, outras especificadas
b1109 Funções da consciência, não especificadas
b114 Funções da orientação
funções mentais gerais relacionadas com o conhecimento e a determinação da relação da
pessoa consigo própria, com outras pessoas, com o tempo e com o ambiente
Inclui: funções de orientação em relação ao tempo, lugar e pessoa; orientação em relação a
si próprio e aos outros; desorientação em relação ao tempo, lugar e pessoa
Exclui: funções da consciência (b110), funções da atenção (b140), funções da memória
(b144)
b1140 Orientação em relação ao tempo
funções mentais que geram consciência do dia, data, mês e ano
b1141 Orientação em relação ao lugar
funções mentais que geram consciência da localização da pessoa, em relação ao
ambiente imediato, à sua cidade, região, país
b1142 Orientação em relação à pessoa
funções mentais que geram consciência da própria identidade e da dos indivíduos no
ambiente imediato
CIF Estruturas do Corpo
43
b11420 Orientação em relação a si próprio
funções mentais que produzem consciência da própria identidade
b11421 Orientação em relação a outros
funções mentais que geram consciência da identidade dos outros indivíduos no
ambiente imediato da pessoa
b11428 Orientação em relação à pessoa, outra especificada
b11429 Orientação em relação à pessoa, não especificada
b1148 Funções de orientação, outras especificadas
b1149 Funções de orientação, não especificadas
b117 Funções intelectuais
funções mentais gerais, necessárias para compreender e integrar construtivamente as várias
funções mentais, incluindo todas as funções cognitivas e seu desenvolvimento ao longo da
vida
Inclui: funções de desenvolvimento intelectual, atraso intelectual, atraso mental, demência
Exclui: funções da memória (b144), funções do pensamento (b160), funções cognitivas de
nível superior (b164)
b122 Funções psicossociais globais
funções mentais gerais, que se desenvolvem ao longo da vida, necessárias para compreender e
integrar construtivamente funções mentais gerais, que levam à formação das capacidades
interpessoais necessárias para o estabelecimento de interacções sociais recíprocas, em termos
de significado e de finalidade.
Inclui: autismo
b126 Funções do temperamento e da personalidade
funções mentais gerais de carácter constitucional que fazem o indivíduo reagir de um modo
específico às situações, incluindo o conjunto de características mentais que diferenciam o
indivíduo dos outros
Inclui: funções de extroversão, introversão, amabilidade, responsabilidade, estabilidade
psíquica e emocional, e abertura para experiências; optimismo; busca de experiências
novas; segurança; confiabilidade
Exclui: funções intelectuais (b117); funções de energia e impulso (b130); funções
psicomotoras (b147); funções emocionais (b152)
b1260 Extroversão
funções mentais que produz num temperamento expansivo, sociável e expressivo; em
contraste com um temperamento tímido, reservado e inibido
b1261 Amabilidade
funções mentais que produzem um temperamento cooperante, amigável e prestimoso,
em contraste com ser inamistoso, antagonista e desafiador
b1262 Responsabilidade
funções mentais que produzem um temperamento pessoal trabalhador, metódico e
escrupuloso, em contraste com funções mentais que produzem um temperamento
preguiçoso, não confiável e irresponsável
CIF Estruturas do Corpo
44
b1263 Estabilidade psíquica
funções mentais que produzem um temperamento pessoal equilibrado, calmo,
sossegado ao contrário de ser irritável, preocupado, inconstante e de humor variável
b1264 Abertura à experiência
funções mentais que produzem um temperamento pessoal curioso, imaginativo e
pronto para explorar e fazer novas experiências, em contraste com ser inactivo,
desatento e emocionalmente inexpressivo
b1265 Optimismo
funções mentais que produzem um temperamento pessoal alegre, dinâmico e cheio de
esperança, em contraste com ser desanimado, triste e sem esperança
b1266 Segurança
funções mentais que produzem um temperamento seguro, arrojado e assertivo, em
contraste com ser tímido, inseguro e apagado
b1267 Confiabilidade
funções mentais que produzem um temperamento pessoal de respeito pelos princípios
éticos e no qual se pode confiar, em contraste com ser enganador e anti-social
b1268 Funções do temperamento e da personalidade, outras
especificadas
b1269 Funções do temperamento e da personalidade, não
especificadas
b130 Funções da energia e dos impulsos
funções mentais gerais dos mecanismos fisiológicos e psicológicos que estimulam o
indivíduo a agir de modo persistente para satisfazer necessidades específicas e objectivos
gerais
Inclui: função do nível de energia, motivação, apetite, desejo (incluindo desejo por
substâncias que produzem dependência) e controle dos impulsos
Exclui: funções da consciência (b110); funções do temperamento e da personalidade (b126);
funções do sono (b134); funções psicomotoras (b147); funções emocionais (b152)
b1300 Nível de energia
funções mentais que produzem vigor e força
b1301 Motivação
funções mentais que produzem os incentivos para agir; a força motriz consciente ou
inconsciente para a acção
b1302 Apetite
funções mentais que produzem um desejo natural, especialmente o desejo natural e
recorrente de comer e beber
b1303 Ânsia
funções mentais que produzem o desejo intenso de consumir substâncias, incluindo
substâncias que podem produzir dependência
b1304 Controle dos impulsos
funções mentais que regulam e resistem a impulsos súbitos e intensos de fazer algo
b1308 Funções da energia e dos impulsos, outras especificadas
CIF Estruturas do Corpo
45
b1309 Funções da energia e dos impulsos, não especificadas
b134 Funções do sono
funções mentais gerais de desconexão física e mental periódica, reversível e selectiva, do
ambiente imediato da pessoa, acompanhada por mudanças fisiológicas características
Inclui: funções da quantidade, início, manutenção e qualidade do sono; funções
relacionadas com o ciclo do sono, como insónia, hipersónia e narcolépsia
Exclui: funções da consciência (b110); funções da energia e dos impulsos (b130); funções da
atenção (b140); funções psicomotoras (b147)
b1340 Quantidade de sono
funções mentais relacionadas com o tempo gasto no estado de sono, no ciclo diurno ou
no ritmo circadiano
b1341 Início do sono
funções mentais que produzem a transição da vigília para o sono
b1342 Manutenção do sono
funções mentais que sustentam o estado de estar adormecido
b1343 Qualidade do sono
funções mentais que produzem o sono natural levando a um descanso e relaxamento
físico e mental ideais
b1344 Funções que envolvem o ciclo do sono
funções mentais responsáveis pelo sono com movimento rápido dos olhos (REM)
(associado com o sonhar) e pelo sono sem movimento rápido dos olhos (NREM)
(caracterizado pelo conceito tradicional de sono, como um período de redução da
actividade fisiológica e psicológica)
b1348 Funções do sono, outras especificadas
b1349 Funções do sono, não especificadas
b139 Funções mentais globais, outras especificadas e não especificadas
FUNÇÕES MENTAIS ESPECÍFICAS (b140-b189)
b140 Funções da atenção
funções mentais específicas de concentração num estímulo externo ou numa experiência
interna pelo período de tempo necessário
Inclui: funções de manutenção da atenção, de mudança da atenção, de divisão da atenção,
de partilha da atenção; concentração; distração
Exclui: funções da consciência (b110); funções da energia e dos impulsos (b130); funções do
sono (b134); funções da memória (b144); funções psicomotoras (b147); funções da
percepção (b156)
b1400 Manutenção da atenção
funções mentais que permitem a concentração pelo período de tempo necessário
b1401 Mudança da atenção
funções mentais que permitem mudar a concentração de um estímulo para outro
CIF Estruturas do Corpo
46
b1402 Divisão da atenção
funções mentais que permitem concentrar-se em dois ou mais estímulos ao mesmo
tempo
b1403 Partilha da atenção
funções mentais que permitem que duas ou mais pessoas se concentrem no mesmo
estímulo, como por exemplo, uma criança e a pessoa que cuida dela concentrando-se
num brinquedo
b1408 Funções da atenção, outras especificadas
b1409 Funções da atenção, não especificadas
b144 Funções da memória
funções mentais específicas de registo e armazenamento de informações e sua recuperação
quando necessário
Inclui: funções da memória de curto e de longo prazo; memória imediata, recente e remota;
duração da memória; recuperação da memória; recordar; funções utilizadas na recordação
e na aprendizagem, como na amnésia nominal, selectiva e dissociativa
Exclui: funções da consciência (b110); funções da orientação (b114); funções intelectuais
(b117); funções da atenção (b140); funções da percepção (b156); funções do pensamento
(b160); funções cognitivas de nível superior (b164); funções mentais da linguagem (b167);
funções de cálculo (b172)
b1440 Memória de curto prazo
funções mentais responsáveis pelo armazenamento temporário e disruptível da
memória por cerca de 30 segundos após os quais as informações são perdidas se não
consolidadas na memória de longo prazo
b1441 Memória de longo prazo
funções mentais responsáveis por um sistema de memória que permite o
armazenamento a longo prazo das informações da memória de curto prazo e da
memória autobiográfica de eventos passados assim como da memória semântica para
linguagem e factos
b1442 Recuperação da memória
funções mentais específicas que permitem recordar informações armazenadas na
memória de longo prazo e trazê-las à consciência
b1448 Funções da memória, outras especificadas
b1449 Funções da memória, não especificadas
b147 Funções psicomotoras
funções mentais específicas de controlo dos eventos motores e psicológicos a nível do corpo
Inclui: funções de controlo psicomotor, tais como, no atraso psicomotor, excitação e
agitação, postura, catatonia, negativismo, ambivalência, ecopraxia e ecolalia; qualidade da
função psicomotora
Exclui: funções da consciência (b110); funções da orientação (b114); funções intelectuais
(b117); funções da energia e dos impulsos (b130); funções da atenção (b140); funções
mentais da linguagem (b167); funções mentais para a sequência de movimentos complexos
(b176)
CIF Estruturas do Corpo
47
b1470 Controle psicomotor
funções mentais que regulam a velocidade do comportamento ou o tempo de resposta
que envolve componentes motores e psicológicos, como por exemplo, em alterações
do controle que produzem atraso psicomotor (mover-se e falar lentamente, diminuição
da gesticulação e da espontaneidade) ou excitação psicomotora (actividade
comportamental e cognitiva excessiva, em geral não produtiva e, com frequência,
como uma resposta à tensão interna, como por exemplo, tamborilar com os dedos,
apertar as mãos, agitação e inquietação)
b1471 Qualidade das funções psicomotoras
funções mentais que geram comportamentos não verbais numa sequência apropriada à
natureza dos seus sub-componentes, como por exemplo, a coordenação mão-olho, ou o
modo de andar
b1478 Funções psicomotoras, outras especificadas
b1479 Funções psicomotoras, não especificadas
b152 Funções emocionais
funções mentais específicas relacionadas com o sentimento e a componente afectiva dos
processos mentais
Inclui: funções de adequação da emoção, regulação e amplitude da emoção; afecto, tristeza,
felicidade, amor, medo, raiva, ódio, tensão, ansiedade, alegria, pesar; labilidade emocional,
apatia afectiva
Exclui: funções do temperamento e da personalidade (b126); funções da energia e dos
impulsos (b130);
b1520 Adequação da emoção
funções mentais responsáveis pela adequação do sentimento ou afecto à situação,
como por exemplo, alegria ao receber boas notícias
b1521 Regulação da emoção
funções mentais que controlam a experiência e a demonstração de afecto
b1522 Amplitude da emoção
funções mentais responsáveis pelo espectro de experiências relacionadas com o
despertar do afecto ou de sentimentos, tais como, amor, ódio, ansiedade, pesar,
satisfação, medo e raiva
b1528 Funções emocionais, outras especificadas
b1529 Funções emocionais, não especificadas
b156 Funções da percepção
funções mentais específicas relacionadas com o reconhecimento e a interpretação dos
estímulos sensoriais
Inclui: funções de percepção auditiva, visual, olfactiva, gustativa, táctil e visioespacial,
como em alucinações ou ilusões
Exclui: funções da consciência (b110); funções de orientação (b114); funções da atenção
(b140); funções da memória (b144); funções mentais da linguagem (b167); visão e funções
relacionadas (b210-b229); funções auditivas e vestibulares (b230-b249); funções sensoriais
adicionais (b250 - b279)
CIF Estruturas do Corpo
48
b1560 Percepção auditiva
funções mentais envolvidas na discriminação de sons, tons, intensidade e outros
estímulos acústicos
b1561 Percepção visual
funções mentais envolvidas na discriminação da forma, tamanho, cor e outros
estímulos oculares
b1562 Percepção olfactiva
funções mentais envolvidas na diferenciação de odores
b1563 Percepção gustativa
funções mentais envolvidas na diferenciação de sabores, tais como, estímulos doces,
azedos, salgados e amargos, detectados pela língua
b1564 Percepção táctil
funções mentais envolvidas na diferenciação de texturas, tais como, estímulos ásperos
ou lisos, detectados pelo tacto
b1565 Percepção visioespacial
função mental envolvida na distinção, através da visão, da posição relativa dos
objectos ou em relação a si próprio
b1568 Funções da percepção, outras especificadas
b1569 Funções da percepção, não especificadas
b160 Funções do pensamento
funções mentais específicas relacionadas com a componente ideativa da mente
Inclui: funções do fluxo, forma, controle e conteúdo do pensamento; funções do pensamento
orientadas para metas, funções do pensamento não orientadas para metas; funções do
pensamento lógico, tais como, na pressão do pensamento, fuga de ideias, bloqueio do
pensamento, incoerência do pensamento, tangencialidade, circunstancialidade, delírios,
obsessões e compulsões
Exclui: funções intelectuais (b117); funções da memória (b144); funções psicomotoras
(b147); funções da percepção (b156); funções cognitivas de nível superior (b164); funções
mentais da linguagem (b167); funções de cálculo (b172)
b1600 Fluxo do pensamento
funções mentais que determinam a velocidade processo de pensamento
b1601 Forma do pensamento
funções mentais que organizam o processo do pensamento em relação à coerência e à
lógica
Inclui: perseveração ideacional, tangencialidade e circunstancialidade
b1602 Conteúdo do pensamento
funções mentais relacionadas com a presença de ideias no processo de pensamento e
com o que está sendo conceptualizado
Inclui: delírios, ideias sobrevalorizadas e somatização
CIF Estruturas do Corpo
49
b1603 Controle do pensamento
funções mentais que permitem o controle volitivo do pensamento e que são
reconhecidas como tal pela pessoa
Inclui: deficiências de ruminação, obsessão, transmissão do pensamento e imposição
do pensamento De
b1608 Funções do pensamento, outras especificadas
b1609 Funções do pensamento, não especificadas
b164 Funções cognitivas de nível superior
funções mentais específicas especialmente dependentes dos lobos frontais do cérebro,
incluindo comportamentos complexos orientados para metas, tais como, tomada de decisão,
pensamento abstracto, planeamento e execução de planos, flexibilidade mental e decisão
sobre quais os comportamentos adequados em circunstâncias específicas; funções designadas
frequentemente como executivas
Inclui: função de abstracção e organização de ideias; gestão do tempo, auto-conhecimento e
julgamento; conceptualização, categorização e flexibilidade cognitiva
Exclui: funções da memória (b144); funções do pensamento (b160); funções da linguagem
(b167); funções de cálculo (b172)
b1640 Abstracção
funções mentais que permitem criar ideias gerais, qualidades ou características a partir
de realidades concretas, objectos específicos ou situações reais, mas distintas deles
b1641 Organização e planeamento
funções mentais que permitem coordenar partes de um todo, de sistematizar; a função
mental envolvida no desenvolvimento de um método para prosseguir com qualquer
coisa ou para agir
b1642 Gestão do tempo
funções mentais que permitem ordenar eventos numa sequência cronológica,
atribuindo períodos de tempo para eventos e actividades
b1643 Flexibilidade cognitiva
funções mentais que permitem mudar estratégias, ou alterar cenários mentais,
especialmente as envolvidas na resolução de problemas
b1644 Auto-conhecimento
funções mentais de consciência e compreensão de si próprio e do seu comportamento
b1645 Julgamento
funções mentais envolvidas na escolha entre diferentes opções, tais como, aquelas
envolvidas na formulação de uma opinião
b1646 Resolução de problemas
funções mentais relacionadas com identificação, análise e integração de informações
incongruentes ou discordantes, para encontrar uma solução
b1648 Funções cognitivas superiores, outras especificadas
b1649 Funções cognitivas de nível superior, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
50
b167 Funções mentais da linguagem
funções mentais específicas de reconhecimento e utilização de sinais, símbolos e outros
componentes de uma linguagem
Inclui: funções de recepção e decifração da linguagem oral, escrita ou outras formas de
linguagem, como por exemplo, linguagem de sinais; funções de expressão da linguagem oral,
escrita e de outras formas de linguagem; funções integrativas da linguagem oral e escrita,
tais como, aquelas envolvidas na afasia receptiva, expressiva, afasia de Broca, de Wernicke e
de condução
Exclui: funções da atenção (b140); funções da memória (b144), funções da percepção
(b156); funções do pensamento (b160); funções cognitivas de nível superior (b164); funções
de cálculo (b172); funções mentais para a sequência de movimentos complexos (b176);
Capítulo 2 Funções Sensoriais e Dor; Capítulo 3 Funções da Voz e da Fala
b1670 Recepção da linguagem
funções mentais específicas de descodificação de mensagens na linguagem oral,
escrita ou outra, como por exemplo na linguagem de sinais, para obter o seu
significado
b16700 Recepção da linguagem oral
funções mentais de descodificação de mensagens orais para obter o seu
significado
b16701 Recepção de linguagem escrita
funções mentais de descodificação de mensagens escritas para obter o seu
significado
b16702 Recepção da linguagem de sinais
funções mentais de descodificação de mensagens em linguagens que utilizam
sinais feitos pelas mãos e outros movimentos, para obter o seu significado
b16708 Recepção de linguagem, outra especificada
b16709 Recepção de linguagem, não especificada
b1671 Expressão da linguagem
funções mentais específicas necessárias para produzir mensagens com significado sob
a forma de linguagem oral, escrita, através de sinais ou de outras formas
b16710 Expressão da linguagem oral
funções mentais necessárias para produzir mensagens orais com significado
b16711 Expressão da linguagem escrita
funções mentais necessárias para produzir mensagens escritas com significado
b16712 Expressão da linguagem de sinais
funções mentais necessárias para produzir mensagens com significado em
linguagens que utilizam sinais feitos pelas mãos e outros movimentos
b16718 Expressão da linguagem, outra especificada
b16719 Expressão da linguagem, não especificada
b1672 Funções da linguagem
funções mentais que organizam o significado semântico e simbólico, a estrutura
gramatical e as ideias para a produção de mensagens em forma de linguagem oral,
escrita ou outra
b1678 Funções mentais de linguagem, outras especificadas
CIF Estruturas do Corpo
51
b1679 Funções mentais de linguagem, não especificadas
b172 Funções de cálculo
funções mentais específicas relacionadas com a determinação, aproximação e manipulação de
símbolos e processos matemáticos
Inclui: funções de adição, subtracção e outros cálculos matemáticos simples; funções de
operações matemáticas complexas
Exclui: funções da atenção (b140); funções da memória (b144); funções do pensamento
(b160); funções cognitivas de nível superior (b164); funções mentais da linguagem (b167)
b1720 Cálculo simples
funções mentais que permitem realizar cálculos com números, como adição,
subtracção, multiplicação e divisão
b1721 Cálculo complexo
funções mentais de tradução de problemas formulados verbalmente em procedimentos
aritméticos, tradução de fórmulas matemáticas em procedimentos aritméticos e outras
manipulações complexas que envolvam números
b1728 Funções de cálculo, outras especificadas
b1729 Funções de cálculo, não especificadas
b176 Funções mentais para a sequência de movimentos complexos
funções mentais específicas de encadeamento e coordenação de determinados movimentos
complexos
Inclui: deficiências como apraxia ideacional, ideomotora, oculomotora, da fala e do vestir
Exclui: funções psicomotoras (b147); funções cognitivas de nível superior (b164); Capítulo 7
Funções Neuromusculoesqueléticas e Relacionadas com o Movimentos
b180 Funções de experiência pessoal e do tempo
funções mentais específicas relacionadas com a consciência da sua própria identidade, do seu
corpo, da sua postura face ao mundo que o rodeia
Inclui: funções da experiência pessoal, da imagem do corpo e do tempo
b1800 Experiência pessoal
funções mentais específicas relacionadas com a consciencialização da própria
identidade e da própria posição face ao mundo que o rodeia
Inclui: alterações, tais como, despersonalização e desrealização
b1801 Imagem do corpo
funções mentais específicas relacionadas com a representação e a consciência do
próprio corpo
Inclui: alterações, tais como, membro-fantasma e sentir-se muito gordo ou muito magro
b1802 Experiência do tempo
funções mentais específicas das experiências subjectivas relacionadas com a duração e
a passagem de tempo
Inclui: alterações, tais como, "jamais vu" e "déjà vu"
b1808 Funções da experiência pessoal e do tempo, outras especificadas
CIF Estruturas do Corpo
52
b1809 Funções da experiência pessoal e do tempo, não especificadas
b189 Funções mentais específicas, outras especificadas e não
especificadas
b198 Funções mentais, outras especificadas
b199 Funções mentais, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
53
CAPÍTULO 2
FUNÇÕES SENSORIAIS E DOR
Este capítulo trata das funções dos sentidos como visão, audição, paladar e outros, bem como da sensação
de dor
VISÃO E FUNÇÕES RELACIONADAS (b210-229)
b210 Funções da visão
funções sensoriais relacionadas com a percepção da presença de luz e a forma, tamanho,
formato e cor do estímulo visual
Inclui: funções da acuidade visual; funções do campo visual; qualidade da visão; funções
relacionadas com a percepção da luz e cor, acuidade visual da visão ao longe e ao perto,
visão monocular e binocular; qualidade da imagem visual; deficiências, tais como, miopia,
hipermetropia, astigmatismo, hemianopsia, cegueira para as cores, visão em túnel, escotoma
central e periférico, diplopia, cegueira nocturna e adaptabilidade à luz
Exclui: funções da percepção (b156)
b2100 Funções da acuidade visual
funções visuais que permitem sentir a forma e o contorno, tanto binocular como
monocular, para a visão ao longe e ao perto
b21000 Acuidade binocular da visão ao longe
funções visuais que permitem sentir o tamanho, a forma e o contorno de
objectos distantes do olho utilizando ambos os olhos
b21001 Acuidade monocular da visão ao longe
funções visuais que permitem sentir o tamanho, a forma e o contorno de
objectos distantes do olho utilizando apenas o olho direito ou o esquerdo
b21002 Acuidade binocular da visão ao perto
funções visuais que permitem sentir o tamanho, a forma, o contorno, de
objectos próximos do olho, utilizando ambos os olhos
b21003 Acuidade monocular da visão ao perto
funções visuais que permitem sentir o tamanho, a forma e o contorno de
objectos próximos o olho, utilizando apenas o olho direito ou o esquerdo
b21008 Funções da acuidade visual, outras especificadas
b21009 Funções da acuidade visual, não especificadas
b2101 Funções do campo visual
funções visuais relacionadas com toda a área que pode ser vista com a fixação do olhar
Inclui: deficiências, tais como, escotomas, visão em túnel, anopsias
b2102 Qualidade da visão
funções da visão que envolvem sensibilidade à luz, visão das cores, sensibilidade a
contrastes e a qualidade geral da imagem
CIF Estruturas do Corpo
54
b21020 Sensibilidade à luz
funções da visão que permitem perceber uma quantidade mínima de luz
(mínimo de luz), e a diferença mínima em intensidade (diferença de luz)
Inclui: funções de adaptação à escuridão; deficiências, tais como, cegueira
nocturna (hiposensibilidade à luz) e fotofobia (hipersensibilidade à luz)
b21021 Visão das cores
funções da visão relacionadas com a diferenciação e a combinação de cores
b21022 Sensibilidade ao contraste
funções da visão que permitem distinguir a figura do fundo, utilizando uma
quantidade mínima de iluminação necessária
b21023 Qualidade da imagem visual
funções da visão envolvidas na qualidade da imagem
Inclui: deficiências, tais como, ver raios de luz, alterações da qualidade da
imagem, (moscas volantes ou teias), distorção da imagem e visão de estrelas
ou “flashes”
b21028 Qualidade da visão, outra especificada
b21029 Qualidade da visão, não especificada
b2108 Funções da visão, outras especificadas
b2109 Funções da visão, não especificadas
b215 Funções dos anexos do olho
funções das estruturas internas do olho e das que o rodeiam e que facilitam as funções da
visão
Inclui: funções dos músculos intrínsecos do olho, pálpebra, músculos extrínsecos do olho,
incluindo movimentos voluntários e de procura e fixação do olho, glândulas lacrimais,
acomodação, reflexo pupilar; deficiências como nistagmo, xeroftalmia e ptose
Exclui: funções da visão (b210); Capítulo 7 Funções Neuromusculoesqueléticas e
Relacionadas com o Movimento
b2150 Funções dos músculos intrínsecos do olho
funções dos músculos intrínsecos do olho, como por exemplo, a íris, que ajustam a
forma e o tamanho da pupila e do cristalino
Inclui: funções da acomodação; reflexo pupilar
b2151 Funções da pálpebra
funções da pálpebra, tais como, o reflexo de protecção
b2152 Funções dos músculos extrínsecos do olho
funções dos músculos que são utilizados para olhar em diferentes direcções, para
seguir um objecto que se move no campo visual, produzir movimentos sacádicos para
fixar um objecto em movimento e fixar o olho
Inclui: nistagmo; cooperação de ambos os olhos
b2153 Funções das glândulas lacrimais
funções das glândulas e canais lacrimais
CIF Estruturas do Corpo
55
b2158 Funções das estruturas adjacentes ao olho, outras especificadas
b2159 Funções das estruturas adjacente ao olho, não especificadas
b220 Sensações associadas ao olho e aos anexos
sensações de cansaço, secura e prurido no olho e sensações relacionadas
Inclui: sensações de pressão atrás do olho, de ter algo no olho, de tensão no olho, de
queimadura no olho; de irritação no olho
Exclui: sensação de dor (b280)
b229 Visão e funções relacionadas, outras especificadas e não
especificadas
FUNÇÕES AUDITIVAS E VESTIBULARES (b230-b249)
b230 Funções auditivas
funções sensoriais que permitem sentir a presença de sons e discriminar a localização, timbre,
intensidade e qualidade dos sons
Inclui: funções auditivas, discriminação auditiva, localização da fonte sonora, lateralização
do som, discriminação da fala; deficiências, tais como, surdez, deficiência auditiva e perda
da audição
Exclui: funções da percepção (b156) e funções mentais da linguagem (b167);
b2300 Detecção de sons
funções sensoriais associadas com a percepção da presença de sons
b2301 Discriminação do som
funções sensoriais associadas com a percepção da presença de sons e que envolvem a
diferenciação do som/base e a síntese biauricular, a separação e a combinação
b2302 Localização da fonte sonora
funções sensoriais relacionadas com a determinação da localização da fonte sonora
b2303 Lateralização do som
funções sensoriais que permitem detectar se o som vem do lado direito ou do esquerdo
b2304 Discriminação da fala
funções sensoriais que permitem detectar a linguagem oral e a sua diferenciação de
outros sons
b2308 Funções auditivas, outras especificadas
b2309 Funções auditivas, não especificadas
b235 Funções vestibulares
funções sensoriais do ouvido interno relacionadas com a posição, equilíbrio e movimento
Inclui: funções de posição e sentido posicional; função de equilíbrio do corpo e do
movimento
Exclui: sensações associadas à audição e à função vestibular (b240)
CIF Estruturas do Corpo
56
b2350 Função vestibular de posição
funções sensoriais do ouvido interno relacionadas com a determinação da posição do
corpo
b2351 Função vestibular de equilíbrio
funções sensoriais do ouvido interno relacionadas com a determinação do equilíbrio
do corpo
b2352 Função vestibular do movimento
funções sensoriais do ouvido interno relacionadas com a determinação do movimento
do corpo, incluindo sua direcção e velocidade
b2358 Funções vestibulares, outras especificadas
b2359 Funções vestibulares, não especificadas
b240 Sensações associadas à audição e à função vestibular
sensações de tontura, queda, zumbido e vertigem
Inclui: sensações de zumbido nos ouvidos, irritação no ouvido, pressão auricular, náusea
associada com tontura ou vertigem
Exclui: funções vestibulares (b235); sensação de dor (b280)
b2400 Zumbido nos ouvidos ou acufeno
sensação de ruído de baixa intensidade tipo água a correr ou jacto a vapor, sibilo ou
apito nos ouvidos
b2401 Vertigem
sensação de movimento envolvendo a pessoa ou o próprio ambiente; sensação de
rodar, balançar ou inclinar
b2402 Tontura ou Sensação de cair
sensação de perder o equilíbrio e cair
b2403 Náusea associada à tontura ou vertigem
sensação de desejo de vomitar produzida pela tontura ou vertigem
b2404 Irritação no ouvido
sensação de prurido ou outras sensações similares no ouvido
b2405 Pressão auricular
sensação de pressão no ouvido
b2408 Sensações associadas à audição e à função vestibular, outras especificadas
b2409 Sensações associadas à audição e à função vestibular, não especificadas
e b249 Funções auditivas vestibulares, outras especificadas e não
especificadas
FUNÇÕES SENSORIAIS ADICIONAIS (b250-b279)
b250 Função gustativa
funções sensoriais que permitem sentir o amargo, o doce, o ácido e o salgado
Inclui: funções gustativas; deficiências, tais como, ageusia e hipogeusia
CIF Estruturas do Corpo
57
b255 Função olfactiva
funções sensoriais que permitem sentir odores
Inclui: funções olfactivas; deficiências, tais como, anosmia e hiposmia
b260 Função proprioceptiva
funções sensoriais que permitem sentir a posição relativa das partes do corpo
Inclui: funções de estatestesia e cinestesia
Exclui: funções vestibulares (b235); sensações relacionadas com os músculos e as funções do
movimento (b780)
b265 Função táctil
funções sensoriais que permitem sentir superfícies e sua textura ou qualidade
Inclui: funções tácteis, sensação táctil; deficiências, tais como, entorpecimento, anestesia,
formigueiro, parestesia e hiperestesia
Exclui: funções sensoriais relacionadas com a temperatura e outros estímulos (b270)
b270 Funções sensoriais relacionadas com a temperatura e outros
estímulos
funções sensoriais que permitem sentir a temperatura, a vibração, a pressão e estímulos
nocivos
Inclui: funções de sensibilidade à temperatura, vibração, tremor ou oscilação, pressão
superficial, pressão profunda, sensação de queimadura ou de um estímulo nocivo
Exclui: funções tácteis (b265); sensação de dor (b280)
b2700 Sensibilidade à temperatura
funções sensoriais que permitem sentir frio e calor
b2701 Sensibilidade à vibração
funções sensoriais que permitem sentir tremor ou oscilação
b2702 Sensibilidade à pressão
funções sensoriais que permitem sentir pressão contra ou na pele
Inclui: deficiências como sensibilidade ao toque, entorpecimento, hipostesia,
hiperestesia, parestesia e formigueiro
b2703 Sensibilidade a estímulos nocivos
funções sensoriais que permitem sentir sensações dolorosas ou desconfortáveis
Inclui: deficiências, tais como, hipoalgesia, hiperpatia, alodinia, analgesia e anestesia
dolorosa
b2708 Funções sensoriais relacionadas com a temperatura e outros estímulos, outras
especificadas
b2709 Funções sensoriais relacionadas com a temperatura e outros estímulos, não
especificadas
b279 Funções sensoriais adicionais, outras especificadas e não
especificadas
CIF Estruturas do Corpo
58
DOR (b280-b289)
b280 Sensação de dor
sensação desagradável que indica lesão potencial ou real em alguma estrutura do corpo
Inclui: sensações de dor generalizada ou localizada, em uma ou em mais partes do corpo,
dor num dermátomo, dor penetrante, dor tipo queimadura, dor tipo moínha, dor contínua e
intensa; deficiências, como, mialgia, analgesia e hiperalgesia
b2800 Dor generalizada
sensação desagradável sentida em todo o corpo que indica lesão potencial ou real em
alguma estrutura do corpo
b2801 Dor localizada
sensação desagradável sentida em uma ou mais partes do corpo, que indica lesão
potencial ou real de alguma estrutura do corpo
b28010 Dor na cabeça ou pescoço
sensação desagradável, sentida na cabeça ou no pescoço, que indica lesão
potencial ou real em alguma estrutura do corpo
b28011 Dor no peito
sensação desagradável sentida no peito que indica lesão potencial ou real em
alguma estrutura do corpo
b28012 Dor no estômago ou abdómen
sensação desagradável sentida no estômago ou abdómen que indica lesão
potencial ou real em alguma estrutura do corpo
Inclui: dor na região pélvica
b28013 Dor nas costas
sensação desagradável sentida nas costas que indica lesão potencial ou real em
alguma estrutura do corpo
Inclui: dor no tronco; dor na região lombar
b28014 Dor em membro superior
sensação desagradável sentida num ou nos dois membros superiores, incluindo
as mãos, que indica lesão potencial ou real em alguma estrutura do corpo
b28015 Dor em membro inferior
sensação desagradável sentida num ou nos dois membros inferiores, incluindo
os pés, que indica lesão potencial ou real em alguma estrutura do corpo
b28016 Dor nas articulações
sensação desagradável sentida numa ou mais articulações, grandes ou
pequenas, que indica lesão potencial ou real em alguma estrutura do corpo
Inclui: dor na anca, dor no ombro
b28018 Dor localizada, outra especificada
b28019 Dor localizada, não especificada
b2802 Dor em múltiplas partes do corpo
sensação desagradável, localizada em várias partes do corpo, que indica lesão
potencial ou real em alguma estrutura do corpo
CIF Estruturas do Corpo
59
b2803 Dor num dermátomo
sensação desagradável localizada em áreas da superfície corporal servidas pela mesma
raiz nervosa que indica lesão potencial ou real em alguma estrutura do corpo
b2804 Dor num segmento ou região
sensação desagradável localizada em áreas da superfície corporal de diferentes partes
do corpo, não servidas pela mesma raiz nervosa, que indica lesão potencial ou real em
alguma estrutura do corpo
b289 Sensação de dor, outras especificadas e não especificadas
b298 Funções sensoriais e dor, outras especificadas
b299 Funções sensoriais e dor, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
60
CAPÍTULO 3
FUNÇÕES DA VOZ E DA FALA
Este capítulo trata das funções da produção de sons e da fala.
b310 Funções da voz
funções da produção de vários sons pela passagem de ar através da laringe
Inclui: funções de produção e qualidade da voz; funções de fonação, timbre, volume e outras
qualidades da voz; deficiências, como, afonia, disfonia, rouquidão, hipernasalidade e
hiponasalidade
Exclui: funções mentais da linguagem (b167); funções da articulação (b320)
b3100 Produção da voz
funções com a produção de sons feita através da coordenação da laringe e dos
músculos adjacentes com o aparelho respiratório
Inclui: funções de fonação, volume; deficiências, tais como, na afonia
b3101 Qualidade da voz
funções relacionadas com a produção das características da voz incluindo timbre,
ressonância e outras características
Inclui: funções de timbre agudo ou de timbre grave; deficiências, tais como,
hipernasalidade, hiponasalidade, disfonia, rouquidão ou aspereza
b3108 Funções da voz, outras especificadas
b3109 Funções da voz, não especificadas
b320 Funções da articulação
funções relacionadas com a produção de sons da fala
Inclui: funções de enunciação, articulação de fonemas; disartria espástica, atáxica e flácida;
anartria
Exclui: funções mentais da linguagem (b167); funções da voz (b310)
b330 Funções da fluência e do ritmo da fala
funções relacionadas com a produção do fluxo e do tempo da fala
Inclui: funções de fluência, ritmo, velocidade e melodia da fala; prosódia e entoação;
deficiências, como por exemplo, gaguez, verborreia, bradilalia e taquilalia
Exclui funções mentais da linguagem (b167); funções da voz (b310); funções da articulação
(b320)
b3300 Fluência da fala
funções da produção de fluxo da fala uniforme e ininterrupto
Inclui: funções de conexão uniforme da fala; deficiências, tais como, gaguez,
verborreia, disfluência, repetição de sons, palavras ou parte de palavras e pausas
irregulares na fala
CIF Estruturas do Corpo
61
b3301 Ritmo da fala
funções dos padrões de modulação, ritmo e entoação da fala
Inclui: deficiências, como por exemplo, cadência da fala esteriotípica ou repetitiva
b3302 Velocidade da fala
funções relacionadas com a velocidade da produção da fala
Inclui: deficiências, tais como, bradilalia e taquilalia
b3303 Melodia da fala
funções relacionadas com a modulação dos padrões de timbre da fala
Inclui: prosódia da fala, entoação, melodia da fala; deficiência, como por exemplo,
fala monótona
b3308 Funções da fluência e ritmo da fala, outras especificadas
b3309 Funções da fluência e ritmo da fala, não especificadas
b340 Funções de outras formas de vocalização
funções relacionadas com a produção de outras formas de vocalização
Inclui: funções da produção de notas e classes de sons, como por exemplo, em cantos,
cânticos, balbucios e murmúrios; chorar alto e gritar
Exclui: funções mentais da linguagem (b167); funções da voz (b310); funções da articulação
(b320); funções da fluência e ritmo da fala (b330)
b3400 Produção de notas
funções relacionadas com a produção de sons vocais musicais
Inclui: sustentar, modular e terminar a produção de vocalizações simples ou
relacionadas com variação do timbre, como por exemplo, em canções, murmúrios ou
cânticos
b3401 Produção de uma variedade de sons
funções relacionadas com a produção de um leque variado de vocalizações
Inclui: funções de balbucio das crianças
b3408 Funções de outras formas de vocalização, outras especificadas
b3409 Funções de outras formas de vocalização, não especificadas
b398 Funções da voz e da fala, outras especificadas
b399 Funções da voz e da fala, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
62
CAPÍTULO 4
FUNÇÕES DO APARELHO CARDIOVASCULAR, DOS SISTEMAS
HEMATOLÓGICO E IMUNOLÓGICO E DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Este capítulo trata das funções envolvidas no aparelho cardiovascular (funções do coração e dos vasos
sanguíneos) , nos sistemas hematológico e imunológico (funções da produção de sangue e imunidade), e no
aparelho respiratório (funções respiratórias e tolerância ao exercício)
FUNÇÕES DO APARELHO CARDIOVASCULAR (b410-b429)
b410 Funções cardíacas
funções relacionadas com o bombeamento de sangue em quantidade e pressão adequadas ou
necessárias para o corpo
Inclui: funções da frequência, ritmo e débito cardíacos; força contráctil dos músculos
ventriculares; funções das válvulas cardíacas; bombeamento do sangue através da
circulação pulmonar; dinâmica da circulação para o coração; deficiências, tais como,
taquicardia, bradicardia e arritmias, tais como, na insuficiência cardíaca, miocardiopatia,
miocardite e insuficiência coronária
Exclui: funções dos vasos sanguíneos (b415); funções da pressão arterial (b420); funções
relacionadas com a tolerância ao exercício (b455)
b4100 Frequência cardíaca
funções relacionadas com o número de vezes que o coração se contrai por minuto
Inclui: deficiências, tais como, frequências muito altas (taquicardia) ou muito baixas
(bradicardia)
b4101 Ritmo cardíaco
funções relacionadas com a regularidade das contracções do coração
b4102 Força contráctil dos músculos cardíacos
funções relacionadas com a quantidade de sangue bombeada pelos músculos
ventriculares durante cada batimento cardíaco
Inclui: deficiências, tais como, débito cardíaco diminuído
b4103 Fornecimento de sangue ao coração
funções relacionadas com o volume de sangue disponível para o músculo cardíaco
Inclui: deficiências, tais como, isquémia coronária
b4108 Funções do coração, outras especificadas
CIF Estruturas do Corpo
63
b4109 Funções do coração, não especificadas
b415 Funções dos vasos sanguíneos
funções de transporte de sangue através do corpo
Inclui: funções das artérias, capilares e veias; função vasomotora; funções das artérias,
capilares e veias pulmonares; funções das válvulas venosas; deficiências, tais como,
obstrução ou constrição das artérias; aterosclerose, arteriosclerose, tromboembolismo e
varicosidades venosas
Exclui; funções cardíacas (b410); funções da pressão arterial (b420); funções do sistema
hematológico (b430); funções da tolerância ao exercício (b455)
b4150 Funções das artérias
funções relacionadas com o fluxo sanguíneo nas artérias
Inclui: deficiências, tais como, dilatação arterial; constrição arterial, como por
exemplo, na claudicação intermitente
b4151 Funções dos capilares
funções relacionadas com o fluxo sanguíneo nos capilares
b4152 Funções das veias
funções relacionadas com o fluxo sanguíneo nas veias, e funções das válvulas das
veias
Inclui: deficiências, tais como, dilatação venosa; constrição venosa; insuficiência no
encerramento das válvulas, como por exemplo, nas varicosidades venosas
b4158 Funções dos vasos sanguíneos, outras especificadas
b4159 Funções dos vasos sanguíneos, não especificadas
b420 Funções da pressão arterial
funções de manutenção da pressão sanguínea dentro das artérias
Inclui: funções de manutenção da pressão arterial, pressão arterial aumentada e diminuída;
deficiências, como por exemplo, hipotensão, hipertensão e hipotensão postural
Exclui: funções do coração (b410); funções dos vasos sanguíneos (b415); funções de
tolerância ao exercício (b455)
b4200 Pressão arterial aumentada
funções relacionadas com uma subida da pressão arterial sistólica ou diastólica acima
dos valores normais para a idade
b4201 Pressão arterial diminuída
funções relacionadas com uma queda da pressão sanguínea sistólica ou diastólica
abaixo dos valores normais para a idade
b4202 Manutenção da pressão arterial
funções relacionadas com a manutenção da pressão arterial adequada em resposta a
mudanças no corpo
b4208 Funções da pressão arterial, outras especificadas
b4209 Funções da pressão arterial, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
64
b429 Funções do aparelho cardiovascular, outras especificadas e
não especificadas
FUNÇÕES DOS SISTEMAS HEMATÓLOGICO E IMUNOLÓGICO (b430-b439)
b430 Funções do sistema hematológico
funções da produção de sangue, transporte de oxigénio e metabólitos, e coagulação
Inclui: funções da produção de sangue e medula óssea; funções de transporte de oxigénio
pelo sangue; funções do baço relacionadas com o sangue; funções de transporte de
metabólitos pelo sangue; coagulação; deficiências, como por exemplo, anemia, hemofilia e
outras disfunções de coagulação
Exclui: funções do aparelho cardiovascular (b410-b429); funções do sistema imunológico
(b435); funções de tolerância a exercícios (b455)
b4300 Produção de sangue
funções relacionadas com a produção de sangue e de todos os seus componentes
b4301 Funções de transporte de oxigénio pelo sangue
funções relacionadas com a capacidade do sangue de transportar oxigénio a todo o
corpo
b4302 Funções de transporte de metabólitos pelo sangue
funções relacionadas com a capacidade do sangue transportar metabólitos a todo o
corpo
b4303 Funções de coagulação
funções relacionadas com a coagulação do sangue, por exemplo, numa ferida
b4308 Funções do sistema hematológico, outras especificadas
b4309 Funções do sistema hematológico, não especificadas
b435 Funções do sistema imunológico
funções do corpo relacionadas com a protecção contra substâncias estranhas, incluindo
infecções, através de respostas imunológicas específicas e não específicas
Inclui: resposta imunológica (específica e não específica); reacções de hipersensibilidade;
funções dos vasos e dos ganglios linfáticos; funções de imunidade celular, imunidade por
anticorpos, resposta à imunização; deficiências, como por exemplo, auto-imunidade,
reacções alérgicas, linfadenite e linfedema
Exclui: funções do sistema hematológico (b430)
b4350 Resposta imunológica
funções da resposta imunológica do organismo a substâncias estranhas, incluindo
infecções
CIF Estruturas do Corpo
65
b43500 Resposta imunológica específica
funções da resposta imunológica do organismo a uma substância estranha
específica
b43501 Resposta imunológica não específica
funções de resposta imunológica geral do organismo a substâncias estranhas,
incluindo infecções
b43508 Resposta imunológica, outra especificada
b43509 Resposta imunológica, não especificada
b4351 Reacções de hipersensibilidade
funções da reacção imunológica do corpo aumentada a substâncias estranhas, como
por exemplo, na sensibilidade a diferentes antigénios
Inclui: .deficiências, tais como, hipersensibilidades ou alergias
Exclui: tolerância a alimentos (b5153)
b4352 Funções dos vasos linfáticos
funções relacionadas com os canais vasculares que transportam linfa
b4353 Funções dos gânglios linfáticos
funções relacionadas com os gânglios que se encontram ao longo do curso dos vasos
linfáticos
b4358 Funções do sistema imunológico, outras especificadas
b4359 Funções do sistema imunológico, não especificadas
b439 Funções dos sistemas hematológico e imunológico, outras
especificadas e não especificadas
FUNÇÕES DO APARELHO RESPIRATÓRIO (b440-b449)
b440 Funções da respiração
funções relacionadas com a inspiração de ar para os pulmões, a troca de gases entre ar e
sangue, e a expiração do ar
Inclui: funções da frequência, ritmo e profundidade da respiração; deficiências, como por
exemplo, apneia, hiperventilação, respiração irregular, respiração paradoxal, enfisema
pulmonar e espasmo brônquico
Exclui: funções dos músculos respiratórios (b445); funções respiratórias adicionais (b450);
funções de tolerância a exercícios (b455)
b4400 Frequência respiratória
funções relacionadas com o número de respirações por minuto
Inclui: deficiências, tais como, frequências muito altas (taquipneia) ou muito baixas
(bradipneia)
b4401 Ritmo respiratório
funções relacionadas com a periodicidade e a regularidade da respiração
Inclui: deficiências, tais como, respiração irregular
CIF Estruturas do Corpo
66
b4402 Profundidade da respiração
funções relacionadas com o volume de expansão dos pulmões durante a respiração
Inclui: deficiências, como por exemplo, respiração superficial ou pouco profunda
b4408 Funções da respiração, outras especificadas
b4409 Funções da respiração, não especificadas
b445 Funções dos músculos respiratórios
funções dos músculos envolvidos na respiração
Inclui: funções dos músculos respiratórios torácicos; funções do diafragma; funções dos
músculos respiratórios acessórios
Exclui: funções da respiração (b440); funções respiratórias adicionais (b450); funções de
tolerância a exercícios (b455)
b4450 Funções dos músculos respiratórios torácicos
funções dos músculos torácicos envolvidos na respiração
b4451 Funções do diafragma
funções do diafragma relacionadas com a respiração
b4452 Funções dos músculos respiratórios acessórios
funções de outros músculos envolvidos na respiração
b4458 Funções dos músculos respiratórios, outras especificadas
b4459 Funções dos músculos respiratórios, não especificadas
b449 Funções do aparelho respiratório, outras especificadas e não
especificadas
FUNÇÕES E SENSAÇÕES ADICIONAIS DOS APARELHOS
CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO (b450-b469)
b450 Funções respiratórias adicionais
funções adicionais relacionadas com a respiração, tais como, tossir, espirrar e bocejar
Inclui: funções de sopro, assobio e respiração pela boca
b455 Funções de tolerância ao exercício
funções relacionadas com a capacidade respiratória e cardiovascular necessárias para a
tolerância a esforços físicos
Inclui: funções de tolerância física, capacidade aeróbica, energia e fatigabilidade
Exclui: funções do aparelho cardiovascular (b410-429); funções do sistema hematológico
(b430); funções respiratórias (b440); funções dos músculos respiratórios (b445); funções
respiratórias adicionais (b450)
b4550 Resistência física geral
funções relacionadas com o nível geral de tolerância ao exercício físico ou vigor
b4551 Capacidade aeróbica
funções relacionadas com a capacidade de uma pessoa fazer exercício sem sentir falta
de ar
CIF Estruturas do Corpo
67
b4552 Fatigabilidade
funções relacionadas com a susceptibilidade à fadiga, para qualquer nível de esforço
b4558 Funções de tolerância a exercícios, outras especificadas
b4559 Funções de tolerância a exercícios, não especificadas
b460 Sensações associadas às funções cardiovasculares e
respiratórias
sensações, tais como, falha do ritmo cardíaco, palpitações e falta de ar
Inclui: sensações de opressão precordial, de irregularidades do ritmo cardíaco, dispneia,
falta de ar, sufocação, amordação e asma
Exclui: sensação de dor (b280)
b469 Funções e sensações adicionais dos aparelhos cardiovascular e
respiratório, outras especificadas e não especificadas
b498 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematólogico e
imunológico, e do aparelho respiratório, outras especificadas
b499 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematólogico e
imunológico, e do aparelho respiratório, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
68
CAPÍTULO 5
FUNÇÕES DO APARELHO DIGESTIVO E DOS SISTEMAS METABÓLICO E
ENDÓCRINO
Este capítulo trata das funções de ingestão, digestão e eliminação, bem como das funções relacionadas com
o metabolismo e as glândulas endócrinas
FUNÇÕES RELACIONADAS COM O APARELHO DIGESTIVO (b510-b539)
b510 Funções de ingestão
funções relacionadas com a introdução e manipulação de sólidos ou líquidos para dentro do
corpo através da boca
inclui: funções de sugar, mastigar e morder, movimentar alimentos na boca, salivar, deglutir,
eructar, regurgitar, cuspir e vomitar; deficiências, tais como, disfagia, aspiração de
alimentos, aerofagia, salivação excessiva, babar e salivação insuficiente
Exclui: sensações associadas ao aparelho digestivo (b535)
b5100 Sugar
funções de aspirar para a boca através de força de sucção produzida por movimentos
das bochechas, lábios e língua
b5101 Morder
funções de cortar ou rasgar alimentos com os dentes da frente
b5102 Mastigar
funções de triturar, moer e mastigar alimentos com os dentes de trás (e.g., molares)
b5103 Manipulação dos alimentos na boca
funções de mover a comida na boca com os dentes e a língua
b5104 Salivação
função da produção de saliva na boca
b5105 Deglutição
funções relacionadas com a passagem dos alimentos e das bebidas através da cavidade
oral, faringe e esófago para o estômago em velocidade e quantidade adequadas
Inclui: disfagia oral, faríngea ou esofágica; deficiências na passagem esofágica
b51050 Deglutição oral
função relacionada com a passagem dos alimentos e das bebidas através da
cavidade oral em quantidade e velocidade apropriadas
b51051 Deglutição faríngea
função relacionada com a passagem de alimentos e das bebidas através da
faringe em quantidade e velocidade apropriadas
b51052 Deglutição esofágica
função relacionada com a passagem de alimentos e das bebidas através do
esófago numa em quantidade e velocidade apropriadas
b51058 Deglutição, outra especificada
b51059 Deglutição, não especificada
CIF Estruturas do Corpo
69
b5106 Regurgitação e vómito
funções relacionadas com o movimento dos alimentos ou líquidos na direcção
contrária à ingestão, do estômago para o esófago, boca e exterior
b5108 Funções da ingestão, outras especificadas
b5109 Funções da ingestão, não especificadas
b515 Funções digestivas
funções de transporte de alimentos através do tracto gastrointestinal, decomposição dos
alimentos e absorção de nutrientes
Inclui; funções de transporte dos alimentos através do estômago, peristaltismo;
decomposição dos alimentos, produção de enzimas e sua acção no estômago e intestinos;
absorção de nutrientes e tolerância aos alimentos; deficiências, tais como, hiperacidez
gástrica, má absorção, intolerância aos alimentos, hipermobilidade dos intestinos, paralisia
intestinal, obstrução intestinal e diminuição da produção de bílis
Exclui: funções da ingestão (b510); funções da assimilação (b520); funções da defecação
(b525); sensações associadas ao aparelho digestivo (b535)
b5150 Transporte dos alimentos através do estômago e intestinos
peristaltismo e funções relacionadas que movem o alimento mecanicamente através do
estômago e intestinos
b5151 Degradação dos alimentos
funções relacionadas com a redução mecânica dos alimentos em partículas mais
pequenas, no tracto gastrointestinal
b5152 Absorção de nutrientes
funções relacionadas com a passagem dos nutrientes de alimentos e bebidas do
estômago e intestinos para o fluxo sanguíneo
b5153 Tolerância aos alimentos
funções relacionadas com a aceitação de alimentos e bebidas adequados para a
digestão e de rejeição do que não é adequado
Inclui: deficiências, tais como, hipersensibilidades, intolerância ao glúten
b5158 Funções digestivas, outras especificadas
b5159 Funções digestivas, não especificadas
b520 Funções de assimilação
funções através das quais os nutrientes são convertidos em componentes do ser vivo
Inclui: funções de armazenamento de nutrientes no corpo
Exclui: funções digestivas (b515); funções de defecação (b525); funções de manutenção do
peso (b530); funções metabólicas gerais (b540)
CIF Estruturas do Corpo
70
b525 Funções de defecação
funções de eliminação de resíduos e alimentos não digeridos, tais como, fezes e funções
relacionadas
Inclui: funções de eliminação, consistência fecal, frequência de defecação; continência fecal,
flatulência; deficiências, tais como, obstipação, diarreia, fezes líquidas e incompetência ou
incontinência do esfíncter anal
Exclui: funções digestivas (b515); funções de assimilação (b520); sensações associadas ao
aparelho digestivo (b535)
b5250 Eliminação de fezes
funções da eliminação de resíduos pelo recto, incluindo as funções de contracção dos
músculos abdominais
b5251 Consistência fecal
consistência das fezes: duras, firmes, moles ou líquidas
b5252 Frequência da defecação
funções envolvidas na frequência da defecação
b5253 Continência fecal
funções envolvidas no controle voluntário sobre a função de eliminação
b5254 Flatulência
funções envolvidas na expulsão de quantidades excessivas de ar ou gases dos
intestinos
b5258 Funções de defecação, outras especificadas
b5259 Funções de defecação, não especificadas
b530 Funções de manutenção do peso
funções de manutenção do peso apropriado do corpo, incluindo ganho de peso durante o
período de desenvolvimento
Inclui: funções de manutenção do Índice de Massa Corporal (IMC) aceitável; deficiências,
tais como, peso deficiente, caquexia, perda de peso, excesso de peso, emaciação e na
obesidade primária e secundária
Exclui: funções de assimilação (b520); funções metabólicas gerais (b540); funções das
glândulas endócrinas (b555)
b535 Sensações associadas ao aparelho digestivo
sensações decorrentes da ingestão de comida , bebidas e funções digestivas relacionadas
Inclui: sensações de náusea, de flatulência e de cólica abdominal; de estômago cheio, de
bolo na garganta, espasmo gástrico, aerogastria e azia
Exclui: sensação de dor (b280); funções de ingestão (b510); funções digestivas (b515);
funções de defecação (b525)
b5350 Sensação de náusea
sensação relacionada com a necessidade de vomitar
b5351 Sensação de flatulência
sensação de distensão do estômago ou abdómen
CIF Estruturas do Corpo
71
b5352 Sensação de cólica abdominal
sensação de contracção espasmódica ou dolorosa dos músculos lisos do tracto
gastrointestinal
b5358 Sensações associadas ao aparelho digestivo, outras especificadas
b5359 Sensações associadas ao aparelho digestivo, não especificadas
b539 Funções relacionadas com o aparelho digestivo, outras
especificadas e não especificadas
FUNÇÕES RELACIONADAS COM OS SISTEMAS METABÓLICO E
ENDÓCRINO (b540-b559)
b540 Funções metabólicas gerais
funções de regulação dos componentes essenciais do corpo, tais como, hidratos de carbono,
proteínas e gorduras, a conversão de uns em outros, e sua transformação em energia
Inclui: função do metabolismo, taxa de metabolismo basal, metabolismo dos hidratos de
carbono das proteínas e das gorduras, catabolismo, anabolismo, produção de energia no
corpo; aumento ou diminuição da taxa metabólica
Exclui: funções de assimilação (b520); funções de manutenção do peso (b530); funções de
equilíbrio hídrico, mineral e electrolítico (b545); funções termoreguladoras (b550); funções
das glândulas endócrinas (b555)
b5400 Taxa de metabolismo basal
funções envolvidas no consumo de oxigénio do organismo em condições específicas
de repouso e temperatura
Inclui: aumento ou diminuição do metabolismo basal; deficiências, tais como,
hipertiroidismo e hipotiroidismo
b5401 Metabolismo dos hidratos de carbono
funções envolvidas no processo através do qual os hidratos de carbono dos alimentos
ingeridos são armazenados e decompostos em glicose e, subsequentemente em dióxido
de carbono e água
b5402 Metabolismo das proteínas
funções envolvidas no processo através do qual as proteínas dos alimentos ingeridos
são convertidas em aminoácidos e decompostas posteriormente no organismo
b5403 Metabolismo dos lípidos
funções envolvidas no processo através do qual a gordura dos alimentos ingeridos é
armazenada e decomposta no organismo
b5408 Funções metabólicas gerais, outras especificadas
b5409 Funções metabólicas gerais, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
72
b545 Funções de equilíbrio hídrico, mineral e electrolítico
funções de regulação da água, dos minerais e dos electrólitos no organismo
Inclui: funções de equilíbrio hídrico, equilíbrio de minerais, como por exemplo, cálcio, zinco
e ferro, e equilíbrio de electrólitos, como por exemplo, sódio e potássio; deficiências, tais
como, retenção de água, desidratação, hipercalcémia, hipocalcémia, deficiência de ferro,
hipernatrémia, hiponatrémia, hipercaliémia e hipocaliémia
Exclui: funções do sistema hematológico (b430); funções metabólicas gerais (b540); funções
das glândulas endócrinas (b555)
b5450 Equilíbrio hídrico
funções envolvidas no nível ou quantidade de água no organismo
Inclui: deficiências como desidratação e reidratação
b54500 Retenção de água
funções envolvidas na retenção excessiva de água no organismo
b54501 Manutenção do equilíbrio hídrico
funções envolvidas na manutenção da quantidade ideal de água no organismo
b54508 Funções de equilíbrio hídrico, outras especificadas
b54509 Funções de equilíbrio hídrico, não especificadas
b5451 Equilíbrio mineral
funções envolvidas na manutenção de um equilíbrio entre ingestão, armazenamento,
utilização e excreção dos minerais no organismo
b5452 Equilíbrio electrolítico
funções envolvidas na manutenção de um equilíbrio entre ingestão, armazenamento,
utilização e excreção dos electrólitos no organismo
b5458 Funções de equilíbrio hídrico, mineral e electrolítico, outras especificadas
b5459 Funções de equilíbrio hídrico, mineral e electrolítico, não especificadas
b550 Funções termo reguladoras
funções da regulação da temperatura do corpo
Inclui; funções de manutenção da temperatura do corpo; deficiências, tais como, hipotermia,
hipertermia
Exclui: funções metabólicas gerais (b540); funções das glândulas endócrinas (b555)
b5500 Temperatura do corpo
funções envolvidas na regulação da temperatura do corpo
Inclui: deficiências como hipertermia ou hipotermia
b5501 Manutenção da temperatura do corpo
funções envolvidas na manutenção da temperatura ideal do corpo quando há mudança
da temperatura ambiental
Inclui: tolerância ao calor ou frio
b5508 Funções termo reguladoras, outras especificadas
b5509 Funções termo reguladoras, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
73
b555 Funções das glândulas endócrinas
funções de produção e regulação dos níveis hormonais no organismo, incluindo mudanças
cíclicas
Inclui: funções de equilíbrio hormonal; hipopituitarismo, hiperpituitarismo, hipertiroidismo,
hipotiroidismo, hiperadrenalismo, hipoadrenalismo, hiperparatiroidismo,
hipoparatiroidismo, hipergonadismo, hipogonadismo
Exclui: funções metabólicas gerais (b540); funções de equilíbrio hídrico, mineral e
electrolítico (b545); funções termo reguladoras (b550); funções sexuais (b640); funções
relacionadas com a menstruação (b650)
b559 Funções relacionadas com os sistemas metabólico e endócrino,
outras especificadas e não especificadas
b598 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e
endócrino, outras especificadas
b599 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e
endócrino, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
74
CAPÍTULO 6
FUNÇÕES GENITOURINÁRIAS E REPRODUTIVAS
Este capítulo refere-se às funções genitourinárias, incluindo funções sexuais e reprodutivas
FUNÇÕES URINÁRIAS (b610-639)
b610 Funções de excreção urinária
funções de filtração e drenagem de urina
Inclui: funções de filtração de urina, drenagem de urina; deficiências, tais como,
insuficiência renal, anúria, oligúria, hidronefrose, bexiga neurogénica e obstrução uretérica
Exclui: funções urinárias (b620)
b6100 Filtração da urina
funções de filtração da urina pelos rins
b6101 Drenagem da urina
funções de drenagem e armazenamento da urina pelos ureteres e bexiga
b6108 Funções urinárias excretoras, outras especificadas
b6109 Funções urinárias excretoras, não especificadas
b620 Funções miccionais
funções de eliminação da urina através da bexiga
Inclui: funções miccionais, frequência miccional, continência urinária; deficiências, tais
como, incontinência urinária de esforço (em situações de stresse ou de tensão), incontinência
por necessidade imperiosa, incontinência reflexa, incontinência por regurgitamento,
incontinência permanente, polaquiúria, bexiga neurogénica, poliúria, retenção urinária,
urgência micccional
Excepções: funções de excreção urinária (b610); sensações associadas às funções urinárias
(b630)
b6200 Micção
funções relacionadas com o esvaziamento da bexiga
Inclui: deficiências, tais como, retenção urinária
b6201 Frequência miccional
funções relacionadas com o número de vezes em que ocorre a micção
b6202 Continência urinária
funções relacionadas com o controle da micção
Inclui: deficiências, tais como, incontinência de esforço, de urgência, reflexa,
permanente e mista
b6208 Funções de micção, outras especificadas
b6209 Funções de micção, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
75
b630 Sensações associadas às funções urinárias
sensações, tais como, ardor durante a micção ou sensação de urgência
Inclui: sensação de esvaziamento incompleto da urina, sensação de bexiga cheia
Exclui: sensação de dor (b280); funções urinárias (b620)
b639 Funções urinárias, outras especificadas e não especificadas
FUNÇÕES GENITAIS E REPRODUTIVAS (b640-b679)
b640 Funções sexuais
funções mentais e físicas relacionadas com o acto sexual, incluindo as fases de excitação, de
planalto, orgástica e de resolução
Inclui: funções das fases sexuais de excitação, preparação, orgásmica e de resolução;
funções relacionadas com o interesse sexual, desempenho, erecção do pénis, erecção do
clítoris, lubrificação vaginal, ejaculação, orgasmo; deficiências, tais como, impotência,
frigidez, vaginismo, ejaculação precoce, priapismo e ejaculação retardada
Exclui: funções de procriação (b660); sensações associadas às funções genitais e
reprodutivas (b670)
b6400 Funções da fase de excitação sexual
funções relacionadas com o libido e e a excitação sexual
b6401 Funções da fase sexual de planalto
funções relacionadas com o início da relação sexual
b6402 Funções da fase orgásmica
funções relacionadas com atingir o orgasmo
b6403 Funções da fase de resolução
funções de satisfação após o orgasmo e relaxamento concomitante
Inclui: deficiências, como por exemplo, insatisfação com orgasmo
b6408 Funções sexuais, outras especificadas
b6409 Funções sexuais, não especificadas
b650 Funções relacionadas com a menstruação
funções associadas ao ciclo menstrual, incluindo regularidade da menstruação e a quantidade
de fluxo menstrual
Inclui: funções relacionadas com a regularidade e o intervalo entre as menstruações, volume
da hemorragia menstrual , menarca, menopausa; deficiências, tais como, tensão prémenstrual,
amenorreia primária e secundária, menorragia, polimenorreia e menstruação
retrógrada
Exclui: funções sexuais (b640); funções de procriação (b660); sensações associadas às
funções genitais e reprodutivas (b670); sensações de dor (b280)
b6500 Regularidade do ciclo menstrual
funções envolvidas na regularidade do ciclo menstrual
Inclui: períodos menstruais muito frequentes ou raros
CIF Estruturas do Corpo
76
b6501 Intervalo de tempo entre duas menstruações
funções relacionadas com a duração dos ciclos menstruais
b6502 Volume da hemorragia menstrual
funções envolvidas na quantidade do fluxo menstrual
Inclui: muito pouco fluxo menstrual (hipomenorreia), fluxo menstrual muito intenso
(menorragia, hipermenorreia)
b6508 Funções relacionadas com a menstruação, outras especificadas
b6509 Funções relacionadas com a menstruação, não especificadas
b660 Funções de procriação
funções associadas à fecundidade, gravidez, parto e lactação
Inclui: funções relacionadas com a fertilidade masculina e feminina, gravidez, parto e
lactação; deficiências, tais como, fertilidade diminuída, esterilidade, azoospermia,
oligoospermia, abortos espontâneos, gravidez ectópica, aborto, feto pequeno, hidrâmnios e
parto prematuro, parto tardio, galactorreia, agalactorreia, alactação
Exclui: funções sexuais (b640); funções relacionadas com a menstruação (b650)
b6600 Funções relacionadas com a fertilidade
funções relacionadas com a capacidade de produzir gâmetas para procriação
Inclui: deficiências, tais como, fertilidade diminuída e esterilidade
Exclui: funções sexuais (b640)
b6601 Funções relacionadas com a gravidez
funções relacionadas com ficar grávida e estar grávida
b6602 Funções relacionadas com o parto
funções envolvidas durante o parto
b6603 Lactação
funções relacionadas com a produção de leite e sua disponibilidade para o bebé
b6608 Funções de procriação, outras especificadas
b6609 Funções de procriação, não especificadas
b670 Sensações associadas às funções genitais e reprodutivas
sensações, tais como, desconforto durante a relação sexual e durante o ciclo menstrual
Inclui: sensações de dispareunia, dismenorreia, afrontamentos e suores nocturnos durante a
menopausa
Exclui: sensação de dor (b280); sensações associadas às funções urinárias (b630); funções
sexuais (b640); funções relacionadas com a menstruação (b650); funções de procriação
(b660)
b6700 Desconforto associado à relação sexual
sensações relacionadas com excitação, preparação, coito, orgasmo e resolução
b6701 Desconforto associado ao ciclo menstrual
sensações relacionadas com a menstruação, incluindo fases pré e pós menstruação
CIF Estruturas do Corpo
77
b6702 Desconforto associado à menopausa
sensações relacionadas com a cessação do ciclo menstrual
Inclui: afrontamentos e suores nocturnos durante a menopausa
b6708 Sensações associadas às funções genitais e reprodutivas, outras especificadas
b6709 Sensações associadas às funções genitais e reprodutivas, não especificadas
b679 Funções genitais e reprodutivas, outras especificadas e não
especificadas
b698 Funções genitourinárias e reprodutivas, outras especificadas
b699 Funções genitourinárias e reprodutivas, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
78
CAPÍTULO 7
FUNÇÕES NEUROMUSCULOESQUELÉTICAS E RELACIONADAS COM O
MOVIMENTO
Este capítulo trata das funções relacionadas com o movimento e a mobilidade, incluindo funções das
articulações, dos ossos, reflexos e músculos
FUNÇÕES DAS ARTICULAÇÕES E DOS OSSOS (b710-b729)
b710 Funções da mobilidade das articulações
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento de uma articulação
Inclui: funções de mobilidade de uma ou várias articulações, coluna vertebral, ombro,
cotovelo, punho, anca, joelho, tornozelo, pequenas articulações das mãos e pés; mobilidade
geral das articulações; deficiências, tais como, hipermobilidade das articulações,
articulações rígidas, ombro congelado, artrite
Exclui: estabilidade das funções das articulações (b715); funções de controle do movimento
voluntário (b760)
b7100 Mobilidade de uma única articulação
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento de uma articulação
b7101 Mobilidade de várias articulações
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento de mais de uma
articulação
b7102 Mobilidade geral das articulações
funções relacionadas com a amplitude e facilidade de movimento das articulações em
todo o corpo
b7108 Funções da mobilidade das articulações, outras especificadas
b7109 Funções da mobilidade das articulações, não especificadas
b715 Funções da estabilidade das articulações
funções de manutenção da integridade estrutural das articulações
Inclui: funções relacionadas com a estabilidade de uma única articulação, várias
articulações e as articulações em geral; deficiências, tais como, ombro instável, luxação de
uma articulação, luxação do ombro e da anca
Exclui: funções da mobilidade das articulações (b710)
b7150 Estabilidade de uma única articulação
funções relacionadas com a manutenção da integridade estrutural de uma articulação
b7151 Estabilidade de várias articulações
funções relacionadas com a manutenção da integridade estrutural de mais de uma
articulação
b7152 Estabilidade generalizada das articulações
funções relacionadas com a manutenção da integridade estrutural das articulações em
todo o corpo
b7158 Funções da estabilidade das articulações, outras especificadas
CIF Estruturas do Corpo
79
b7159 Funções da estabilidade das articulação, não especificadas
b720 Funções da mobilidade dos ossos
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento da omoplata, da pelvis,
dos ossos cárpicos e társicos
Inclui: deficiências, tais como, ombro congelado e pélvis congelada
Exclui: funções da mobilidade das articulações (b710)
Mobilidade do ombro
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento do ombro
Inclui: deficiências como protracção, retracção, laterorotação e rotação medial do
ombro
b7201 Mobilidade da pélvis
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento da pélvis
Inclui: rotação da pélvis
b7202 Mobilidade dos ossos cárpicos
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento dos ossos cárpicos
b7203 Mobilidade dos ossos társicos
funções relacionadas com a amplitude e a facilidade de movimento dos ossos társicos
b7208 Funções da mobilidade dos ossos, outras especificadas
b7209 Funções da mobilidade dos ossos, especificadas
b729 Funções das articulações e dos ossos, outras especificadas e não
especificadas
FUNÇÕES MUSCULARES (b730-b749)
b730 Funções da força muscular
funções relacionadas com a força gerada pela contracção de um músculo ou de grupos
musculares
Inclui: funções associadas com a força de músculos específicos e grupos musculares,
músculos de um membro, de um lado do corpo, da parte inferior do corpo, de todos os
membros, do tronco e do corpo como um todo; deficiências, tais como, fraqueza dos
pequenos músculos dos pés e mãos, paresia muscular, paralisia muscular, monoplegia,
hemiplegia, paraplegia, tetraplegia e mutismo acinético
Exclui: funções dos anexos do olho (b215); funções relacionadas com o tónus muscular
(b735); funções da resistência muscular (b740)
b7300 Força de músculos isolados e grupos musculares
funções relacionadas com a força gerada pela contracção de músculos específicos e
isolados e grupos musculares
Inclui: deficiências, tais como, fraqueza dos pequenos músculos dos pés ou das mãos
CIF Estruturas do Corpo
80
b7301 Força dos músculos de um membro
funções relacionadas com a força gerada pela contracção dos músculos e grupos
musculares do membro superior ou do membro inferior
Inclui: deficiências, tais como, monoparesia e monoplegia
b7302 Força dos músculos de um lado do corpo
funções relacionadas com a força gerada pela contracção dos músculos e grupos
musculares no lado esquerdo ou direito do corpo
Inclui: deficiências, tais como, hemiparesia e hemiplegia
b7303 Força dos músculos da metade inferior do corpo
funções relacionadas com a força gerada pela contracção dos músculos e grupos
musculares da metade inferior do corpo
Inclui: deficiências como paraparesia e paraplegia
b7304 Força dos músculos de todos os membros
funções relacionadas com a força gerada pela contracção dos músculos e de grupos
musculares de todos os quatro membros
Inclui: deficiências como tetraparesia e tetraplegia
b7305 Força dos músculos do tronco
funções relacionadas com a força gerada pela contracção dos músculos e de grupos
musculares do tronco
b7306 Força de todos os músculos do corpo
funções relacionadas com a força gerada pela contracção de todos os músculos e de
grupos musculares do corpo
Inclui: deficiências, tais como, mutismo acinético
b7308 Funções da força muscular, outras especificadas
b7309 Funções da força muscular, não especificadas
b735 Funções do tónus muscular
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos em repouso e a resistência
oferecida quando se tenta mover os músculos passivamente
Inclui: funções associadas à tensão de músculos isolados e grupos musculares, músculos de
um membro, de um lado do corpo e da metade inferior do corpo, músculos de todos os
membros, músculos do tronco, e todos os músculos do corpo; deficiências, tais como,
hipotonia, hipertonia e espasticidade muscular
Exclui: funções da força muscular (b730); funções da resistência muscular (b740)
b7350 Tónus de músculos isolados e de grupos musculares
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos isolados e grupos
musculares em repouso e a resistência oferecida quando se tenta mover esses músculos
passivamente
Inclui: deficiências, tais como, distonias focais , e.g. torcicolo
CIF Estruturas do Corpo
81
b7351 Tónus dos músculos de um membro
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos e grupos musculares em
repouso do membro superior ou do membro inferior e a resistência oferecida quando
se tenta mover esses músculos passivamente
Inclui: deficiências como monoparesia e monoplegia
b7352 Tónus dos músculos de um lado do corpo
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos e grupos musculares em
repouso do lado direito ou esquerdo do corpo e a resistência oferecida quando se tenta
mover esses músculos passivamente
Inclui: deficiências como hemiparesia e hemiplegia
b7353 Tónus dos músculos da metade inferior do corpo
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos e grupos musculares em
repouso da metade inferior do corpo e a resistência oferecida quando se tenta mover
esses músculos passivamente
Inclui: deficiências como paraparesia e paraplegia
b7354 Tónus dos músculos de todos os membros
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos e grupos musculares em
repouso de todos os quatro membros e a resistência oferecida quando se tenta mover
esses músculos passivamente
Inclui: deficiências, tais como, tetraparesia e tetraplegia
b7355 Tónus dos músculos do tronco
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos e grupos musculares em
repouso do tronco e a resistência oferecida quando se tenta mover esses músculos
passivamente
b7356 Tónus de todos os músculos do corpo
funções relacionadas com a tensão presente nos músculos e grupos musculares em
repouso de todo o corpo e a resistência oferecida quando se tenta mover esses
músculos passivamente
Inclui: deficiências, tais como, nas distonias generalizadas e na Doença de Parkinson,
ou paresia e paralisia geral
b7358 Funções do tónus muscular, outras especificadas
b7359 Funções do tónus muscular, não especificadas
b740 Funções da resistência muscular
funções relacionadas com a sustentação da contracção muscular pelo período de tempo
necessário
Inclui: funções associadas à sustentação da contracção de músculos isolados, de grupos
musculares, e de todos os músculos do corpo; deficiências, tais como, miastenia gravis
Exclui; funções de tolerância ao exercício (b455); funções da força muscular (b730); funções
do tónus muscular (b735)
b7400 Resistência de músculos isolados
funções relacionadas com a sustentação da contracção muscular de músculos isolados
por um período de tempo necessário
CIF Estruturas do Corpo
82
b7401 Resistência de grupos musculares
funções relacionadas com a sustentação da contracção muscular de grupos isolados de
músculos por um período de tempo necessário
Inclui: deficiências como em monoparesia, monoplegia, hemiparesia e hemiplegia,
paraparesia e paraplegia
b7402 Resistência de todos os músculos do corpo
funções relacionadas com a sustentação da contracção muscular de todos os músculos
do corpo pelo período de tempo necessário
Inclui: deficiências como em tetraparesia, tetraplegia, paresia geral e paralisia
b7408 Funções da resistência muscular, outras especificadas
b7409 Funções da resistência muscular, não especificadas
b749 Funções musculares, outras especificadas e não especificadas
FUNÇÕES DO MOVIMENTO (b750-b779)
b750 Funções de reflexos motores
funções relacionadas com a contracção involuntária automática dos músculos induzida por
estímulos específicos
Inclui: funções do reflexo motor ao estiramento, reflexo automático local de uma articulação,
reflexos gerados por estímulos nóxicos e outros estímulos exteroceptivos; reflexo de retirada,
reflexo bicipital, reflexo radial, reflexo quadricipital, reflexo rotuliano, reflexo aquiliano
Relativas aos
b7500 Reflexo motor ao estiramento
funções relacionadas com a contracção involuntária automática dos músculos induzida
pelo estiramento
b7501 Reflexos gerados por estímulos nóxicos
funções relacionadas com a contracção involuntária automática dos músculos induzida
por estímulos dolorosos ou outros estímulos nóxicos
Inclui: reflexo de retirada
b7502 Reflexos gerados por outros estímulos exteroceptivos
funções relacionadas com contracções involuntárias automáticas dos músculos
induzida por estímulos externos não nóxicos
b7508 Funções de reflexos motores, outras especificadas
b7509 Funções de reflexos motores, não especificadas
b755 Funções de reacções motoras involuntárias
funções relacionadas com contracções involuntárias de grandes músculos ou de todo o corpo
induzidas pela postura, equilíbrio e estímulos ameaçadores
Inclui: funções relacionadas com reacções posturais, reacção de endireitar o corpo,
reacções de ajustamento do corpo, reacções de equilíbrio, reacções de apoio, reacções de
defesa
Exclui: funções de reflexos motores (b750)
CIF Estruturas do Corpo
83
b760 Funções de controlo do movimento voluntário
funções associadas ao controlo e à coordenação do movimento voluntário
Inclui: funções relacionadas com o controlo de movimentos voluntários simples e de
movimentos voluntários complexos, coordenação de movimentos voluntários, funções de
apoio do membro superior ou do membro inferior, coordenação motora direita-esquerda,
coordenação olho-mão, coordenação olho-pé; deficiências, tais como, problemas de controle
e coordenação, e.g., disdiadococinesia
Exclui: funções da força muscular (b730); funções dos movimentos involuntários (b765);
funções relacionadas com o padrão de marcha (b770)
b7600 Controle de movimentos voluntários simples
funções associadas ao controle e coordenação de movimentos voluntários simples ou
isolados
b7601 Controle de movimentos voluntários complexos
funções associadas ao controle e coordenação de movimentos voluntários complexos
b7602 Coordenação de movimentos voluntários
funções associadas à coordenação de movimentos voluntários simples e complexos,
realizando movimentos de forma ordenada
Inclui: coordenação direita-esquerda, coordenação de movimentos dirigidos
visualmente, como, coordenação olho-mão e coordenação olho-pé; deficiências como
disdiadococinesia
b7603 Funções de apoios do membro superior ou do membro inferior
funções associadas ao controle e coordenação dos movimentos voluntários quando se
colocam pesos nos membros superiores (cotovelos ou mãos) ou nos membros
inferiores (joelhos ou pés)
b7608 Funções de controlo do movimento voluntário, outras especificadas
b7609 Funções de controle do movimento voluntário, não especificadas
b765 Funções dos movimentos involuntários
funções de contracções involuntárias, não intencionais ou semi-intencionais de um músculo
ou grupo de músculos
Inclui: contracções involuntárias dos músculos; deficiências, tais como, tremores, tiques,
maneirismos, estereótipos, perseveração motora, coréia, atetose, tiques vocais, movimentos
distónicos e disquinésia
Exclui: funções de controle do movimento voluntário (b760); funções relacionadas com o
padrão de marcha (b770)
b7650 Contracção involuntária dos músculos
funções de contracção involuntária, não intencional ou semi-intencional de um
músculo ou grupo de músculos, tais como, aqueles envolvidos em parte de uma
disfunção psicológica
Inclui: deficiências, tais como, movimentos coreiformes e atetóides; disquinésia
associada ao sono
b7651 Tremor
funções de alternância de contracção e relaxamento de um grupo de músculos em
torno de uma articulação, resultando em agitação
CIF Estruturas do Corpo
84
b7652 Tiques e maneirismos
funções de contracções repetitivas, quasi-intencionais e involuntárias de um grupo de
músculos
Inclui: deficiências, tais como, tiques vocais, coprolalia e bruxismo
b7653 Estereótipos e perseveração motora
funções de movimentos espontâneos, não intencionais, tais como, balançar-se
repetitivamente para frente e para trás e inclinar ou sacudir a cabeça
b7658 Funções dos movimentos involuntários, outras especificadas
b7659 Funções dos movimentos involuntários, não especificadas
b770 Funções relacionadas com o padrão de marcha
funções relacionadas com os tipos de movimentos associados com andar, correr ou outros
movimentos de todo o corpo
Inclui: tipos de marcha e de corrida; deficiências, tais como, marcha espástica, marcha
hemiplégica, marcha paraplégica , marcha assimétrica, claudicação e padrão de marcha
rígida
Exclui: funções da força muscular (b730); funções do tónus muscular (b735); funções de
controlo do movimento voluntário (b760); funções dos movimentos involuntários (b765)
b780 Sensações relacionadas com os músculos e as funções do
movimento
sensações associadas aos músculos ou grupos musculares do corpo e seu movimento
Inclui: sensações de rigidez e tensão dos músculos, espasmo ou contractura muscular e
dureza muscular
Exclui: sensação de dor (b280)
b7800 Sensação de rigidez muscular
sensação de tensão ou rigidez muscular
b7801 Sensação de espasmo muscular
sensação de contracção involuntária de um músculo ou grupo de músculos
b7808 Sensações relacionadas com os músculos e as funções do movimento, outras
especificadas
b7809 Sensações relacionadas com os músculos e as funções do movimento, não
especificadas
b789 Funções do movimento, outras especificadas e não
especificadas
b798 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o
movimento, outras especificadas
b799 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o
movimento, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
85
CAPÍTULO 8
FUNÇÕES DA PELE E ESTRUTURAS RELACIONADAS
Este capítulo trata das funções da pele, unhas e pêlos
FUNÇÕES DA PELE (b810-b849)
b810 Funções protectoras da pele
funções da pele relacionadas com a protecção do corpo contra agentes físicos, químicos e
biológicos
Inclui: funções de protecção contra o sol e outras radiações, fotossensibilidade,
pigmentação, qualidade da pele; funções de isolamento da pele, formação de calosidades,
endurecimento; deficiências, tais como, soluções de continuidade da pele, úlceras, escaras e
diminuição de espessura da pele
Exclui: funções reparadoras da pele (b820); outras funções da pele (b830)
b820 Funções reparadoras da pele
funções da pele relacionadas com a reparação de feridas e de outros danos na pele
Inclui: funções relacionadas com a formação de crostas, cicatrização; contusão e formação
de quelóides
Exclui: funções protectoras da pele (b810); outras funções da pele (b830)
b830 Outras funções da pele
funções da pele, excepto as de protecção e de reparação, tais como, arrefecimento e secreção
de suor
Inclui: funções de transpiração, funções glandulares da pele e odor corporal
Exclui: funções protectoras da pele (b810); funções reparadoras da pele (b820)
b840 Sensações relacionadas com a pele
sensações relacionadas com a pele, tais como, prurido, sensação de queimadura e de
formigueiro
Inclui: deficiências, tais como, sensação de picadas na pele e sensação de formigueiro
Exclui: sensação de dor (b280)
b849 Funções da pele, outras especificadas e não especificadas
FUNÇÕES DOS PÊLOS E DAS UNHAS (b850-b869)
b850 Funções dos pêlos
funções dos pêlos, tais como, protecção, coloração e aparência
Inclui: funções de crescimento dos pêlos , pigmentação dos pêlos, localização dos pêlos;
deficiências, tais como, perda de pêlos ou alopécia
b860 Funções das unhas
funções das unhas, tais como, protecção, acção de coçar e aparência
Inclui: crescimento e pigmentação das unhas, qualidade das unhas
CIF Estruturas do Corpo
86
b869 Funções dos pêlos e das unhas, outras especificadas e não
especificadas
b898 Funções da pele e estruturas relacionadas, outras especificadas
b899 Funções da pele e estruturas relacionadas, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
87
ESTRUTURAS DO CORPO
Definições : As estruturas do corpo são partes anatómicas do corpo, tais como, órgãos,
membros e seus componentes.
As deficiências são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como,
um desvio importante ou uma perda.
Primeiro qualificador
Qualificador comum com escala negativa utilizado para indicar a extensão ou magnitude de uma
deficiência:
xxx.0 NENHUMA deficiência (nenhuma, ausente, escassa…) 0-4 %
xxx.1 deficiência LIGEIRA (leve, pequena,…) 5-24 %
xxx.2 deficiência MODÉRADA (média, regular…) 25-49 %
xxx.3 deficiência GRAVE (grande, extrema…) 50-95 %
xxx.4 deficiência COMPLETA (total…) 96-100 %
xxx.8 não especificadas
xxx.9 não aplicável
Estão disponíveis amplas classes de percentagens para aqueles casos em que se usam instrumentos de
medida calibrados ou outras normas para quantificar a deficiência das funções e estruturas corporais. Por
exemplo, a indicação de “ausência de deficiência” ou de “deficiência total” pode ter uma margem de erro
até 5%. Em geral, uma deficiência moderada é quantificada a meio da escala da deficiência total. As
percentagens devem ser calibradas em diferentes áreas tendo como referência as os valores "standard" da
população como percentis. Para que esta quantificação possa ser utilizada de maneira universal, os métodos
de avaliação devem ser desenvolvidos através de pesquisas.
Segundo qualificador
Utilizado para indicar a natureza da mudança na estrutura corporal correspondente.
0 nenhuma mudança na estrutura
1 ausência total
2 ausência parcial
3 parte adicional
4 dimensões aberrantes
5 descontinuidade
6 posição desviada
7 mudanças qualitativas na estrutura, incluindo acumulação de fluidos
8 não especificada
9 não aplicável
Terceiro qualificador (sugerido)
Em desenvolvimento para indicar localização
0 mais de uma região
1 direita
2 esquerda
3 ambos os lados
4 parte anterior
5 parte posterior
6 proximal
7 distal
8 não especificada
9 não aplicável
Para uma explicação mais detalhada sobre as regras de codificação da CIF, ver Anexo 2.
CIF Estruturas do Corpo
88
CAPÍTULO 1
ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO
s110 Estrutura do cérebro
s1100 Estrutura dos lobos corticais
s11000 Lobo frontal
s11001 Lobo temporal
s11002 Lobo parietal
s11003 Lobo occipital
s11008 Estrutura dos lobos corticais, outra especificada
s11009 Estrutura dos lobos corticais, não especificada
s1101 Estrutura do mesencéfalo
s1102 Estrutura do diencéfalo
s1103 Gânglios basais e estruturas relacionadas
s1104 Estrutura do cerebelo
s1105 Estrutura do tronco cerebral
s11050 Bolbo raquidiano
s11051 Protuberância
s11058 Estrutura do tronco cerebral, outra especificada
s11059 Estrutura do tronco cerebral, não especificada
s1106 Estrutura dos nervos cranianos
s1108 Estrutura do cérebro, outra especificada
s1109 Estrutura do cérebro, não especificada
s120 Medula espinhal e estruturas relacionadas
s1200 Estrutura da medula espinhal
s12000 Medula espinhal cervical
s12001 Medula espinhal torácica
s12002 Medula espinhal lombossagrada ou sacrolombar
s12003 Cauda equina
s12008 Estrutura da medula espinhal, outra especificada
s12009 Estrutura da medula espinhal, não especificada
s1201 Nervos raquidianos
CIF Estruturas do Corpo
89
s1208 Medula espinhal e estruturas relacionadas, outras especificadas
s1209 Medula espinhal e estruturas relacionadas, não especificadas
s130 Estrutura das meninges
s140 Estrutura do sistema nervoso simpático
s150 Estrutura do sistema nervoso parassimpático
s198 Estrutura do sistema nervoso, outra especificada
s199 Estrutura do sistema nervoso, não especificada
CIF Estruturas do Corpo
90
CAPÍTULO 2
OLHO, OUVIDO E ESTRUTURAS RELACIONADAS
s210 Estrutura da cavidade ocular
s220 Estrutura do globo ocular
s2200 Conjuntiva, esclerótica, coroideia
s2201 Córnea
s2202 Íris
s2203 Retina
s2204 Cristalino
s2205 Corpo vítreo
s2208 Estrutura do globo ocular, outra especificada
s2209 Estrutura do globo ocular, não especificada
s230 Estruturas anexas ao olho
s2300 Glândula lacrimal e estruturas relacionadas
s2301 Pálpebra
s2302 Sobrancelha
s2303 Músculos oculares externos
s2308 Estruturas anexas ao olho, outra especificada
s2309 Estrutura anexas ao olho, não especificada
s240 Estrutura do ouvido externo
s250 Estrutura do ouvido médio
s2500 Membrana do tímpano
s2501 Trompa de Eustáquio
s2502 Ossículos
s2508 Estrutura do ouvido médio, outra especificada
s2509 Estrutura do ouvido médio, não especificada
s260 Estrutura do ouvido interno
s2600 Cóclea
s2601 Labirinto vestibular
CIF Estruturas do Corpo
91
s2602 Canais semicirculares
s2603 Canal auditivo interno
s2608 Estrutura do ouvido interno, outra especificada
s2609 Estrutura do ouvido interno, não especificada
s298 Olho, ouvido e estruturas relacionadas, outras especificadas
s299 Olho, ouvido e estruturas relacionadas, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
92
CAPÍTULO 3
ESTRUTURAS RELACIONADAS COM A VOZ E A FALA
s310 Estrutura do nariz
s3100 Nariz externo
s3101 Septo nasal
s3102 Fossas nasais
s3108 Estrutura do nariz, outra especificada
s3109 Estrutura do nariz, não especificada
s320 Estrutura da boca
s3200 Dentes
s3201 Gengivas
s3202 Estrutura do palato
s32020 Palato duro
s32021 Palato mole
s3203 Língua
s3204 Estrutura do lábio
s32040 Lábio superior
s32041 Lábio inferior
s3208 Estrutura da boca, outra especificada
s3209 Estrutura da boca, não especificada
s330 Estrutura da faringe
s3300 Nasofaringe
s3301 Orofaringe
s3308 Estrutura da faringe, outra especificada
s3309 Estrutura da faringe, não especificada
s340 Estrutura da laringe
s3400 Cordas vocais
s3408 Estrutura da laringe, outra especificada
s3409 Estrutura da laringe, não especificada
CIF Estruturas do Corpo
93
s398 Estruturas relacionadas com a voz e a fala, outras especificadas
s399 Estruturas relacionas com a voz e a fala,, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
94
CAPÍTULO 4
ESTRUTURAS DO APARELHO CARDIOVASCULAR, DO SISTEMA
IMUNOLÓGICO E DO APARELHO RESPIRATÓRIO
s410 Estrutura do aparelho cardiovascular
s4100 Coração
s41000 Aurículas
s41001 Ventrículos
s41008 Estrutura do coração, outra especificada
s41009 Estrutura do coração, não especificada
s4101 Artérias
s4102 Veias
s4103 Capilares
s4108 Estrutura do aparelho cardiovascular, outra especificada
s4109 Estrutura do aparelho cardiovascular, não especificada
s420 Estrutura do sistema imunológico
s4200 Vasos linfáticos
s4201 Gânglios linfáticos
s4202 Timo
s4203 Baço
s4204 Medula óssea
s4208 Estrutura do sistema imunológico, outra especificada
s4209 Estrutura do sistema imunológico, não especificada
s430 Estrutura do aparelho respiratório
s4300 Traqueia
s4301 Pulmões
s43010 Árvore brônquica
s43011 Alvéolos
s43018 Estrutura dos pulmões, outra especificada
s43019 Estrutura dos pulmões, não especificada
s4302 Caixa torácica
s4303 Músculos da respiração
CIF Estruturas do Corpo
95
s43030 Músculos intercostais
s43031 Diafragma
s43038 Músculos da respiração, outros especificados
s43039 Músculos da respiração, não especificados
s4308 Estrutura do aparelho respiratório, outra especificada
s4309 Estrutura do aparelho respiratório, não especificada
s498 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico e
do aparelho respiratório, outras especificadas
s499 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico e
do aparelho respiratório, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
96
CAPÍTULO 5
ESTRUTURAS RELACIONADAS COM O APARELHO DIGESTIVO E COM OS
SISTEMAS METABÓLICO E ENDÓCRINO
s510 Estrutura das glândulas salivares
s520 Estrutura do esófago
s530 Estrutura do estômago
s540 Estrutura dos intestinos
s5400 Intestino delgado
s5401 Intestino grosso
s5408 Estrutura do intestino, outra especificada
s5409 Estrutura do intestino, não especificada
s550 Estrutura do pâncreas
s560 Estrutura do fígado
s570 Estrutura da vesícula e vias biliares
s580 Estrutura das glândulas endócrinas
s5800 Glândula pituitária
s5801 Glândula tiróide
s5802 Glândula paratiróide
s5803 Glândula supra-renal
s5808 Estrutura das glândulas endócrinas, outra especificada
s5809 Estrutura das glândulas endócrinas, não especificada
s598 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os
sistemas metabólico e endócrino, outras especificadas
s599 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os
sistemas metabólico e endócrino, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
97
CAPÍTULO 6
ESTRUTURAS RELACIONADAS COM OS APARELHOS GENITOURINÁRIO E
REPRODUTIVO
s610 Estrutura do aparelho urinário
s6100 Rim
s6101 Ureteres
s6102 Bexiga
s6103 Uretra
s6108 Estrutura do aparelho urinário, outra especificada
s6109 Estrutura do aparelho urinário, não especificada
s620 Estrutura do pavimento pélvico
s630 Estrutura do aparelho reprodutivo
s6300 Ovários
s6301 Estrutura do útero
s63010 Corpo do útero
s63011 Colo do útero
s63012 Trompas de Falópio
s63018 Estrutura do útero, outra especificada
s63019 Estrutura do útero, não especificada
s6302 Mamas e mamilos
s6303 Estrutura da vagina e órgãos genitais externos
s63030 Clítoris
s63031 Grandes lábios
s63032 Pequenos lábios
s63033 Canal vaginal
s6304 Testículos
s6305 Estrutura do pénis
s63050 Glande peniana
s63051 Corpo esponjoso do pénis
s63058 Estrutura do pénis, outra especificada
s63059 Estrutura do pénis, não especificada
CIF Estruturas do Corpo
98
s6306 Próstata
s6308 Estruturas do aparelho reprodutivo, outras especificadas
s6309 Estruturas do aparelho reprodutivo, não especificadas
s698 Estruturas relacionadas com os aparelhos genitourinário e
reprodutivo, outras especificadas
s699 Estruturas relacionadas com os aparelhos genitourinário e
reprodutivo, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
99
CAPÍTULO 7 ESTRUTURAS RELACIONADAS COM O MOVIMENTO
s710 Estrutura da região da cabeça e pescoço
s7100 Ossos do crânio
s7101 Ossos da face
s7102 Ossos da região do pescoço
s7103 Articulações da região da cabeça e pescoço
s7104 Músculos da região da cabeça e pescoço
s7105 Ligamentos e fáscias da região da cabeça e pescoço
s7108 Estrutura da região da cabeça e pescoço, outra especificada
s7109 Estrutura da região da cabeça e pescoço, não especificada
s720 Estrutura da região do ombro
s7200 Ossos da região do ombro
s7201 Articulações da região do ombro
s7202 Músculos da região do ombro
s7203 Ligamentos e fáscias da região do ombro
s7208 Estrutura da região do ombro, outra especificada
s7209 Estrutura da região do ombro, não especificada
s730 Estrutura do membro superior
s7300 Estrutura do braço
s73000 Ossos do braço
s73001 Articulações da região do cotovelo
s73002 Músculos do braço
s73003 Ligamentos e fáscias do braço
s73008 Estrutura do braço, outra especificada
s73009 Estrutura do braço, não especificada
s7301 Estrutura do antebraço
s73010 Ossos do antebraço
s73011 Articulação do punho
CIF Estruturas do Corpo
10 0
s73012 Músculos do antebraço
s73013 Ligamentos e fáscias do antebraço
s73018 Estrutura do antebraço, outra especificada
s73019 Estrutura do antebraço, não especificada
s7302 Estrutura da mão
s73020 Ossos da mão
s73021 Articulações da mão e dos dedos
s73022 Músculos da mão
s73023 Ligamentos e fáscias da mão
s73028 Estrutura da mão, outra especificada
s73029 Estrutura da mão, não especificada
s7308 Estrutura do membro superior, outra especificada
s7309 Estrutura do membro superior, não especificada
s740 Estrutura da região pélvica
s7400 Ossos da região pélvica
s7401 Articulações da região pélvica
s7402 Músculos da região pélvica
s7403 Ligamentos e fáscias da região pélvica
s7408 Estrutura da região pélvica, outra especificada
s7409 Estrutura da região pélvica, não especificada
s750 Estrutura do membro inferior
s7500 Estrutura da coxa
s75000 Ossos da coxa
s75001 Articulação da anca
s75002 Músculos da coxa
s75003 Ligamentos e fáscias da coxa
s75008 Estrutura da coxa, outra especificada
s75009 Estrutura da coxa, não especificada
s7501 Estrutura da perna
CIF Estruturas do Corpo
10 1
s75010 Ossos da perna
s75011 Articulações da região do joelho
s75012 Músculos da perna
s75013 Ligamentos e fáscias da perna
s75018 Estrutura da perna, outra especificada
s75019 Estrutura da perna, não especificada
s7502 Estrutura do tornozelo e pé
s75020 Ossos do tornozelo e do pé
s75021 Articulações do tornozelo e articulações do pé e dedos
s75022 Músculos do tornozelo e do pé
s75023 Ligamentos e fáscias do tornozelo e do pé
s75028 Estrutura do tornozelo e do pé, outra especificada
s75029 Estrutura do tornozelo e do pé, não especificada
s7508 Estrutura do membro inferior, outra especificada
s7509 Estrutura do membro inferior, não especificada
s760 Estrutura do tronco
s7600 Estrutura da coluna vertebral
s76000 Segmento vertebral cervical
s76001 Segmento vertebral torácico
s76002 Segmento vertebral lombar
s76003 Segmento vertebral sagrado
s76004 Cóccix
s76008 Estrutura da coluna vertebral, outra especificada
s76009 Estrutura da coluna vertebral, não especificada
s7601 Músculos do tronco
s7602 Ligamentos e fáscias do tronco
s7608 Estrutura do tronco, outra especificada
s7609 Estrutura do tronco, não especificada
s770 Estruturas musculoesqueléticas adicionais relacionadas com o
movimento
s7700 Ossos
s7701 Articulações
CIF Estruturas do Corpo
10 2
s7702 Músculos
s7703 Ligamentos extra-articulares, fáscias, aponevroses extramusculares, retináculos,
septos, bolsas serosas, não especificados
s7708 Estruturas musculoesqueléticas adicionais relacionadas com o movimento, outras
especificadas
s7709 Estruturas musculoesqueléticas adicionais relacionadas com o movimento, não
especificadas
s798 Estruturas relacionadas com o movimento, outras especificadas
s799 Estruturas relacionadas com o movimento, não especificadas
CIF Estruturas do Corpo
10 3
CAPÍTULO 8
PELE E ESTRUTURAS RELACIONADAS
s810 Estrutura de áreas da pele
s8100 Pele da região da cabeça e do pescoço
s8101 Pele da região do ombro
s8102 Pele do membro superior
s8103 Pele da região pélvica
s8104 Pele do membro inferior
s8105 Pele do tronco
s8108 Estrutura de áreas da pele, outra especificada
s8109 Estrutura de áreas da pele, não especificada
s820 Estrutura das glândulas da pele
s8200 Glândulas sudoríparas
s8201 Glândulas sebáceas
s8208 Estrutura das glândulas da pele, outra especificada
s8209 Estrutura das glândulas da pele, não especificada
s830 Estrutura das unhas
s8300 Unhas dos dedos das mãos
s8301 Unhas dos dedos dos pés
s8308 Estrutura das unhas, outra especificada
s8309 Estrutura das unhas, não especificada
s840 Estrutura dos pêlos
s898 Pele e estruturas relacionadas, outras especificadas
s899 Pele e estruturas relacionadas, não especificadas
CIF Actividades e Participação
10 4
ACTIVIDADES E PARTICIPAÇÃO
Definições : Actividade é a execução de uma tarefa ou acção por um indivíduo.
Participação é envolvimento de um indivíduo numa situação da vida real.
Limitações da actividade são dificuldades que o indivíduo pode ter na execução de
actividades.
Restrições de participação são problemas que um indivíduo pode enfrentar quando está
envolvido em situações da vida real.
Qualificadores
Os domínios para o componente Actividade e Participação estão incluídos numa única lista que cobre a
faixa completa das áreas da vida (desde a aprendizagem básica e observação até áreas mais complexas tais
como, as relacionadas com as tarefas sociais). Este componente pode ser utilizado para designar
actividades (a) ou participação (p) ou ambas.
Os dois qualificadores do componente Actividades e Participação são: o qualificador de Desempenho e o
qualificador de Capacidade. O qualificador de desempenho descreve o que um indivíduo faz no seu
ambiente habitual. Como este ambiente implica um contexto social, o desempenho registado por este
qualificador também pode ser entendido como um “envolvimento numa situação da vida” ou “a experiência
vivida” das pessoas no contexto habitual em que elas vivem. Este contexto inclui os factores ambientais –
todos os aspectos do mundo físico, social e atitudinal, que podem ser codificados utilizando-se os Factores
Ambientais.
O qualificador de capacidade descreve a capacidade de um indivíduo de executar uma tarefa ou acção. Este
qualificador identifica o nível máximo provável de funcionamento que a pessoa pode atingir num domínio
esecífico num dado momento. A Capacidade é medida num ambiente uniforme ou padrão reflectindo assim
a capacidade do indivíduo ajustada para o ambiente. Os factores ambientais podem ser utilizados para
descrever as características deste ambiente uniforme ou padrão.
Tanto o qualificador de Capacidade como o de Desempenho podem ser utilizados com e sem os
dispositivos de auxílio ou a ajuda de terceiros, e de acordo com a seguinte escala:
xxx.0 NENHUMA dificuldade (nenhuma, ausente,
escassa…)
0-4%
xxx.1 Dificuldade LIGEIRA (leve, baixa…) 5-24%
xxx.2 Dificuldade MODERADA (média, regular…) 25-49%
xxx.3 Dificuldade GRAVE (alta, extrema…) 50-95%
xxx.4 Dificuldade COMPLETA (total…) 96-100%
xxx.8 Não especificada
xxx.9 Não aplicável
Estão disponíveis classes amplas de percentagens para aqueles casos em que se usam instrumentos de
medida calibrados ou outras normas para quantificar o problema de desempenho ou limitação da
capacidade. Por exemplo, a indicação de “nenhum problema de desempenho” ou “um problema total de
desempenho” pode ter uma margem de erro até 5%. Em geral, um problema de desempenho moderado é
quantificado a meio da escala do problema total de desempenho. As percentagens devem ser calibradas em
diferentes áreas tendo como referência os valores "standard" da população como percentis. Para que esta
quantificação possa ser utilizada de maneira universal, os métodos de avaliação devem ser desenvolvidos
através de as funções pesquisas.
Para explicações mais específicas sobre as convenções de codificação, vide Anexo 2.
CIF Actividades e Participação
10 5
CAPÍTULO 1
APRENDIZAGEM E APLICAÇÃO DE CONHECIMENTOS
Este capítulo trata da capacidade de aprender, aplicar os conhecimentos adquiridos, pensar, resolver
problemas e tomar decisões
EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS INTENCIONAIS (d110-d129)
d110 Observar
utilizar intencionalmente o sentido da visão para captar estímulos visuais, tais como, assistir a
um evento desportivo ou observar crianças brincando
d115 Ouvir
utilizar, intencionalmente, o sentido da audição para captar estímulos auditivos, tais como,
ouvir rádio, música ou uma palestra
d120 Outras percepções sensoriais intencionais
utilizar, intencionalmente, os outros sentidos básicos do corpo para captar estímulos, tais
como, tocar ou sentir texturas, saborear doces ou sentir o cheiro das flores
d129 Experiências sensoriais intencionais, outras especificadas e não
especificadas
APRENDIZAGEM BÁSICA (d130-d159)
d130 Imitar
imitar ou copiar, como um componente básico da aprendizagem, tais como, copiar um gesto,
um som ou as letras de um alfabeto
d135 Ensaiar (Repetir)
reproduzir uma sequência de eventos ou símbolos, como um componente básico da
aprendizagem, tais como, contar de dez em dez ou recitar um poema
d140 Aprender a ler
desenvolver a capacidade de ler material escrito (incluindo Braille) com fluência e precisão,
tais como, reconhecer caracteres e alfabetos, vocalizar palavras com a pronúncia correcta e
compreender palavras e frases
d145 Aprender a escrever
desenvolver a capacidade de produzir símbolos em forma de texto que representam sons,
palavras ou frases de forma que tenham significado (incluindo a escrita Braille), tais como,
escrever sem erros e utilizar correctamente a gramática
d150 Aprender a calcular
desenvolver a capacidade de trabalhar com números e realizar operações aritméticas simples
e complexas, tais como, utilizar símbolos matemáticos para somar e subtrair e aplicar, num
problema, a operação matemática correcta
CIF Actividades e Participação
10 6
d155 Adquirir competências
desenvolver as capacidades básicas e complexas necessárias para a execução de um conjunto
integrado de acções ou tarefas de maneira que, ao adquirir essa competência, consiga iniciar e
concluir a sua execução, tais como, manejar ferramentas ou participar em jogos, como por
exemplo, jogar xadrez
Inclui: adquirir competências básicas e complexas
d1550 Adquirir competências básicas
aprender acções elementares com um determinado objectivo, como por exemplo,
aprender a manusear os utensílios para comer, um lápis ou uma ferramenta simples
d1551 Adquirir competências complexas
aprender conjuntos integrados de acções, de acordo com regras, e realizar e coordenar
os próprios movimentos de forma sequenciada, como por exemplo, aprender a jogar
futebol ou utilizar uma ferramenta na construção
d1558 Adquirir competências , outra especificada
d1559 Adquirir competências , não especificada
d159 Aprendizagem básica, outra especificada e não especificada
APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO (d160-d179)
d160 Concentrar a atenção
concentrar, intencionalmente, a atenção em estímulos específicos, desligando-se dos ruídos
que distraem
d163 Pensar
formular e ordenar ideias, conceitos e imagens, dirigidos ou não a um ou mais objectivos,
como por exemplo, inventar histórias, demonstrar um teorema, jogar com ideias, debater
ideias, meditar, ponderar, especular ou reflectir
Exclui: resolver problemas (d175); tomar decisões (d177),
d166 Ler
realizar actividades envolvidas na compreensão e interpretação de textos escritos (e.g., livros,
instruções ou jornais em texto ou em Braille), com o objectivo de adquirir conhecimentos
gerais ou informações específicas
d170 Escrever
utilizar ou compor símbolos para transmitir informações, como por exemplo, elaborar um
relatório escrito de eventos ou ideias ou redigir uma carta
Exclui: Aprender a escrever (d145)
d172 Calcular
efectuar cálculos, aplicando princípios matemáticos, para resolver um enunciado escrito de
um problema e produzir ou mostrar os resultados, como por exemplo, efectuar a soma de três
números ou encontrar o resultado da divisão de um número por outro
Exclui: aprender a calcular (d150)
CIF Actividades e Participação
10 7
d175 Resolver problemas
encontrar soluções para problemas ou situações identificando e analisando questões,
desenvolvendo opções e soluções, avaliando os potenciais efeitos das soluções, e executando
uma solução seleccionada, como por exemplo, na resolução de uma disputa entre duas
pessoas
Inclui: resolução de problemas simples e complexos
Exclui: pensar (d163); tomar decisões (d177)
d1750 Resolver problemas simples
encontrar soluções para um problema simples, não envolvendo mais do que um
elemento simples, identificando e analisando o elemento, desenvolvendo soluções,
avaliando os efeitos potenciais das soluções e executando uma solução seleccionada
d1751 Resolver problemas complexos
encontrar soluções para um problema complexo que envolve questões múltiplas e
relacionadas, ou vários problemas relacionados, identificando e analisando a questão,
desenvolvendo soluções, avaliando os efeitos potenciais das soluções e executando a
solução seleccionada
d1758 Resolver problemas, outra especificada
d1759 Resolver problemas, não especificada
d177 Tomar decisões
fazer uma escolha entre opções, implementar a opção escolhida e avaliar os efeitos, como por
exemplo, seleccionar e adquirir um produto específico, ou decidir realizar e realizar uma
tarefa entre várias tarefas que precisam de ser feitas
Exclui: pensar (d163); resolver problemas (d175)
d179 Aplicação de conhecimento, outra especificada
d198 Aprendizagem e aplicação de conhecimento, outras especificadas
d199 Aprendizagem e aplicação de conhecimento, não especificadas
CIF Actividades e Participação
10 8
CAPÍTULO 2
TAREFAS E EXIGÊNCIAS GERAIS
Este capítulo trata dos aspectos gerais da execução de uma única ou de várias tarefas, organização de
rotinas e gestão do stresse. Estas categorias podem ser utilizadas em conjunto com tarefas ou acções mais
específicas para identificar as actividades subjacentes na execução de tarefas em diferentes circunstâncias
d210 Realizar uma única tarefa
realizar acções coordenadas simples ou complexas, relacionadas com os componentes
mentais e físicos de uma tarefa simples, como por exemplo, iniciar uma tarefa, organizar o
tempo, o espaço e os materiais necessários para a realizar, decidir o ritmo de execução, e
executar, concluir e manter a tarefa
Inclui: realizar uma tarefa simples ou complexa; realizar uma tarefa única
independentemente ou em grupo
Exclui: adquirir competências (d155); resolver problemas (d175); tomar decisões (d177);
realizar tarefas múltiplas (d220)
d2100 Realizar uma tarefa simples
preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço necessários para uma tarefa simples,
executar uma tarefa simples com um só componente principal, como por exemplo, ler
um livro, escrever uma carta ou fazer a cama
d2101 Realizar uma tarefa complexa
preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço necessários para uma tarefa complexa
com dois ou mais componentes, que pode ser realizada em sequência ou em
simultâneo, como por exmplo, arrumar os móveis na própria casa ou fazer os deveres
escolares
d2102 Realizar uma única tarefa, de forma independente
preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço necessários para uma tarefa simples
ou complexa, gerindo e executando a tarefa sem a ajuda de outros
d2103 Realizar uma única tarefa em grupo
preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço para uma única tarefa, simples ou
complexa; gerir e executar a tarefa com pessoas envolvidas em algumas ou em todas
as etapas da tarefa
d2108 Realizar uma única tarefa, outra especificada
d2109 Realizar uma única tarefa, não especificada
d220 Realizar tarefas múltiplas
realizar, uma após outra ou em simultâneo, acções coordenadas simples ou complexas,
consideradas como componentes de tarefas múltiplas, integradas e complexas
Inclui: realizar tarefas múltiplas; concluir tarefas múltiplas; realizar tarefas múltiplas, de
forma independente e em grupo
Exclui: adquirir competências (d155); resolver problemas (d175); tomar decisões (d177);
realizar uma única tarefa (d210)
CIF Actividades e Participação
10 9
d2200 Realizar tarefas múltiplas
preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço necessários para várias tarefas, e
conseguir e executar várias tarefas, em simultâneo ou uma após outra
d2201 Concluir tarefas múltiplas
concluir várias tarefas, em simultâneo ou uma após outra
d2202 Realizar tarefas múltiplas, independentemente
preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço para tarefas múltiplas, gerir e executar
várias tarefas em simultâneo ou uma após outra, sem a ajuda de outros
d2203 Realizar tarefas múltiplas em grupo
preparar, iniciar e organizar o tempo e espaço para tarefas múltiplas, gerir e executar
várias tarefas em simultâneo ou uma após outra, com outras pessoas envolvidas em
algumas ou em todas as etapas das tarefas múltiplas
d2208 Realizar tarefas múltiplas, outra especificada
d2209 Realizar tarefas múltiplas, não especificada
d230 Realizar a rotina diária
realizar acções coordenadas simples ou complexas de modo a poder planear, gerir e responder
às exigências das tarefas e das obrigações do dia-a-dia, como por exemplo, administrar o
tempo e planear as actividades individuais ao longo do dia
Inclui: gerir e concluir a rotina diária; gerir o seu próprio nível de actividade
Exclui: realizar tarefas múltiplas (d220)
d2301 Gerir a rotina diária
realizar acções coordenadas simples ou complexas de modo a poder planear e gerir as
exigências das tarefas e das obrigações do dia-a-dia
d2302 Concluir a rotina diária
realizar acções coordenadas simples ou complexas de modo a poder concluir planear e
gerir as exigências das tarefas e das obrigações do dia-a-dia
d2303 Gerir o seu próprio nível de actividade
realizar acções e adoptar comportamentos para obter a energia e o tempo necessários
para as tarefas e as obrigações do dia-a-dia
d2308 Realizar a rotina diária, outra especificada
d2309 Realizar a rotina diária, não especificada
d240 Lidar com o stresse e outras exigências psicológicas
realizar acções coordenadas simples ou complexas para gerir e controlar as exigências
psicológicas necessárias para realizar tarefas que exigem responsabilidades importantes e que
envolvem stresse, distracção, ou crises, como por exemplo, conduzir um veículo com trânsito
intenso ou tomar conta de muitas crianças
Inclui: lidar com responsabilidades; lidar com stresse e crise
d2400 Lidar com responsabilidades
realizar acções simples ou complexas e coordenadas necessárias para poder assumir as
responsabilidades no desempenho de tarefas e para avaliar as implicações dessas
responsabilidades a responsabilidade
CIF Actividades e Participação
11 0
d2401 Lidar com o stresse
realizar acções simples ou complexas e coordenadas de modo a poder enfrentar a
pressão, a urgência ou o stresse associados ao desempenho das tarefas
d2402 Lidar com crises
realizar acções coordenadas simples ou complexas de modo a poder enfrentar os
momentos decisivos de uma situação ou momentos de perigo iminente
d2408 Lidar com o stresse e outras exigências psicológicas, outra especificada coordenadas
d2409 Lidar com o stresse e outras exigências psicológicas, não especificada
d298 Tarefas e exigências gerais, outras especificadas
d299 Tarefas e exigências gerais, não especificadas
CIF Actividades e Participação
11 1
CAPÍTULO 3 COMUNICAÇÃO
Este capítulo trata das características gerais e específicas da comunicação através da linguagem, sinais e
símbolos, incluindo a recepção e a produção de mensagens, manutenção da conversação e utilização de
dispositivos e técnicas de comunicação
COMUNICAR E RECEBER MENSAGENS (d310-d329)
d310 Comunicar e receber mensagens orais
compreender os significados literais e implícitos das mensagens em linguagem oral, como por
exemplo, compreender que uma declaração corresponde a um facto ou é uma expressão
idiomática
d315 Comunicar e receber mensagens não verbais
compreender os significados literais e implícitos das mensagens transmitidas por gestos,
símbolos e desenhos, como por exemplo, perceber que uma criança está cansada quando ela
esfrega os olhos ou que um alarme significa que há incêndio
Inclui: comunicar e receber mensagens transmitidas por linguagem gestual e símbolos
gerais, desenhos e fotografias
d3150 Comunicar e receber mensagens usando linguagem corporal
compreender o significado transmitido pelas expressões faciais, movimentos das mãos
ou sinais, posturas corporais e outras formas de linguagem corporal
d3151 Comunicar e receber mensagens usando sinais e símbolos gerais
compreender o significado representado pelos sinais públicos e símbolos, como por
exemplo, placas de trânsito, sinais de alerta, notações musicais ou científicas e
sinalizações
d3152 Comunicar e receber mensagens usando desenhos e fotografias
compreender o significado representado por desenhos (e.g. traçados feitos à mão,
desenhos descritivos, pinturas, representações tridimensionais), gráficos, diagramas e
fotografias, como por exemplo, compreender que uma linha que sobe num gráfico
representando alturas significa que a criança está a crescer
d3158 Comunicar e receber mensagens não verbais, outras especificadas
d3159 Comunicar e receber mensagens não verbais, não especificadas
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual
receber e compreender mensagens com significado literal e implícito na linguagem gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
compreender os significados literais e implícitos das mensagens transmitidas através da
linguagem escrita (incluindo Braille), como por exemplo, acompanhar os eventos políticos no
jornal diário ou compreender as mensagens em textos religiosos
d329 Comunicar e receber mensagens, outras especificadas e não
especificadas
CIF Actividades e Participação
11 2
COMUNICAR E PRODUZIR MENSAGENS (d330-d349)
d330 Falar
produzir mensagens verbais constituídas por palavras, frases e passagens mais longas com
significado literal e implícito, como por exemplo, expressar um facto ou contar uma história
d335 Produzir mensagens não verbais
utilizar gestos, símbolos e desenhos para transmitir mensagens, como por exemplo, negar
com a cabeça para indicar desacordo ou fazer um desenho ou um esquema para transmitir um
facto ou uma ideia complexa
Inclui: produzir linguagem gestual, sinais, símbolos, desenhos e fotografias
d3350 Produzir mensagens usando linguagem corporal
transmitir mensagens através de movimentos do corpo, como por exemplo, mímica
(e.g. rir, franzir as sobrancelhas, estremecer), movimentos dos braços e das mãos e
atitudes (e.g. abraçar para mostrar afecto )
d3351 Produzir mensagens usando sinais e símbolos
transmitir mensagens através da utilização de sinais e símbolos (e.g. imagens,
símbolos Bliss, símbolos científicos) e sistemas de notação simbólica, como por
exemplo, utilizar notas musicais para transmitir uma melodia
d3352 Produzir mensagens usando desenhos e fotografias
transmitir mensagens através de desenhos, pinturas, esboços e esquemas, reproduções
ou fotografias, como por exemplo, desenhar um mapa para mostrar o caminho para um
local
d3358 Produzir mensagens não verbais, outra especificada
d3359 Produzir mensagens não verbais, não especificada
d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual
transmitir uma mensagem com significado literal e implícito, através de linguagem gestual
d345 Escrever mensagens
produzir mensagens com significado literal e implícito transmitidas através da linguagem
escrita, como por exemplo, escrever uma carta para um amigo
d349 Comunicar e produzir mensagens, outra especificada e não
especificada
CONVERSAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS E DE TÉCNICAS DE
COMUNICAÇÃO (d350-d369)
d350 Conversação
iniciar, manter e finalizar uma troca de pensamentos e ideias, realizada através da linguagem
escrita, oral, gestual ou de outras formas de linguagem, com uma ou mais pessoas conhecidas
ou estranhas, em ambientes formais ou informais
Inclui: iniciar, manter e finalizar uma conversa; conversar com uma ou mais pessoas
CIF Actividades e Participação
11 3
d3500 Iniciar uma conversa
iniciar um diálogo ou troca de impressões, como por exemplo, apresentar-se, saudar de
modo habitual, e introduzir um tópico ou fazer perguntas
d3501 Manter uma conversa
continuar e manter um diálogo ou troca de impressões acrescentando ideias,
introduzindo um novo tópico ou retomando um tópico previamente mencionado, bem
como alternando falar com comunicar por sinais
d3502 Terminar uma conversa
terminar um diálogo ou troca de impressões com frases ou expressões usadas
habitualmente para finalizar e encerrar o tópico discutido
d3503 Conversar com uma pessoa
iniciar, manter, dar forma e terminar um diálogo ou troca de impressões com uma
pessoa, como por exemplo, falar do tempo com um amigo
d3504 Conversar com muitas pessoas
iniciar, manter, dar forma e terminar um diálogo ou troca de impressões com mais de
um indivíduo, como por exemplo, iniciar e participar numa conversa em grupo
d3508 Conversação, outra especificada
d3509 Conversação, não especificada
d355 Discussão
iniciar, manter e terminar a análise de um assunto, com argumentos a favor ou contra, ou um
debate através de linguagem oral, escrita, gestual ou de outras formas de linguagem, com uma
ou mais pessoas conhecidas ou estranhas, em ambientes formais ou informais
Inclui: discussão com uma ou várias pessoas
d3550 Discussão com uma pessoa
iniciar, manter, dar forma ou terminar uma argumentação ou um debate com uma
pessoa
d3551 Discussão com várias pessoas
iniciar, manter, dar forma ou terminar uma argumentação ou dum embate com mais de
uma pessoa
d3558 Discussão, outra especificada
d3559 Discussão, não especificada
d360 Utilização de dispositivos e de técnicas de comunicação
utilizar dispositivos, técnicas e outros meios para comunicar, como por exemplo, ligar o
telefone para um amigo
Inclui: utilização de dispositivos de telecomunicações, utilização de máquinas de escrever e
de técnicas de comunicação
d3600 Utilização de dispositivos de comunicação
utilizar telefones e outras máquinas, como por exemplo, máquinas de fax ou telex,
como um meio de comunicação
d3601 Utilização de máquinas para escrever
utilizar máquinas para escrever, como por exemplo, máquinas de escrever,
computadores e máquinas de Braille
CIF Actividades e Participação
11 4
d3602 Utilização de técnicas de comunicação
realizar acções e tarefas envolvidas em técnicas de comunicação, como por exemplo,
leitura labial
d3608 Utilização de dispositivos e técnicas de comunicação, outros especificados
d3609 Utilização de dispositivos e técnicas de comunicação, não especificados
d369 Conversação e utilização de dispositivos e de técnicas de
comunicação, outros especificados e não especificados
d398 Comunicação, outra especificada
d399 Comunicação, não especificada
CIF Actividades e Participação
11 5
CAPÍTULO 4 MOBILIDADE
Este capítulo trata do movimento quando ocorre mudança da posição ou da localização do corpo, se
transportam, movem ou manuseiam objectos de um lugar para outro, se anda, corre ou sobe/desce e se
utilizam diversas formas de transporte
MUDAR E MANTER A POSIÇÃO DO CORPO (d410-d429)
d410 Mudar a posição básica do corpo
adoptar e sair de uma posição corporal e mover-se de um local para outro, como por exemplo,
levantar-se de uma cadeira para se deitar na cama, e adoptar e sair de posições de ajoelhado
ou agachado
Inclui: mudar a posição do corpo de deitado, agachado, ajoelhado, sentado ou em pé,
curvado ou mudar o centro de gravidade do corpo
Exclui: auto transferências (d420)
d4100 Deitar-se
adoptar e sair da posição de deitado ou mudar da posição horizontal para qualquer
outra posição, tal como, levantar-se ou sentar-se
Inclui: assumir uma posição de deitado de bruços
d4101 Agachar-se
adoptar e sair de uma posição de sentado ou agachado sobre a anca com os joelhos
juntos ou sentado sobre os calcanhares, como pode ser necessário na utilização de
sanitas situadas ao nível do chão , ou mudar da posição de agachado para qualquer
outra posição, como por exemplo, levantar-se
d4102 Ajoelhar-se
adoptar e sair de uma posição em que o corpo está apoiado nos joelhos com as pernas
dobradas, como por exemplo, quando se reza , ou mudar a posição do corpo de
ajoelhado para qualquer outra posição, como por exemplo, levantar-se
d4103 Sentar-se
adoptar e sair de uma posição de sentado e mudar da posição de sentado para qualquer
outra posição, como por exemplo, levantar-se ou deitar-se
Inclui: adoptar uma posição de sentado com as pernas dobradas ou cruzadas;
adoptar uma posição de sentado com os pés apoiados ou não apoiados
d4104 Pôr-se em pé
adoptar e sair da posição de pé ou mudar da posição de pé para qualquer outra posição,
como por exemplo, deitar-se ou sentar-se
d4105 Curvar-se
inclinar as costas para baixo ou para o lado, pelo tronco, como por exemplo, ao fazer
uma vénia ou abaixar-se para pegar num objecto
d4106 Mudar o centro de gravidade do corpo
mudar ou mover o peso do corpo de uma posição para outra enquanto sentado, de pé
ou deitado, como por exemplo, mudar o apoio de um pé para o outro enquanto de pé
Exclui: auto transferências (d420); andar (d450)
d4108 Mudar a posição básica do corpo, outra especificada
d4109 Mudar a posição básica do corpo, não especificada
CIF Actividades e Participação
11 6
d415 Manter a posição do corpo
manter a mesma posição do corpo durante o tempo necessário, como por exemplo,
permanecer sentado ou de pé no trabalho ou na escola
Inclui: manter uma posição de deitado, agachado, ajoelhado, sentado ou de pé
d4150 Permanecer deitado
permanecer deitado durante o tempo necessário, como por exemplo, permanecer
numa posição de bruços na cama
Inclui: permanecer deitado em posição de bruços ou pronada (face para baixo ou
prostrado), supina (virado para cima) ou de lado
d4151 Permanecer agachado
permanecer agachado durante o tempo necessário, como por exemplo, permanecer
sentado no chão sem nenhum assento
d4152 Permanecer ajoelhado
permanecer numa posição de ajoelhado em que o corpo está apoiado nos joelhos com
pernas dobradas ou flectidas, durante um certo tempo necessário, como por exemplo,
quando se reza na igreja
d4153 Permanecer sentado
permanecer sentado, em qualquer assento ou no chão, durante o tempo necessário,
como por exemplo, permanecer sentado a uma secretária ou a uma mesa
Inclui: permanecer sentado com as pernas estendidas ou cruzadas, com pés apoiados
ou não apoiados
d4154 Permanecer de pé
permanecer de pé durante o tempo necessário, como por exemplo, quando se espera
numa fila
Inclui: permanecer de pé em superfícies inclinadas, escorregadias ou duras
d4158 Manter uma posição do corpo, outra especificada
d4159 Manter uma posição do corpo, não especificada
d420 Auto transferências
mover-se de uma superfície para outra, por exemplo, deslizar ao longo de um banco ou
mover-se da cama para a cadeira, sem mudar a posição do corpo
Inclui: auto transferir-se enquanto sentado ou deitado
Exclui: mudar a posição básica do corpo (d410)
d4200 Auto transferir-se na posição de sentado
mover-se, na posição de sentado, de um assento para outro, no mesmo nível ou em
nível diferente, como por exemplo, passar de uma cadeira para uma cama
Inclui: mover-se de uma cadeira para outro assento, como por exemplo, para uma
sanita; mover-se de uma cadeira de rodas para um assento de um veículo
Exclui: mudar a posição básica do corpo (d410)
d4201 Auto transferir-se na posição de deitado
mover-se, na posição de deitado, de um local para outro, no mesmo nível ou em nível
diferente, como por exemplo, passar de uma cama para outra
Exclui: mudar a posição básica do corpo (d410)
CIF Actividades e Participação
11 7
d4208 Auto transferências, outra especificadas
d4209 Auto transferências, não especificadas
d429 Mudar e manter a posição do corpo, outras especificadas e não
especificadas
TRANSPORTAR, MOVER E MANUSEAR OBJECTOS (d430-d449)
d430 Levantar e transportar objectos
levantar um objecto ou mover algo de um lugar para outro, como por exemplo, levantar uma
chávena ou transportar uma criança de um local para outro
Inclui: levantar, transportar nas mãos ou nos braços, ou sobre os ombros, sobre as ancas,
costas ou cabeça; pousar objectos
d4300 Levantar
levantar um objecto para movê-lo de um nível mais baixo para um nível mais alto,
como por exemplo, levantar um copo da mesa
d4301 Transportar nas mãos
pegar ou transportar um objecto de um lugar para outro utilizando as mãos, como por
exemplo, transportar um copo ou uma mala
d4302 Transportar nos braços
pegar ou transportar um objecto de um lugar para outro utilizando os braços e as mãos,
como por exemplo, transportar uma criança
d4303 Transportar nos ombros, nas ancas e nas costas
pegar ou transportar um objecto de um lugar para outro usando os ombros, ancas ou
costas, ou alguma combinação dos mesmos, como por exemplo, transportar um grande
volume
d4304 Transportar sobre a cabeça
pegar ou transportar um objecto de um lugar para outro usando a cabeça, como por
exemplo, transportar um recipiente de água à cabeça
d4305 Pousar objectos
utilizar as mãos, braços ou outras partes do corpo para colocar um objecto numa
superfície ou lugar mais baixo, como por exemplo, colocar um recipiente com água no
chão
d4308 Levantar e transportar, outras especificadas
d4309 Levantar e transportar, outras não especificadas
d435 Mover objectos com os membros inferiores
realizar acções coordenadas com o objectivo de mover um objecto utilizando pernas e pés,
como por exemplo, chutar uma bola ou pedalar
Inclui: empurrar com os membros inferiores; dar pontapés
d4350 Empurrar com os membros inferiores
utilizar as pernas e pés para exercer uma força sobre um objecto para movê-lo do
lugar, como por exemplo, empurrar uma cadeira com um pé
CIF Actividades e Participação
11 8
d4351 Dar pontapés
utilizar as pernas e pés para impulsionar algo para longe, como por exemplo, chutar
uma bola
d4358 Mover objectos com os membros inferiores , outras especificadas
d4359 Mover objectos com os membros inferiores, não especificadas
d440 Movimentos finos da mão
realizar acções coordenadas para manusear objectos, levantá-los, manipulá-los e soltá-los
utilizando as mãos, dedos e polegar, como por exemplo, pegar em moedas de uma mesa ou
girar um botão ou maçaneta
Inclui: pegar, segurar, manusear e soltar
Exclui: levantar e transportar objectos, (d430)
d4400 Pegar
levantar ou erguer um pequeno objecto com as mãos e dedos, como por exemplo,
levantar um lápis
d4401 Agarrar
utilizar uma ou ambas as mãos para agarrar e segurar algo, como por exemplo, agarrar
uma ferramenta ou uma maçaneta de porta
d4402 Manipular
usar os dedos e as mãos para exercer controle sobre, dirigir ou guiar algo, como por
exemplo, manusear moedas ou outros objectos pequenos
d4403 Soltar
usar os dedos e as mãos para soltar ou libertar algo de maneira que caia ou mude de
posição, como por exemplo, deixar cair uma peça de roupa
d4408 Movimentos finos da mão, outro especificado
d4409 Movimentos finos da mão, não especificado
d445 Utilização da mão e do braço
realizar as acções coordenadas necessárias para mover objectos ou manipulá-los, utilizando as
mãos e os braços, como por exemplo, rodar maçanetas de portas ou atirar ou apanhar um
objecto
Inclui: puxar ou empurrar objectos; alcançar; virar ou torcer as mãos ou braços; atirar;
apanhar
Exclui: Movimentos finos da mão (d440)
d4450 Puxar
usar os dedos, mãos e braços para aproximar um objecto, ou movê-lo de um lugar para
outro, como fechar uma porta
d4451 Empurrar
usar os dedos, as mãos e os braços para afastar algo, ou para movê-lo de um lugar para
outro, como por exemplo, empurrar um animal
d4452 Alcançar
estender as mãos e os braços para alcançar ou agarrar algo, como por exemplo, esticar
os braços por cima de uma mesa ou secretária para pegar num livro
CIF Actividades e Participação
11 9
d4453 Girar ou torcer as mãos ou os braços
utilizar os dedos, as mãos e os braços para girar, virar ou dobrar um objecto, como por
exemplo, ao usar ferramentas ou utensílios
d4454 Atirar
utilizar os dedos, as mãos e os braços para levantar algo e atirá-lo com alguma força
através do ar, como por exemplo, atirar uma bola
d4455 Apanhar
utilizar os dedos, as mãos e os braços para agarrar um objecto em movimento, com o
intuito de o parar e segurar, como por exemplo, apanhar uma bola
d4458 Utilização da mão e do braço, outro especificado
d4459 Utilização da mão e do braço, não especificado
d449 Transportar, mover e manusear objectos, outros especificados
e não especificados
ANDAR E DESLOCAR-SE (d450-d469)
d450 Andar
mover-se de pé sobre uma superfície, passo a passo, de modo que um pé esteja sempre no
chão, como quando se passeia, caminha lentamente, anda para a frente, para trás ou para o
lado
Inclui: andar distâncias curtas e longas; andar sobre superfícies diferentes; andar evitando
os obstáculos
Exclui: auto transferências (d420); deslocar-se (d455)
d4500 Andar distâncias curtas
andar menos de 1 km, como por exemplo, andar em quartos e corredores, dentro de
um prédio ou distâncias curtas no exterior
d4501 Andar distâncias longas
andar mais de 1 km, como por exemplo, ao longo de uma aldeia ou cidade, entre
cidades ou em espaços abertos
d4502 Andar sobre superfícies diferentes
andar sobre superfícies inclinadas, irregulares ou móveis, como por exemplo, sobre
relva, cascalho ou gravilha, gelo ou neve, ou a bordo de um navio, num combóio ou
noutro veículo
d4503 Andar contornando obstáculos
andar de maneira a evitar objectos, móveis e fixos, pessoas, animais e veículos, como
por exemplo, andar num supermercado ou loja, ao redor ou no meio do tráfego ou em
outros locais com muitas pessoas
d4508 Andar, outro especificado
d4509 Andar, não especificado
CIF Actividades e Participação
12 0
d455 Deslocar-se
mover todo o corpo de um lugar para outro, usando outros meios excluindo a marcha, como
por exemplo, escalar uma rocha ou correr por uma rua, saltar, correr em disparada, dar salto
mortal ou correr evitando obstáculos
Inclui: Gatinhar, subir, correr, saltar e nadar
Exclui: auto transferências (d420); andar (d450)
d4550 Gatinhar
mover todo o corpo de bruços de um lugar para o outro, sobre as mãos, ou mãos e
braços, e joelhos
d4551 Subir/descer
mover todo o corpo para cima ou para baixo sobre superfícies ou objectos, como por
exemplo, subir degraus, rochas, escadas móveis ou fixas, rampas ou outros objectos
d4552 Correr
mover-se com passos rápidos de modo que os dois pés possam estar no ar ao mesmo
tempo
d4553 Saltar
elevar-se do solo flectindo e estendendo as pernas, como sobre um pé, saltitar, saltar e
pular ou mergulhar na água
d4554 Nadar
impulsionar todo o corpo através da água por meio de movimentos dos membros e do
corpo sem se apoiar no fundo
d4558 Deslocar-se, outro especificado
d4559 Deslocar-se, não especificado
d460 Deslocar-se por diferentes locais
andar ou movimentar-se em vários lugares e situações, como por exemplo, andar de um
quarto para outro dentro de uma casa, andar dentro de um edifício ou numa rua de uma cidade
Inclui: mover-se dentro de casa, gatinhar ou transpor desníveis ou degraus dentro de casa;
andar ou mover-se dentro de edifícios sem ser na própria casa, fora de casa e noutros
edifícios
d4600 Deslocar-se dentro de casa
andar e mover-se dentro da própria casa, num quarto ou entre quartos e em toda a casa
ou na área da habitação
Inclui: deslocar-se de um andar para outro, num terraço, quintal, varanda ou jardim
da casa
d4601 Deslocar-se dentro de edifícios que não a própria casa
andar e deslocar-se dentro de edifícios que não a própria residência, como por
exemplo, deslocar-se na casa de outras pessoas, noutros edifícios residenciais,
edifícios privados ou públicos da comunidade e áreas anexas
Inclui: deslocar-se por todas as partes dos edifícios e áreas anexas, entre andares,
dentro, fora e em volta dos edifícios, tanto públicos como residenciais
CIF Actividades e Participação
12 1
d4602 Deslocar-se fora da sua casa e de outros edifícios
andar e deslocar-se perto ou longe da própria casa e de outros edifícios, sem a
utilização de transporte, público ou privado, como por exemplo, andar distâncias
pequenas e grandes numa aldeia ou cidade
Inclui: andar ou deslocar-se pela ruas da vizinhança, aldeia ou cidade; entre cidades
e distâncias maiores, sem utilizar transporte
d4608 Deslocar-se por diferentes locais, outro especificado
d4609 Deslocar-se por diferentes locais, não especificado
d465 Deslocar-se utilizando algum tipo de equipamento
mover todo o corpo de um lugar para outro, sobre qualquer superfície ou espaço, utilizando
dispositivos específicos para facilitar a movimentação ou arranjar outras formas de se mover
com equipamentos, tais como, patins, skis, equipamento de mergulho, ou deslocar-se na rua
em cadeira de rodas ou com auxílio de um andarilho
Exclui: auto transferências (d420); andar (d450); deslocar-se (d455); utilizar transporte
(d470); conduzir (d475)
d469 Andar e deslocar-se, outros especificados e não especificado
DESLOCAR-SE UTILIZANDO TRANSPORTE (d470-d479)
d470 Utilização de transporte
utilizar transporte para se deslocar, como passageiro, num automóvel ou num autocarro,
carroça, rickshaw, veículo puxado por tracção animal, táxi público ou privado, combóio ,
eléctrico, metro, barco ou aeronave
Inclui: utilizar transporte movido por pessoas; utilizar transporte motorizado privado ou
público
Exclui: deslocar-se utilizando algum tipo de equipamento (d465); conduzir (d475)
d4700 Utilizar transporte com tracção humana
ser transportado como passageiro num meio de transporte impulsionado por uma ou
mais pessoas, como por exemplo, mover-se num rickshaw ou barco a remos
d4701 Utilizar transporte motorizado privado
ser transportado como passageiro num veículo motorizado privado por terra, mar ou
ar, como por exemplo, num táxi ou aeronave ou barco particular
d4702 Utilizar transporte público
ser transportado como passageiro num veículo motorizado de transporte público por
terra, mar ou ar, como por exemplo, ser passageiro de autocarro, eléctrico, metro ou
aeronave
d4708 Utilização de transporte, outra especificada
d4709 Utilização de transporte, não especificada
CIF Actividades e Participação
12 2
d475 Conduzir
controlar e mover, sob o seu próprio comando, um veículo ou o animal que o puxa, ou
qualquer meio de transporte à sua disposição, como por exemplo, um carro, uma bicicleta, um
barco ou um animal
Inclui: dirigir um meio de transporte com tracção humana, veículos motorizados, veículos
com tracção animal; montar animais
Exclui: deslocar-se utilizando algum tipo de equipamento utilização de transporte (d470)
d4750 Conduzir um meio de transporte com tracção humana
conduzir um veículo com tracção humana, como por exemplo, bicicleta, triciclo ou
barco a remos
d4751 Conduzir veículos motorizados
conduzir um veículo a motor, como por exemplo, um automóvel, motocicleta, barco a
motor ou aeronave
d4752 Conduzir veículos com tracção animal
conduzir um veículo com tracção animal, como por exemplo, uma carroça ou
carruagem puxada por cavalos
d4758 Conduzir, outro especificado
d4759 Conduzir, não especificado
d480 Montar animais como meio de transporte
deslocar-se em cima do dorso de um animal, como por exemplo, cavalo, boi, camelo ou
elefante
Exclui: conduzir (d475); recreação e lazer (d920)
d489 Deslocar-se utilizando transporte, outros especificados e não
especificados
d498 Mobilidade, outra especificada
d499 Mobilidade, não especificada
CIF Actividades e Participação
12 3
CAPÍTULO 5 AUTO CUIDADOS
Este capítulo trata dos auto cuidados como lavar-se e secar-se, cuidar do corpo e de partes do corpo, vestirse,
comer e beber e cuidar da própria saúde
d510 Lavar-se
Lavar e secar todo o corpo, ou partes do corpo, utilizando água e produtos ou métodos de
limpeza e secagem apropriados, como por exemplo, tomar banho em banheira ou chuveiro,
lavar mãos e pés, cara e cabelo; e secar-se com uma toalha
Inclui: lavar partes do corpo, todo o corpo; e secar-se
Exclui: cuidar de partes do corpo (d520); cuidados relacionados com os processos de
excreção (d530)
d5100 Lavar partes do corpo
aplicar água, sabão e outras substâncias a partes do corpo com o objectivo de as
limpar, como por exemplo, mãos, cara, pés, cabelo ou unhas
d5101 Lavar todo o corpo
aplicar água, sabão e outras substâncias a todo o corpo com o objectivo de o limpar,
como por exemplo, tomar um banho de banheira ou um duche
d5102 Secar-se
usar uma toalha ou outros meios para secar alguma parte ou partes do corpo, ou todo o
corpo, como por exemplo, após ter-se lavado
d5108 Lavar-se, outro especificado
d5109 Lavar-se, não especificado
d520 Cuidar de partes do corpo
cuidar de partes do corpo como pele, cara, dentes, couro cabeludo, unhas e genitais, que
requerem mais do que lavar e secar
Inclui: cuidar da pele, dentes, cabelo, unhas das mãos e dos pés
Exclui: lavar-se (d510); cuidados relacionados com os processos de excreção(d530)
d5200 Cuidar da pele
cuidar da textura e da hidratação da própria pele, como por exemplo, remover
calosidades e utilizar loções hidratantes ou cosméticos
d5201 Cuidar dos dentes
cuidar da higiene dental, como por exemplo, escovar os dentes, passar fio dental e
cuidar de próteses ou aparelhos dentais
d5202 Cuidar do cabelo e da barba
cuidar do cabelo e da barba, como por exemplo, pentear, escovar, frisar, aparar,
cortar, ou fazer a barba
d5203 Cuidar das unhas das mãos
limpar, cortar ou pintar as unhas das mãos
d5204 Cuidar das unhas dos pés
limpar, cortar ou pintar as unhas dos pés
CIF Actividades e Participação
12 4
d5208 Cuidar de partes do corpo, outro especificado
d5209 Cuidar de partes do corpo, não especificado
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreção
prever a eliminação e eliminar os dejectos humanos (fluxo menstrual, urina e fezes) e
proceder à higiene subsequente
Inclui: regulação da micção, da defecação e dos cuidados com a menstruação
Exclui: lavar-se (d510); cuidar de partes do corpo (d520)
d5300 Regulação da micção
coordenar e controlar a micção, como por exemplo, indicar a necessidade, adoptar a
posição adequada, escolher e ir a um lugar apropriado para urinar, manusear a roupa
antes e após urinar e limpar-se após urinar
d5301 Regulação da defecação
coordenar e controlar a defecação, como por exemplo, indicar a necessidade, adoptar a
posição adequada, escolher e ir a um lugar apropriado para defecar, manusear a roupa
antes e após defecar, e limpar-se após defecar
d5302 Cuidados durante a menstruação
coordenar, planear e ter os cuidados necessários durante a menstruação, como por
exemplo, utilizar absorventes e pensos higiénicos
d5308 Cuidados relacionados com os processos de excreção, outro especificado
d5309 Cuidados relacionados com os processos de excreção, não especificado
d540 Vestir-se
realizar as tarefas e os gestos coordenados necessários para pôr e tirar a roupa e o calçado,
segundo uma sequência adequada. e de acordo com as condições climáticas e sociais, como
por exemplo, vestir, compor e tirar camisas, saias, blusas, calças, roupa interior, saris,
quimonos, meias, casacos, calçar sapatos, botas, sandálias e chinelos, por luvas e chapéus
Inclui: pôr ou tirar roupas e calçado e escolher as roupas apropriadas
d5400 Vestir roupa
executar as tarefas e os gestos coordenados necessários para vestir roupas em várias
partes do corpo, como por exemplo, enfiar a roupa pela cabeça, braços e ombros, e
pelas metades inferior e superior do corpo; pôr as luvas e o chapéu
d5401 Despir roupa
executar as tarefas e os gestos coordenados necessários para despir a roupa de várias
partes do corpo, como puxar a roupa pela cabeça, braços e ombros, e pelas metades
inferior e superior do corpo, tirar as luvas e o chapéu
d5402 Calçar
executar as tarefas e os gestos coordenados necessários para calçar meias e calçado
d5403 Descalçar
executar as tarefas e os gestos coordenados necessários para descalçar meias e calçado
d5404 Escolha de roupa apropriada
seguir, relativamente ao vestuário, os códigos e as convenções da sociedade em que
vive, implícitos ou explícitos, e vestir-se de acordo com as condições climáticas de vestuário
d5408 Vestir-se, outra especificada
CIF Actividades e Participação
12 5
d5409 Vestir-se, não especificada
d550 Comer
executar as tarefas e os gestos coordenados necessários para ingerir os alimentos servidos,
levá-los à boca e consumi-los de maneira culturalmente aceitável, cortar ou partir os
alimentos em pedaços, abrir garrafas e latas, utilizar os talheres; participar em refeições,
banquetes e jantares
Exclui: beber (d560)
d560 Beber
coordenar os gestos necessários para tomar uma bebida, levá-la à boca, e consumir a bebida
de maneira culturalmente aceitável, misturar, mexer e servir os líquidos para serem bebidos,
abrir garrafas e latas, beber por um canudo ou beber água corrente da torneira ou de uma
fonte; mamar
Exclui: comer (d550)
d570 Cuidar da própria saúde
assegurar o conforto físico, a saúde e o bem estar físico e mental, como por exemplo, manter
uma dieta equilibrada, e um nível apropriado de actividade física, manter uma temperatura
corporal adequada, evitar danos para a saúde, seguir práticas sexuais seguras, incluindo a
utilização de preservativos, seguir os programas de imunização e realizar exames físicos
regulares
Inclui: assegurar o próprio conforto físico; controlar a alimentação e a forma física; manter
a própria saúde
d5700 Assegurar o próprio conforto físico
cuidar de si próprio, tendo consciência da necessidade de garantir que o corpo está
numa posição confortável, sem muito calor ou frio e que dispõe de iluminação
adequada
d5701 Controle da alimentação e da forma física
cuidar de si próprio, tendo consciência da necessidade de seleccionar e consumir
alimentos nutritivos e de manter uma boa forma física
d5702 Manter a própria saúde
cuidar de si próprio, tendo consciência da necessidade de fazer o que é preciso para
cuidar da própria saúde, não só reagindo contra os riscos para a saúde como
prevenindo doenças, como por exemplo, procurar ajuda profissional; seguir conselhos
médicos e outros sobre a saúde; evitar riscos para a saúde, tais como, lesões físicas,
doenças transmissíveis, consumo de drogas, doenças sexualmente transmissíveis
d5708 Cuidar da própria saúde, outra especificada
d5709 Cuidar da própria saúde, não especificada
d598 Auto cuidados, outros especificados
d599 Auto cuidados, não especificados
CIF Actividades e Participação
12 6
CAPÍTULO 6 VIDA DOMÉSTICA
Este capítulo trata da realização das acções e tarefas domésticas e quotidianas. As áreas das actividades
doméstica incluem obter um lugar para morar, alimentos, vestuário e outras necessidades, limpezas e
reparações domésticas, cuidar dos objectos pessoais e dos da casa e ajudar os outros.
AQUISIÇÃO DO NECESSÁRIO PARA VIVER (d610-d629)
d610 Aquisição de um lugar para morar
comprar, alugar, mobilar e arranjar uma casa, apartamento ou outra habitação
Inclui: comprar ou alugar um lugar para morar e mobilar um lugar para morar
Exclui: aquisição de bens e serviços (d620); cuidar dos objectos da casa (d650)
d6100 Comprar um lugar para morar
adquirir a propriedade de uma casa, apartamento ou outra habitação
d6101 Alugar um lugar para morar
desenvolver as actividades necessárias para utilizar, mediante pagamento, uma casa,
apartamento ou outra habitação pertencente a outra pesso
d6102 Mobilar um lugar para morar
equipar e organizar a habitação com móveis, acessórios e outras peças e decorar a cas
d6108 Aquisição de um lugar para morar, outra especificada
d6109 Aquisição de um lugar para morar, não especificada
d620 Aquisição de bens e serviços
seleccionar comprar e transportar todos os bens e serviços necessários para a vida diária como
por exemplo, seleccionar, comprar, transportar e armazenar alimentos, bebidas, roupas,
materiais de limpeza, combustível, artigos para a casa, utensílios, louças e artigos de cozinha,
aparelhos domésticos e ferramentas; procurar e utilizar serviços de apoio doméstico
Inclui: comprar e armazenar as necessidades diárias
Exclui: aquisição de um lugar para morar (d610)
d6200 Comprar
Obter, em troca de dinheiro, bens e serviços necessários para a vida diária (incluindo
dar instruções e supervisionar as compras feitas por um intermediário), como por
exemplo, seleccionar alimentos, bebidas, materiais de limpeza, artigos domésticos ou
roupas numa loja ou mercado; comparar a qualidade e o preço dos artigos necessários,
negociar e pagar pelos bens e serviços escolhidos, e transportar as mercadorias
d6201 Obter as necessidades diárias
obter, sem troca de dinheiro, bens e serviços necessários para a vida diária (incluindo
dar instruções e supervisionar um intermediário para obter os bens necessários à vida
diária), como por exemplo, colher vegetais e frutas e obter água e combustíveis
d6208 Aquisição de bens e serviços, outros especificados
d6209 Aquisição de bens e serviços, não especificados
d629 Aquisição do necessário para viver, outro especificado e não
especificado
CIF Actividades e Participação
12 7
TAREFAS DOMÉSTICAS (d630-d649)
d630 Preparar refeições
planear, organizar, cozinhar e servir pratos simples e complexos para si próprio e para outros,
como por exemplo, elaborar uma ementa, seleccionar alimentos e bebidas, reunir os
ingredientes para preparar as refeições, cozinhar, preparar pratos quentes e frios, preparar
bebidas frias, e servir a comida
Inclui: preparar refeições simples e complexas
Exclui: comer (d550); beber (d560); aquisição de bens e serviços (d620); realizar as tarefas
domésticas (d640); cuidar dos objectos da casa (d650); cuidar dos outros (d660)
d6300 Preparar refeições simples
organizar, cozinhar e servir refeições com um pequeno número de ingredientes, que
requerem métodos fáceis para serem preparados e servidos, como por exemplo, fazer
um aperitivo ou um lanche, transformar os ingredientes cortando-os e mexendo-os,
cozer e aquecer os alimentos, como por exemplo, arroz ou batatas
d6301 Preparar refeições complexas
planear, organizar, cozinhar e servir refeições com um grande número de ingredientes
que requerem métodos complexos para serem preparados e servidos, como por
exemplo, planear uma refeição com vários pratos, e transformar os ingredientes
através de acções combinadas, como por exemplo, descascar, fatiar, misturar, amassar,
mexer, apresentar e servir os alimentos de maneira adequada à ocasião e à cultura
Exclui: utilização de aparelhos domésticos (d6403)
d6308 Preparar refeições, outra especificada
d6309 Preparar refeições, não especificada
d640 Realizar as tarefas domésticas
organizar trabalho doméstico, limpar a casa, lavar roupa, utilizar utensílios domésticos,
armazenar alimentos e remover o lixo, como por exemplo, varrer, passar o chão com o pano
(ou a esfregona) , lavar mesas, paredes e outras superfícies; recolher e remover o lixo
doméstico; arrumar quartos, armários e gavetas; recolher, lavar, secar, dobrar e passar roupa a
ferro; limpar sapatos; utilizar espanador, vassoura e aspirador de pó; utilizar máquinas de
lavar, de secar e ferros de engomar
Inclui: lavar e secar roupa; limpar a cozinha e os utensílios; limpar a casa; utilizar
aparelhos domésticos, armazenar as necessidades diárias e remover o lixo
Exclui: aquisição de um lugar para morar (d610); aquisição de bens e serviços (d620);
preparar refeições (d630); cuidar dos objectos da casa (d650); ajudar dos outros (d660)
d6400 Lavar e secar roupa
lavar roupa à mão e pendurá-la para secar ao ar livre
d6401 Limpar a cozinha e os utensílios
fazer a limpeza depois de cozinhar, como por exemplo, lavar pratos, panelas, caçarolas
e utensílios de cozinha, e limpar as mesas e o chão da cozinha, do local das refeições e
das áreas circundantes
d6402 Limpar a habitação
limpar os quartos da casa, como por exemplo, arrumar e limpar o pó, varrer, esfregar,
passar o chão a pano, lavar janelas e paredes, limpar quartos de banho, incluindo as
sanitas, limpar móveis
CIF Actividades e Participação
12 8
d6403 Utilizar aparelhos domésticos
utilizar todos os tipos de aparelhos domésticos, como por exemplo, máquinas de lavar
roupa, de secar, ferros de engomar, aspirador de pó e máquinas de lavar louça
d6404 Armazenar os bens necessários para a vida diária
armazenar alimentos, bebidas, roupas e outros artigos domésticos necessários para a
vida diária; preparar alimentos para serem conservados em latas, em salmoura ou para
congelar, manter os alimentos frescos e fora do alcance dos animais
d6405 Remover o lixo
eliminar o lixo doméstico, i.e., recolher o lixo da casa, preparar o lixo para deitar fora,
utilizar contentores do lixo; queimar o lixo
d6408 Realizar as tarefas domésticas, outras especificadas
d6409 Realizar as tarefas domésticas, não especificadas
d649 Tarefas domésticas, outras especificadas e não especificadas
CUIDAR DOS OBJECTOS DA CASA E AJUDAR OS OUTROS (d650-d669)
d650 Cuidar dos objectos da casa
manter e consertar objectos da casa e outros objectos pessoais, incluindo a casa e o seu
recheio, roupas, veículos e dispositivos auxiliares, e cuidar de plantas e animais, como por
exemplo, pintar ou colocar papel de parede nos quartos, consertar móveis, reparar a
canalização, garantir o funcionamento adequado de veículos, regar as plantas, tratar e
alimentar animais de estimação ou domésticos
Inclui: fazer ou consertar roupas; manter a habitação, os móveis e os aparelhos domésticos;
manter os veículos; manter os dispositivos de auxílio; cuidar das plantas (de interior e de
exterior) e dos animais
Exclui: aquisição de um lugar para morar (d610); aquisição de bens e serviços (d620);
realizar as tarefas domésticas (d640); ajudar os outros (d660); emprego remunerado (d850)
d6500 Fazer e consertar roupas
fazer e consertar roupas, como por exemplo, costurar, fazer de novo ou remendar;
coser botões e fechos; passar roupas a ferro, arranjar e engraxar calçado
Exclui: utilizar aparelhos domésticos (d6403)
d6501 Manutenção da habitação e dos móveis
consertar e cuidar da casa, o exterior, o interior e o recheio, como por exemplo, pintar,
reparar mobílias e móveis ou artigos fixos, utilizar as ferramentas necessárias para as
reparações
d6502 Manutenção dos utensílios domésticos
reparar e cuidar de todos os utensílios domésticos, utilizados na cozinhar nas limpezas,
e nas reparações, como por exemplo, olear e reparar ferramentas e manter as máquinas
de lavar
d6503 Manutenção dos veículos
reparar e cuidar de veículos motorizados e não motorizados de uso pessoal, incluindo
bicicletas, carrinhos de mão, automóveis e barcos
CIF Actividades e Participação
12 9
d6504 Manutenção dos dispositivos de auxílio
consertar e cuidar dos dispositivos de auxílio, como próteses, ortóteses, ferramentas e
equipamentos especializados de ajuda na casa e nos cuidados pessoais; manter e
consertar equipamentos de auxílio para a mobilidade pessoal, tais como, bengalas,
andarilhos, cadeiras de rodas e ciclomotores; e manter equipamentos de auxílio para
comunicação e recreação
d6505 Cuidar das plantas de interior e de exterior
cuidar das plantas dentro e fora da casa, como por exemplo, plantar, regar e fertilizar
as plantas; fazer jardinagem e cultivar produtos alimentares para consumo pessoal
d6506 Cuidar dos animais
cuidar de animais domésticos e de estimação, como por exemplo, alimentar, limpar,
tratar e exercitar animais de estimação; cuidar da saúde dos animais; planear os
cuidados a ter, na sua ausência, com os animais domésticos ou de estimação
d6508 Cuidar dos objectos domésticos, especificado
d6509 Cuidar dos objectos domésticos, não especificado
d660 Ajudar os outros
auxiliar os membros da família e outros nas actividades de aprendizagem, comunicação, autocuidados,
movimento, dentro ou fora da casa; preocupar-se com o bem estar dos membros da
família e de outras pessoas
Inclui: ajudar os outros nos auto-cuidados, movimento, comunicação, relações interpessoais,
nutrição e manutenção da saúde
Exclui: emprego remunerado (d850)
d6600 Ajudar os outros nos auto-cuidados
ajudar os membros da família e outros nos auto-cuidados, incluindo ajudá-los a comer,
a tomar banho e a vestir-se; tomar conta de crianças ou de membros da família que
estão doentes ou que têm dificuldades com os auto-cuidados básicos; ajudar os outros
quando utilizam o quarto de banho
d6601 Ajudar os outros a deslocar-se
ajudar os membros da família e outros a movimentar-se dentro e fora de casa, como
por exemplo, na vizinhança ou na cidade, na ida e no regresso da escola, do local de
trabalho ou de outro destino
d6602 Ajudar os outros a comunicar
ajudar os membros da família e outros a comunicar, como por exemplo, ajudá-los a
falar, escrever ou ler
d6603 Ajudar os outros nas relações interpessoais
ajudar os membros da família e outros nas suas interacções interpessoais, como por
exemplo, ajudá-los a iniciar, manter ou terminar relacionamentos
d6604 Ajudar os outros na nutrição
ajudar os membros da família e outros com a sua nutrição, como por exemplo, ajudálos
a preparar as refeições e a comer
d6605 Ajudar os outros a manter a saúde
ajudar os membros da família e outros com cuidados de saúde informais e formais,
como por exemplo, assegurar que uma criança vai ao médico regularmente, ou que um
parente idoso toma o remédio necessário
d6608 Ajudar os outros, outra especificada
CIF Actividades e Participação
13 0
d6609 Ajudar os outros, não especificada
d669 Cuidar dos objectos da casa e ajudar os outros, outros
especificados e não especificados
d698 Vida doméstica, outra especificada
d699 Vida doméstica, não especificada
CIF Actividades e Participação
13 1
CAPÍTULO 7 INTERACÇÕES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
Este capítulo trata da realização de acções e condutas necessárias para estabelecer, com outras pessoas
(estranhos, amigos, parentes, familiares e amantes) interacções básicas e complexas de maneira contextual e
socialmente adequada
INTERACÇÕES INTERPESSOAIS GERAIS (d710-d729)
d710 Interacções interpessoais básicas
interagir com as pessoas de maneira contextual e socialmente adequada, como por exemplo,
mostrar consideração e estima quando apropriado, ou reagir aos sentimentos dos outros
Inclui: mostrar respeito, afecto, apreciação, e tolerância nos relacionamentos; reagir à
crítica e às insinuações sociais nos relacionamentos; e utilizar contacto físico apropriado
nos relacionamentos
d7100 Respeito e afecto nos relacionamentos
mostrar e reagir à consideração e à estima, de maneira contextual e socialmente
apropriada
d7101 Apreço nos relacionamentos
manifestar e reagir à satisfação e à gratidão, de maneira contextual e socialmente
apropriada
d7102 Tolerância nos relacionamentos
mostrar e reagir à compreensão e aceitação de comportamentos, de maneira contextual
e socialmente apropriada
d7103 Crítica nos relacionamentos
manifestar e reagir às diferenças implícitas e explícitas de opinião ou desacordo, de
maneira contextual e socialmente apropriada
d7104 Sinais ou mensagens sociais nos relacionamentos
reagir apropriadamente aos sinais e mensagens que ocorrem nas interacções sociais
d7105 Contacto físico nos relacionamentos
estabelecer e reagir ao contacto do corpo com os outros, de maneira contextual e
socialmente apropriada
d7108 Interacções interpessoais básicas, outras especificadas
d7109 Interacções interpessoais básicas, não especificadas
d720 Interacções interpessoais complexas
manter e controlar as interacções com outras pessoas, de maneira contextual e socialmente
apropriada, como por exemplo, controlar emoções e impulsos, controlar a agressão verbal e
física, agir de maneira independente nas interacções sociais, e agir de acordo com as regras e
convenções sociais
Inclui: iniciar e terminar relacionamentos; controlar comportamentos nas interacções;
interagir de acordo com as regras sociais; manter o espaço social
CIF Actividades e Participação
13 2
d7200 Iniciar relacionamentos
iniciar e manter relacionamentos com outros por um período de tempo curto ou longo,
de maneira contextual e socialmente apropriada, como por exemplo, apresentar-se a
alguém, encontrar e estabelecer amizades e relações profissionais, iniciar um
relacionamento que pode tornar-se permanente, romântico ou íntimo
d7201 Terminar um relacionamento
terminar interacções, de maneira contextual e socialmente apropriada, como por
exemplo, terminar relacionamentos temporários no final de uma visita, terminar
relacionamentos duradouros com amigos quando haja mudança para uma nova cidade
ou terminar relacionamentos com colegas de trabalho, colegas profissionais e
prestadores de serviço, e terminar relacionamentos românticos ou íntimos
d7202 Regular os comportamentos nas interacções
controlar emoções e impulsos, agressão verbal e física nas interacções com os outros,
de maneira contextual e socialmente apropriada
d7203 Interagir de acordo com as regras sociais
agir independentemente nas interacções sociais e adaptar-se às convenções sociais que
regulam o papel, posição ou o status social da pessoa nas interacções com os outros
d7204 Manter o espaço social
estar consciente e manter a distância entre si próprio e os outros de maneira
contextual, social e culturalmente apropriada
d7208 Interacções interpessoais complexas, outras especificadas
d7209 Interacções interpessoais complexas, não especificadas
d729 Interacções interpessoais gerais, outras especificadas e não
especificadas
RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS PARTICULARES (d730-d779)
d730 Relacionamento com estranhos
estabelecer contactos e ligações temporárias com estranhos para fins específicos, como por
exemplo, perguntar o caminho ou fazer uma compra
d740 Relacionamento formal
criar e manter relacionamentos específicos em ambientes formais, como por exemplo, com
funcionários, profissionais ou prestadores de serviços
Inclui: relacionamento com superiores, subordinados e pares
d7400 Relacionamento com superiores
criar e manter relacionamentos formais com pessoas em posições de poder, de um
escalão mais alto ou de maior prestígio relativamente à sua própria posição social,
como por exemplo, um empregador
d7401 Relacionamento com subordinados
criar e manter relacionamentos formais com pessoas em posição ou escalão mais baixo
ou de menor prestígio relativamente à sua própria posição social, como por exemplo,
um funcionário ou empregado
d7402 Relacionamentos com pares
criar e manter relacionamentos formais com pessoas na mesma posição de autoridade,
escalão ou prestígio relativamente à sua própria posição social
CIF Actividades e Participação
13 3
d7408 Relacionamentos formais, outros especificados
d7409 Relacionamentos formais, não especificados
d750 Relacionamentos sociais informais
iniciar relacionamentos com outros, como por exemplo, relacionamentos ocasionais com
pessoas que vivem na mesma comunidade ou residência, ou com colaboradores, estudantes,
companheiros de lazer ou pessoas com formação ou profissão similares
Inclui: relacionamentos informais com amigos, vizinhos, conhecidos, co-residentes e pares
d7500 Relacionamentos informais com amigos
criar e manter relacionamentos de amizade caracterizados pela estima mútua e
interesses comuns
d7501 Relacionamentos informais com vizinhos
criar e manter relacionamentos informais com pessoas que vivem nas proximidades
d7502 Relacionamentos informais com conhecidos
criar e manter relacionamentos informais com pessoas conhecidas mas que não são
amigos íntimos
d7503 Relacionamentos informais com colegas de habitação
criar e manter relacionamentos informais com pessoas que moram na mesma casa ou
habitação, pública ou privada, seja qual for a finalidade
d7504 Relacionamentos informais com pares
criar e manter relacionamentos informais com pessoas que têm a mesma idade,
interesse ou outra característica comum
d7508 Relacionamentos sociais informais, outros especificados
d7509 Relacionamentos sociais informais, não especificados
d760 Relacionamentos familiares
criar e manter relações de parentesco, como por exemplo, com membros da família nuclear,
da família alargada, da família adoptiva e de criação, e parentes não consanguíneos,
relacionamentos mais distantes como primos de segundo grau, ou tutores legais
Inclui: relacionamentos entre pais e filhos e filhos e pais, entre irmãos e com outros membros
da família
d7600 Relacionamentos entre pais e filhos
tornar-se ou ser pai, natural ou adoptivo, como por exemplo, ter um filho e relacionarse
com ele como pai ou criar e manter um relacionamento paternal com um filho
adoptivo e garantir a formação física, intelectual e emocional do filho natural ou
adoptivo
d7601 Relacionamentos entre filhos e pais
criar e manter relacionamentos com os pais, como por exemplo, uma criança pequena
que obedece ao pai e à mãe ou um filho adulto que toma conta de seu (s) pai(s)
idoso(s)
d7602 Relacionamentos entre irmãos
criar e manter uma relação fraterna com uma pessoa que compartilha um ou ambos os
pais por nascimento, adopção ou casamento
CIF Actividades e Participação
13 4
d7603 Relacionamento com outros parentes
criar e manter um relacionamento familiar com outros membros da família, como por
exemplo, primos, tias e tios e avós
d7608 Relacionamentos familiares, outros especificados
d7609 Relacionamentos familiares, não especificados
d770 Relacionamentos íntimos
criar e manter relacionamentos românticos ou íntimos entre indivíduos, como marido e
mulher, amantes ou parceiros sexuais
Inclui: relacionamentos românticos, conjugais e sexuais
d7700 Relacionamentos românticos
criar e manter um relacionamento baseado na atracção emocional e física, que leva
potencialmente a relacionamentos íntimos de longo prazo
d7701 Relacionamentos conjugais
criar e manter um relacionamento íntimo de natureza legal com outra pessoa, como no
casamento legal, incluindo tornar-se ou ser uma esposa ou marido legalmente casado
ou um cônjuge não casado
d7702 Relacionamentos sexuais
criar e manter um relacionamento de natureza sexual, com um cônjuge ou outro
parceiro
d7708 Relacionamentos íntimos, outros especificados
d7709 Relacionamentos íntimos, não especificados
d779 Relacionamentos interpessoais particulares, outros
especificados e não especificados
d798 Interacções e relacionamentos interpessoais, outros especificados
d799 Interacções e relacionamentos interpessoais, não especificados
CIF Actividades e Participação
13 5
CAPÍTULO 8 ÁREAS PRINCIPAIS DA VIDA
Este capítulo trata da maneira de iniciar e realizar as tarefas e acções necessárias nas áreas da educação, do
trabalho e do emprego e das transacções económicas
EDUCAÇÃO (d810-d839)
d810 Educação informal
aprender com os pais ou com outros membros da família, em casa ou em outro ambiente não
institucional, a fazer trabalhos de artesanato, trabalhos manuais e outro tipo de trabalhos, ou
ter escolarização em casa
d815 Educação pré-escolar
aprender num nível inicial de instrução organizada, concebido essencialmente para introduzir
a criança no ambiente escolar e prepará-la para o ensino obrigatório, como por exemplo,
adquirir capacidades numa creche ou ambiente similar como preparação para a entrada na
escola
d820 Educação escolar
ser admitido na escola, participar de todas as responsabilidades e privilégios relacionados
com a escola, e aprender as lições, a matéria, e outras exigências curriculares num programa
educacional primário ou secundário, incluindo ir à escola regularmente, trabalhar em
cooperação com outros alunos, seguir as orientações dos professores, organizar, estudar e
concluir as tarefas e projectos indicados, e progredir para outros níveis de educação
d825 Formação profissional
Participar em todas as actividades de um programa de formação profissional e aprender as
matérias do programa curricular que prepara para um negócio, emprego ou profissão
d830 Educação de nível superior
participar em actividades dos programas educativos avançados em universidades, faculdades
e escolas profissionalizantes e aprender todos os aspectos do currículo necessários para obter
graduações, diplomas, certificados e outras acreditações, como por exemplo, obter uma
licenciatura ou mestrado, formar-se em faculdade de medicina ou em outra escola
profissionalizante
d839 Educação, outra especificada e não especificada
TRABALHO E EMPREGO (d840-d859)
d840 Estágio (preparação para o trabalho)
participar em programas relacionados com a preparação para um emprego, como por
exemplo, realizar as tarefas necessárias durante um estágio, um trabalho como interno, um
contrato de aprendizagem e uma formação em serviço
Exclui: formação profissional (d825)
CIF Actividades e Participação
13 6
d845 Obter, manter e sair de um emprego
procurar, encontrar e escolher um emprego, ser contratado e aceitar o emprego, manter-se e
progredir no trabalho, negócio, ocupação ou profissão, e sair de um emprego de maneira
apropriada
Inclui: procurar emprego; preparar um currículo; contactar empregadores e preparar
entrevistas; manter um emprego; supervisionar o próprio desempenho profissional; dar aviso
prévio; e sair de um emprego
d8450 Procurar emprego
encontrar e seleccionar um emprego , num negócio, profissão ou outro tipo de
emprego, e realizar as tarefas necessárias para ser contratado, como por exemplo,
comparecer no local de trabalho ou participar numa entrevista de emprego
d8451 Manter um emprego
realizar as tarefas relacionadas com o trabalho para manter uma ocupação, negócio,
profissão ou outra forma de emprego, e conseguir promoções e outros progressos no
emprego
d8452 Sair de um emprego
sair ou demitir-se de um emprego de maneira apropriada
d8458 Obter, manter e sair de um emprego, outro especificado
d8459 Obter, manter e sair de um emprego, não especificado
d850 Trabalho remunerado
participar em todos os aspectos do trabalho, seja uma ocupação, negócio, profissão ou outra
forma de emprego, em troca de pagamento, como empregado, a tempo inteiro ou a tempo
parcial, ou como trabalhador independente, nomeadamente procurar trabalho e conseguir um
emprego, realizar as tarefas decorrentes do trabalho, chegar pontualmente ao trabalho,
supervisionar outros empregados ou ser supervisionado, e realizar as tarefas necessárias
sozinho ou em grupo
Inclui: trabalho independente, trabalho a tempo inteiro ou a tempo parcial
d8500 Trabalho independente
envolver-se num trabalho remunerado conseguido pelo indivíduo ou criado por ele, ou
estar contratado por outros numa relação de emprego formal, como por exemplo,
trabalhador agrícola migrante, trabalhar como escritor ou consultor independente, ter
um contrato de trabalho de curta duração, trabalhar como artista ou artesão, ter ou
gerir uma loja ou outro negócio
Exclui: trabalho a tempo parcial e trabalho a tempo inteiro (d8501, d8502)
d8501 Trabalho a tempo parcial
participar, como empregado, em todos os aspectos de um trabalho remunerado a
tempo parcial, procurar trabalho e conseguir emprego, realizar as tarefas decorrentes
do trabalho, chegar a horas ao trabalho, supervisionar outros empregados ou ser
supervisionado, e realizar as tarefas necessárias sozinho ou em grupo
d8502 Trabalho a tempo inteiro
participar, como empregado, em todos os aspectos de um trabalho remunerado a
tempo inteiro, procurar trabalho e conseguir um emprego, realizar as tarefas
decorrentes do trabalho, chegar a horas ao trabalho, supervisionar outros empregados
ou ser supervisionado, e realizar as tarefas necessárias sozinho ou em grupo
d8508 Trabalho remunerado, outro especificado
d8509 Trabalho remunerado, não especificado
CIF Actividades e Participação
13 7
d855 Trabalho não remunerado
participar em todos os aspectos do trabalho não remunerado, a tempo parcial ou tempo
inteiro, incluindo actividades organizadas de trabalho, realizar as tarefas decorrentes do
trabalho, chegar a horas ao trabalho, supervisionar outros trabalhadores ou ser
supervisionado, e realizar as tarefas necessárias sozinho ou em grupo, como por exemplo,
trabalho voluntário, com fins beneficientes, para uma comunidade ou grupo religioso,
trabalhar em casa sem remuneração
Exclui: Vida doméstica (d610-d699)
d859 Trabalho e emprego, outros especificados e não especificados
VIDA ECONÓMICA (d860-d879)
d860 Transacções económicas básicas
participar em qualquer forma de transacção económica simples, como utilizar dinheiro para
comprar comida ou fazer permutas, trocar mercadorias ou serviços; ou economizar dinheiro
d865 Transacções económicas complexas
participar em qualquer forma de transacção económica complexa implicando intercâmbio de
bens ou propriedades, criação de lucros ou de valores económicos, como por exemplo,
comprar um negócio, fábrica ou equipamento, manter uma conta bancária, ou negociar
mercadorias
d870 Auto-suficiência económica
ter controle sobre recursos económicos obtidos de fontes públicas ou privadas, para garantir a
segurança económica para as necessidades actuais e futuras
Inclui: recursos económicos pessoais e direitos económicos públicos
d8700 Recursos económicos pessoais
ter controle sobre recursos económicos pessoais ou privados, para garantir a segurança
económica para as necessidades actuais e futuras
d8701 Programas de economia pública
ter controle sobre recursos económicos públicos, para garantir a segurança económica
para as necessidades actuais e futuras
d8708 Auto-suficiência económica, outra especificada
d8709 Auto-suficiência económica, não especificada
d879 Vida económica, outra especificada e não especificada
d898 Áreas principais da vida, outras especificadas
d899 Áreas principais da vida, não especificadas
CIF Actividades e Participação
13 8
CAPÍTULO 9 VIDA COMUNITÁRIA, SOCIAL E CÍVICA
Este capítulo trata das acções e tarefas necessárias para participar da vida social organizada, fora do âmbito
familiar, em áreas da vida comunitária, social e cívica
d910 Vida comunitária
participar em todos os aspectos da vida social comunitária, como por exemplo, participar em
organizações de beneficência, clubes ou organizações sócio profissionais
Inclui: associações formais e informais; cerimónias
Exclui: trabalho não remunerado (d855); recreação e lazer (d920); religião e vida espiritual
(d930), vida política e cidadania (d950)
d9100 Associações informais
participar em associações sociais ou comunitárias organizadas por pessoas com
interesses comuns, tais como, clubes sociais locais ou grupos étnicos
d9101 Associações formais
participar em grupos profissionais ou outros grupos sociais exclusivos, tais como,
associações de advogados, médicos ou académicos
d9102 Cerimónias
participar em ritos não religiosos ou cerimónias sociais, tais como, casamentos,
funerais ou cerimónias de iniciação
d9108 Vida comunitária, outra especificada
d9109 Vida comunitária, não especificada
d920 Recreação e lazer
participar em qualquer forma de jogos, actividade recreativa ou de lazer, como por exemplo,
jogos ou desportos informais ou organizados, programas de exercício físico, relaxamento,
diversão, ir a galerias de arte, museus, cinema ou teatro; participar em trabalhos artesanais ou
ocupar-se em passatempos, ler por prazer, tocar instrumentos musicais; fazer excursões,
turismo e viajar por prazer
Inclui: jogos, desportos, arte e cultura, artesanato, passatempos (“hobbies”) e socialização
Exclui: religião e vida espiritual (d930); vida política e cidadania (d950); trabalho
remunerado e não remunerado (d850 e d855); montar animais como meio transporte (d480)
d9200 Jogos
participar em jogos com regras ou jogos não estruturados ou não organizados e
recreação espontânea, tais como, jogar xadrez ou cartas ou brincadeiras de criança
d9201 Desportos
participar em jogos ou eventos de competição desportiva ou de atletismo, organizados
informal ou formalmente, sozinho ou em grupo, como por exemplo, bowling, ginástica
ou futebol
d9202 Arte e cultura
participar em acontecimentos artísticos ou culturais, tais como, ir ao teatro, cinema,
museu ou galeria de arte, ou actuar numa peça de teatro, ler por prazer ou tocar um
instrumento musical
CIF Actividades e Participação
13 9
d9203 Artesanato
participar em trabalhos de artesanato, como por exemplo, trabalhar em cerâmica ou
fazer tricot
d9204 Passatempos (“Hobbies”)
ocupar-se em passatempos, como por exemplo, coleccionar selos, moedas ou
antiguidades antiguidades)
d9205 Socialização
participar em encontros informais ou ocasionais com outros, tais como, visitar amigos
ou parentes e ter encontros informais em locais públicos
d9208 Recreação e lazer, outros especificados
d9209 Recreação e lazer, não especificados
d930 Religião e vida espiritual
participar em actividades religiosas ou espirituais, em organizações e práticas para satisfação
pessoal, encontrar um significado para a vida , um valor religioso ou espiritual e estabelecer
contacto com um poder divino, como por exemplo, frequentar uma igreja, templo, mesquita
ou sinagoga, rezar ou cantar com um propósito religioso, contemplação espiritual
Inclui: religião e vida espiritual organizadas
d9300 Religião organizada
participar em cerimónias, actividades e eventos religiosos organizados
d9301 Vida espiritual
participar em actividades ou eventos espirituais, fora de uma religião organizada
d9308 Religião e vida espiritual, outra especificada
d9309 Religião e vida espiritual, não especificada
d940 Direitos Humanos
Desfrutar de todos os direitos nacional e internacionalmente reconhecidos que são atribuídos
às pessoas pelo simples facto da sua condição humana, tais como, os direitos humanos
reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas(1948) e as
Normas Padronizadas para a Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Incapacidades
(1993); o direito à autodeterminação ou autonomia; e o direito de controlar o próprio destino
Exclui: Vida política e cidadania (d950)
d950 Vida política e cidadania
participar, como cidadão, na vida social, política e governamental, ter o estatuto legal de
cidadão e desfrutar dos direitos, protecções, privilégios e deveres associados a este papel,
tais como, o direito de votar e de se candidatar a um cargo político, o direito de formar
partidos ou associações políticas; desfrutar os direitos e as liberdades associadas à cidadania
(e.g. os direitos de liberdade de expressão, associação, religião, protecção contra a busca e a
apreensão não justificadas, o direito a um defensor público, a um julgamento e outros direitos
legais e protecção contra a discriminação); ter estatuto legal como cidadão
Exclui: direitos humanos (d940)
CIF Actividades e Participação
14 0
d998 Vida comunitária, social e cívica, outra especificada
d999 Vida comunitária, social e cívica, não especificada
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 1
FACTORES AMBIENTAIS
Definição: Os factores ambientais constituem o ambiente físico, social e atitudinal em que as
pessoas vivem e conduzem a sua vida.
Codificação dos factores ambientais
Os factores ambientais constituem um componente dos factores contextuais da classificação. Estes factores
devem ser considerados para cada componente da funcionalidade e ser codificados de acordo com esses
componentes (vide Anexo 2).
Os factores ambientais devem ser codificados sob a perspectiva da pessoa cuja situação está sendo descrita.
Por exemplo, as rampas ou os passeios e lancis rebaixados sem piso anti derrapante devem ser codificadas
como um facilitador para um utilizador de cadeira de rodas mas como um obstáculo para uma pessoa cega.
O primeiro qualificador indica até que ponto ou em que medida um factor é um facilitador ou um obstáculo.
Há vários aspectos a considerar quando se tem de decidir se um factor ambiental específico pode ser um
facilitador ou um obstáculo (barreira) e em que medida. No caso de um facilitador, o codificador deverá
considerar questões como a disponibilidade de um recurso, isto é, se o acesso ao recurso está garantido ou é
variável, se é de boa ou má qualidade, etc. No caso de obstáculos, é relevante saber com que frequência um
factor constitui um obstáculo para a pessoa, se o obstáculo é grande ou pequeno, evitável ou não. Também
se deve considerar que um factor ambiental possa ser um obstáculo tanto pela sua presença (por exemplo,
atitudes negativas em relação a uma pessoa com incapacidade) como pela sua ausência (por exemplo, os
serviços necessários não estarem disponíveis). As consequências dos factores ambientais sobre a vida das
pessoas com condições de saúde são variadas e complexas e espera-se que futuras pesquisas levem a um
melhor entendimento desta interacção e mostrem a utilidade de um segundo qualificador destes factores.
Nalguns casos, os diferentes conjuntos de factores ambientais podem ser resumidos utilizando-se um só
termo, tais como, pobreza, desenvolvimento, meio rural ou urbano, capital social. Estes termos de síntese
não estão na classificação. O codificador deve separar os factores que compõem estes termos e atribuir-lhes
códigos. Mais uma vez se considera necessário esperar pelos resultados de pesquisas futuras para
determinar se cada um destes termos resumo integram grupos claros e consistentes de factores ambientais.
Primeiro qualificador
A seguir, apresenta-se a escala negativa e positiva que indica em que medida um factor ambiental actua
como um obstáculo ou como um facilitador. Um coeficiente (0 a 4) separado do código por um ponto indica
um obstáculo, enquanto que se estiver separado do código pelo sinal + indica um facilitador:
Xxx.0 NENHUM obstáculo (nenhum, ausente, escasso…) 0-4 %
Xxx.1 Obstáculo LEVE (ligeiro, fraco…) 5-24 %
Xxx.2 Obstáculo MODERADO (médio, regular…) 25-49 %
Xxx.3 Obstáculo GRAVE (elevado, extremo…) 50-95 %
Xxx.4 Obstáculo COMPLETO (total…) 96-100 %
xxx+0 NENHUM facilitador (nenhum, ausente, escasso…) 0-4 %
xxx+1 Facilitador LEVE (ligeiro, fraco…) 5-24 %
xxx+2 Facilitador MODERADO (médio, regular…) 25-49 %
xxx+3 Facilitador GRAVE (elevado, extremo…) 50-95 %
xxx+4 Facilitador COMPLETO (total…) 86-100 %
xxx.8 Obstáculo não especificado
xxx+8 Facilitador não especificado
xxx.9 não aplicável
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 2
Estão disponíveis classes amplas de percentagens para aqueles casos em que se usam instrumentos de
medida calibrados ou outras normas para quantificar a extensão do obstáculo ou do facilitador. Por
exemplo, a indicação de “ausência de obstáculo” ou “obstáculo completo” pode ter uma margem de erro até
5%. Em geral, um obstáculo moderado é quantificado a meio da escala do obstáculo total. As percentagens
devem ser calibradas em diferentes áreas tendo como referência os valores standard da população como
percentis. Para que esta quantificação possa ser utilizada de maneira universal, os métodos de avaliação
devem ser desenvolvidos através de pesquisas.
Segundo qualificador
Em preparação
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 3
CAPÍTULO 1 PRODUTOS E TECNOLOGIA
Este capítulo trata dos produtos naturais ou fabricados pelo homem ou sistemas de produtos, equipamentos
e tecnologias existentes no ambiente imediato do indivíduo que são reunidos, criados, produzidos ou
manufacturados. A classificação ISO 9999 das ajudas técnicas define-as como "qualquer produto,
instrumento, equipamento ou sistema técnico utilizado por uma pessoa incapacitada, especialmente
produzido ou geralmente disponível, que se destina a prevenir, compensar, monitorizar, aliviar ou
neutralizar a incapacidade". É aceite que qualquer produto ou tecnologia pode ser de apoio. (vide ISO 9999:
Ajudas técnicas para pessoas com incapacidade - Classificação (segunda versão); ISO/TC 173/SC 2;
ISO/DIS 9999 (rev.)). No entanto, para os propósitos desta classificação dos factores ambientais, os
produtos e tecnologias de apoio são definidos mais restritivamente como qualquer produto, instrumento,
equipamento ou tecnologia adaptado ou especialmente concebido para melhorar a funcionalidade de uma
pessoa com incapacidade.
e110 Produtos ou substâncias para consumo pessoal
qualquer objecto ou substância natural ou fabricado pelo homem, reunido, tratado ou
manufacturado para ser ingerido.
Inclui: alimentos, bebidas e medicamentos
e1100 Alimentos
quaisquer objectos ou substâncias naturais ou fabricados pelo homem, reunidos,
tratados ou manufacturados para serem ingeridos, tais como, alimentos crus, tratados e
preparados, líquidos de diferentes consistências, ervas e minerais (vitaminas e outros
suplementos)
e1101 Medicamentos
quaisquer objectos ou substâncias naturais ou fabricados pelo homem, reunidos,
tratados ou manufacturados para serem utilizados com fins medicinais, tais como,
medicação alopática e naturopática
e1108 Produtos ou substâncias para consumo pessoal, outros especificados
e1109 Produtos ou substâncias para consumo pessoal, não especificados
e115 Produtos e tecnologias para uso pessoal na vida diária
equipamentos, produtos e tecnologias utilizados pelas pessoas nas actividades diárias,
incluindo aqueles adaptados ou especialmente concebidos, colocados na, sobre ou perto da
pessoa que os utiliza
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de apoio para uso pessoal
Exclui: prestadores de cuidados pessoais e assistentes pessoais (e340)
e1150 Produtos e tecnologias gerais para uso pessoal na vida diária
equipamentos, produtos e tecnologias utilizados pelas pessoas nas actividades diárias,
tais como, roupas, tecidos, móveis, aparelhos, produtos de limpeza e ferramentas, não
adaptados nem especialmente concebidos
e1151 Produtos e tecnologias de apoio para uso pessoal na vida diária
equipamentos, produtos e tecnologias adaptados ou especialmente concebidos para
auxiliar as pessoas na vida diária, tais como, dispositivos protéticos e ortopédicos,
próteses neurais (e.g. dispositivos de estimulação funcional que controlam os
intestinos, bexiga, respiração e frequência cardíaca), e unidades de controlo ambiental
que visam facilitar o próprio controlo dos indivíduos sobre os espaços interiores
(scanners, sistemas de controlo remoto, sistemas controlados por voz, temporizadores)
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 4
e1158 Produtos e tecnologias para uso pessoal na vida diária, outros especificados
e1159 Produtos e tecnologias para uso pessoal na vida diária, não especificados
e120 Produtos e tecnologias destinados a facilitar a mobilidade e o
transporte pessoal em ambientes interiores e exteriores
equipamentos, produtos e tecnologias utilizados pelas pessoas para se deslocarem dentro e
fora de edifícios, incluindo aqueles adaptados ou especialmente concebidos, colocados em,
sobre ou perto da pessoa que os utiliza
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de apoio para mobilidade e transporte pessoal em
ambientes interiores e exteriores
Exclui: prestadores de cuidados pessoais e assistentes pessoais (e340)
e1200 Produtos e tecnologias gerais destinados a facilitar a mobilidade e o transporte
pessoal em ambientes interiores e exteriores
equipamentos, produtos e tecnologias utilizados pelas pessoas para se deslocarem
dentro e fora de edifícios, tais como, veículos motorizados e não motorizados
utilizados para o transporte de pessoas em terra , na água ou no ar (e.g. autocarros,
carros, carrinhas, outros veículos movidos a motor e meios de transporte com tracção
animal), não adaptados nem especialmente concebidos
e1201 Produtos e tecnologias de apoio destinados a facilitar a mobilidade e o transporte
pessoal em ambientes interiores e exteriores
equipamentos, produtos e tecnologias adaptados ou especialmente concebidos para
ajudar as pessoas a se deslocarem dentro e fora dos edifícios, tais como, dispositivos
para mobilidade pessoal, carros e carrinhas especiais, adaptações de veículos, cadeiras
de rodas, motociclos e dispositivos para deslocações de um local para outro
e1208 Produtos e tecnologias destinados a facilitar a mobilidade e o transporte pessoal
em ambientes interiores e exteriores, outros especificados
e1209 Produtos e tecnologias destinados a facilitar a mobilidade e o transporte pessoal
em ambientes interiores e exteriores e não especificados
e125 Produtos e tecnologias para a comunicação
equipamentos, produtos e tecnologias utilizados pelas pessoas em actividades de transmissão
e recepção de informações, incluindo aqueles adaptados ou especialmente concebidos
situados em, sobre ou perto da pessoa que os utiliza
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de apoio para comunicação
e1250 Produtos e tecnologias gerais para comunicação
equipamentos, produtos e tecnologias utilizados pelas pessoas em actividades de envio
e recepção de informações, tais como, dispositivos ópticos e auditivos, gravadores e
receptores de audio, televisão e equipamento de vídeo, telefones, sistemas de
transmissão do som e dispositivos de comunicação cara a cara não adaptados nem
especialmente concebidos
e1251 Produtos e tecnologias de apoio para comunicação
equipamentos, produtos e tecnologias adaptados ou especialmente concebidos para
ajudar as pessoas a transmitir e a receber informações, tais como, dispositivos
especiais de visão, dispositivos electro-ópticos, dispositivos de escrita especializados,
dispositivos para desenho ou escrita à mão, sistemas de sinalização e hardware e
software especiais de computadores, implantes cocleares, aparelhos para a surdez,
sistemas de treino de audição por FM (frequência modulada), próteses para a voz,
placas de comunicação, óculos e lentes de contacto
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 5
e1258 Produtos e tecnologias para comunicação, outros especificados
e1259 Produtos e tecnologias para comunicação, não especificados
e130 Produtos e tecnologias para a educação
equipamentos, produtos, processos, métodos e tecnologias utilizados para a aquisição de
conhecimentos, de competências ou de saber fazer, incluindo aqueles adaptados ou
especialmente concebidos
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de apoio para educação
e1300 Produtos e tecnologias gerais para educação
equipamentos, produtos, processos, métodos e tecnologias utilizados para aquisição de
conhecimentos, de competências ou de saber fazer, tais como, livros, manuais,
brinquedos educativos, equipamentos informáticos e software, não adaptados nem
especialmente concebidos
e1301 Produtos e tecnologias de apoio para educação
equipamentos, produtos, processos, métodos e tecnologias adaptados ou especialmente
concebidos, utilizados para a aquisição de conhecimentos, de competências ou de
saber fazer, como por exemplo, uma tecnologia especializada de computação
e1308 Produtos e tecnologias para educação, outros especificados
e1309 Produtos e tecnologias para educação, não especificados
e135 Produtos e tecnologias para o trabalho
equipamentos, produtos e tecnologias utilizadas no trabalho para facilitar as actividades
profissionais
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de assistência para o trabalho
e1350 Produtos e tecnologias gerais para o trabalho
equipamentos, produtos e tecnologias, não adaptados nem especialmente concebidos,
utilizados no trabalho para facilitar a execução de tarefas profissionais, tais como,
ferramentas, máquinas e equipamentos de escritório
e1351 Produtos e tecnologias de assistência para o trabalho
equipamentos, produtos e tecnologias, adaptados ou especialmente concebidos,
utilizados no trabalho para facilitar a execução de tarefas profissionais, tais como,
mesas ajustáveis, escrivaninhas e arquivos; abertura e encerramento das portas do
escritório com controle remoto; equipamento informático e software; acessórios e
unidades de controlo ambiental que visam facilitar a execução individual das tarefas
relacionadas com o trabalho e o controlo do ambiente de trabalho; (e.g., scanner,
sistemas de controle remoto, sistemas controlados por voz e temporizadores)
e1358 Produtos e tecnologias para o trabalho, outros especificados
e1359 Produtos e tecnologias para o trabalho, não especificados
e140 Produtos e tecnologias para a cultura, actividades recreativas e
desportivas
equipamentos, produtos e tecnologias, incluindo aqueles adaptados ou especialmente
concebidos, utilizados para a realização e optimização das actividades culturais, recreativas e
desportivas
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de apoio para cultura, recreação e desporto
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 6
e1400 Produtos e tecnologias gerais para a cultura, actividades recreativas e desportivas
equipamentos, produtos e tecnologias, não adaptados nem especialmente concebidos,
utilizados para a realização e optimização das actividades culturais, recreativas e
desportivas, tais como, brinquedos, esquis, bolas de ténis e instrumentos musicais
e1401 Produtos e tecnologias de apoio para a cultura, actividades recreativas e
desportivas
equipamentos, produtos e tecnologias adaptados ou especialmente concebidos para a
realização e optimização de actividades culturais, recreativas e desportivas, tais como,
dispositivos de mobilidade modificados para práticas desportivas, adaptações
rrelizadas para tocar música ou outras actividades artísticas
e1408 Produtos e tecnologias para a cultura, actividades recreativas e desportivas,
outros especificados
e1409 Produtos e tecnologias para a cultura, actividades recreativas e desportivas, não
especificados
e145 Produtos e tecnologias para a prática religiosa e vida espiritual
produtos e tecnologias, incluindo aqueles adaptados ou especialmente concebidos, únicos ou
produzidos em série, que têm ou assumem um significado simbólico no contexto da prática
religiosa ou espiritual
Inclui: produtos e tecnologias gerais e de apoio para a prática religiosa e espiritual
e1450 Produtos e tecnologias gerais para a prática religiosa e vida espiritual
produtos ou tecnologias, não adaptados nem especialmente concebidos, únicos ou
produzidos em série, que têm ou assumem significado simbólico no contexto da
prática religiosa ou espiritual, tais como, casas espirituais, mastros, toucas, máscaras,
crucifixos, menorahs e tapetes de oração
e1451 Produtos e tecnologias de apoio para a prática religiosa e vida espiritual
produtos e tecnologias, adaptados ou especialmente concebidos, que têm ou assumem
significado simbólico no contexto da prática religiosa ou espiritual, tais como, livros
religiosos em Braille, cartas de tarot em Braille, e protecção especial para as rodas das
cadeiras de rodas ao entrar em templos
e1458 Produtos e tecnologias para a prática religiosa e vida espiritual, outros
especificados
e1459 Produtos e tecnologias para a prática religiosa e vida espiritual não especificados
e150 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias
arquitectónicas em prédios para uso público
produtos e tecnologias, incluindo aqueles adaptados ou especialmente concebidos, que
constituem o ambiente do indivíduo, no interior ou no exterior, feito pelo homem, planeado,
projectado e construído para edifícios de utilização pública
Inclui: arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas de entradas e
saídas, de instalações e de indicações das vias de acesso
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 7
e1500 Arquitectura, construção e materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios
para uso público
produtos e tecnologias de entradas e saídas do ambiente feito pelo homem, planeado,
projectado e construído para edifícios de utilização pública, tais como, arquitectura,
construção, materiais e tecnologias arquitectónicas de entradas e saídas de prédios para
uso público, (i.e. locais de trabalho, lojas teatros), edifícios públicos, rampas portáteis
ou fixas, portas automáticas, altura das maçanetas e das soleiras das portas
e1501 Arquitectura, construção materiais e tecnologias arquitectónicas nos acessos às
instalações interiores de prédios para uso público
produtos e tecnologias das instalações interiores relacionados com a arquitectura, a
construção, materiais e tecnologias arquitectónicas de edifícios de utilização pública,
tais como, casas de banho, telefones, circuito fechado de audio, elevadores, escadas
rolantes, termóstatos (para regulação da temperatura) e assentos dispersos e acessíveis
em auditórios ou estádios
e1502 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas relacionados
com a orientação, percursos a seguir, indicação dos acessos e designação dos
lugares em prédios para uso público
produtos e tecnologias de interiores e exteriores relacionados com a arquitectura, a
construção, materiais e tecnologias arquitectónicas de edifícios de utilização pública
para ajudar as pessoas a encontrar o caminho dentro e imediatamente fora do prédio e
a localizar os lugares para os quais desejam ir, tais como, placas de sinalização,
indicações escritas ou em Braille, informações sobre o tamanho dos corredores , o tipo
de pavimento, os balcões acessíveis e outros tipos de indicações
e1508 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios
para uso público, outros especificados
e1509 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios
para uso público, não especificados
e155 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias
arquitectónicas em prédios para uso privado
produtos e tecnologias, incluindo aqueles adaptados ou especialmente concebidos, que
constituem o ambiente interior e exterior do indivíduo feito pelo homem, planeado,
projectado e construído para uso privado
Inclui: arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas de entradas e
saídas, de instalações e de indicações das vias de acesso
e1550 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas para as enradas
e saídas em prédios para uso privado
produtos e tecnologias de entradas e saídas do ambiente feito pelo homem, planeado,
projectado e construído para uso privado, tais como, entradas e saídas de casas
privadas, rampas portáteis e fixas, portas automáticas, altura das maçanetas e das
soleiras das portas
e1551 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas para os acessos
às instalações interiores em prédios para uso privado
produtos e tecnologias relacionados com a arquitectura, a construção, materiais e
tecnologias arquitectónicas para as áreas interiores em edificios para uso privado, tais
como, casas de banho, telefones, circuito fechado de rádio, armários de cozinha,
controlos eléctricos e comandos electrónicos em edifícios para utilização privada
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 8
e1552 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas relacionados
com a orientação, percursos a seguir, indicação dos acessos e designação dos
lugares em prédios para uso privado
produtos e tecnologias de interiores e exteriores relacionados com a arquitectura, a
construção, materiais e tecnologias arquitectónicastos de edifícios para uso privado,
para ajudar as pessoas a encontrar o caminho dentro e imediatamente fora do edifício e
a localizar os lugares para os quais desejam ir, como placas de sinalização, indicações
escritas ou em Braille, informações sobre o tamanho dos corredores e o tipo de
pavimento
e1558 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios
para uso privado, outros especificados
e1559 Arquitectura, construção, materiais e tecnologias arquitectónicas em prédios
para uso privado, não especificados
e160 Produtos e tecnologias relacionados com a utilização e a
exploração dos solos
produtos e tecnologias, incluindo aqueles adaptados ou especialmente projectados,
relacionados com a utilização dos solos, que afectam o ambiente exterior do indivíduo através
do desenvolvimento de políticas de utilização dos solos, projectos, planeamento e
desenvolvimento do espaço
Inclui: produtos e tecnologias de áreas que foram organizadas de acordo com políticas de
utilização dos solos, tais como zonas rurais, residenciais (suburbanas), urbanas, parques,
áreas protegidas e reservas naturais
e1600 Produtos e tecnologias relacionados com o desenvolvimento das zonas rurais
produtos e tecnologias em áreas rurais que afectam o ambiente exterior do indivíduo,
através da implementação de políticas de utilização do solo para fins rurais, projectos,
planeamento e desenvolvimento do espaço, tais como, propriedades agrícolas,
caminhos e placas de sinalização
e1601 Produtos e tecnologias relacionados com o desenvolvimento de zonas residenciais
(suburbanas)
produtos e tecnologias em áreas residenciais (suburbanas) que afectam o ambiente
exterior do indivíduo, através da implementação de políticas de utilização do solo para
fins residenciais, projectos, planeamento e desenvolvimento do espaço, tais como,
passeios e lancis rebaixados, caminhos, placas de sinalização e iluminação das ruas
e1602 Produtos e tecnologias relacionados com o desenvolvimento de zonas urbanas
produtos e tecnologias em áreas urbanas que afectam o ambiente exterior do indivíduo
através da implementação de políticas de uso do solo urbano, projectos, planeamento e
desenvolvimento do espaço, tais como , passeios e lancis rebaixados, rampas, placas
de sinalização e iluminação das ruas
e1603 Produtos e tecnologias relacionados com parques, áreas protegidas e reservas
naturais
produtos e tecnologias em áreas que compreendem parques, áreas protegidas e
reservas naturais que afectam o ambiente exterior do indivíduo, através da
implementação de políticas de utilização do solo, projectos, planeamento e
desenvolvimento do espaço, tais como, placas de sinalização em parques e trilhos em
reservas naturais
e1608 Produtos e tecnologias relacionados com a utilização e exploração dos solos,
outros especificados
e1609 Produtos e tecnologias relacionados com a utilização e exploração dos solos, não
especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
14 9
e165 Bens
produtos ou objectos de intercâmbio económico, tais como, dinheiro, mercadorias,
propriedades e outros valores que um indivíduo possui ou que tem o direito de usar
Inclui: produtos e bens materiais e não materiais, património financeiro
e1650 Património financeiro
produtos, tais como, dinheiro ou outros produtos financeiros, que servem como meio
de troca de mão de obra, de capital e de serviços
e1651 Bens materiais
produtos ou objectos, tais como, casas ou propriedades rurais, roupas, alimentos e
equipamentos, que servem como meio de troca de mão de obra, de capital e de
serviços
e1652 Bens não materiais
produtos, tais como, propriedade intelectual, conhecimentos e competências que
servem como meio de troca de mão de obra, de capital e de serviços
e1658 Bens, outro especificado,
e1659 Bens, não especificado,
e198 Produtos e tecnologias, outros especificados
e199 Produtos e tecnologias, não especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 0
CAPÍTULO 2 AMBIENTE NATURAL E MUDANÇAS AMBIENTAIS FEITAS
PELO HOMEM
Este capítulo trata dos elementos animados e inanimados do ambiente natural ou físico, e dos componentes
deste ambiente que foram modificados pelas pessoas, bem como das características das populações
humanas desse ambiente
e210 Geografia física
características das extensões de terra e das extensões de água
Inclui: características geográficas incluídas na orografia (relevo, qualidade e extensão do
solo e tipos de solo, incluindo altitude) e hidrografia (extensões de água, tais como, lagos,
rios e mares)
e2100 Orografia
características das extensões da terra, tais como, montanhas, colinas, vales e planícies
e2101 Hidrografia
características das extensões de água, tais como, lagos, represas, rios e riachos
e2108 Geografia física, outra especificada
e2109 Geografia física, não especificada
e215 População
grupos de pessoas que vivem num determinado ambiente e compartilham o mesmo padrão de
adaptação ambiental
Inclui: alteração demográfica; densidade populacional
e2150 Alteração demográfica
alterações que ocorrem em grupos de pessoas, tais como, a composição e a variação do
número total de indivíduos numa área, causadas pelos nascimentos, óbitos,
envelhecimento da população e migração
e2151 Densidade populacional
número de pessoas por unidade de superfície, incluindo características, tais como,
densidade alta e densidade baixa
e2158 População, outra especificada
e2159 População, não especificada
e220 Flora e fauna
plantas e animais
Exclui: animais domesticados (e350); população (e215)
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 1
e2200 Plantas
qualquer um dos vários organismos fotossintéticos, eucarióticos, multicelulares do
reino Plantae, que se caracterizam por produzir embriões, conter cloroplastos, ter
paredes celulares de celulose e não ter poder de locomoção, como por exemplo,
árvores, flores, arbustos e plantas trepadeiras
e2201 Animais
organismos multicelulares do reino Animal, que diferem das plantas por certas
características típicas, tais como, a capacidade de locomoção, metabolismo não
fotossintético, reacção acentuada a estímulos., crescimento limitado, e estrutura
corporal fixa, como por exemplo, animais selvagens ou domésticos, répteis, pássaros,
peixes e mamíferos
Exclui: bens (e165); animais domesticados (e350)
e2208 Fauna e flora, outra especificada
e2209 Fauna e flora, não especificada
e225 Clima
características e eventos meteorológicos
Inclui: temperatura, humidade, pressão atmosférica, precipitação, vento e variações sazonais
e2250 Temperatura
grau de calor ou frio, como por exemplo, temperatura alta, temperatura baixa,
temperatura normal ou extrema
e2251 Humidade
nível de humidade no ar, como por exemplo, humidade, alta ou baixa
e2252 Pressão atmosférica
pressão do ar circundante, como por exemplo, pressão relacionada com a altura acima
do nível do mar ou com as condições meteorológicas
e2253 Precipitação
queda de humidade condensada, como por exemplo, chuva, orvalho, neve, geada e
granizo
e2254 Vento
ar em movimentação natural mais ou menos rápida, como por exemplo, brisa, vento
forte ou rajada
e2255 Variação sazonal
mudanças naturais, regulares e previsíveis de uma estação para a seguinte (verão,
Outono, Inverno e Primavera)
e2258 Clima, outro especificado
e2259 Clima, não especificado
e230 Desastres naturais
mudanças geográficas e atmosféricas que perturbam o ambiente físico do indivíduo e que
ocorrem regular ou irregularmente, tais como, tremor de terra e condições climáticas
violentas, e.g., tornados, furacões, tufões, inundações, incêndios em florestas e tempestades
de neve
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 2
e235 Desastres causados pelo homem
alterações ou perturbações nos ambientes naturais, causados pelo homem, que podem dar
origem a alterações da vida quotidiana das pessoas, incluindo situações ou condições ligadas
a conflitos ou guerras, como por exemplo, a deslocação de pessoas, destruição da infraestrutura
social, de casas e de terras, desastres ambientais e poluição do solo, da água ou do ar
(e.g. resíduos tóxicos)
e240 Luz
radiação electromagnética através da qual as coisas se tornam visíveis, quer se trate de luz
solar ou artificial (e.g. velas, lamparinas a óleo ou parafina, fogo e electricidade) e que pode
fornecer informações úteis ou confusas sobre o mundo
Inclui: intensidade da luz; qualidade da luz; contraste de cores
e2400 Intensidade da luz
nível ou quantidade de energia emitida por uma fonte de luz natural (e.g., sol) ou por
uma fonte de luz artificial
e2401 Qualidade da luz
a natureza da luz fornecida e relacionada com contrastes de cor criados nos ambientes
visuais, e que podem fornecer informações úteis sobre o mundo (e.g., informações
visuais sobre a presença de escadas ou de uma porta) ou confusas (e.g., excesso de
imagens visuais)
e2408 Luz, outra especificada
e2409 Luz, não especificada
e245 Mudanças relacionadas com o tempo
mudança temporal natural, regular ou previsível
Inclui: ciclos dia/noite e ciclos lunares
e2450 Ciclos dia/noite
mudanças naturais, regulares e previsíveis do dia para a noite e de novo para o dia,
como por exemplo, dia, noite, amanhecer e anoitecer
e2451 Ciclos lunares
mudanças naturais, regulares e previsíveis da posição da lua em relação à terra
e2458 Mudanças temporais periódicas, outras especificadas
e2459 Mudanças relacionadas com o tempo, não especificadas
e250 Som
um fenómeno que é ou que pode ser ouvido, como por exemplo, batida, toque, pancada,
canto, assobio, grito ou zumbido, em qualquer volume, timbre ou tom, e que pode fornecer
informações úteis ou confusas sobre o mundo
Inclui: intensidade do som; qualidade do som
e2500 Intensidade do som
nível ou volume de um fenómeno audível determinado pela quantidade de energia
gerada, onde níveis altos de energia são percebidos como sons altos e níveis baixos de
energia como sons baixos
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 3
e2501 Qualidade do som
natureza de um som definida pelo comprimento e padrão da onda sonora e percebido
como o timbre e o tom, tal como, áspero ou melodioso, e que pode fornecer
informações úteis sobre o mundo (e.g., som de um cachorro latindo versus um gato
miando) ou confusas (e.g., ruído de fundo)
e2508 Som, outro especificado
e2509 Som, não especificado
e255 Vibração
movimento regular ou irregular para a frente e para trás, de um objecto ou de um indivíduo
causado por uma turbulência física, como por exemplo, tremores, estremecimentos,
movimentos rápidos e irregulares de coisas, prédios ou pessoas causados por equipamentos
pequenos ou grandes, aeronaves e explosões
Exclui: desastres naturais (e230), como por exemplo, vibração da terra causada por
tremores de terra ou terramotos
e260 Qualidade do ar
características da atmosfera (fora dos prédios) ou do ar dos espaços interiores (dentro de
prédios) que podem fornecer informações úteis ou confusas sobre o mundo
Inclui: qualidade do ar interior e do ar exterior
e2600 Qualidade do ar interior
natureza do ar dentro de prédios ou em áreas fechadas, determinada pela presença de
cheiro, fumo, humidade, ar condicionado (qualidade do ar controlada) ou qualidade do
ar não controlada, e que pode fornecer informações úteis sobre o mundo (e.g., cheiro
de fuga de gás) ou confusas (e.g., cheiro de perfume muito intenso)
e2601 Qualidade do ar exterior
natureza do ar fora dos prédios ou das áreas fechadas determinada pela presença de
cheiro, fumo, humidade, níveis de ozono e outras características da atmosfera e que
podem fornecer informações úteis sobre o mundo (e.g., cheiro de chuva) ou confusas
(e.g., cheiros de gases tóxicos)
e2608 Qualidade do ar, outra especificada
e2609 Qualidade do ar, não especificada
e298 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem, outro
especificado
e299 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem, não
especificado
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 4
CAPÍTULO 3 APOIO E RELACIONAMENTOS
Este capítulo trata das pessoas ou animais que dão apoio prático físico ou emocional, assim como na
educação, protecção e assistência, e nos relacionamentos com outras pessoas, em casa, no local de trabalho,
na escola, nos locais de lazer ou em outros aspectos das suas actividades diárias. O capítulo não engloba as
atitudes da pessoa ou pessoas que dão o apoio. O factor ambiental descrito não é a pessoa ou o animal, mas
a quantidade de apoio físico e emocional que é proporcionado pela pessoa ou animal.
e310 Família próxima
indivíduos relacionados por nascimento, casamento ou outro relacionamento reconhecido
pela cultura como família próxima, tais como, cônjuges, parceiros, pais, irmãos, filhos, pais
de acolhimento, pais adoptivos e avós
Exclui: família alargada (e315); prestadores de cuidados pessoais e assistentes pessoais
(e340)
e315 Família alargada
indivíduos aparentados através de laços de família ou pelo casamento ou outros
relacionamentos reconhecidos pela cultura como parentes, tais como, tias, tios, sobrinhos e
sobrinhas
Exclui: família próxima (e310)
e320 Amigos
indivíduos que são conhecidos próximos, com relacionamento continuado caracterizado pela
confiança e apoio mútuo
e325 Conhecidos, pares, colegas, vizinhos e membros da
comunidade
indivíduos com relações de familiaridade entre si, tais como, conhecidos, pares, colegas,
vizinhos, e membros da comunidade em situações relacionadas com o trabalho, escola,
tempos livres, ou outros aspectos da vida, e que compartilham características demográficas,
tais como, idade, sexo, religião ou etnia ou envolvimento em interesses comuns
Exclui: serviços prestados por associações e organizações (e5550)
e330 Pessoas em posição de autoridade
indivíduos que têm a responsabilidade de tomar decisões por outros e que têm influência ou
poder socialmente definidos com base no seu papel social, económico, cultural ou religioso
na sociedade, tais como, professores, empregadores, supervisores, líderes religiosos,
decisores, tutores ou curadores
e335 Pessoas em posições subordinadas
indivíduos cuja vida diária é influenciada pelas pessoas em posição de autoridade no trabalho,
escola ou em outros ambientes, tais como, estudantes, trabalhadores e membros de um grupo
religioso
Exclui: família próxima (e310)
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 5
e340 Prestadores de cuidados pessoais e assistentes pessoais
indivíduos que prestam os serviços necessários para apoiar as pessoas nas suas actividades
diárias e na manutenção do desempenho no trabalho, na educação ou em outras situações da
vida, e que são pagos através de fundos públicos ou privados ou trabalham numa base de
voluntariado, tais como, pessoas que apoiam na construção e na manutenção das casas, que
dão assistência pessoal, assistência nos transportes, ajudas remuneradas, amas de crianças e
outras pessoas que prestam cuidados ou dão apoio.
Exclui: família próxima (e310); família alargada (e320); serviços de apoio social em geral
(e5750); profissionais de saúde (e355)
e345 Estranhos
Indivíduos que não são familiares nem parentes, ou aqueles que ainda não criaram nenhum
relacionamento ou estabeleceram qualquer associação, tais como, pessoas desconhecidas do
indivíduo e que compartilham uma situação de vida com eles, como por exemplo, um
professor substituto, um colega de trabalho, um prestador de cuidados
e350 Animais domesticados
animais que dão apoio físico, emocional ou psicológico, como por exemplo, animais de
estimação (cachorros, gatos, pássaros, peixes, etc.) e animais que dão apoio na mobilidade e
no transporte pessoal
Exclui: animais (e2201); bens (e165)
e355 Profissionais de saúde
todos os prestadores de cuidados que trabalham no contexto do sistema de saúde, como por
exemplo, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala ,
técnicos de audiometria, ortóticos , protésicos, profissionais na área médico-social e outros
prestadores destes serviços
Exclui: outros profissionais (e360)
e360 Outros profissionais
todos os prestadores de cuidados que trabalham fora do sistema de saúde, mas que
proporcionam serviços que têm impacto na saúde, tais como, assistentes sociais, professores,
arquitectos ou projectistas/desenhadores
Exclui: profissionais de saúde (e355)
e398 Apoio e relacionamentos, outros especificados
e399 Apoio e relacionamentos, não especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 6
CAPÍTULO 4 ATITUDES
Este capítulo trata das atitudes que são as consequências observáveis dos costumes, práticas, ideologias,
valores, normas, crenças religiosas e outras. Essas atitudes influenciam o comportamento individual e a vida
social em todos os níveis, dos relacionamentos interpessoais e associações comunitárias às estruturas
políticas, económicas e legais; como por exemplo, atitudes individuais ou da sociedade sobre a confiança,
merecimento e valor de um ser humano que podem motivar práticas positivas e honrosas ou negativas e
discriminatórias (e.g. estigmatização, estereotipia e marginalização ou negligência para com a pessoa). As
atitudes classificadas são as dos indivíduos relativamente à pessoa cuja situação está sendo descrita. Elas
não se aplicam à própria pessoa. As atitudes individuais são categorizadas de acordo com os tipos de
relacionamentos listados no Capítulo 3. Valores e crenças não são codificados separadamente das atitudes
pois pressupõe-se que eles sejam as forças motrizes das atitudes.
e410 Atitudes individuais de membros da família próxima
opiniões e crenças gerais ou específicas de membros familiares próximos sobre a pessoa ou
sobre outras questões (e.g., questões sociais, políticas e económicas) que influenciam o
comportamento e as acções individuais
e415 Atitudes individuais de membros da família alargada
opiniões e crenças gerais ou específicas de membros da família alargada, sobre a pessoa ou
sobre outras questões (e.g. questões sociais, políticas e económicas) que influenciam o
comportamento e as acções individuais
e420 Atitudes individuais dos amigos
opiniões e crenças gerais ou específicas de amigos, sobre a pessoa ou sobre outras questões
(e.g., questões sociais, políticas e económicas) que influenciam o comportamento e as acções
individuais
e425 Atitudes individuais de conhecidos, pares, colegas, vizinhos e
membros da comunidade
opiniões ou crenças gerais ou específicas de conhecidos, pares, colegas, vizinhos e membros
da comunidade sobre a pessoa ou sobre outras questões (e.g., questões sociais, políticas e
económicas) que influenciam o comportamento e as acções individuais
e430 Atitudes individuais de pessoas em posições de autoridade
opiniões e crenças gerais ou específicas de pessoas em posições de autoridade, sobre a pessoa
ou sobre outras questões (e.g., questões sociais, políticas e económicas) que influenciam o
comportamento e as acções individuais
e435 Atitudes individuais de pessoas em posições subordinadas
opiniões ou crenças gerais ou específicas de pessoas em posições subordinadas, sobre a
pessoa ou sobre outras questões (e.g., questões sociais, políticas e económicas) que
influenciam o comportamento e as acções individuais
e440 Atitudes individuais de prestadores de cuidados pessoais e
assistentes pessoais
opiniões e crenças gerais ou específicas de prestadores de apoio pessoal e assistentes
pessoais, sobre a pessoa ou sobre outras questões (e.g., questões sociais, políticas e
económicas) que influenciam o comportamento e as acções individuais
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 7
e445 Atitudes individuais de estranhos
opiniões e crenças gerais ou específicas de estranhos, sobre a pessoa ou sobre outras questões
(e.g., questões sociais, políticas e económicas) que influenciam o comportamento e as acções
individuais
e450 Atitudes individuais de profissionais de saúde
opiniões e crenças gerais ou específicas de profissionais de saúde, sobre a pessoa ou sobre
outras questões (e.g., questões sociais, políticas e económicas) que influenciam o
comportamento e as acções individuais
e455 Atitudes individuais de outros profissionais
opiniões e crenças gerais ou específicas de outros profissionais e os relacionados com a
saúde, sobre a pessoa ou sobre outras questões (e.g., questões sociais, políticas e económicas)
que influenciam o comportamento e as acções individuais
e460 Atitudes sociais
opiniões e crenças gerais ou específicas mantidas em geral pelas pessoas de uma cultura,
sociedade, agrupamentos sub culturais ou outros grupo sociais, sobre outros indivíduos ou
sobre outras questões sociais, políticas e económicas que influenciam o comportamento e as
acções dos indivíduos ou dos grupos
e465 Normas, práticas e ideologias sociais
costumes, práticas, regras e sistemas abstractos de valores e crenças normativas (e.g.,
ideologias, visões normativas do mundo, filosofias morais) que surgem dentro dos contextos
sociais e que afectam ou criam práticas e comportamentos sociais e individuais, tais como,
normas sociais de moral, etiqueta e comportamento religioso; doutrina religiosa e normas e
práticas resultantes; normas que regulam os rituais ou as reuniões sociais
e498 Atitudes, outras especificadas
e499 Atitudes, não especificadas
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 8
CAPÍTULO 5 SERVIÇOS, SISTEMAS E POLÍTICAS
Este capítulo trata de:
1. Serviços que proporcionam benefícios, programas estruturados e operações, em vários sectores da
sociedade, organizados para satisfazer as necessidades dos indivíduos. (incluindo as pessoas que prestam
esses serviços). Podem ser públicos, privados ou voluntários e ser desenvolvidos, a nível local, comunitário,
regional, estatal, provincial, nacional ou internacional, por pessoas singulares, associações, organizações,
agências ou governos. Os bens que um serviço proporciona podem ser gerais ou adaptados e especialmente
concebidos.
2. Sistemas que são mecanismos de controlo administrativo e de supervisão organizativa, estabelecidos por
autoridades locais, regionais, nacionais e internacionais, governamentais ou por outras autoridades
reconhecidas. Estes sistemas são concebidos para organizar, controlar e supervisionar serviços que
proporcionam benefícios, programas estruturados e operações em vários sectores da sociedade.
3. Políticas que englobam as regras , regulamentos, convenções e normas estabelecidos por autoridades
locais, regionais, nacionais e internacionais, governamentais ou outras autoridades reconhecidas, que regem
ou regulam os sistemas que controlam serviços, programas e outras actividades em vários sectores da
sociedade.
e510 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a produção de
bens de consumo
serviços, sistemas e políticas que regulam e que são responsáveis pela produção de objectos e
produtos consumidos ou utilizados pelas pessoas
e5100 Serviços para a produção de bens de consumo
serviços e programas, incluindo aqueles que prestam esses serviços, que se destinam à
recolha , criação, produção e fabrico de bens e produtos de consumo, tais como,
produtos e tecnologias utilizados para mobilidade, comunicação, educação, transporte,
emprego e trabalho doméstico, incluindo as pessoas que prestam esses serviços
Exclui: serviços relacionados com a comunicação (e5350); serviços de educação e
formação profissional (e5850); Capítulo 1: Produtos e Tecnologias
e5101 Sistemas para a produção de bens de consumo
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão, tais como, organizações
regionais, nacionais ou internacionais que estabelecem normas (e.g., Organização
Internacional para a Padronização) e associações de consumidores, que regulam a
recolha, criação, produção e fabrico de bens e produtos de consumo
e5102 Políticas para a produção de bens de consumo
leis, regulamentos e normas relacionados com a recolha, criação, produção e fabrico
de bens e produtos de consumo, por exemplo, que normas devem ser adoptadas
e5108 Serviços, sistemas e políticas para a produção de bens de consumo, outros
especificados
e5109 Serviços, sistemas e políticas para a produção de bens de consumo, não
especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
15 9
e515 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a arquitectura e
a construção
serviços, sistemas e políticas relacionados com o projecto e a construção de edifícios,
públicos e privados
Exclui: serviços, sistemas e políticas relacionados com o planeamento de espaços abertos
(e520)
e5150 Serviços relacionados com a arquitectura e a construção
serviços e programas relacionados com os projectos, construção e manutenção de
edifícios residenciais, comerciais, industriais ou públicos, tais como, a construção
civil, o cumprimento dos princípios a que deve obedecer um projecto, as normas e as
regras de construção, incluindo aqueles que prestam esses serviços
e5151 Sistemas relacionados com a arquitectura e a construção
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão, que regulam o planeamento, o
projecto, a construção e a manutenção de edifícios residenciais, comerciais, industriais
e públicos, tais como, o desenvolvimento e a supervisão de códigos e regras a que
deve obedecer a construção, a segurança das pessoas e as normas contra incêndios
e5152 Políticas relacionados com a arquitectura e a construção
leis, regulamentos e normas que regulam o planeamento, o projecto, a construção e a
manutenção de edifícios residenciais, comerciais, industriais e públicos, tais como,
políticas sobre normas e regras a que devem obedecer a construção, a segurança das
pessoas e a protecção contra incêndios
e5158 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a arquitectura e a construção,
outros especificados
e5159 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a arquitectura e a construção, não
especificados
e520 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o planeamento
de espaços abertos
serviços, sistemas e políticas relacionados com o planeamento, projecto, criação e
manutenção de áreas públicas (e.g., parques, florestas, zonas litorais , pântanos) e de áreas
privadas nas zonas rurais, residenciais e urbanas
Exclui: serviços, sistemas e políticas relacionados com a arquitectura e a construção (e515)
e5200 Serviços relacionados com o planeamento de espaços abertos
serviços e programas orientados para o planeamento, criação e manutenção de espaços
urbanos, suburbanos e rurais, de recreação, de áreas protegidas, espaços abertos para
reuniões ou fins comerciais (praças, mercados ao ar livre) e caminhos pedonais ou vias
para circulação de veículos, incluindo aqueles que prestam esses serviços
Exclui: arquitectura, construção e materiais construção e tecnologias arquitectónicas
em prédios para uso público (e150) e privado (e155); produtos e tecnologias
relacionados com a utilização e a exploração dos solos (e160)
e5201 Sistemas relacionados com o planeamento de espaços abertos
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão, tais como, o cumprimento a
nível local, regional ou nacional de decisões relacionadas com o planeamento, as
regras a que devem obedecer os projectos, as políticas de conservação do património e
o planeamento do meio ambiente, que regulam a criação e a manutenção de espaços
abertos, incluindo zonas rurais, suburbanas, urbanas, parques, áreas protegidas e
reservas naturais
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 0
e5202 Políticas relacionados com o planeamento de espaços abertos
leis, regulamentos e normas que controlam o planeamento, os projectos, a criação e a
manutenção de espaços abertos, incluindo zonas rurais, suburbanas e urbanas, parques,
áreas protegidas e reservas naturais, tais como, leis e decisões a nível local, regional
ou nacional relacionadas com o planeamento, projectos, heranças ou políticas de
conservação do património e planeamento do meio ambiente
e5208 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o planeamento de espaços abertos,
outros especificados
e5209 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o planeamento de espaços abertos,
não especificados
e525 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a habitação
serviços, sistemas e políticas que proporcionam abrigo, habitação e alojamento para as
pessoas
e5250 Serviços relacionados com a habitação
serviços e programas orientados para a localização, fornecimento e manutenção de
casas ou abrigos para as pessoas habitarem, tais como, órgãos estatais, organizações
relacionadas com a habitação, alojamentos para os sem abrigo, incluindo aqueles que
prestam esses serviços
e5251 Sistemas relacionados com a habitação
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a problemática da
habitação ou abrigo de pessoas, tais como, sistemas para o desenvolvimento e a
supervisão das políticas de habitação
e5252 Políticas relacionadas com a habitação
leis, regulamentos e normas que regulam a habitação ou abrigo de pessoas, tais como,
leis e políticas para a determinação do direito de acesso a um alojamento ou habitação,
envolvimento do governo no desenvolvimento e manutenção de políticas relacionadas
com a habitação, e políticas relativas à forma e ao local onde a habitação é
desenvolvida
e5258 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a habitação, outros especificados
e5259 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a habitação, não especificados
e530 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os serviços de
utilidade pública
serviços, sistemas e políticas relacionados com serviços de utilidade pública, tais como,
abastecimento de água, de combustíveis, de energia eléctrica, saneamento, transportes
públicos e serviços essenciais
Exclui: serviços, sistemas e políticas relacionados com a protecção civil (e545)
e5300 Serviços de utilidade pública
serviços e programas que fornecem energia a toda a população, (e.g., combustíveis e
energia eléctrica), saneamento, água e outros serviços essenciais (e.g., serviços para
reparações de emergência) para consumidores residenciais e comerciais, incluindo
aqueles que prestam esses serviços
e5301 Sistemas de serviços de utilidade pública
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a oferta de
serviços de utilidade pública, tais como, conselhos de saúde e segurança, e associações
de consumidores
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 1
e5302 Políticas de serviços de utilidade pública
leis, regulamentos e normas que regulam os serviços de utilidade pública, tais como,
normas de saúde e de segurança que regulam o fornecimento e abastecimento de água
e combustíveis, práticas de saneamento nas comunidades, políticas para outros
serviços essenciais e fornecimentos durante períodos de escassez ou de desastres
naturais
e5308 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os serviços de utilidade pública,
outros especificados
e5309 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os serviços de utilidade pública,
não especificados
e535 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a comunicação
serviços, sistemas e políticas para a transmissão e intercâmbio de informações
e5350 Serviços relacionados com a comunicação
serviços e programas orientados para a transmissão de informações através de vários
métodos que incluem telefone, fax, correio postal, correio electrónico e outros
sistemas informáticos, tais como, serviços de encaminhamento de chamadas, teletipo,
modem, teletexto, serviços de acesso à Internet, incluindo aqueles que prestam esses
serviços,
Exclui: serviços relacionados com os meios de comunicação (e5600)
e5351 Sistemas relacionados com a comunicação
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão, tais como, órgãos de
regulamentação das telecomunicações ou outros órgãos similares, que regulam a
transmissão das informações através de vários métodos, incluindo telefone, fax,
correio postal, correio electrónico e outros sistemas informáticos
e5352 Políticas relacionadas com a comunicação
leis, regulamentos e normas que regulam a transmissão de informações através de
vários métodos, incluindo telefone, fax, correio, correio electrónico e outros sistemas
informáticos, tais como, o direito de acesso aos serviços de comunicação, requisitos
para um endereço postal e normas em matéria de telecomunicações
e5358 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área da comunicações, outros
especificados
e5359 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área da comunicação, não
especificados
e540 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os transportes
serviços, sistemas e políticas que possibilitam a deslocação de pessoas e mercadorias de um
local para outro
e5400 Serviços relacionados com os transportes
serviços e programas orientados para a deslocação de pessoas ou mercadorias por
estrada ou outra via terrestre, por caminho de ferro, ar ou água, através de transporte
público ou privado, incluindo aqueles que prestam esses serviços,
Exclui: produtos e tecnologias destinados a facilitar a mobilidade e o transporte
pessoal em ambientes interiores e exteriores (e120)
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 2
e5401 Sistemas relacionados com os transportes
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão, que regulam a deslocação de
pessoas ou mercadorias por estrada ou outra via terrestre, por caminho de ferro, ar ou
água, tais como, sistemas para a concessão de autorização para conduzir veículos,
desenvolvimento e supervisão, de normas de saúde e de segurança relacionadas com a
utilização de diferentes tipos de transporte
Exclui: serviços, sistemas e políticas relacionados com a segurança social (e570)
e5402 Políticas relacionados com os transportes
leis, regulamentos e normas que regulam a deslocação de pessoas ou mercadorias por
estrada ou outra via terrestre, por caminho de ferro, ar ou água, tais como, leis e
políticas de planeamento de transportes, políticas para o fornecimento e o acesso aos
transportes públicos
e5408 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os transportes, outros
especificados
e5409 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os transportes, não especificados
e545 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a protecção
civil
serviços, sistemas e políticas orientados para a protecção das pessoas e das propriedades
Exclui: serviços, sistema e políticas de serviços de utilidade pública (e530)
e5450 Serviços de protecção civil
serviços e programas organizados pela comunidade e orientados para a protecção das
pessoas e das propriedades, tais como, bombeiros, polícia, serviços de emergência e de
ambulâncias, incluindo aqueles que prestam esses serviços,
e5451 Sistemas de protecção civil
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a protecção das
pessoas e das propriedades, tais como, sistemas de organização de serviços de polícia,
de bombeiros, de emergência e de ambulâncias
e5452 Políticas de protecção civil
leis, regulamentos e normas que regulam a protecção das pessoas e das propriedades,
tais como, políticas que regem a organização dos serviços de polícia, de bombeiros, de
emergências e de ambulâncias
e5458 Serviços, sistemas e políticas de protecção civil, outros especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 3
e5459 Serviços, sistemas e políticas de protecção civil, não especificados
e550 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área jurídicolegal
serviços, sistemas e políticas relacionados com a legislação de um país
e5500 Serviços relacionados com o sistema legal
serviços e programas orientados para o estabelecimento da autoridade do Estado, de
acordo com o que está definido na lei, tais como, tribunais e outros órgãos para
audiências e resolução de litígios civis e julgamentos criminais, representação legal,
serviços notariais , mediação, arbitragem e instituições correctivas ou prisionais,
incluindo aqueles que prestam esses serviços,
e5501 Sistemas relacionados com o sistema legal
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a administração
da justiça, tais como, sistemas para o desenvolvimento e supervisão de regras formais
(e.g., leis, regulamentos, leis gerais, leis religiosas, leis e convenções internacionais)
e5502 Políticas relacionados com o sistema legal
leis, regulamentos e normas, como leis, leis gerais, leis religiosas, leis e convenções
internacionais, que regem a administração da justiça
e5508 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área jurídico-legal, outros
especificados
e5509 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a área jurídico-legal, não
especificados
e555 Serviços, sistemas e políticas relacionados com associações e
organizações
serviços, sistemas e políticas relacionadas com grupos de pessoas que se organizaram para a
prossecução de interesses comuns e não comerciais, com frequência numa estrutura tipo
associação com membros inscritos \
e5550 Serviços relacionados com associações e organizações
serviços e programas postos à disposição por pessoas que se organizam para a
prossecução de interesses comuns e não comerciais, podendo o fornecimento desses
serviços estar dependente de uma inscrição ou cartão de membro, como associações,
sociedades e organizações relacionadas com recreação e lazer, desportos, serviços
culturais, religiosos e de entre ajuda
e5551 Sistemas relacionados com associações e organizações
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam as relações e as
actividades de pessoas que se organizam com interesses comuns e não comerciais, e as
normas que regulam o estabelecimento e a gestão de associações e organizações, tais
como, organizações de entre ajuda, organizações de recreação e lazer, associações
culturais e religiosas e organizações sem fins lucrativos
e5552 Políticas relacionadas com associações e organizações
leis, regulamentos e normas que regulam as relações e as actividades de pessoas que se
organizam com interesses comuns e não comerciais, tais como, políticas que regulam
o estabelecimento e a gestão de associações e organizações, incluindo organizações de
entre ajuda, organizações de recreação e lazer, associações culturais e religiosas e
organizações sem fins lucrativos
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 4
e5558 Serviços, sistemas e políticas relacionados com associações e organizações, outros
especificados
e5559 Serviços, sistemas e políticas relacionados com associações e organizações, não
especificados
e560 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os meios de
comunicação
serviços, sistemas e políticas relacionados com o fornecimento de comunicação em massa
através de rádio, televisão, jornais e Internet
e5600 Serviços relacionados com os meios de comunicação
serviços e programas, orientados para assegurar a comunicação em massa, como rádio,
televisão, serviços de captação fechada, serviços de reportagens e imprensa , jornais,
serviços em Braille e comunicação em massa utilizando meios informáticos (world
wide web, Internet), incluindo aqueles que prestam esses serviços,
Exclui: serviços de relacionados com a área da comunicação (e5350)
e5601 Sistemas relacionados com os meios de comunicação
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam o fornecimento
de notícias e informações ao público em geral, tais como, normas que regem o
conteúdo, distribuição, divulgação, acesso e métodos de comunicação através de rádio,
televisão, serviços de imprensa, jornais e meios informáticos (world wide web,
Internet)
Inclui: requisitos exigidos para transmitir reportagens na televisão, jornais e outras
publicações em Braille, e transmissões de teletexto através de rádio
Exclui; sistemas relacionados com a comunicação (e5351)
e5602 Políticas relacionadas com os meios de comunicação
leis, regulamentos e normas que regulam o fornecimento de notícias e informações ao
público em geral, tais como, políticas que regem o conteúdo, distribuição, divulgação,
acesso a métodos e métodos de comunicação através de rádio, televisão, serviços de
imprensa, jornais e meios informáticos (world wide web, Internet)
Exclui: políticas relacionadas com a comunicação (e5352)
e5608 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os meios de comunicação, outros
especificados
e5609 Serviços, sistemas e políticas relacionados com os meios de comunicação, não
especificados
e565 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a economia
serviços, sistemas e políticas relacionados com o sistema geral de produção, distribuição,
consumo e utilização de bens e serviços
Exclui: serviços, sistemas e políticas da segurança social (e570)
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 5
e5650 Serviços relacionados com a economia
serviços e programas orientados para a produção, distribuição, consumo e utilização
geral de bens e serviços, tais como, o sector comercial privado (e.g., negócios,
empresas, empreendimentos privados com fins lucrativos), sector público (e.g.,
serviços comerciais públicos, como por exemplo, cooperativas e corporações),
organizações financeiras (e.g., bancos e companhias de seguros), incluindo aqueles
que prestam esses serviços,
Exclui: serviços de utilidade pública (e5300); serviços relacionados com o trabalho e
o emprego (e5900)
e5651 Sistemas relacionados com a economia
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a produção,
distribuição, consumo e utilização de bens e serviços, tais como, sistemas para o
desenvolvimento e supervisão de políticas económicas
Exclui: sistemas de serviços de utilidade pública (e5301); sistemas relacionados com
o trabalho e o emprego (e5901)
e5652 Políticas relacionados com a economia
leis, regulamentos e normas que regulam a produção, distribuição, consumo e
utilização de bens e serviços, tais como, doutrinas económicas adoptadas e
desenvolvidas pelos governos
Exclui: políticas de serviços de utilidade pública (e5302); políticas relacionados com
o trabalho e o emprego (e5902)
e5658 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a economia, outros especificados
e5659 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a economia, não especificados
e570 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a segurança
social
serviços, sistemas e políticas que asseguram a atribuição de apoio económico às pessoas que,
devido à idade, pobreza, desemprego, condição de saúde ou incapacidade, precisam de
assistência pública financiada pela receita fiscal pública ou por esquemas de contribuição
Exclui: serviços, sistemas e políticas relacionados com a economia (e565)
e5700 Serviços da segurança social
serviços e programas que asseguram a atribuição de apoio económico para pessoas
que, devido à idade, pobreza, desemprego, condições de saúde ou incapacidade, têm
necessidade de usufruir de assistência pública financiada pelas receitas fiscais ou por
esquemas de contribuição, tais como, serviços para a determinação das condições de
acesso entrega ou distribuição de pagamentos de assistência para os seguintes tipos de
programas: programas de assistência social (e.g., assistência isenta de impostos,
subsídios atribuídos por pobreza ou por outro tipo de necessidades), programas de
seguro social (e.g., seguro contributivo contra acidentes e desemprego, contribuição
para seguro por acidente ou desemprego ), e esquemas de pensões atribuídas por
incapacidade e situações relacionadas (e.g., reduções à colecta), incluindo aqueles que
prestam esses serviços,
Exclui: serviços de saúde (e5800) e outros serviços cujo acesso está, exclusivamente,
dependente de necessidades especiais decorrentes de uma condição de saúde ou
incapacidade
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 6
e5701 Sistemas de segurança social
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam os programas e
esquemas que asseguram a atribuição de apoio económico para pessoas que, devido à
idade, pobreza, desemprego, condição de saúde ou incapacidade, tem necessidade de
usufruir de assistência pública, tais como, sistemas de desenvolvimento de normas e
regulamentos definindo as condições de acesso a assistência social, protecção social,
pagamento de subsídios de desemprego, pensões por incapacidade e situações
relacionadas e benefícios por incapacidade
e5702 Políticas de segurança social
leis, regulamentos e normas que regulam os programas e esquemas que asseguram a
atribuição de apoio económico às pessoas que, devido à idade, pobreza, desemprego,
condição de saúde ou incapacidade têm necessidade de usufruir da assistência pública,
como leis e regulamentações que definem as condições de acesso à assistência social ,
protecção social , ao pagamento de seguro de desemprego, pensões por incapacidade e
situações relacionadas e benefícios por incapacidade
e5708 Serviços, sistemas e políticas da segurança social, outros especificados
e5709 Serviços, sistemas e políticas da segurança social, não especificados
e575 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o apoio social
geral
serviços, sistemas e políticas orientados para dar apoio àqueles que necessitam de ajuda em
áreas, tais como, compras, trabalho doméstico, transporte, cuidados ao próprio e a outros, a
fim de beneficiarem da melhor funcionalidade na sociedade quanto possível
Exclui: serviços, sistemas e políticas da segurança social (e570); prestadores de cuidados
pessoais e assistentes pessoais (e340); serviços, sistemas e políticas de saúde (e580)
e5750 Serviços de apoio social em geral
serviços e programas orientados para o apoio social a pessoas que, devido à idade, pobreza,
desemprego, condição de saúde ou incapacidade, tem necessidade de usufruir da assistência
pública nas áreas relacionadas com compras, trabalho doméstico, transporte, auto-cuidados e
cuidados a outros, a fim de beneficiarem de melhor funcionalidade na sociedade
5751 Sistemas de apoio social em geral
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam os programas e os
esquemas que asseguram o apoio social às pessoas que, devido à idade, pobreza,
desemprego, condição de saúde ou incapacidade, têm necessidade de usufruir deste
apoio, incluindo sistemas para o desenvolvimento de regras e normas que definem o
direito de acesso aos serviços de apoio social e o fornecimento desses serviços
e5752 Políticas de apoio social em geral
leis, regulamentos e normas que regem orientam os programas e esquemas que
asseguram o apoio social às pessoas que, devido à idade, pobreza, desemprego,
condição de saúde ou incapacidade, têm necessidade de usufruir deste apoio, incluindo
leis e normas que regulam o direito de acesso ao apoio social
e5758 Serviços, sistemas e políticas de apoio social geral, outros especificados
e5759 Serviços, sistemas e políticas de apoio social geral, não especificados
e580 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a saúde
serviços, sistemas e políticas de prevenção e tratamento de problemas de saúde, oferta de
reabilitação médica e promoção de um estilo de vida saudável
Exclui: serviços, sistemas e políticas de apoio social geral (e575)
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 7
e5800 Serviços de saúde
serviços e programas de nível local, comunitário, regional ou nacional que têm por
finalidade proporcionar intervenções junto dos indivíduos para o seu bem estar físico,
psicológico e social, tais como, serviços de promoção da saúde e de prevenção de
doenças, serviços de cuidados primários, cuidados em situações agudas, serviços de
reabilitação e de cuidados prolongados; serviços financiados com recursos públicos ou
privados, prestados a curto ou longo prazo, por períodos ou de uma só vez , numa
diversidade de ambientes, tais como, comunidade, domicílio, escola e local de
trabalho, hospitais gerais, hospitais especializados, clínicas e estabelecimentos com e
sem internamento onde se prestam cuidados de saúde, incluindo aqueles que prestam
esses serviços,
e5801 Sistemas de saúde
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a gama de
serviços fornecidos aos indivíduos para seu bem estar físico, psicológico e social,
numa diversidade de ambientes incluindo comunidade, domicílio, escola e local de
trabalho, hospitais gerais, hospitais especializados, clínicas e estabelecimentos com e
sem internamento onde se prestam cuidados de saúde, tais como, sistemas para o
desenvolvimento de regulamentações e normas que definem o direito de acesso aos
serviços, fornecimento de dispositivos, tecnologias de assistência ou outros
equipamentos adaptados, e legislação, como por exemplo, leis de saúde que definem
as características de um sistema de saúde, tais como, acessibilidade, universalidade,
replicabilidade, financiamento público e área de competência ou cobertura
e5802 Políticas de saúde
leis, regulamentos e normas que regulam a gama de serviços disponíveis para
assegurar o bem estar físico, psicológico e social dos indivíduos numa diversidade de
ambientes incluindo, comunidade, domicílio, escola e local de trabalho, hospitais
gerais, hospitais especializados, clínicas, estabelecimentos com e sem internamento
onde se prestam cuidados, tais como, políticas e normas para a definição do direito de
acesso aos serviços, fornecimento de dispositivos, tecnologias de assistência e outros
equipamentos adaptados, e legislação, como por exemplo, leis de saúde que definem
as características do sistema de saúde, tais como, acessibilidade, universalidade,
replicabilidade, financiamento público e área de competência ou cobertura
e5808 Serviços, sistemas e políticas de saúde, outros especificados
e5809 Serviços, sistemas e políticas de saúde, não especificados
e585 Serviços, sistemas e políticas relacionados com a educação e a
formação profissional
serviços, sistemas e políticas para a aquisição, manutenção e melhoria do conhecimento, da
especialização e de capacidades ou competências vocacionais ou artísticas; ver Classificação
Internacional Standard da Educação (International Standard Classification of Education,
ISCED, Novembro de 1997), da UNESCO
e5850 Serviços de educação e formação profissional
serviços e programas, orientados para a educação e a aquisição, manutenção e
melhoria de conhecimentos, e de competências em áreas de especialidades,
profissionais ou artísticas, tais como, aqueles que são oferecidos para os diferentes
níveis do sistema educativo (e.g., instituições para o ensino pré-escolar, básico,
secundário, profissional, médio, superior; programas profissionais, programas de
formação específica e programas para aquisição de competências, estágios e formação
contínua), incluindo aqueles que prestam esses serviços,
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 8
e5851 Sistemas de educação e formação profissional
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão que regulam a oferta de
programas educativos , tais como, sistemas para o desenvolvimento de políticas e
padrões de definição do direito de acesso ao ensino público ou privado e progra-mas
com base em necessidades especiais; conselhos de educação locais, regionais ou
nacionais ou outras autoridades que regulam as características dos sistemas
educativos, incluindo o tamanho das classes, o número de escolas numa região, as
propinas e os subsídios, as cantinas escolares e os serviços de cuidados extra-escolares
e5852 Políticas de educação e formação profissional
leis, regulamentos e normas que regulam a administração de programas educativos ,
como políticas e normas de definição do direito de acesso ao ensino público ou
privado e programas baseados em necessidades especiais e que determinam a estrutura
dos conselhos de educação local, regional ou nacional ou outras autoridades que
definem as características do sistema educativo, incluindo o tamanho das classes,
número de escolas numa região, propinas e subsídios, cantinas escolares e serviços
extra-escolares
e5858 Serviços, sistemas e políticas de educação e formação profissional, outros
especificados
e5859 Serviços, sistemas e políticas de educação e formação profissional, não
especificados
e590 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o trabalho e o
emprego
serviços, sistemas e políticas relacionados com a procura e a identificação de trabalho
adequado para as pessoas desempregadas ou à procura de outro emprego, ou para dar apoio a
pessoas empregadas na obtenção de uma promoção
Exclui: serviços, sistemas e políticas económicas (e565)
e5900 Serviços relacionados com trabalho e emprego
serviços ou programas, propostos por governos locais, regionais ou nacionais, ou por
organizações privadas, que têm por finalidade encontrar trabalho adequado para
pessoas desempregadas ou que procuram um trabalho diferente ou para dar apoio a
indivíduos já empregados, como por exemplo, serviços de procura e de preparação
para o emprego, reemprego, colocação, mudança de emprego, acompanhamento
profissional, serviços de saúde ocupacional e de segurança no trabalho, serviços
relacionados com o ambiente laboral (e.g., ergonomia, recursos humanos e gestão de
pessoal, relações no trabalho, associações profissionais), incluindo aqueles que
prestam esses serviços,
e5901 Sistemas relacionados com trabalho e emprego
mecanismos de controlo administrativo e de supervisão organizativa que regulam a
distribuição do trabalho e de outras ocupações remuneradas no sistema económico,
tais como, sistemas para o desenvolvimento de políticas e normas para a criação de
emprego, segurança no trabalho, emprego e concorrência, normas e leis laborais,
sindicatos
e5902 Políticas relacionados com trabalho e emprego
leis, regulamentos e normas que regulam a distribuição do trabalho e de outras
ocupações remuneradas no sistema económico, tais como, sistemas para o
desenvolvimento de políticas e normas para a criação de emprego, segurança no
trabalho, emprego e concorrência, normas e leis laborais e sindicatos
e5908 Serviços, sistemas e políticas relacionados com trabalho e emprego, outros
especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
16 9
e5909 Serviços, sistemas e políticas relacionados com trabalho e emprego, não
especificados
e595 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o sistema
político
serviços, sistemas e políticas relacionados com sistema de votação, eleições, e governação de
países, regiões e comunidades, bem como de organizações internacionais
e5950 Serviços políticos
serviços e estruturas, tais como, governos locais, regionais e nacionais, organizações
internacionais e as pessoas eleitas ou nomeadas para posições nessas estruturas, tais
como, as Nações Unidas, União Europeia, governo, autoridades regionais, autoridades
municipais, autoridades locais, líderes tradicionais
e5951 Sistemas políticos
serviços e operações relacionados que organizam o poder político e económico numa
sociedade, tais como, os poderes executivo e legislativo do Governo, os instrumentos
constitucionais e jurídicos dos quais emana a sua autoridade, como por exemplo, a
doutrina política, as constituições, órgãos e outras instituições do Estado com poder
executivo e legislativo e as forças armadas
e5952 Políticas relacionadas com a política
leis e decisões políticas formuladas e postas em execução através de sistemas
políticos, tais como, as políticas que regulam as campanhas eleitorais, o registo de
partidos políticos, as votações, e membros de organizações políticas internacionais,
incluindo tratados, leis constitucionais e outras leis
e5958 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o sistema político, outros
especificados
e5959 Serviços, sistemas e políticas relacionados com o sistema político, não
especificados
e598 Serviços, sistemas e políticas, outros especificados
e599 Serviços, sistemas e políticas, não especificados
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 0
Anexo 1
Questões de taxonomia e de terminologia
A CIF está organizada segundo um esquema hierárquico, tendo em conta os seguintes princípios
taxonómicos padronizados:
• Os componentes das Funções e Estruturas do Corpo, Actividades e Participação e
Factores Ambientais são classificados de maneira independente. Assim, um termo
incluído num componente não é repetido noutro.
• Dentro de cada componente, as categorias estão organizadas seguindo um esquema de
ramificações (tronco - ramo - folha) de modo que uma categoria de menor nível partilha
os atributos das categorias de maior nível das quais ela é um membro.
• As categorias são mutuamente exclusivas, i.e., duas categorias de um mesmo nível não
partilham exactamente os mesmos atributos. No entanto, isto não quer dizer que não se
possa utilizar mais de uma categoria para classificar a funcionalidade de uma pessoa.
Esta prática é permitida, na verdade estimulada, quando necessário.
1. Termos para as categorias na CIF
Os termos são a designação de conceitos definidos em expressões linguísticas, tais como, palavras
ou frases. A maioria dos termos que geram confusão é utilizada com um significado baseado no
sentido comum da linguagem falada e escrita do dia a dia. Por exemplo, deficiência, incapacidade
e limitação são frequentemente utilizadas com o mesmo significado nos contextos quotidianos,
embora na versão de 1980 do ICIDH, esses termos tivessem um significado preciso. Durante o
processo de revisão, o termo “desvantagem” foi abandonado e o termo "incapacidade" foi
utilizado para abranger todas as três perspectivas – corporal, individual e social. No entanto, é
necessário usar de clareza e precisão para definir os vários conceitos, de maneira que possam ser
escolhidos os termos apropriados para expressar de forma não ambígua cada um dos conceitos
subjacentes. Isto é particularmente importante porque a CIF, sendo uma classificação escrita, será
traduzida em várias línguas. Além de uma compreensão comum dos conceitos, é essencial
também chegar a um acordo sobre o termo que melhor reflecte o conteúdo em cada idioma. Pode
haver várias alternativas, e as decisões devem ser tomadas com base na precisão, aceitabilidade e
utilidade geral. Assim, espera-se que a CIF seja útil e ao mesmo tempo clara.
Tendo em mente este objectivo, apresentam-se precisões sobre alguns termos utilizados na CIF :
Bem estar é um termo geral que engloba o universo total dos domínios da vida humana, incluindo
os aspectos físicos, mentais e sociais, que compõem o que pode ser chamado de uma “vida boa”.
Os domínios da saúde são um subconjunto dos domínios que compõem o universo total da vida
humana. Esta relação é apresentada no seguinte diagrama que representa o bem estar:
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 1
Fig. 1 O universo do bem estar
Estados de saúde e domínios de saúde: Um estado de saúde é o nível de funcionalidade dentro de
um determinado domínio de saúde da CIF. Os domínios de saúde designam sectores da vida
interpretados como estando incluídos na noção de “saúde”, tais como, os que, em termos dos
sistemas de saúde, podem ser definidos como a principal responsabilidade do sistema de saúde. A
CIF não determina um limite fixo entre os domínios da saúde e os domínios relacionados com a
saúde. Pode haver uma zona cinzenta dependente das diferenças na conceptualização dos
elementos da saúde e dos elementos relacionados com a saúde pelo que eles podem ser
localizados dentro dos domínios da CIF.
Estados relacionados com a saúde e domínios relacionados com a saúde: Um estado
relacionado com a saúde é o nível de funcionalidade dentro de um dado domínio da CIF
relacionado com a saúde. Os domínios relacionados com a saúde são aquelas áreas de
funcionalidade que, embora tenham uma forte relação com uma condição de saúde, não são
claramente uma responsabilidade principal do sistema de saúde, mas sim de outros sistemas que
contribuem para o bem estar geral. A CIF cobre apenas aqueles domínios do bem estar
relacionados com a saúde.
Condição de saúde é um termo genérico ("chapéu") para doenças (agudas ou crónicas),
perturbações, lesões ou traumatismos. Uma condição de saúde pode incluir também outras
circunstâncias como gravidez, envelhecimento, stresse, anomalia congénita, ou predisposição
genética. As condições de saúde são codificadas usando a CID-10.
Funcionalidade é um termo genérico ("chapéu") para as funções do corpo, estruturas do corpo,
actividades e participação. Ele indica os aspectos positivos da interacção entre um indivíduo (com
uma condição de saúde) e os seus factores contextuais ( ambientais e pessoais).
Incapacidade é um termo genérico ("chapéu") para deficiências, limitações de actividade e
restrições na participação. Ele indica os aspectos negativos da interacção entre um indivíduo (com
uma condição de saúde) e seus factores contextuais (ambientais e pessoais).
Funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos, incluindo as funções
psicológicas. “Corpo” refere-se ao organismo humano como um todo e, portanto, inclui o cérebro.
Assim, as funções mentais (ou psicológicas) são consideradas parte das funções do corpo. O
padrão para essas funções é a norma estatística para a população humana.
Bem estar:
outros domínios
• Educação
• Emprego
• Ambiente
• Etc.
Bem estar:
domínios da saúde
• Ver
• Falar
• Memorizar
• Etc.
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 2
Estruturas do corpo são as partes estruturais ou anatómicas do corpo, tais como órgãos, membros
e seus componentes classificados de acordo com os sistemas orgânicos. O padrão para essas
estruturas é a norma estatística para a população humana.
Deficiência é uma perda ou anormalidade de uma estrutura do corpo ou de uma função fisiológica
(incluindo funções mentais). Na CIF, o termo anormalidade refere-se estritamente a uma variação
significativa das normas estatisticamente estabelecidas (i.e. como um desvio de uma média na
população obtida usando normas padronizadas de medida) e deve ser utilizado apenas neste
sentido.
Actividade é a execução de uma tarefa ou acção por um indivíduo. Ela representa a perspectiva
individual da funcionalidade.
Limitações de actividade18são dificuldades que um indivíduo pode ter na execução das
actividades. Uma limitação de actividade pode variar de um desvio leve a grave em termos da
quantidade ou da qualidade na execução da actividade comparada com a maneira ou a extensão
esperada em pessoas sem essa condição de saúde.
Participação é o envolvimento de um indivíduo numa situação da vida real. Ela representa a
perspectiva social da funcionalidade.
Restrições de participação19 são problemas que um indivíduo pode enfrentar quando está
envolvido em situações da vida real. A presença da restrição de participação é determinada pela
comparação entre a participação individual com aquela esperada de um indivíduo sem deficiência
naquela cultura ou sociedade.
Factores contextuais são os factores que, em conjunto, constituem o contexto completo da vida
de um indivíduo e, em particular, a base sobre a qual os estados de saúde são classificados na CIF.
Há dois componentes dos factores contextuais: Factores Ambientais e Factores Pessoais.
Factores ambientais constituem um componente da CIF e referem-se a todos os aspectos do
mundo externo ou extrínseco que formam o contexto da vida de um indivíduo e, como tal, têm um
impacto sobre a funcionalidade dessa pessoa. Os factores ambientais incluem o mundo físico e as
suas características, o mundo físico criado pelo homem, as outras pessoas em diferentes
relacionamentos e papéis, as atitudes e os valores, os serviços e os sistemas sociais, as políticas, as
regras e as leis.
Factores pessoais são factores contextuais relacionados com o indivíduo, tais como, idade, sexo,
nível social, experiências da vida, etc., que não são classificados na CIF, mas que os utilizadores
podem incorporar nas suas aplicações da classificação.
Facilitadores são factores ambientais que, através da sua ausência ou presença, melhoram a
funcionalidade e reduzem a incapacidade de uma pessoa. Estes factores incluem aspectos como
um ambiente físico acessível, disponibilidade de tecnologia de assistência apropriada, atitudes
positivas das pessoas em relação à incapacidade, bem como serviços, sistemas e políticas que
visam aumentar o envolvimento de todas as pessoas com uma condição de saúde em todas as
áreas da vida. A ausência de um factor também pode ser um facilitador, por exemplo, a ausência
de estigma ou de atitudes negativas. Os facilitadores podem impedir que uma deficiência ou
limitação de actividade se transforme numa restrição de participação, já que o desempenho real de
uma acção é melhorado, apesar do problema da pessoa relacionado com a capacidade.
18 “Limitação de actividade” substitui o termo “incapacidade” utilizado na versão de 1980 da ICIDH.
19 “Restrição de participação” substitui o termo “desvantagem” utilizado na versão de 1980 da ICIDH.
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 3
Barreiras são factores ambientais que, através da sua ausência ou presença, limitam a
funcionalidade e provocam incapacidade. Estes factores incluem aspectos como um ambiente
físico inacessível, falta de tecnologia de assistência apropriada, atitudes negativas das pessoas em
relação à incapacidade, bem como serviços, sistemas e políticas inexistentes ou que dificultam o
envolvimento de todas as pessoas com uma condição de saúde em todas as áreas da vida.
Capacidade é um constructo que indica, como qualificador, o nível máximo possível de
funcionalidade que uma pessoa pode atingir, num dado momento, em algum dos domínios
incluídos em Actividades e Participação. A capacidade é medida num ambiente uniforme ou
padrão reflectindo assim a capacidade do indivíduo ajustada para o ambiente. O componente dos
Factores Ambientais pode ser utilizado para descrever as características deste ambiente uniforme
ou padrão.
Desempenho é um constructo que descreve, como qualificador, o que os indivíduos fazem no seu
ambiente habitual incluindo assim o aspecto do envolvimento de uma pessoa nas situações da
vida. O ambiente habitual também é descrito através do componente Factores Ambientais.
17 4
Fig. 2 Estrutura da CIF
Classificação
Partes
Componentes
Constructos/qualificadores
Domínios e categorias
a diferentes níveis
CIF
Parte 2
Factores
Parte 2
Factores Contextuais
Parte 1
Funcionalidade e Incapacidade
Factores
Ambientais
Nível
dos itens
- 1º
- 2º
- 3º e 4º
Nível
dos itens
- 1º
- 2º
- 3º e 4º
Nível
dos itens
- 1º
- 2º
- 3º e 4º
Nível
dos itens
- 1º
- 2º
- 3º e 4º
Nível
dos itens
- 1º
- 2º
- 3º e 4º
Capacidade Facilitador/
Desempenho /Barreira Mudança na
Estrutura do Corpo
Mudança de
Funções do Corpo
Factores
Pessoais
Actividade
e Participação
Funções e
Estruturas do Corpo
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 5
2. A CIF como classificação
Para compreender globalmente a classificação CIF, é importante compreender a sua estrutura. Isto
reflecte-se nas definições dos seguintes termos e é ilustrado na Fig. 2.
Classificação corresponde à estrutura geral e ao universo da CIF. Na hierarquia, este é o termo
mais elevado.
Partes da classificação correspondem a cada uma das duas subdivisões da classificação.
• Parte 1 engloba Funcionalidade e Incapacidade
• Parte 2 engloba Factores Contextuais
Componentes são cada uma das duas subdivisões principais das partes.
Os componentes da Parte 1 são:
• Funções e Estruturas do Corpo
• Actividades e Participação.
Os componentes da Parte 2 são:
• Factores Ambientais
• Factores Pessoais (não classificados na CIF).
Constructos são definidos através do uso dos qualificadores com códigos relevantes.
Há quatro constructos para a Parte 1 e um para a Parte 2.
Para a Parte 1, os constructos são:
• Mudanças nas funções do corpo (orgânicas)
• Mudanças na estrutura do corpo (anatómicas)
• Capacidade
• Desempenho
Para Parte 2, o constructo é:
• Facilitadores ou barreiras em factores ambientais
Domínios são conjuntos práticos e lógicos de funções fisiológicas relacionadas, de estruturas
anatómicas, de acções, tarefas ou áreas da vida. Os domínios compõem os diferentes capítulos e
blocos dentro de cada componente.
Categorias são classes e subclasses dentro do domínio de um componente, i.e., unidades de
classificação.
Níveis compõem a ordem hierárquica e fornecem indicações até ao nível de detalhe das categorias
(i.e. nível de detalhe dos domínios e das categorias). O primeiro nível engloba todos os itens do
segundo nível e assim sucessivamente.
3. Definições das categorias da CIF
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 6
As definições são afirmações que especificam os atributos essenciais (i.e. qualidades,
propriedades ou relações) do conceito designado pela categoria. Uma definição estabelece que
tipo de coisa ou de fenómeno é designado pelo termo e, operacionalmente, indica como ele difere
de outras coisas ou fenómenos relacionados.
Durante a construção das definições das categorias da CIF, foram consideradas as seguintes
características ideais das definições operacionais, incluindo inclui e exclui:
• As definições devem ter um significado e ser consistentes do ponto de vista lógico.
• Elas devem identificar unicamente o conceito pretendido pela categoria.
• Elas devem apresentar os atributos essenciais do conceito – tanto na intenção (o que o
conceito significa intrinsecamente) como na extensão (a que objectos ou fenómenos ela
se refere).
• Elas devem ser precisas, sem ambiguidades, e devem englobar o significado do termo na
sua totalidade.
• Elas devem ser expressas em termos operacionais (e.g. em termos da gravidade, duração,
importância relativa e possíveis associações).
• Elas devem evitar a circularidade, i.e., o próprio termo, ou qualquer sinónimo, não deve
aparecer na definição que também não deve incluir um termo definido noutro local em
que se utiliza o primeiro termo na sua definição.
• Quando apropriado, elas devem referir-se a possíveis factores etiológicos ou interactivos.
• Elas devem-se ajustar aos termos das categorias superiores (e.g. um termo do terceiro
nível deve incluir as características gerais da categoria de segundo nível à qual pertence).
• Elas devem ser consistentes com os atributos dos termos subordinados (e.g. os atributos
do segundo nível não devem contradizer os termos do terceiro nível subjacente).
• Elas devem ser concretas, operacionais devendo-se evitar o sentido figurado ou as
metáforas.
• Elas devem conter formulações empíricas que sejam observáveis, testáveis ou dedutíveis
por meios indirectos.
• Elas devem ser formuladas, sempre que possível, em termos neutros sem conotações
negativas desnecessárias.
• Elas devem ser concisas, evitando-se, sempre que possível, os termos técnicos (com
excepção de alguns termos das Funções e Estruturas do Corpo).
• Elas devem conter inclui que forneçam sinónimos e exemplos que levem em
consideração a variação e as diferenças culturais ao longo da vida.
• Elas devem conter exclui que alertem os utilizadores para possíveis confusões com
termos relacionados.
4. Nota adicional sobre a terminologia
A base da terminologia de qualquer classificação está na distinção fundamental entre os
fenómenos que estão sendo classificados e a própria estrutura da classificação. Em geral, é
importante distinguir entre o mundo e os termos que utilizamos para descrevê-lo. Por exemplo, os
termos ‘dimensão’ ou ‘domínio’ podem ser definidos precisamente para se referir ao mundo real e
‘componente’ e ‘categoria’ definidos para se referir apenas à classificação.
CIF Questões de Taxonomia e de Terminologia
17 7
Ao mesmo tempo, há uma correspondência (i.e. uma função de compatibilidade) entre esses
termos e há a possibilidade de um grande número de utilizadores poder utilizar esses termos
indistintamente. Em situações de maior exigência, por exemplo, na criação de bases de dados ou
na investigação, é essencial que os utilizadores identifiquem separadamente, e com uma
terminologia claramente distinta, os elementos do modelo conceptual e os da estrutura da
classificação. Todavia, chegou-se à conclusão de que a precisão e a pureza alcançadas com este
tipo de abordagem não valem o preço pago, pois um tal nível de abstracção vai diminuir a
utilidade da CIF e, o que é mais importante, restringir o leque de potenciais utilizadores desta
classificação.
CIF Guia para a Codificação pela CIF
17 8
Anexo 2
Guia para a codificação pela CIF
A CIF tem por objectivo a codificação de diferentes estados de saúde e de estados relacionados
com a saúde.20 Recomenda-se vivamente aos utilizadores para ler a Introdução à CIF antes de
estudar as normas e as regras de codificação. Além disso, recomenda-se também que os
utilizadores recebam acções de formação sobre a utilização da classificação através da OMS e da
sua rede de centros colaboradores.
Apresentam-se a seguir as características da classificação que são importantes para a sua
utilização:
1. Organização e estrutura
Partes da Classificação
A CIF está organizada em duas partes.
A Parte 1 é composta pelos seguintes componentes:
• Funções do Corpo e Estruturas do Corpo
• Actividades e Participação
A Parte 2 é composta pelos seguintes componentes:
• Factores Ambientais
• Factores Pessoais (actualmente não classificados na CIF).
Esses componentes são identificados por prefixos em cada código.
• b (de body) para Funções do Corpo
• s (de structure) para Estruturas do Corpo
• d (de domain) para Actividades e Participação
• e (de environment) para Factores Ambientais
O prefixo d indica os domínios dentro do componente de Actividades e Participação. Segundo o
critério do utilizador, o prefixo d pode ser substituído por a ou p, para designar actividades e
participação respectivamente.
As letras b, s, d e e são seguidas por um código numérico iniciado pelo número do capítulo (um
dígito), seguido pelo segundo nível (dois dígitos) e o terceiro e quarto níveis21 (um dígito cada).
Por exemplo, na classificação das Funções do Corpo existem os seguintes códigos:
20 A doença em si não deve ser codificada. Isto pode ser feito utilizando-se a Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, Décima Revisão (CID-10), que é uma
classificação elaborada para permitir o registo sistemático, a análise, a interpretação e a comparação dos
dados de mortalidade e morbilidade baseados nos diagnósticos de doenças e outros problemas de saúde. Os
utilizadores da CIF são estimulados a utilizar essa classificação em conjunto com a CID-10 (ver página 3 da
Introdução referente à sobreposição entre as classificações).
21 Apenas as classificações das Funções do Corpo e das Estruturas do Corpo contêm itens de nível quatro.
CIF Guia para a Codificação pela CIF
17 9
b2 Funções sensoriais e dor (item do primeiro nível)
b210 Funções visuais (item do segundo nível)
b2102 Qualidade da visão (item do terceiro nível)
b21022 Sensibilidade ao contraste (item do quarto nível)
Dependendo das necessidades do utilizador, em cada nível pode empregar-se um qualquer número
de códigos aplicáveis nesse nível. Pode ser utilizado mais de um código em cada nível para
descrever uma situação de um indivíduo. Os códigos podem ser independentes ou interrelacionados.
Na CIF, o estado de saúde da pessoa pode receber uma gama de códigos através dos domínios dos
componentes da classificação. O número máximo de códigos disponível para cada aplicação é de
34 ao nível do capítulo (8 códigos de funções do corpo, 8 de estruturas do corpo, 9 de
desempenho e 9 de capacidade), e 362 no segundo nível. No terceiro e quarto níveis, há até 1424
códigos disponíveis que, em conjunto, constituem a versão completa da classificação. Nas
aplicações práticas da CIF, um conjunto de 3 a 18 códigos pode ser adequado para descrever um
caso com uma precisão de nível dois (três dígitos). Em geral, a versão mais detalhada de quatro
níveis destina-se aos serviços especializados (e.g., resultados de reabilitação, geriatria ou saúde
mental), enquanto que a classificação de nível dois pode ser utilizada em inquéritos e na avaliação
dos resultados de saúde obtidos.
Os domínios devem ser codificados em função da situação do indivíduo num dado momento (i.e.
como uma foto instantânea), que corresponde à modalidade de utilização por defeito. No entanto,
a sua utilização ao longo do tempo também é possível para descrever uma evolução temporal de
uma situação ou de um processo. Neste caso, os utilizadores devem indicar como codificaram e
durante quanto tempo.
Capítulos
Cada componente da classificação é organizado em capítulos e domínios, que incluem categorias
comuns ou itens específicos. Por exemplo, na classificação das Funções do Corpo, o Capítulo 1
trata de todas as funções mentais.
Agrupamentos
Os capítulos são, com frequência, subdivididos em “blocos” de categorias denominados
agrupamentos. Por exemplo, no Capítulo 3 da classificação de Actividades e Participação
(Comunicação), há três blocos: Comunicar e receber mensagens (d310-d329), Comunicar e
produzir mensagens (d330-d349) e Conversação e utilização de dispositivos e técnicas de
comunicação (d350-d369). Os agrupamentos existem para facilitar o trabalho do utilizador e,
regra geral, não são utilizados para codificação.
Categorias
Em cada capítulo, há categorias individuais de dois, três ou quatro níveis, cada uma com uma
breve definição e com inclusões e exclusões adequadas para ajudar na selecção do código
apropriado.
Definições
A CIF fornece definições operacionais das categorias de saúde ou relacionadas com a saúde, por
oposição às definições “vernáculas” ou utilizadas por leigos. Essas definições descrevem os
atributos essenciais de cada domínio (e.g. qualidades, propriedades e relações) e contêm
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 0
informações sobre o que é incluído e excluído em cada categoria. As definições também contêm
pontos de referência geralmente utilizados em avaliação, em inquéritos e questionários ou,
alternativamente, em instrumentos de avaliação de resultados codificados segundo a CIF. Por
exemplo, as funções de acuidade visual são definidas em termos da acuidade monocular e
binocular na visão ao perto e ao longe de maneira que a gravidade da dificuldade da acuidade
visual possa ser codificada como nenhuma, leve, moderada, grave ou total.
Termos de inclusão
Os termos de inclusão estão enumerados após a definição de muitas categorias. Eles são incluídos
como uma orientação em relação ao conteúdo da categoria e a lista não pretende ser exaustiva. No
caso dos itens de segundo nível, as inclusões cobrem de maneira implícita todos os itens de
terceiro nível.
Termos de exclusão
Os termos de exclusão são fornecidos onde, devido à semelhança com outro termo, a aplicação
possa ser difícil. Por exemplo, poderia ser considerado que a categoria “Excreção” inclui a
categoria “Cuidar de partes do corpo”. No entanto, para distinguir as duas, “Excreção” é excluída
da categoria d520 “Cuidar de partes do corpo” é codificado em d530.
Outro especificado
No final de cada grupo de itens de terceiro e quatro níveis e, no final de cada capítulo, estão as
categorias “outro especificado” (identificadas pelo código com final 8). Elas permitem a
codificação de aspectos da funcionalidade que não estão incluídos em nenhuma das outras
categorias específicas. Quando se emprega “outro especificado”, o utilizador deve precisar o novo
item numa lista adicional.
Não especificado
As últimas categorias de cada conjunto de itens de terceiro e quarto níveis, e no final de cada
capítulo, são categorias “não especificado” que permitem a codificação de funções que se ajustam
a um grupo, mas para as quais as informações não são suficientes para permitir a designação de
uma categoria mais específica. Esse código tem o mesmo significado que o termo de segundo ou
terceiro nível imediatamente acima, sem qualquer informação adicional (para os agrupamentos, as
categorias “outro especificado” e “não especificado” são unidas num único item, mas sempre
identificadas com um código de final 9).
Qualificadores
Os códigos da CIF requerem o uso de um ou mais qualificadores que indicam, por exemplo, a
magnitude do nível de saúde ou a gravidade do problema. Os qualificadores são codificados
usando um, dois ou mais dígitos após um ponto. A utilização de qualquer código deve vir
acompanhada de, pelo menos, um qualificador. Sem qualificadores, os códigos não têm
significado (por definição, a OMS interpreta códigos incompletos como a ausência de problema –
xxx.00).
O primeiro qualificador para as Funções e as Estruturas do Corpo, os qualificadores de
desempenho e capacidade para as Actividades e a Participação, e o primeiro qualificador para os
Factores Ambientais descrevem a extensão dos problemas no respectivo componente.
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 1
Todos os componentes são quantificados através da mesma escala genérica. Ter um problema
pode significar uma deficiência, limitação, restrição ou barreira, dependendo do constructo. As
palavras de qualificação apropriadas, como se indica nos parênteses abaixo, devem ser escolhidas
de acordo com o domínio de classificação relevante (xxx precede o dígito dado ao domínio de
segundo nível):
xxx.0 NÃO há problema (nenhum, ausente, insignificante) 0-4%
xxx.1 Problema LIGEIRO (leve, pequeno, ...) 5-24%
xxx.2 Problema MODERADO (médio, regular, ...) 25-49%
xxx.3 Problema GRAVE (grande, extremo, ...) 50-95%
xxx.4 Problema COMPLETO (total, ....) 96-100%
xxx.8 não especificado
xxx.9 não aplicável
Estão disponíveis amplas classes de percentagens para aqueles casos em que se usam
instrumentos de medida calibrados ou outras normas para quantificar a deficiência, limitação de
capacidade, problema de desempenho ou barreira/facilitador ambiental. Por exemplo, a
codificação de "nenhum problema" ou "problema completo" pode ter uma margem de erro até
5%. Um "problema moderado" é, em geral, quantificado a meio da escala de dificuldade total
(problema completo). As percentagens devem ser calibradas em domínios diferentes tendo como
referência os valores padrão da população em percentis. Para que essa quantificação possa ser
utilizada de maneira universal, os processos de avaliação devem ser desenvolvidos através de
pesquisas.
No caso do componente Factores Ambientais, o primeiro qualificador também pode ser utilizado
para indicar a extensão de aspectos positivos do ambiente, ou facilitadores. Para designar os
facilitadores pode ser utilizada a mesma escala 0-4, mas o ponto é substituído por um sinal de +:
e.g. e110+2. Os factores ambientais podem ser codificados (i) em relação a cada componente; ou
(ii) sem relação com cada componente (ver secção 3 a seguir ). A primeira opção é preferível já
que ela identifica mais claramente o impacto e a atribuição.
Qualificadores adicionais
Para utilizadores diferentes, pode ser apropriado e útil acrescentar outros tipos de informações à
codificação de cada item. Há uma variedade de qualificadores suplementares que podem ser úteis,
como mencionado mais adiante.
Codificação de aspectos positivos
Segundo o critério do utilizador, podem ser desenvolvidas escalas de codificação para indicar os
aspectos positivos da funcionalidade:
Positivo Negativo
Funções do Corpo Deficiência
Positivo Negativo
Actividade Limitação da actividade
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 2
Positivo Negativo
Participação Limitação da participação
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 3
2. Regras gerais de codificação
As regras seguintes são essenciais para obter informação válida para as diferentes utilizações da
classificação.
Selecção de um conjunto de códigos para formar um perfil individual
A CIF classifica estados de saúde e estados relacionados com a saúde e, portanto, obriga a atribuir
uma série de códigos que descrevam, da melhor maneira possível, o perfil da funcionalidade de
uma pessoa. A CIF não é uma “classificação de eventos” como a CID-10, em que uma condição
de saúde específica é classificada com um único código. Como a funcionalidade de uma pessoa
pode ser afectada a nível do corpo e a nível individual e social, o utilizador deve sempre
considerar todos os componentes da classificação, a saber, Funções e Estruturas do Corpo,
Actividades e Participação, Factores Ambientais. Como é muito pouco provável esperar que todos
os códigos possíveis sejam utilizados em cada contacto, os utilizadores, para descrever uma dada
experiência de saúde, seleccionarão os códigos mais relevantes de acordo com as circunstâncias
em que se verificar o contacto.
Codificação de informações relevantes
As informações são sempre codificadas no contexto de uma condição de saúde. Embora a
utilização dos códigos não seja necessária para traçar as ligações entre a condição de saúde e os
aspectos da funcionalidade e da incapacidade que são codificados, a CIF é uma classificação de
saúde e assim, ela pressupõe a presença de uma condição de saúde de algum tipo. Portanto, as
informações sobre o que uma pessoa faz ou escolhe não fazer não estão relacionadas com um
problema de funcionalidade associado a uma condição de saúde e não devem ser codificadas. Por
exemplo, se uma pessoa decide não iniciar novos relacionamentos com os seus vizinhos por
motivos alheios à sua saúde, então não é apropriado utilizar a categoria d7200 que inclui as acções
ao estabelecer relacionamentos. Inversamente, se a decisão da pessoa está relacionada com uma
condição de saúde (e.g. depressão), então o código deve ser aplicado.
Não estão codificadas actualmente na CIF as informações que reflectem o sentimento de
envolvimento ou satisfação da pessoa com o nível de funcionalidade. A realização de estudos e
pesquisas poderá fornecer outros qualificadores adicionais que permitam a codificação dessas
informações.
Apenas devem ser codificados aqueles aspectos da funcionalidade da pessoa relevantes para um
período de tempo pré-definido. Não devem ser registadas as funções relacionadas com um
contacto anterior e que não tenham significado no encontro actual.
Codificação de informações explícitas
Quando o utilizador atribui um código, não deve fazer deduções sobre a inter-relação entre uma
deficiência das funções do corpo, uma limitação de actividade ou uma restrição de participação.
Por exemplo, se uma pessoa tem uma limitação na funcionalidade relacionada com a sua
deslocação, não se justifica pressupor que ela tenha uma deficiência das funções do movimento.
Do mesmo modo, o facto de uma pessoa ter uma capacidade limitada para se deslocar não implica
que ela tenha um problema de desempenho ao deslocar-se. O utilizador deve obter,
separadamente, informações explícitas, sobre as Funções e Estruturas do Corpo e sobre a
capacidade e o desempenho (em alguns casos, como por exemplo, nas funções mentais, é
necessário proceder a outras observações já que a função em questão não é directamente
observável).
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 4
Codificação de informações específicas
Os estados de saúde e aqueles relacionados com a saúde devem ser registados o mais
especificamente possível, através da atribuição da categoria CIF mais apropriada. Por exemplo, o
código mais específico para uma pessoa com cegueira nocturna é b21020 “Sensibilidade à luz”.
Se, no entanto, por algum motivo, este nível de detalhe não puder ser aplicado, pode ser utilizado
o código correspondente “ascendente ” na hierarquia (neste caso, b2102 Qualidade da visão, b210
Funções da visão ou b2 Funções sensoriais e dor).
Para identificar o código apropriado de maneira fácil e rápida, recomenda-se vivamente a
utilização do Browser22 da CIF, que contém um dispositivo de busca com um índice electrónico
da versão completa da classificação. Em alternativa, pode ser utilizado o índice alfabético.
3. Convenções para a codificação dos Factores Ambientais
Para a codificação dos factores ambientais, podem ser utilizadas três convenções de codificação:
Convenção 1
Os factores ambientais são codificados independentemente, sem relacionar esses códigos com as
funções orgânicas, com estruturas anatómicas ou com actividades e participação.
Funções do corpo __________________
Estruturas do corpo __________________
Actividades e Participação __________________
Ambiente __________________
Convenção 2
Os factores ambientais são codificados para todos os componentes.
Funções do corpo __________ Código E __________
Estruturas do corpo __________ Código E __________
Actividades e Participação __________ Código E___________
Convenção 3
Os factores ambientais são codificados em todos os itens, usando os códigos dos qualificadores de
capacidade e desempenho no componente Actividades e Participação.
Qualificador de desempenho __________ Código E __________________
Qualificador de capacidade __________ Código E __________________
4. Regras de codificação específicas para os componentes
4.1 Codificação das funções do corpo
Definições
22 O Browser da CIF em diferentes idiomas pode ser obtido do website da CIF:
http://www.who.int/classification/icf
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 5
As funções do corpo (ou funções orgânicas) são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos
(incluindo as funções psicológicas). As deficiências são problemas nas funções ou estruturas do
corpo, tais como, um desvio ou perda significativos.
Utilização do qualificador para as funções do corpo
As funções do corpo são codificadas com um qualificador que indica a extensão ou magnitude da
deficiência. A presença de uma deficiência pode ser identificada como uma perda ou falta, uma
redução, uma adição ou um excesso, ou um desvio.
A deficiência de uma pessoa com hemiparesia pode ser descrita com o código b7302 "Força dos
músculos de um lado do corpo":
Extensão da deficiência (primeiro qualificador)

b7302._
Quando há uma deficiência, ela pode ser classificada segundo a gravidade utilizando-se o
qualificador genérico. Por exemplo:
b7302.1 Deficiência LIGEIRA da força dos músculos de um lado do corpo (5-24%)
b7302.2 Deficiência MODERADA da força dos músculos de um lado do corpo (25-49%)
b7302.3 Deficiência GRAVE da força dos músculos de um lado do corpo (50-95%)
b7302.4 Deficiência COMPLETA da força dos músculos de um lado do corpo (96-100%)
A ausência de uma deficiência (de acordo com um valor mínimo pré-definido) é indicada pelo
valor “0” do qualificador genérico. Por exemplo:
b7302.0 NENHUMA deficiência da força dos músculos de um lado do corpo
Deve ser utilizado o valor "8" sempre que não houver informações suficientes para especificar a
gravidade da deficiência. Por exemplo, se o histórico de saúde de uma pessoa indicar que está
sofrendo de fraqueza do lado direito do corpo, sem fornecer detalhes adicionais, então pode ser
aplicado o seguinte código:
b7302.8 Deficiência da força dos músculos de um lado do corpo, não
especificada
Pode haver situações em que seja inadequado aplicar um código específico. Por exemplo, o
código b650 "Funções relacionadas com a menstruação" não é aplicável para mulheres antes ou
depois de uma determinada idade (pré-menarca ou pós-menopausa). Para estes casos, é designado
o valor “9”.
b650.9 Funções relacionadas com a menstruação, não aplicável
Correlativos estruturais das funções do corpo
As classificações das Funções do Corpo e das Estruturas do Corpo foram concebidas para
funcionar em paralelo. Quando é utilizado um código de função do corpo, o utilizador deve
verificar se o código da estrutura correspondente é aplicável. Por exemplo, as funções orgânicas
incluem sentidos humanos básicos como "Visão e funções relacionadas" - b210-b229 e os seus
correspondentes estruturais situam-se entre s210 e s230 "Olho e estruturas relacionadas".
Inter-relação entre deficiências
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 6
As deficiências podem originar outras deficiências. Por exemplo, um problema de força muscular
pode prejudicar as funções de movimento, as funções cardíacas podem estar relacionadas com as
funções respiratórias, a percepção pode estar relacionada com as funções do pensamento.
Identificação das deficiências nas funções do corpo (orgânicas)
Para aquelas deficiências que nem sempre podem ser observadas directamente (e.g. funções
mentais), o utilizador pode inferir a deficiência a partir da observação do comportamento. Por
exemplo, num cenário clínico, a memória pode ser avaliada através da aplicação de testes
padronizados e, embora não seja possível efectivamente "observar" a função do cérebro, é
razoável presumir, a partir dos resultados dos testes, que as funções da memória estão
prejudicadas.
4.2 Codificação das estruturas do corpo
Definições
As estruturas do corpo são as partes anatómicas do corpo como órgãos, membros e seus
componentes. As deficiências são problemas na função ou estrutura do corpo, tais como, um
desvio ou perda significativos.
Utilização de qualificadores para a codificação de estruturas do corpo
As estruturas do corpo são codificadas com três qualificadores. O primeiro qualificador descreve
a extensão ou grau da deficiência, o segundo qualificador é utilizado para indicar a natureza da
mudança e o terceiro indica a localização da deficiência.
Extensão da deficiência (primeiro qualificador
Natureza da deficiência (segundo qualificador)
↓ ↓ Localização da deficiência (terceiro qualificador)
↓ ↓ ↓
s7300._ _ _
Na Tabela 1 estão indicados os esquemas descritivos utilizados para os três qualificadores.
Tabela 1. Escala dos qualificadores para as estruturas do corpo
Primeiro qualificador
Extensão da deficiência
Segundo qualificador
Natureza da deficiência
Terceiro qualificador
(sugerido)
Localização da deficiência
0 NENHUMA deficiência 0 nenhuma mudança na estrutura 0 mais de uma região
1 Deficiência LIGEIRA 1 ausência total 1 direita
2 Deficiência MODERADA 2 ausência parcial 2 esquerda
3 Deficiência GRAVE 3 parte adicional 3 ambos os lados
4 Deficiência COMPLETA 4 dimensões aberrantes 4 parte anterior
8 não especificada 5 descontinuidade 5 parte posterior
9 não aplicável 6 desvio de posição 6 proximal
7 mudanças qualitativas na estrutura,
incluindo acumulação de fluidos
7 distal
8 não especificada 8 não especificada
9 não aplicável 9 não aplicável
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 7
4.3 Codificação do componente Actividades e Participação
Definições
Actividade é a execução de uma tarefa ou acção por um indivíduo. Participação é o envolvimento
numa situação de vida. Limitações de actividade são dificuldades que um indivíduo pode
encontrar ao executar actividades. Restrições de participação são problemas que um indivíduo
pode experimentar quando se envolve em situações da vida.
As Actividades e a Participação formam uma única lista de domínios.
Utilização dos qualificadores de capacidade e desempenho
Actividades e Participação são codificadas com dois qualificadores: o qualificador de
desempenho, que ocupa a posição do primeiro dígito após o ponto, e o qualificador de capacidade
que ocupa a posição do segundo dígito após o ponto. O código que identifica a categoria da lista
de Actividades e Participação e os dois qualificadores formam a matriz de informação padrão.
Qualificador de desempenho (primeiro qualificador)
↓ Qualificador de capacidade (sem ajuda) (segundo qualificador)
↓ ↓
d4500._ _
Matriz de informação
(padrão)
O qualificador de desempenho descreve o que um indivíduo faz no seu ambiente habitual. Como
o ambiente habitual inclui um contexto social, o desempenho registado por este qualificador pode
ser entendido como "envolvimento numa situação da vida" ou "a experiência vivida" das pessoas
no contexto real em que vivem. Esse contexto inclui os factores ambientais – i.e., todos os
aspectos do mundo físico, social e atitudinal. Estas características do ambiente habitual podem ser
codificadas utilizando-se a classificação dos Factores Ambientais.
O qualificador de capacidade descreve a aptidão de um indivíduo para executar uma tarefa ou
acção. Este constructo visa indicar o nível mais alto provável de funcionalidade que uma pessoa
pode atingir num dado domínio, num dado momento. Para avaliar a capacidade total de um
indivíduo, é necessário ter um ambiente "padronizado" para neutralizar o impacto variável dos
diferentes ambientes sobre a capacidade do indivíduo. Este ambiente padronizado pode ser: (a)
um ambiente real utilizado correntemente para avaliação de capacidade em situações de teste; (b)
nos casos em que isto não for possível, um ambiente considerado como tendo um impacto
uniforme. Esse ambiente pode ser chamado de ambiente "uniforme" ou "padrão". Assim, o
constructo de capacidade reflecte a aptidão do indivíduo ajustada para o ambiente. Este
ajustamento deve ser o mesmo para todas as pessoas e em todos os países para permitir
comparações internacionais. As características do ambiente uniforme ou padrão, para serem
precisas, podem ser codificadas utilizando-se o componente dos Factores Ambientais. A lacuna
entre a capacidade e o desempenho reflecte a diferença entre os impactos dos ambientes habitual e
uniforme, fornecendo assim uma orientação útil sobre o que pode ser feito no ambiente do
indivíduo para melhorar o seu desempenho.
Habitualmente, o qualificador de capacidade sem auxílio é utilizado para descrever a aptidão real
do indivíduo sem a ajuda de um dispositivo de auxílio ou de assistência pessoal. Como o
qualificador de desempenho está relacionado com o ambiente habitual do indivíduo, a presença de
dispositivos de auxílio ou de assistência pessoal ou de barreiras pode ser observada directamente.
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 8
A natureza do facilitador ou da barreira pode ser descrita utilizando-se a classificação dos
Factores Ambientais.
Qualificadores opcionais
Os terceiro e quarto qualificadores, opcionais, proporcionam ao utilizador a possibilidade de
codificar a capacidade com assistência e o desempenho sem auxílio.
Qualificador de desempenho (primeiro qualificador)
↓ Qualificador de capacidade sem auxílio (segundo qualificador)
↓ ↓ Qualificador de capacidade com auxílio (terceiro qualificador)
↓ ↓ ↓ Qualificador de desempenho sem auxílio (quarto qualificador)
↓ ↓ ↓ ↓
d4500. _ _ _ _
Matriz de Opcional
Informação
(padrão)
Qualificadores adicionais
O quinto dígito é reservado para qualificadores que podem ser desenvolvidos no futuro, como um
qualificador para envolvimento ou satisfação subjectiva.
Qualificador de desempenho (primeiro qualificador)
↓ Qualificador de capacidade sem auxílio (segundo qualificador)
↓ ↓ Qualificador de capacidade com auxílio (terceiro qualificador)
↓ ↓ ↓ Qualificador de desempenho sem auxílio (quarto qualificador)
↓ ↓ ↓ ↓ Qualificador adicional (quinto qualificador)
↓ ↓ ↓ ↓ ↓
d4500. _ _ _ _ _
Matriz de infor- Opcional Adicional (em desenvolvimento)
mação (padrão)
Os qualificadores de capacidade e de desempenho podem ainda ser utilizados com e sem
dispositivos de auxílio ou assistência pessoal, e de acordo com a seguinte escala (na qual xxx
significa o número de domínio do segundo nível):
xxx.0 NENHUMA dificuldade
xxx.1 Dificuldade LIGEIRA
xxx.2 Dificuldade MODERADA
xxx.3 Dificuldade GRAVE
xxx.4 Dificuldade COMPLETA
xxx.8 não especificada
xxx.9 não aplicável
Quando se deve usar o qualificador de desempenho e o qualificador de capacidade
Qualquer um dos qualificadores pode ser utilizado para cada uma das categorias das listas. No
entanto, as informações transmitidas são diferentes em cada caso. Quando ambos os
qualificadores são utilizados, o resultado é uma agregação de dois constructos, i.e.:
CIF Guia para a Codificação pela CIF
18 9
d4500. 2 _
d4500.2 1 􀃆
d4500. _ 1
Se apenas um qualificador é utilizado, o espaço não utilizado não deve ser preenchido com .8 ou
.9, mas deve ser deixado em branco, já que estes dois dígitos são valores utilizados na avaliação e
isto implicaria que o qualificador está sendo utilizado.
Exemplos da aplicação dos dois qualificadores
d4500 andar distâncias curtas
Para o qualificador de desempenho, este domínio refere-se a deslocar-se a pé, no ambiente
habitual da pessoa, tal como, sobre diferentes superfícies e condições, com o uso de uma bengala,
andarilho, ou de outra tecnologia de auxílio, por distâncias menores que 1 km. Por exemplo, o
desempenho de uma pessoa que perdeu a perna num acidente de trabalho e, desde então, utiliza
uma bengala mas enfrenta dificuldades moderadas para se movimentar porque os passeios na
vizinhança são muito inclinados e têm um piso muito escorregadio, pode ser codificado como:
d4500. 3 _ restrição moderada no desempenho de andar distâncias curtas
Para o qualificador de capacidade, este domínio refere-se à capacidade de um indivíduo se mover
sem auxílio. Para neutralizar o impacto variável dos diferentes ambientes, a capacidade pode ser
avaliada num ambiente "padronizado". Esse ambiente padronizado pode ser: (a) um ambiente real
utilizado habitualmente para avaliação de capacidade em situações de teste; (b) nos casos em que
isto não for possível, um ambiente considerado como tendo um impacto uniforme. Por exemplo, a
capacidade real da pessoa acima mencionada de andar sem bengala num ambiente padronizado
(como por exemplo, com superfície lisa e não escorregadia) será muito limitada. Portanto, a
capacidade da pessoa pode ser codificada como segue:
d4500. _ 3 limitação grave de capacidade para andar distâncias curtas
Os utilizadores quando usam o qualificador de desempenho ou de capacidade e desejam
especificar o ambiente habitual ou o padronizado devem utilizar a classificação de Factores
Ambientais (ver convenção de codificação 3 para Factores Ambientais na secção 3 )
4.4 Codificação de factores ambientais
Definições
Os Factores Ambientais compõem o ambiente físico, social e atitudinal em que as pessoas vivem
e conduzem sua vida.
Utilização dos Factores Ambientais
Os Factores Ambientais são um componente da Parte 2 (Factores Contextuais) da classificação.
Os factores ambientais devem ser considerados para cada componente da funcionalidade e
codificados de acordo com uma das três convenções descritas na secção 3 .
CIF Guia para a Codificação pela CIF
19 0
Os factores ambientais devem ser codificados sob a perspectiva da pessoa cuja situação está sendo
descrita. Por exemplo, as rampas com piso liso podem ser codificadas como um facilitador para
uma pessoa em cadeira de rodas, mas como uma barreira para um invisual.
O qualificador indica até que ponto um factor é um facilitador ou uma barreira. Há vários motivos
pelos quais um factor ambiental pode ser um facilitador ou uma barreira, e em que medida. No
caso dos facilitadores, o avaliador deve ter em mente questões como a disponibilidade de um
recurso, se o acesso está garantido ou é variável, se é de boa ou de má qualidade e assim por
diante. No caso de barreiras, pode ser relevante saber com que frequência um factor limita a
pessoa, se a dificuldade é grande ou pequena, evitável ou não. Deve-se ter em mente também que
um factor ambiental pode ser uma barreira tanto pela sua presença (por exemplo, atitudes
negativas em relação a pessoas com incapacidades) quanto pela sua ausência (por exemplo, não
dispor de um serviço necessário). Os efeitos que os factores ambientais têm sobre a vida das
pessoas com condições de saúde são variados e complexos, e espera-se que as pesquisas futuras
levem a uma melhor compreensão desta interacção e, possivelmente, indiquem a utilidade de um
segundo qualificador para esses factores.
Em alguns casos, um conjunto diverso de factores ambientais é resumido por um único termo
como pobreza, desenvolvimento, contexto urbano ou rural, ou capital social. Esses termos que
resumem muitas características não são encontrados na classificação. De facto, o utilizador
deve separar os factores que os compõem e codificá-los. Mais uma vez se constata a
necessidade de realizar pesquisas adicionais para determinar se há conjuntos consistentes
e claros de factores ambientais que compõem cada um desses termos.
Primeiro qualificador
Abaixo, incluímos a escala positiva e negativa que indica a extensão em que um factor
ambiental age como barreira ou facilitador. A utilização de um ponto sozinho denota
barreira enquanto que a utilização do sinal + denota um facilitador como indicado abaixo:
xxx.0 NENHUM o xxx+0 NENHUM Facilitador
xxx.1 Barreira LIGEIRA xxx+1 Facilitador LIGEIRO
xxx.2 Barreira MODERADA xxx+2 Facilitador MODERADO
xxx.3 Barreira GRAVE xxx+3 Facilitador SUBSTANCIAL
xxx.4 Barreira COMPLETA xxx+4 Facilitador COMPLETO
xxx.8 barreira, não especificada xxx+8 facilitador, não especificado
xxx.9 não aplicável xxx.9 não aplicável
CIF Utilizações possíveis da lista de Actividades e Participação
19 1
Anexo 3
Utilizações possíveis da lista de Actividades e Participação
O componente de Actividades e Participação é uma lista neutra de domínios que indica várias
acções e áreas da vida. Cada domínio contém categorias em diferentes níveis ordenados do geral
ao mais detalhado (e.g. o domínio Mobilidade, Capítulo 4, contém categorias como d450
"Andar" e sob ela o item mais específico d4500 "Andar distâncias curtas"). A lista dos domínios
de actividade e participação cobre a gama completa da funcionalidade, que pode ser codificada a
nível individual e social.
Como indicado na Introdução, essa lista pode ser utilizada de diferentes maneiras para indicar as
noções específicas de “Actividades” e “Participação”, definidas na CIF como segue:
No contexto de saúde:
Actividade é a execução de uma tarefa ou de uma acção por um indivíduo.
Participação é o envolvimento numa situação da vida real.
Há quatro opções alternativas para estruturar a relação entre actividades (a) e participação (p) em
termos da lista de domínios:
(1) Grupos distintos de domínios de actividades e domínios de participação (sem
sobreposição)
Um determinado grupo de categorias é codificado apenas como actividades (i.e. tarefas ou acções
que um indivíduo faz) e outro grupo apenas como participação (i.e. envolvimento em situações da
vida). Os dois grupos, contudo, são mutuamente exclusivos.
Nesta opção, os conjuntos das categorias de actividade e das categorias de participação são
determinados pelo utilizador. Cada categoria é um item de actividade ou de participação, mas não
ambos. Por exemplo, os domínios podem ser divididos conforme segue:
a1 Aprendizagem e aplicação de conhecimentos
a2 Tarefas e requisitos gerais
a3 Comunicação
a4 Mobilidade
p5 Auto cuidados
p6 Vida doméstica
p7 Interacções interpessoais
p8 Áreas principais da vida
p9 Vida comunitária, social e cívica
Codificação a aplicar nesta estrutura
a código de categoria. qp qc (uma categoria considerada como um item de actividades)
p código de categoria. qp qc ( uma categoria considerada como um item de participação)
CIF Utilizações possíveis da lista de Actividades e Participação
19 2
Onde qp = o qualificador de desempenho e qc = o qualificador de capacidade. Se for utilizado o
qualificador de desempenho, a categoria, seja ela um item de actividades ou um item de
participação, é interpretada em termos do constructo de desempenho. Se for utilizado o
qualificador de capacidade, utiliza-se um constructo de capacidade para interpretar a categoria,
independentemente de ser apresentada como um item de actividades ou de participação.
Desta maneira, a opção (1) fornece a matriz de informações completa sem nenhuma redundância
ou sobreposição.
(2) Sobreposição parcial entre os grupos de domínios de actividades e de participação
Nesta alternativa, um grupo de categorias pode ser interpretado como item de actividades e
participação, isto é, a mesma categoria é considerada aberta a uma interpretação individual (i.e.
como uma tarefa ou acção que um indivíduo faz) e social (i.e. envolvimento numa situação da
vida real).
Por exemplo:
a1 Aprendizagem e aplicação de conhecimentos
a2 Tarefas e requisitos gerais
a3 Comunicação p3 Comunicação
a4 Mobilidade p4 Mobilidade
a5 Cuidados pessoais p5 Auto cuidados
a6 Actividades doméstica p6 Actividades doméstica
p7 Interacções interpessoais
p8 Áreas principais da vida
p9 Vida comunitária, social e cívica
Codificação a aplicar nesta estrutura
Há uma restrição na forma de codificação destas categorias para esta estrutura. Não é possível que
uma categoria dentro da “sobreposição” tenha valores diferentes para o mesmo qualificador (ou o
primeiro qualificador é para desempenho ou o segundo para capacidade), e.g.:
a categoria. 1 _ ou a categoria. _ 1
p categoria. 2 p categoria. _ 2
Um utilizador que escolha esta opção acredita que os códigos nas categorias sobrepostas podem
significar coisas diferentes quando elas são codificadas em actividade e não em participação, e
vice-versa. No entanto, só deve ser introduzido um único código na matriz de informações na
coluna do qualificador especificado.
(3) Categorias detalhadas de actividades e categorias amplas de participação, com ou
sem sobreposição
Outra abordagem para aplicar as definições de actividades e participação aos domínios restringe a
participação às categorias mais gerais ou amplas dentro de um domínio (e.g. categorias de
primeiro nível como cabeçalhos de capítulo) e considera as categorias mais detalhadas como
actividades (e.g. categorias de terceiro ou quarto nível). Essa abordagem separa as categorias
dentro de alguns ou de todos os domínios em termos da distinção ampla versus detalhada. O
CIF Utilizações possíveis da lista de Actividades e Participação
19 3
utilizador pode considerar alguns domínios como sendo inteiramente actividades ou inteiramente
participação (i.e. em todos os níveis de detalhe).
Por exemplo, d4550 Gatinhar pode ser interpretado como uma actividade enquanto que d455
Deslocar-se pode ser interpretado como participação.
Há duas maneiras possíveis de se lidar com essa abordagem: (a) não há “sobreposição”, i.e. se um
item é uma actividade, ele não é participação; ou (b) pode haver uma sobreposição, já que alguns
utilizadores podem utilizar toda a lista para actividades e apenas os títulos mais amplos para
participação.
Codificação a aplicar nesta estrutura
Similar à opção (1) ou opção (2).
(4) Utilização dos mesmos domínios tanto para actividades como para participação com
sobreposição total dos domínios.
Nesta opção podem ser considerados quer como actividades, quer como participação, todos os
domínios na lista de Actividades e Participação. Cada categoria pode ser interpretada como
funcionalidade individual (actividade) bem como funcionalidade social (participação).
Por exemplo, d330 Falar, pode ser considerada quer como uma actividade quer como uma
participação. Uma pessoa sem as cordas vocais pode falar utilizando dispositivos de auxílio. De
acordo com as avaliações, utilizando os qualificadores de capacidade e desempenho, essa pessoa
tem:
Primeiro qualificador
Dificuldade moderada de desempenho (talvez por causa de factores contextuais como
stresse pessoal ou as atitudes das outras pessoas) 􀃆 2
Segundo qualificador
Dificuldade grave de capacidade sem dispositivo de auxílio 􀃆 3
Terceiro qualificador
Dificuldade ligeira de capacidade com dispositivo de auxílio 􀃆 1
De acordo com a matriz de informações da CIF, a situação dessa pessoa deve ser codificada
como:
d330.231
De acordo com a opção (4), ela também pode ser codificada como:
a330.231
p330.2
Na opção (4), quando são utilizados os dois qualificadores, de capacidade e de desempenho, há
dois valores para a mesma célula na matriz de informações da CIF: um para actividades e um para
participação. Se esses valores forem iguais, então não há conflito, apenas redundância. No
entanto, no caso de valores diferentes, os utilizadores devem desenvolver uma regra de decisão
quanto ao código a utilizar para a matriz de informações, dado que o estilo oficial de codificação
da OMS é:
CIF Utilizações possíveis da lista de Actividades e Participação
19 4
d categoria qp qc
Uma maneira de evitar esta redundância consiste em considerar o qualificador de capacidade
como actividade e o qualificador de desempenho como participação.
Outra possibilidade é desenvolver qualificadores adicionais para participação que tenham em
consideração o “envolvimento em situações da vida real”.
Espera-se que, com o uso contínuo da CIF e a obtenção de dados empíricos, se torne evidente qual
das opções acima é preferida pelos diferentes utilizadores da classificação. Por outro lado, as
pesquisas empíricas também conduzirão a uma operacionalização mais clara das noções de
actividades e participação. A partir dos dados sobre a maneira como estas noções são utilizadas
em diferentes situações, em diferentes países e para fins diferentes podem obter-se informações
úteis que deverão ser consideradas nas próximas revisões do esquema.
CIF Exemplos de Casos
19 5
Anexo 4
Exemplos de casos
Os exemplos apresentados a seguir descrevem as aplicações dos conceitos da CIF a vários casos.
Espera-se que eles ajudem os utilizadores a compreender a intenção e a aplicação dos conceitos e
dos constructos básicos da classificação. Para mais detalhes, solicita-se o favor de consultar os
manuais e os cursos de formação da OMS.
Deficiência que não resulta em limitação da capacidade nem em problemas de desempenho
Uma criança nasce sem uma unha. Esta malformação é uma deficiência de estrutura que
não interfere com a função da mão da criança ou no que a criança é capaz de fazer com
aquela mão, de maneira que não há limitação da capacidade da criança. Do mesmo modo,
pode não haver nenhum problema de desempenho – como brincar com outras crianças
sem ser importunada ou excluída da brincadeira – devido a essa malformação. Portanto, a
criança não tem limitações de capacidade ou problemas de desempenho.
Deficiência que não resulta em limitação da capacidade mas em problemas de desempenho
Uma criança diabética tem uma deficiência de função: o pâncreas não funciona
adequadamente para produzir insulina. A diabetes pode ser controlada com medicação,
denominada insulina. Quando as funções do corpo (níveis de insulina) estão sob controle,
não há limitações de capacidade associadas à deficiência. No entanto, a criança com
diabetes tende a ter um problema de desempenho na sua vida social com amigos ou
colegas, quando o acto de comer está em causa, já que ela deve limitar a ingestão de
açúcar. A falta de comida apropriada poderá criar um barreira. Por isso, apesar de não ter
nenhuma limitação de capacidade, a criança poderá ter uma dificuldade de integração
nesse meio ambiente, excepto se forem tomadas medidas para garantir o fornecimento de
alimentação adequada.
Outro exemplo é o de um indivíduo com vitíligo na face, mas nenhuma outra queixa
física. Este problema estético não resulta em limitações de capacidade. No entanto, o
indivíduo pode viver num local onde o vitíligo pode ser erradamente visto como lepra e
ser assim, considerado contagioso. Portanto, no ambiente habitual da pessoa, esta atitude
negativa é um barreira ambiental que leva a problemas significativos de desempenho nas
interacções interpessoais.
Deficiência que resulta em limitações da capacidade e – dependendo das circunstâncias – em
problemas ou não de desempenho:
Uma deficiência mental é uma variação importante no desenvolvimento intelectual. Ela
pode originar certas limitações em diversas capacidades da pessoa. Os factores
ambientais, no entanto, podem afectar o grau do desempenho individual em diferentes
domínios da vida. Por exemplo, uma criança com esta deficiência mental pode enfrentar
poucas desvantagens num ambiente em que as expectativas não sejam altas para a
população em geral e onde ela poderá realizar um conjunto de tarefas simples e
repetitivas, porém necessárias. Nesse ambiente, a criança teria um bom desempenho em
diferentes situações de vida.
CIF Exemplos de Casos
19 6
Uma criança semelhante, que cresce num ambiente competitivo e com expectativas
escolares elevadas, pode enfrentar mais problemas de desempenho em várias situações da
vida se comparada com a primeira criança.
Este exemplo levanta duas questões. A primeira é que a norma ou o padrão da população
em relação ao qual a funcionalidade individual é comparada deve ser apropriado
relativamente ao ambiente habitual em causa. A segunda é que a presença ou ausência de
factores ambientais pode ter um impacto facilitador ou limitador sobre essa
funcionalidade.
Deficiência anterior não resultando em limitação da capacidade, mas mesmo assim
causando problemas de desempenho
Um indivíduo que se recuperou de um episódio psicótico agudo, mas que carrega o
estigma de ter sido um "paciente mental", pode enfrentar problemas de desempenho no
domínio do trabalho ou das interacções interpessoais devido às atitudes negativas das
pessoas no seu ambiente habitual. O envolvimento da pessoa no trabalho e na vida social
é, portanto, restrito.
Deficiências e limitações da capacidade diferentes resultando em problemas de desempenho
similares
Um indivíduo pode não ser contratado para um emprego porque a extensão da sua
deficiência (tetraplegia) é vista como um barreira à realização de algumas das exigências
do trabalho (e.g. utilizar um computador com um teclado manual). O local de trabalho não
tem as adaptações necessárias para facilitar o desempenho dessas exigências do trabalho
por parte da pessoa (e.g. software de reconhecimento de voz que substitui o teclado
manual).
Outro indivíduo, com uma tetraplegia menos grave, pode ter a capacidade de realizar as
tarefas necessárias, mas pode não ser contratado porque a cota de contratação de pessoas
com incapacidade já foi preenchida.
Um terceiro indivíduo, capaz de realizar as actividades necessárias, pode não ser
contratado porque tem uma limitação de actividade que é atenuada pela utilização de uma
cadeira de rodas, mas o local de trabalho não é acessível para cadeira de rodas.
Por último, um indivíduo em cadeira de rodas pode ser contratado para o trabalho, ter
capacidade de realizar as tarefas exigidas pelo trabalho e, de facto, realizá-lo no contexto
laboral. Não obstante, esse indivíduo ainda pode ter problemas de desempenho no
domínio das interacções interpessoais com colegas de trabalho, por não lhe ser possível
aceder às áreas de descanso. Este problema de desempenho nas relações sociais no local
de trabalho pode impedir o acesso a oportunidades de promoção.
Todos os quatro indivíduos enfrentam problemas no domínio do trabalho devido à
interacção de diferentes factores ambientais com a sua condição de saúde ou deficiência.
No caso do primeiro indivíduo, as barreiras ambientais incluem ausência de adaptação no
local de trabalho e, provavelmente, atitudes negativas. O segundo indivíduo enfrenta
atitudes negativas em relação ao emprego de pessoas incapacitadas. O terceiro enfrenta
falta de acessibilidade ao ambiente físico e o último é confrontado com atitudes negativas
relacionadas com a incapacidade em geral.
CIF Exemplos de Casos
19 7
Suspeita de deficiência que resulta em problemas evidentes no desempenho sem limitação da
capacidade
Um indivíduo vem trabalhando com pacientes com VIH/SIDA. Essa pessoa tem um bom
estado geral de saúde, mas tem de se submeter a testes periódicos de VIH.. Não tem
limitações de capacidade. Apesar disso, as pessoas que o conhecem socialmente,
suspeitam que ele pode estar infectado com o VIH e, portanto, evitam-no. Isto leva a
problemas significativos do desempenho da pessoa no domínio das interacções sociais e
da vida comunitária, social e cívica. A sua participação está restringida por causa das
atitudes negativas adoptadas pelas pessoas no seu ambiente.
Deficiências que actualmente não estão classificadas na CIF resultando em problemas de
desempenho
A mãe de uma mulher faleceu de cancro da mama. Esta mulher tem 45 anos e,
recentemente, submeteu-se a testes voluntários tendo descoberto que é portadora de um
código genético que a coloca no grupo de risco para o cancro de mama. Ela não tem
nenhum problema funcional ou na estrutura do corpo, ou limitação das capacidades, mas a
companhia de seguros tem recusado fazer-lhe um seguro de saúde por causa do seu risco
acrescido para o cancro da mama. Assim, por causa da política seguida pela companhia de
seguros, vê restringido o seu envolvimento no domínio de cuidar da sua saúde.
Exemplos adicionais
Um menino de 10 anos é encaminhado para um terapeuta da fala com o diagnóstico de
referência de "gaguez". Durante o exame são detectados problemas de descontinuidade na
fala, de acelerações inter e intra verbais, de cadência dos movimentos da fala e de ritmo
inadequado da fala (deficiências). Na escola tem dificuldades para ler em voz alta e
conversar (limitações de capacidade). Nas discussões em grupo, ele não toma qualquer
iniciativa para participar das discussões embora desejasse fazê-lo (problema de
desempenho no domínio conversar com muitas pessoas). Quando está em grupo a
participação do menino na conversação é limitada por causa das normas e práticas sociais
relacionadas com o desenrolar de uma conversação.
Uma mulher de 40 anos, com uma lesão na coluna cervical ocorrida quatro meses antes,
queixa-se de dores na nuca, fortes dores de cabeça, tonturas, redução da força muscular e
ansiedade (deficiências). A sua capacidade para andar, cozinhar, limpar, utilizar o
computador e conduzir é limitada (limitações de capacidade). Na consulta com o seu
médico, ficou acordado que se esperava por uma diminuição dos problemas de saúde
antes de voltar ao seu trabalho com horário fixo e a tempo completo (problemas de
desempenho no domínio do trabalho). Se as políticas de trabalho no seu ambiente habitual
permitissem optar por um horário flexível, descansar quando os seus sintomas estivessem
particularmente agudos, bem como trabalhar em casa, a sua participação no domínio do
trabalho iria melhorar.
CIF A CIF e as pessoas com incapacidades
19 8
Anexo 5
A CIF e as pessoas com incapacidades
O processo de revisão da CIF beneficiou, desde o seu início, das contribuições de pessoas com
incapacidades e, também, das suas organizações. A Organização Internacional de Pessoas
Incapacitadas, em particular, participou com muito do seu tempo e energia no processo de revisão
e a CIF reflecte essa importante contribuição.
A OMS reconhece a importância da participação plena das pessoas com incapacidades e das suas
organizações na revisão de uma classificação de funcionalidade e incapacidade. Como uma
classificação, a CIF servirá como base para a avaliação e a medição da incapacidade em muitos
contextos científicos, clínicos, administrativos e de política social. Como tal, a preocupação é que
a CIF não seja mal utilizada em detrimento dos interesses das pessoas com incapacidades (ver
Directrizes Éticas no Anexo 6).
A OMS reconhece, em particular, que os termos utilizados na classificação podem, apesar de
todos esforços, estigmatizar e rotular. Em resposta a esta preocupação, tomou-se a decisão, no
início do processo, de abandonar totalmente o termo "handicap" (desvantagem, limitação) –
devido às suas conotações pejorativas em inglês – e não utilizar o termo "incapacidade" como
nome do componente, mas mantê-lo como o termo genérico geral.
No entanto, ainda permanece a difícil questão de qual a melhor maneira de se fazer a referência
aos indivíduos que enfrentam algum grau de limitação ou restrição funcional. A CIF utiliza o
termo “incapacidade” para designar um fenómeno multidimensional que resulta da interacção
entre as pessoas e o seu ambiente físico e social. Por diversas razões, quando se referem a
indivíduos, algumas pessoas preferem utilizar o termo “pessoas com incapacidade’ enquanto
outras preferem “pessoas incapacitadas”. À luz desta divergência, não há uma prática universal a
ser adoptada pela OMS, e não é apropriado que a CIF adopte rigidamente uma abordagem em
detrimento de outra. Em vez disto, a OMS confirma o princípio importante de que as pessoas têm
o direito de serem chamadas da forma que melhor desejem.
Além disso, é importante destacar que a CIF não é, de forma alguma, uma classificação de
pessoas. Ela é uma classificação das características de saúde das pessoas dentro do contexto das
situações individuais de vida e dos impactos ambientais. A interacção das características de saúde
com os factores contextuais é que produz a incapacidade. Assim, os indivíduos não devem ser
reduzidos ou caracterizados apenas em termos das suas deficiências, limitações de actividade, ou
restrições de participação. Por exemplo, em vez de ser referir a uma “pessoa mentalmente
incapacitada”, a classificação utiliza a frase “pessoa com um problema de aprendizagem”. A CIF
garante isto ao evitar qualquer referência a uma pessoa usando termos que descrevem a sua
condição de saúde ou de incapacidade, e por utilizar uma linguagem neutra, se não positiva, e
concreta.
Para lidar adicionalmente com a preocupação legítima da rotulagem sistemática das pessoas, as
categorias na CIF são expressas de maneira neutra para evitar o menosprezo, o estigma e as
conotações inadequadas. No entanto, esta abordagem traz consigo o problema que poderia ser
chamado de “saneamento de termos”. Os atributos negativos da condição de saúde de uma pessoa
e a maneira como as outras pessoas reagem a essa condição são independentes dos termos
utilizados para definir a condição. Seja qual for o termo atribuído à incapacidade, ela existe
independentemente dos rótulos. O problema não é apenas uma questão de linguagem, mas
também, e principalmente, uma questão das atitudes dos outros indivíduos e da sociedade em
relação à incapacidade. O que é necessário é elaborar um conteúdo correcto e utilizar
correctamente os termos e a classificação.
CIF A CIF e as pessoas com incapacidades
19 9
A OMS assume o compromisso de continuar os seus esforços no sentido de garantir que pessoas
com incapacidades beneficiem da classificação e da avaliação e não sejam privadas dos seus
direitos ou discriminadas.
Espera-se que as próprias pessoas incapacitadas contribuam para a utilização e desenvolvimento
da CIF em todos os sectores. Como investigadores, gestores e legisladores, as pessoas
incapacitadas ajudarão a desenvolver protocolos e ferramentas baseadas na CIF. A classificação
também serve como um instrumento poderoso para uma política baseada em evidências. Ela
fornece dados fiáveis e comparáveis que permitem fundamentar uma mudança. A noção política
de que a incapacidade resulta tanto das barreiras ambientais como das condições de saúde ou
deficiências deve ser transformada primeiramente num programa de investigação e depois em
evidências válidas e fiáveis. Essas evidências podem desencadear uma verdadeira mudança social
para as pessoas com incapacidades em todo o mundo.
O apoio à incapacidade também pode ser intensificado através da utilização da CIF. Como o
principal objectivo é identificar as intervenções que possam melhorar os níveis de participação
das pessoas com incapacidades, a CIF pode ajudar a identificar onde está o principal “problema”
da incapacidade: no ambiente que cria um barreira, na ausência de um facilitador, na capacidade
limitada do próprio indivíduo ou numa combinação de factores. Este esclarecimento permitirá
orientar adequadamente as intervenções e monitorizar e medir os seus efeitos sobre os níveis de
participação. Deste modo, podem ser atingidos os objectivos concretos baseados em evidências e
ser alcançadas as metas globais de apoio à incapacidade.
CIF Directrizes éticas para a utilização da CIF
20 0
Anexo 6
Directrizes éticas para a utilização da CIF
Todos os instrumentos científicos podem ser mal utilizados e conduzir a abusos. Seria ingénuo
pensar que um sistema de classificação como a CIF nunca será utilizado de maneira prejudicial
para as pessoas. Como foi explicado no Anexo 5, o processo de revisão da ICIDH incluiu, desde o
início, pessoas com incapacidades e as organizações que os apoiam. As suas contribuições
levaram a mudanças importantes na terminologia, conteúdo e estrutura da CIF. Neste anexo
indicam-se algumas orientações básicas a ter em conta na utilização ética da CIF. É óbvio que
nenhum conjunto de orientações será suficiente para prever todas as formas de má utilização de
uma classificação ou de outro instrumento científico, ou que as orientações por si só possam
impedir a má utilização. Este documento não é uma excepção. Espera-se que a atenção dedicada
às disposições abaixo mencionadas diminua o risco de a CIF ser utilizada de maneira não
respeitosa e prejudicial para as pessoas com incapacidades.
Respeito e confidencialidade
(1) A CIF deve ser utilizada sempre de maneira a ser respeitado o valor inerente dos
indivíduos e a sua autonomia.
(2) A CIF nunca deve ser utilizada para rotular as pessoas ou identificá-las apenas em termos
de uma ou mais categorias de incapacidade.
(3) Na clínica, a CIF deve ser sempre utilizada com o pleno conhecimento, cooperação e
consentimento das pessoas cujos níveis de funcionalidade estão sendo classificados. Se as
limitações da capacidade cognitiva de um indivíduo impedirem este envolvimento, as
instituições de apoio ao indivíduo devem ter participação activa.
(4) As informações codificadas pela CIF devem ser consideradas informações pessoais e
devem estar sujeitas às regras reconhecidas de confidencialidade e estar adequadas à
formas como os dados vão ser utilizados.
Uso da CIF na clínica
(5) Sempre que possível, o médico deve explicar ao indivíduo ou à instituição de apoio com
que finalidade se utiliza a CIF e deve estimular perguntas sobre a oportunidade de a
utilizar para classificar os níveis de funcionalidade da pessoa.
(6) Sempre que possível, a pessoa cujo nível de funcionalidade está sendo classificado (ou a
instituição) deve ter a oportunidade de participar e, em particular, de contestar ou afirmar
a conveniência da categoria que está sendo utilizada e a avaliação realizada.
(7) Como o défice que é classificado é o resultado tanto da condição de saúde de uma pessoa
como do contexto físico e social no qual ela vive, a CIF deve ser utilizada de um modo
global.
CIF Directrizes éticas para a utilização da CIF
20 1
Uso das informações da CIF no campo social
(8) As informações da CIF devem ser utilizadas, no sentido mais amplo possível, com a
colaboração dos indivíduos para lhes permitir melhorar as suas escolhas e o controle
sobre as suas vidas.
(9) As informações da CIF devem ser utilizadas para o desenvolvimento de políticas sociais e
de mudanças políticas que visem reforçar e apoiar a participação dos indivíduos.
(10) A CIF, e todas as informações derivadas do seu uso, não devem ser usadas para recusar a
indivíduos ou a grupos de pessoas os direitos estabelecidos ou para restringir o acesso
legítimo a benefícios.
(11) Os indivíduos classificados da mesma forma pela CIF podem diferir em muitos aspectos.
As leis e as normas que se referem às classificações da CIF não devem pressupor mais
homogeneidade do que a prevista e devem garantir que, aqueles cujos níveis de
funcionalidade estão sendo classificados, sejam considerados como indivíduos/pessoas.
CIF Resumo do processo de revisão
20 2
Anexo 7
Resumo do processo de revisão
O desenvolvimento da ICIDH
Em 1972, a OMS desenvolveu um esquema preliminar relacionado com as consequências da
doença. Em poucos meses foi sugerida uma abordagem mais abrangente. Essas sugestões foram
feitas com base em dois princípios importantes: distinguir entre as deficiências e a sua
importância, i.e., as consequências funcionais e sociais, e classificar independentemente, com
diferentes códigos, esses vários aspectos ou eixos de informação. Em essência, essa abordagem
correspondia a um certo número de classificações distintas, embora paralelas. Isto não estava de
acordo com as tradições da CID, onde os eixos múltiplos (etiologia, anatomia, patologia, etc.) são
integrados num sistema hierárquico que ocupa apenas um único campo de dígitos. Foi explorada a
possibilidade de assimilar essas propostas e de constituir um esquema compatível com os
princípios subjacentes à estrutura da CID. Ao mesmo tempo, foram feitas tentativas preliminares
para sistematizar a terminologia aplicada às consequências da doença. Essas sugestões circularam
informalmente em 1973, tendo sido solicitada ajuda a grupos especialmente interessados no sector
da reabilitação.
Em 1974, circularam classificações distintas para deficiências e para desvantagens e as discussões
continuaram. Foram recolhidos comentários e foram elaboradas propostas definitivas. Estas
propostas foram então submetidas à consideração da Conferência Internacional para a Nona
Revisão da Classificação Internacional de Doenças em Outubro de 1975. Após considerar as
classificações, a Conferência recomendou a sua publicação com carácter experimental. Em Maio
de 1976, a Vigésima Nona Assembleia Mundial de Saúde tomou nota desta recomendação e
adoptou a resolução WHA-29.35 na qual se aprovou a publicação, com carácter experimental, da
classificação suplementar de deficiências e desvantagens como um suplemento, mas não como
parte integrante da Classificação Internacional de Doenças. Assim, a primeira edição da ICIDH
foi publicada em 1980. Em 1993, ela foi reimpressa com um prefácio adicional.
Etapas iniciais na revisão da ICIDH
Em 1993, foi decidido iniciar o processo de revisão da ICIDH. Os objectivos propostos para a
versão revista, conhecida temporariamente como ICIDH-2, eram os seguintes:
• satisfazer os múltiplos objectivos fixados pelos diferentes países, sectores e disciplinas de
cuidados de saúde;
• ser suficientemente simples de modo a ser encarada pelos profissionais como uma
descrição apropriada das consequências dos problemas de saúde;
• ser útil na prática – i.e. permitir identificar as necessidades em cuidados de saúde e
elaborar programas de intervenção (e.g. prevenção, reabilitação, acções sociais);
• dar uma visão coerente dos processos envolvidos nas consequências das condições de
saúde, de maneira que o processo de incapacitação, e não apenas as dimensões das
doenças/perturbações, pudesse ser objectivamente avaliado, registado e ter uma resposta
adequada;
• ser sensível às variações culturais (ser traduzível, e aplicável em diferentes culturas e
sistemas de saúde);
• ser utilizada de maneira complementar com a família de classificações da OMS.
Originalmente, coube ao Centro Colaborador Francês a tarefa de elaborar uma proposta sobre a
secção de Deficiências e sobre os aspectos verbais e sensoriais da linguagem. O Centro
Colaborador Holandês deveria sugerir uma revisão dos aspectos da Classificação relacionados
CIF Resumo do processo de revisão
20 3
com Incapacidade e com a locomoção, e preparar uma revisão da literatura, enquanto que o
Centro Colaborador da América do Norte deveria apresentar propostas para a secção de
Desvantagens. Além disso, dois grupos de trabalho deveriam apresentar, respectivamente,
propostas sobre aspectos relacionados com a saúde mental e as questões relativas às crianças.
Registaram-se progressos na reunião de revisão da ICIDH-2, realizada em Genebra em 1996, foi
redigida uma versão preliminar Alfa que incorporava as diferentes propostas e foi realizado um
estudo piloto inicial. Nessa reunião decidiu-se que os centros colaboradores e os grupos de
trabalho deveriam dedicar-se à versão preliminar como um todo e não mais às suas áreas
individuais de revisão. De Maio de 1996 a Fevereiro de 1997, a versão preliminar Alfa circulou
entre os centros colaboradores e os grupos de trabalho, e os comentários e as sugestões coligidos
foram centralizados na OMS, em Genebra. Para facilitar a recolha dos comentários, circulou
igualmente uma lista de questões de base englobando os principais problemas relacionados com a
revisão.
Durante o processo de revisão foram considerados os seguintes aspectos:
• A classificação em três níveis, i.e., Deficiências, Incapacidades e Desvantagens, era útil e
deveria permanecer. Devia ser considerada a inclusão de factores contextuais/ambientais,
embora a maioria das propostas permanecesse no estádio de desenvolvimento teórico e de
experimentação empírica.
• Foi considerado objecto de discussão as inter-relações entre deficiências, incapacidades e
desvantagens, e uma relação adequada entre elas. Foram feitas muitas críticas ao modelo
causal na qual se baseava a versão de 1980 da ICIDH, à ausência de mudança ao longo do
tempo, e ao carácter unidireccional de deficiência para incapacidade e para desvantagem.
O processo de revisão sugeriu representações gráficas alternativas.
• A ICIDH-1980 era difícil de utilizar. Foi considerado necessário dispor de uma versão
cuja utilização fosse mais simples: a revisão devia ser orientada no sentido da
simplificação e não no sentido do aumento dos detalhes.
• Factores contextuais (factores externos - ambientais/factores internos - pessoais): Esses
factores, que eram os principais componentes do processo de limitação (tal como foi
conceptualizado na versão de 1980 da ICIDH), deveriam ser desenvolvidos como
esquemas alternativos dentro da ICIDH. No entanto, como os factores sociais e físicos do
ambiente e a sua relação com as Deficiências, Incapacidades e Limitações, estão
fortemente relacionados com a cultura, eles não deveriam constituir uma dimensão
separada dentro da ICIDH. Não obstante, considerou-se que as classificações dos factores
ambientais poderiam ser úteis na análise das situações nacionais e no desenvolvimento de
soluções a nível nacional.
• As deficiências deviam reflectir os avanços no conhecimento dos mecanismos biológicos
de base.
• A aplicabilidade da classificação em qualquer cultura e a sua universalidade devia
constituir um dos principais objectivos a atingir.
• Outro dos objectivos principais do processo de revisão foi o desenvolvimento de
materiais para formação e para apresentação da CIF.
CIF Resumo do processo de revisão
20 4
ICIDH- 2 Versões preliminares Beta-1 e Beta-2
Em Março de 1997, foi elaborada uma versão preliminar Beta-1 que integrava as sugestões
recolhidas nos anos anteriores. Essa versão foi apresentada na reunião de revisão da ICIDH em
Abril de 1997. Após a incorporação na ICIDH das decisões da reunião, foi produzida em Junho de
1997 a versão preliminar ICIDH-2 Beta-1, para estudos de campo. Com base em todos os dados e
outras informações provenientes dos estudos de campo da versão Beta-1, a versão preliminar
Beta-2 foi redigida entre Janeiro e Abril de 1999. A versão resultante foi apresentada e discutida
na reunião anual da ICIDH-2 em Londres em Abril de 1999. Após a incorporação das decisões da
reunião, a versão preliminar Beta-2 foi impressa e publicada em Julho de 1999 para ser utilizada
em estudos de campo.
Estudos de campo
Os estudos de campo da versão Beta-1 foram conduzidos de Junho de 1997 a Dezembro de 1998 e
da versão Beta-2 de Julho de 1999 a Setembro de 2000.
Os testes no terreno desencadearam uma ampla participação dos Estados Membros da OMS,
englobando diferentes disciplinas, incluindo sectores como seguros de saúde, segurança social,
trabalho, educação, e outros grupos implicados na classificação das condições de saúde (que
utilizavam a Classificação Internacional de Doenças, a Classificação das Enfermeiras, e a
Classificação Internacional Padrão de Educação - ISCED). O objectivo era chegar a um consenso,
através de definições claras que fossem operacionais. Os estudos de campo constituíram um
processo contínuo de desenvolvimento, consulta, feedback, actualização e teste.
Integrados nos estudos de campo das versões Beta-1 e Beta-2, foram realizados os seguintes
estudos:
• tradução e avaliação linguística;
• avaliação dos itens;
• respostas às questões de base obtidas quer organizando conferências de consenso quer
através de respostas individuais;
• feedback de organizações e de indivíduos;
• testes de opções;
• viabilidade e fiabilidade na avaliação de casos (casos concretos ou resumos de casos);
• outros (e.g. estudos de grupos ad hoc)

Os testes concentraram-se em questões transculturais e multisectoriais. Mais de 50 países e de
1800 peritos estiveram envolvidos nos testes de campo, cada um produzindo o seu próprio
relatório.
Versão pré final da ICIDH-2
Com base nos dados do estudo de campo Beta-2 e com a colaboração dos centros colaboradores e
do Comité de Peritos em Medição e Classificação da OMS, foi elaborada a versão pré final da
ICIDH-2 em Outubro de 2000. Esta versão foi discutida numa reunião de revisão em Novembro
de 2000. Após a incorporação das recomendações da reunião, a versão pré final da ICIDH-2
(Dezembro de 2000) foi submetida à apreciação do Comité Executivo da OMS em Janeiro de
2001. A versão final da ICIDH-2 foi então apresentada à Quinquagésima quarta Assembleia
Mundial de Saúde em Maio de 2001.
CIF Resumo do processo de revisão
20 5
Endosso da versão final
Após discussão da versão final, com o título Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde, a Assembleia Mundial de Saúde aprovou a nova classificação através da
resolução WHA54.21 de 22 de Maio de 2001. Os termos da resolução são os seguintes:
A Quinquagésima quarta Assembleia Mundial de Saúde,
ENDOSSA a segunda edição da Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e
Limitações (ICIDH), com o título Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde, doravante designada CIF;
INSTA os Países Membros a utilizar a CIF nas suas actividades de investigação, vigilância e
notificação, tendo em consideração as situações específicas dos Países Membros e, em particular,
tendo em vista possíveis revisões futuras.
SOLICITA ao Director-Geral que, quando solicitado, apoie os Países Membros na utilização da
CIF.
CIF Orientações futuras da CIF
20 6
Anexo 8
Orientações futuras da CIF
A utilização da CIF dependerá em grande parte da sua utilidade prática: até que ponto pode servir
como medida de desempenho dos serviços de saúde através de indicadores baseados nos
resultados dos utilizadores, e em que medida ela é aplicável a todas as culturas de tal maneira que
possam ser feitas comparações internacionais para identificar necessidades e recursos para o
planeamento e para a investigação. A CIF não é, directamente, um instrumento político. A sua
utilização, no entanto, pode contribuir de forma positiva para o estabelecimento de políticas
fornecendo informações que ajudem a estabelecer políticas de saúde, a promover a igualdade de
oportunidades para todos e a apoiar na luta contra a discriminação das pessoas com incapacidade.
Versões da CIF
Considerando as diversas necessidades dos diferentes tipos de utilizadores, a CIF será apresentada
em múltiplos formatos e versões:
Classificação principal
As duas partes e os componentes da CIF são apresentados em duas versões para poder responder
às necessidades dos diferentes utilizadores com vários níveis de detalhe:
A primeira versão é uma versão completa (detalhada) que contém todos os níveis de classificação
e permite 9999 categorias por componente. No entanto, apenas um número bastante inferior tem
sido utilizado. Quando é necessário usar informações sintéticas as categorias da versão completa
podem ser agregadas numa versão reduzida.
A segunda versão é uma versão resumida (concisa) que contém dois níveis de categorias para
cada componente e cada domínio. Contém, ainda, as definições desses termos, as inclusões e as
exclusões.
Adaptações específicas
(a) Versões para utilização clínica: Estas versões irão depender da utilização da CIF
em diferentes campos de aplicação clínica (por exemplo, terapia ocupacional). No
que se refere à codificação e à terminologia serão baseadas na classificação
principal; no entanto, irão conter informações adicionais detalhadas, tais como,
directrizes para avaliação e para descrições clínicas. Elas também podem ser
reorganizadas tendo em conta disciplinas específicas (e.g. reabilitação, saúde
mental).
(b) Versões destinadas à investigação: De maneira semelhante à utilizada nas versões
clínicas, estas versões responderão às necessidades específicas da área da
investigação e irão incluir definições precisas e operacionais a ser utilizadas na
avaliação dos estados de saúde.
CIF Orientações futuras da CIF
20 7
Trabalhos futuros
Devido à grande diversidade de utilizações e de necessidades da CIF, é importante observar que a
OMS, e os seus centros colaboradores, estão a realizar um trabalho suplementar para atender a
essas necessidades.
A CIF é propriedade de todos os seus utilizadores. Ela é, com estas características, o único
instrumento, aceite internacionalmente. Tem como objectivo obter melhores informações sobre o
fenómeno da incapacidade e da funcionalidade e obter um vasto consenso internacional. Para
conseguir o reconhecimento da CIF, pelas diversas comunidades nacionais e internacionais, a
OMS não poupará esforços para garantir que ela seja de utilização amigável e compatível com os
processos de padronização, tais como, aqueles estabelecidos pela Organização Internacional de
Normalização (ISO).
As orientações futuras possíveis para a evolução e aplicação da CIF podem ser resumidas como
segue:
• promover a utilização da CIF, a nível dos países, para o desenvolvimento de bases de
dados nacionais;
• estabelecer um conjunto de dados internacionais e uma estrutura que permita
comparações internacionais;
• identificar algoritmos para determinar os direitos na atribuição de benefícios sociais e de
pensões;
• estudar a incapacidade e a funcionalidade de membros da família (e.g. um estudo do
impacto da incapacidade em terceiros);
• desenvolver um componente de Factores Pessoais;
• desenvolver definições operacionais precisas de categorias para utilizar em investigação;
• desenvolver instrumentos de avaliação que permitam identificar e medir;23
• proporcionar aplicações práticas mediante a utilização de tecnologias informáticas e
criação de formulários para registo de casos;
• estabelecer ligações com os conceitos de qualidade de vida e as medidas subjectivas do
bem estar;24
• desenvolver investigações sobre tratamentos e intervenções combinadas;
23 Estão a ser desenvolvidos pela OMS instrumentos de avaliação ligados à CIF para serem aplicados em
diferentes culturas. Eles estão a ser testados quanto à fiabilidade e à validade. Os instrumentos de avaliação
terão três formas: uma versão reduzida para fins de triagem/detecção de casos; uma versão para uso diário
pelos prestadores de cuidados e uma versão longa para ser aplicada na investigação. Eles estarão
disponíveis na OMS.
24 Ligações com qualidade de vida: É importante haver uma compatibilidade conceptual entre “qualidade de
vida” e os constructos de incapacidade. A qualidade de vida, no entanto, lida com o que as pessoas
“sentem” sobre a sua condição de saúde ou as suas consequências; assim ela é um constructo de “bem-estar
subjectivo”. Por outro lado, os constructos doença/incapacidade referem-se aos sinais objectivos e
exteriorizados do indivíduo.
CIF Orientações futuras da CIF
20 8
• promover a sua utilização em estudos científicos com a finalidade de comparar diferentes
condições de saúde;
• desenvolver materiais para acções de formação sobre a utilização da CIF.
• criar centros de formação e de referência da CIF em todo mundo.
• realizar pesquisas adicionais sobre os factores ambientais para fornecer os detalhes
necessários para a descrição do ambiente padronizado e do ambiente habitual.
CIF Dados da CIF sugeridos como mínimos e ideais
20 9
Anexo 9
Dados da CIF sugeridos como mínimos e ideais para sistemas
de informação de saúde ou para inquéritos de saúde
Funções e Estruturas
do Corpo Capítulo e código Bloco ou categoria de classificação
Visão 2 b210-b220 Visão e funções relacionadas
Audição 2 b230-b240 Funções auditivas vestibulares
Fala 3 b310-b340 Funções da voz e da fala
Digestão 5 b510-b535 Funções relacionadas com o aparelho digestivo
Excreção 6 b610-b630 Funções urinárias
Fertilidade 6 b640-b670 Funções genitais e reprodutivas
Actividade sexual 6 b640 Saúde genital e reprodutiva
Pele e desfiguração 8 b810-b830 Pele e estruturas relacionadas
Respiração 4 b440-b460 Funções do aparelho respiratório
Dor* 2 b280 Sensação de Dor
Afecto* 1 b152-b180 Funções mentais específicas
Sono 1 b134 Funções mentais globais
Energia/Vitalidade 1 b130 Funções mentais globais
Cognição* 1 b140, b144, b164 Atenção, memória e funções cognitivas de
nível superior
Actividades e
Participação
Comunicação 3 d310-d345 Comunicar e receber mensagens
Mobilidade* 4 d450-d465 Andar e deslocar-se
Destreza 4 d430-d445 Transportar, mover e manusear objectos
Cuidado Pessoal* 5 d510-d570 Auto-cuidados
Actividades usuais* 6 e 8 Vida doméstica: Principais áreas da vida
Relações interpessoais 7 d730-d770 Relacionamentos interpessoais particulares
Funcionalidade social 9 d910-d930 Comunidade, vida social e cívica
* Itens candidatos para uma lista mínima.
CIF Agradecimentos
21 0
Anexo 10
Agradecimentos
O desenvolvimento da CIF não teria sido possível sem o grande apoio de muitas pessoas de
diversas partes do mundo que lhe dedicaram grande quantidade do seu tempo e energia e que
organizaram os recursos integrando-os numa rede internacional. Embora não seja possível
agradecer a todos, mencionam-se abaixo os principais centros, organizações e indivíduos.
Centros Colaboradores da OMS para a CIF
Austrália Australian Institute of Health and Welfare, GPO Box 570,
Canberra ACT 2601, Austrália. Contacto: Ros Madden.
Canadá Canadian Institute for Health Information, 377 Dalhousie Street,
Suite 200, Ottawa, Ontário KIN9N8, Canadá.
Contacto: Helen Whittome
França Centre Technique National d`Etudes et de Recherches sur les Handicaps
et les Inadaptations (CTNERHI), 236 bis, rue de Tolbiac, 75013 Paris,
França. Contacto: Marc Maudinet.
Japão Japan College of Social Work, 3-1-30 Takeoka, Kiyose-city, Tóquio 204-
8555, Japão. Contacto: Hisao Sato
Países Baixos National Institute of Public Health and the Environment, Department of
Public Health Forecasting, Antonie van Leeuwenhoeklaan 9, P. O.Box 1,
3720 BA Bilthoven, The Netherlands. Contactos: Willem M. Hirs,
Marijke W. de Kleijn-de Vrankrijker.
Países Nórdicos Department of Public Health and Caring Sciences, Uppsala Science Park,
SE 75185 Uppsala, Suécia. Contacto: Björn Smedby
Reino Unido National Health System Information Authority, Coding and
da Grã-Bretanha e Classification, Woodgate, Loughborough, Leics LE11 2TG, Reino
Irlanda do Norte Unido. Contactos: Ann Harding, Jane Millar.
EUA National Center for Health Statistics, Room 1100, 6525 Belcrest Road,
Hyattsville MD 20782, EUA. Contacto: Paul. J. Placek.
Grupos de Trabalho
International Task Force on Mental Health and Addictive, Behavioural, Cognitive and
Developmental Aspects of ICIDH, Chair: Cille Kennedy, Office of Disability, Aging and Long-
Term Care Policy, Office of the Assistant Secretary for Planning and Evaluation, Department of
Health and Human Services, 200 Independence Avenue, SW, Room 424E, Washington, DC
20201, EUA. Co-Chair: Karen Ritchie.
Children and Youth Task Force, Chair: Rune J. Simeonsson, Professor of Education, Frank Porter
Graham Child Development Center, CB#8185, University of North Carolina, Chapel Hill, NC
27599-8185, EUA. Co-Chair: Matilde Leonardi.
CIF Agradecimentos
21 1
Environmental Factors Task Force, Chair: Rachel Hurst, 11 Belgrave Road, London SW1V 1RB,
Inglaterra. Co-Chair: Janice Miller.
Redes
La Red de Habla Hispana en Discapacidades ( A rede Espanhola).
Coordenador: José Luis Vázquez-Barquero, Unidad de Investigación en Psiquiatria Clinical y
Social Hospital Universitario “Marques de Valdecilla”, Avda. Valdecilla s/n, Santander 39008,
Espanha.
Council of Europe Committee of Experts for the Application of ICIDH, Council of Europe, F-
67075, Estrasburgo, França. Contacto Lauri Sivonen.
Organizações não governamentais
American Psychological Association, 750 First Street, N.E. , Washington, DC 20002-4242, EUA.
Contactos: Geoffrey M. Reed, Jayne B. Lux.
Disabled Peoples International, 11 Belgrave Road, Londres SW1V RB, Inglaterra.
Contacto: Rachel Hurst.
European Disability Forum, Square Ambiorix, 32 Bte 2/A, B-1000, Bruxelas, Bélgica. Contacto:
Frank Mulcahy.
European Regional Council for the World Federation of Mental Health (ERCWFM), Blvd Clovis
N.7, 1000 Bruxelas, Bélgica. Contacto: John Henderson.
Inclusion International, 13D Chemin de Levant, F-01210 Ferney-Voltaire, França. Contacto:
Nancy Breitenbach.
Rehabilitation International, 25 E. 21st Street, Nova Yok, NY 10010, EUA. Contacto: Judith
Hollenweger, Chairman, RI Education Commission, Institute of Special Education, University of
Zurich, Hirschengraben 48, 8001 Zurique, Suíça.
Consultores
Vários consultores da OMS prestaram uma assessoria inestimável no processo de revisão. Eles
estão mencionados abaixo.
Elisabeth Badley
Jerome E. Bickenbach
Nick Glozier
Judith Hollenwerger
Cille Kennedy
Jane Millar
CIF Agradecimentos
21 2
Janice Miller
Jürgen Rehm
Robin Room
Angela Roberts
Michael F. Schuntermann
Robert Trotter II
David Thompson (consultor editorial)
Tradução da CIF nos idiomas oficiais da OMS
A CIF foi revista em vários idiomas considerando apenas o inglês como o idioma de trabalho. A
parte essencial do processo de revisão consistiu na tradução e na análise linguística. Os seguintes
colaboradores da OMS lideraram o trabalho de tradução, análise linguística e revisão editorial dos
idiomas oficiais da OMS. Outras traduções podem ser encontradas no website da OMS:
http://www.who.int/classification/icf .
Árabe
Tradução e análise linguística:
Adel Chaker, Ridha Limem, Najeh Daly, Hayet Baachaoui, Amor Haji, Mohamed Daly,
Jamil Taktak, Saïda Douki.
Revisão editorial realizada por OMS/EMRO:
Kassem Sara, M. Haytham Al Khayat, Abdel Aziz Saleh
Chinês
Tradução e análise linguística:
Qiu Zhuoying (coordenador), Hong Dong. Zhao Shuying, Li Jing, Zhang Aimin, Wu
Xianguang, Zhou Xiaonan.
Revisão editorial realizada pelo Centro Colaborador da OMS na China e OMS/WPRO:
Dong Jingwu, Zhou Xiaonan e Y. C. Chong.
Francês
Tradução e análise linguística realizadas pela OMS Genebra:
Pierre Lewalle
Revisão editorial realizada pelos Centros Colaboradores na França e no Canadá:
Catherine Barral e Janice Miller
Russo
Tradução e análise linguística:
G. Shostka (coordenador), Vladimir Y. Ryasnyansky, Alexander V. Kvashin, Sergey A.
matveev, Aleksey A. Galianov.
CIF Agradecimentos
21 3
Revisão editorial realizada pelo Centro Colaborador da OMS na Rússia:
Vladimir K. Ovcharov
Espanhol
Tradução, análise linguística, revisão editorial realizadas pelo Centro Colaborador em Espanha
em colaboração com La Red de Habla Hispana en Discapacidades (A Rede Espanhola) e a
OMS/PAHO:
J. L. Vázquez-Barquero (coordenador), Ana Diéz Ruiz, Luis Gaite Pindado, Ana Gómez
Silió, Sara Herrera Castanedo, Marta Uriarte Ituiño, Elena Vázquez Bourgon, Armando
Vázquez, Maria Del Consuelo Crespo, Ana Maria Fossatti Pons, Benjamin Vicente, Pedro
Rioseco, Sergio Aguilar Gaxiola, Carmen Lara Muñoz, Maria Elena Medina Mora, Maria
Esther Araújo Bazán, Carlos Castillo-Salgado, Roberto Becker, Margaret Hazlewood.
CIF Agradecimentos
21 4
Lista de participantes no
processo de revisão
África do Sul
David Boonzaier
Gugulethu Gule
Sebenzile Matsebula
Pam McLaren
Siphokazi Gcaza
Phillip Thompson
Alemanha
Helmi Böse-Younes
Horst Dilling
Thomas Ewert
Kurt Maurer
Jürgen Rehm
H.M. Schian
Michael F. Schuntermann
Ute Siebel
Gerold Stucki
Argentina
Liliana Lissi
Martha Adela Mazas
Miguela Pico
Ignacio Saenz
Arménia
Armen Sargsyan
Austrália
Gavin Andrews
Robyne Burridge
Ching Choi
Prem K. Chopra
Jeremy Couper
Elisabeth Davis
Maree Dyson
Rhonda Galbally
Louise Golley
Tim Griffin
Simon Haskell
Angela Hewson
Tracie Hogan
Richard Madden
Ros Madden
Helen McAuley
Trevor Parmenter
Mark Pattison
Tony M. Pinzone
Kate Senior
Catherine Sykes
John Taplin
John Walsh
Áustria
Klemens Fheodoroff
Gerhard S. Barolin
Christiane Meyer-Bornsen
Bélgica
Françoise Jan
Catherine Mollman
J. Stevens
A. Tricot
Brasil
Cassia Maria Buchalla
E. d'Arrigo Busnello
Ricardo Halpern
Fabio Gomes
Ruy Laurenti
Canadá
Hugh Anton
J. Arboleda-Florez
Denise Avard
Elizabeth Badley
Caroline Bergeron
Hélène Bergeron
Jerome E. Bickenbach
Andra Blanchet
Maurice Blouin
Mario Bolduc (falecido)
Lucie Brosseau
T.S. Callanan
Lindsay Campbell
Anne Carswell
Jacques Cats
L.S. Cherry
René Cloutier
Albert Cook
Jacques Côté
Marcel Côté
Cheryl Cott
Aileen Davis
Henry Enns
Gail Finkel
Christine Fitzgerald
Patrick Fougeyrollas
Adele Furrie
Linda Garcia
Yhetta Gold
Betty Havens
Anne Hébert
Peter Henderson
Lynn Jongbloed
Faith Kaplan
Ronald Kaplan
Lee Kirby
Catherine Lachance
Jocelyne Lacroix
Renée Langlois
Mary Law
Lucie Lemieux-Brassard
Annette Majnemer
Rose Martini
Raoul Martin-Blouin
Mary Ann McColl
Joan McComas
Barbara McElgunn
Janice Miller
Louise Ogilvie
Luc Noreau
Diane Richler
Laurie Ringaert
Kathia Roy
Patricia Sisco
Denise Smith
Ginette St Michel
Debra Stewart
Luz Elvira Vallejo
Echeverri
Michael Wolfson
Sharon Wood-Dauphinee
Nancy Young
Peter Wass
Colleen Watters
Chile
Ricardo Araya
Alejandra Faulbaum
Luis Flores
Roxane Moncayo de
Bremont
Pedro Rioseco
Benjamin Vicente
China
Zhang Aimin
Mary Chu Manlai
Leung Kwokfai
Karen Ngai Ling
Wu Xuanguong
Qiu Zhuoying
Zhao Shuying
Li Jing
Tang Xiaoquan
Hong Dong
Li Jianjun
Ding Buotan
Zhuo Dahong
Nan Dengkun
CIF Agradecimentos
21 5
Zhou Xiaonan
Colômbia
Martha Aristabal Gomez
República da Coreia **
Ack-Seop Lee
Costa do Marfim
B. Claver
Croácia
Ana Bobinac-Georgievski
Cuba
Pedro Valdés Sosa
Jesús Saiz Sánchez
Frank Morales Aguilera
Dinamarca
Terkel Andersen
Aksel Bertelsen
Tora Haraldsen Dahl
Marianne Engberg
Annette Flensborg
Ane Fink
Per Fink
Lise From
Jette Haugbolle
Stig Langvad
Lars von der Lieth
Kurt Moller
Claus Vinther Nielsen
Freddy Nielsen
Kamilla Rothe Nissen
Gunnar Schioler
Anne Sloth
Susan Tetler
Selena Forchhammer
Thonnings
Eva Wæhrens
Brita Ohlenschlæger
Egipto
Mohammed El-Banna
El Salvador
Jorge Alberto Alcarón
Patricia Tovar de Canizalez
Emirados Árabes Unidos
**
Sheika Jamila Bint Al-
Qassimi
Equador
Maria del Consuelo Crespo
Walter Torres Izquierdo
Eslovénia
Andreeja Fatur-Videtec
Espanha
Alvaro Bilbao Bilbao
Encarnación Blanco Egido
Rosa Bravo Rodriguez
María José Cabo González
Marta Cano Fernández
Laura Cardenal Villalba
Ana Diez Ruiz
Luis Gaite Pindado
María García José
Ana Gómez Silió
Andres Herran Gómez
Sara Herrera Castanedo
Ismael Lastra Martinez
Marta Uriarte Ituiño
Elena Vázquez Bourgon
Antonio León Aguado Díaz
Carmen Albeza Contreras
María Angeles Aldana
Berberana
Federico Alonso Trujillo
Carmen Alvarez Arbesú
Jesus Artal Simon
Enrique Baca Baldomero
Julio Bobes García
Antonio Bueno Alcántara
Tomás Castillo Arenal
Valentín Corces Pando
María Teresa Crespo
Abelleira
Roberto Cruz Hernández
José Armando De Vierna
Amigo
Manuel Desviat Muñoz
Ana María Díaz Garcia
María José Eizmendi
Apellaniz
Antonio Fernández Moral
Manuel A. Franco Martín
María Mar García Amigo
José Giner-Ubago
Gregorio Gómez-Jarabo
José Manuel Gorospe
Arocena
Juana María Hernández
Rodriguez
Carmen Leal Cercos
Marcelino López Alvarez
Juan José Lopez-Ibor
Ana María López Trenco
Francisco Margallo Polo
Monica Martín Gil
Miguel Martín Zurimendi
Manuel J. Martínez
Cardeña
Juan Carlos Miangolarra
Page
Rosa M. Montoliu Valls
Teresa Orihuela
Villameriel
Sandra Ortega Mera
Gracia Parquiña Fernández
Rafael Peñalver Castellano
Jesusa Pertejo
María Francisca Peydro de
Moya
Juan Rafael Prieto Lucena
Miguel Querejeta González
Miquel Roca Bennasar
Francisco Rodríguez Pulido
Luis Salvador Carulla
María Vicenta Sánchez de
la Cruz
Francisco Torres González
María Triquell Manuel
José Luis Vázquez-
Barquero
Miguel A. Verdugo Alonso
Carlos Villaro Díaz-
Jiménez
Estados Unidos da
América **
Harvey Abrams
Myron J. Adams
Michelle Adler
Sergio A. Aguilor-Gaxiola
Barbara Altman
Alicia Amate
William Anthony
Susan Spear Basset
Frederica Barrows
Mark Battista
Robert Battjes
Barbara Beck
Karin Behe
Cynthia D. Belar
J.G. Benedict
Stanley Berent
Linas Bieliauskas
Karen Blair
F. Bloch
CIF Agradecimentos
21 6
Felicia Hill Briggs
Edward P. Burke
Larry Burt
Shane S. Bush
Glorisa Canino
Jean Campbell
Scott Campbell Brown
John A. Carpenter
Christine H. Carrington
Judi Chamberlin
LeeAnne Carrothers
Mary Chamie
Cecelia B. Collier
William Connors
John Corrigan
Dale Cox
M. Doreen Croser
Eugene D'Angelo
Gerben DeJong
Jeffrey E. Evans
Timothy G. Evans
Debbie J. Farmer
Michael Feil
Manning Feinleib
Risa Fox
Carol Frattali
Bill Frey
E. Fuller
Cheryl Gagne
J. Luis Garcia Segura
David W. Gately
Carol George
Olinda Gonzales
Barbara Gottfried
Bridget Grant
Craig Gray
David Gray
Marjorie Greenberg
Arlene Greenspan
Frederick Guggenheim
Neil Hadder
Harlan Hahn
Robert Haines
Laura Lee Hall
Health Hancock
Nandini Hawley
Gregory W. Heath
Gerry Hendershot
Sarah Hershfeld
Sarah Hertfelder
Alexis Henry
Howard Hoffman
Audrey Holland
Joseph G. Hollowell Jr
Andrew Imparato
John Jacobson
Judith Jaeger
Alan Jette
J. Rock Johnson
Gisele Kamanou-Goune
Charles Kaelber
Cille Kennedy
Donald G. Kewman
Michael Kita (falecido)
Edward Knight
Pataricia Kricos
Susan Langmore
Mitchell LaPlante
Itzak Levav
Renee Levinson
Robert Liberman
Don Lollar
Peter Love
David Lozovsky
Perianne Lurie
Jayne B. Lux
Reid Lyon
Anis Maitra
Bob MacBride
Kim MacDonald-Wilson
Peggy Maher
Ronald Manderscheid
Kofi Marfo
Ana Maria Margueytio
William C. Marrin
John Mather
Maria Christina Mathiason
John McGinley
Theresa McKenna
Christine McKibbin
Christopher J. McLaughlin
Laurie McQueen
Douglas Moul
Peter E. Nathan
Russ Newman
Els R. Nieuwenhuijsen
Joan F. van Nostrand
Jean Novak
Patricia Owens
Alcida Perez de Velasquez
D. Jesse Peters
David B. Peterson
Harold Pincus
Paul Placek
Thomas E. Preston
Maxwell Prince
Jeffrey Pyne
Louis Quatrano
Juan Ramos
Geoffrey M. Reed
Anne Riley
Gilberto Romero
Patricia Roberts-Rose
Mark A. Sandberg
Judy Sangl
Marian Scheinholtz
Karin Schumacher
Katherine D. Seelman
Raymond Seltser
Rune J. Simeonsson
Debra Smith
Gretchen Swanson
Susan Stark
Denise G. Tate
Travis Threats
Cynthia Trask
Robert Trotter II
R. Alexander Vachon
Maureen Valente
Paolo del Vecchio
Lois Verbrugge
Katherine Verdolini
Candace Vickers
Gloriajean Wallace
Robert Walsh
Seth A. Warshausky
Paul Weaver
Patricia Welch
Gale Whiteneck
Tyler Whitney
Brian Williams
Jan Williams
Linda Wornall
J. Scott Yaruss
Ilene Zeitzer
Louise Zingeser
Etiópia
Rene Rakotobe
Filipinas
L. Ladrigo-Ignacio
Patria Medina
Finlândia
Erkki Yrjankeikki
Markku Leskinen
Leena Matikka
Matti Ojala
Heidi Paatero
Seija Talo
Martti Virtanen
França
Charles Aussilloux
CIF Agradecimentos
21 7
Serge Bakchine
Bemard Azema
Jacques Baert
Catherine Barral
Maratine Barres
Jean-Yves Barreyre
Jean-Paul Boissin
François Chapireau
Pascal Charpentier
Alain Colvez
Christian Corbé
Dr. Cyran
Michel Delcey
Annick Deveau
Serge Ebersold
Camille Felder
Claude Finkelstein
Anne-Marie Gallot
Pascale Gilbert
Jacques Houver
Marcel Jaeger
Jacques Jonquères
Jean-Claude Lafon
Maryvonne Lyazid
Joëlle Loste-Berdot
Maryse Marrière
Lucie Matteodo
Marc Maudinet
Jean-Michel Mazeaux
Pierre Minaire (falecido)
Lucien Moatti
Bertrand Morineaux
Pierre Mormiche
Jean-Michel Orgogozo
Claudine Parayre
Gérard Pavillon
André Philip
Nicole Quemada
Jean-François Ravaud
Karen Ritchie
Jean-Marie Robine
Isabelle Romieu
Christian Rossignol
Pascale Roussel
Jacques Roustit
Jésus Sanchez
Marie-José Schmitt
Jean-Luc Simon
Lauri Sivonen
Henri-Jacques Stiker
Annie Triomphe
Catherine Vaslin
Paul Veit
Dominique Velche
Jean-Pierre Vignat
Vivian Waltz
Grécia
Venos Mavreas
Holanda
T. van Achterberg
Jaap van den Berg
A. Bloemhof
Y.M. van der Brug
R.D. de Boer
J.T.P. Bonte
J.W. Brandsma
W.H.E. Buntinx
J.P.M. Diederiks
M J Driesse
Silvia van Duuren-Kristen
C.M.A. Frederiks
J.C. Gerritse
José Geurts
G. Gladines
K.A. Gorter
R.J. de Haan
J. Halbertsma
E.J. van der Haring
F.G. Hellema
C.H. Hens-Versteeg
Y.F. Heerkens
Y. Heijnen
W.M. Hirs
H. W. Hoek
D. van Hoeken
N. Hoeymans
C. van Hof
G.R.M. van Hoof
M. Hopman-Rock
A. Kap
E.J. Karel
Zoltan E. Kenessey
M.C.O. Kersten
M.W. de Kleijn-de
Vrankrijker
M.M.Y. de Klerk
M. Koenen
J.W. Koten
D.W.Kraijer
T. Kraakman
Guuss Lankhorst
W.A.L. van Leeuwen
P. Looijestein
H. Meinardi
W. van Minnen
A.E. Monteny
I. Oen
Wil Ooijendijk
W.J. den Ouden
R.J.M. Perenboom
A. Persoon
J.J. v.d. Plaats
M. Poolmans
F.J. Prinsze
C.D. van Ravensberg
K. Reynders
K. Riet-van Hoof
G. Roodbol
G.L. Schut
B. Stoelinga
M.M.L. Swart
L. Taal
H. Ten Napel
B. Treffers
J. Verhoef
A. Vermeer
J.J.G.M. Verwer
W. Vink
M. Welle Donker
Dirk Wiersma
J.P. Wilken
P.A. van Woudenberg
P.H.M. Wouters
P. Zanstra
Hungria
Lajos Kullmann
Índia
Javed Abidi
Samir Guha-Roy
K.S. Jacob
Sunanda Koli
S. Murthy
D.M. Naidu
Hemraj Pal
K. Sekar
K.S. Shaji
Shobha Srinath
T.N. Srinivasan
R. Thara
Indonésia
Augustina Hendriarti
Irão **
Mohamed M.R. Mourad
Israel
Joseph Yahav
Itália
CIF Agradecimentos
21 8
Emilio Alari
Alberto Albanese
Renzo Andrich
A. Andrigo
Andrea Arrigo
Marco Barbolini
Maurizio Bejor
Giulio Borgnolo
Gabriella Borri
Carlo Caltagirone
Felicia Carletto
Carla Colombo
Francesca Cretti
Maria Cufersin
Marta Dao
Mario D'Amico
Simona Della Bianca
Paolo Di Benedetto
Angela Di Lorenzo
Nadia Di Monte
Vittoria Dieni
Antonio Federico
Francesco Fera
Carlo Francescutti
Francesca Fratello
Franco Galletti
Federica Galli
Rosalia Gasparotto
Maria Teresa Gattesco
Alessandro Giacomazzi
Tullio Giorgini
Elena Giraudo
Lucia Granzini
Elena Grosso
V. Groppo
Vincenzo Guidetti
Paolo Guzzon
Leo Giulio Iona
Vladimir Kosic
Matilde Leonardi
Fulvia Loik
Alessandra Manassero
Domenico Manco
Santina Mancuso
Roberto Marcovich
Andrea Martinuzzi
Anna Rosa Melodia
Cristiana Muzzi
Ugo Nocentini
Emanuela Nogherotto
Roberta Oretti
Lorenzo Panella
Maria Procopio
Leandro Provinciali
Alda Pellegri
Barbara Reggiori
Marina Sala
Giorgio Sandrini
Antonio Schindler
Elena Sinforiani
Stefano Schierano
Roberto Sicurelli
Francesco Talarico
Gabriella Tavoschi
Cristiana Tiddia
Walter Tomazzoli
Corrado Tosetto
Sergio Ujcich
Maria Rosa Valsecchi
Irene Vemero
Mariangela Macan
Jamaica
Monica Bartley
Japão
Tsunehiko Akamatsu
Masataka Arima
Hidenobu Fujisono
Katsunori Fujita
Shinichiro Furuno
Toshiko Futaki
Hajime Hagiwara
Yuichiro Haruna
Hideaki Hyoudou
Takashi Iseda
Atsuko Ito
Shinya Iwasaki
Shizuko Kawabata
Yasu Kiryu
Akira Kodama
Ryousuke Matsui
Ryo Matsutomo
Yasushi Mochizuki
Kazuyo Nakai
Kenji Nakamura
Yoshukuni Nakane
Yukiko Nakanishi
Toshiko Niki
Hidetoshi Nishijima
Shiniti Niwa
Kensaku Ohashi
Mari Oho
Yayoi Okawa
Shuhei Ota
Fumiko Rinko
Junko Sakano
Yoshihiko Sasagawa
Hisao Sato
Yoshiyuki Suzuki
Junko Taguchi
Eiichi Takada
Yuji Takagi
Masako Tateishi
Hikaru Tauchi
Miyako Tazaki
Mutsuo Torai
Satoshi Ueda
Kousuke Yamazaki
Yoshio Yazaki
Haruna Yuichiro
Jordânia
Abdulla S.T. El-Naggar
Ziad Subeih
Kuwait
Adnan Al Eidan
Abdul Aziz Khalaf Karam
Letónia
Maris Baltins
Valda Biedrina
Aldis Dudins
Lolita Cibule
Janis Misins
Jautrite Karashkevica
Mara Ozola
Aivars Vetra
Líbano
Elie Karam
Lituânia
Albinas Bagdonas
Luxemburgo
Charles Pull
M. De Smedt
Pascale Straus
Madagáscar
Caromène Ratomahenina
Raymond
Malásia
Sandiyao Sebestian
Malta
Joe M. Pace
Marrocos
Aziza Bennani
México
CIF Agradecimentos
21 9
Juan Alberto Alcantara
Jorge Caraveo Anduaga
María Eugenia Antunez
Fernando R. Jiménez
Albarran
Maria-Elena Medina Mora
Gloria Martinez Carrera
Carmen E. Lara Munoz
Nicarágua
Elizabeth Aguilar
Angel Bonilla Serrano
Ivette Castillo
Héctor Collado Hernández
Josefa Conrado
Brenda Espinoza
María Fé1ix Gontol
Mirian Gutiérrez
Rosa Gutiérrez
Carlos Guzmán
Luis Jara
Raúl Jarquin
Norman Lanzas
José R. Leiva
Rafaela Marenco
María Alejandra Martínez
Marlon Méndez
Mercedes Mendoza
María José Moreno
Alejandra Narváez
Amilkar Obando
Dulce María Olivas
Rosa E. Orellana
Yelba Rosa Orozco
Mirian Ortiz Alvarado
Amanda Pastrana
Marbely Picado
Susana Rappaciolli
Esterlina Reyes
Franklin Rivera
Leda María Rodríguez
Humberto Román
Yemira Sequeira
Ivonne Tijerino
Ena Liz Torrez
Rene Urbina
Luis Velásquez
Nigéria
Sola Akinbiyi
John Morakinyo
A. O. Odejide
Olayinka Omigbodun
Noruega
Kjetil Bjorlo
Torbjorg Hostad
Kjersti Vik
Nina Vollestad
Margret Grotle Soukup
Sigrid Ostensjo
Paquistão
S. Khan
Malik H. Mubbashar
Khalid Saeed
Perú
María Esther Araujo Bazon
Carlos Bejar Vargas
Carmen Cifuentes
Granados
Roxana Cock Huaman
Lily Pinguz Vergara
Adriana Rebaza Flores
Nelly Roncal Velazco
Fernando Urcia Fernández
Rosa Zavallos Piedra
Reino Unido e Irlanda do
Norte
Simone Aspis
Allan Colver
Edna Conlan
John E. Cooper
A. John Fox
Nick Glozier
Ann Harding
Rachel Hurst
Rachel Jenkins
Howard Meltzer
Jane Millar
Peter Mittler
Martin Prince
Angela Roberts
G. Stewart
Wendy Thorne
Andrew Walker
Brian Williams
Roménia
Radu Vrasti
Rússia
Vladimir N. Blondin
Aleksey A. Galianov
I.Y. Gurovich
Mikhail V. Korobov
Alexander V. Kvashin
Pavel A. Makkaveysky
Sergey A. Matveev
N. Mazaeva
Vladimir K. Ovtcharov
S.V. Polubinskaya
Anna G. Ryabokon
Vladimir Y. Ryasnyansky
Alexander V. Shabrov
Georgy D. Shostka
Sergei Tsirkin
Yuri M. Xomarov
Alexander Y. Zemtchenkov
Suécia
Lars Berg
Eva Bjorck-Akesson
Mats Granlund
Gunnar Grimby
Arvid Linden
Anna Christina Nilson
(falecida)
Anita Nilsson
Louise Nilunger
Lennart Nordenfelt
Adolf Ratzka
Gunnar Sanner
Olle Sjögren
Björn Smedby
Sonja Calais van Stokkom
Gabor Tiroler
Victor Wahlstrom
Suíça
André Assimacopoulos
Christoph Heinz
Judith Hollenweger
Hans Peter Rentsch
Thomas Spuhler
Werner Steiner
John Strome
John-Paul Vader
Peter Wehrli
Rudolf Widmer
Tailândia
Poonpit Amatuakul
Pattariya Jarutat
C. Panpreecha
K. Roongruangmaairat
Pichai Tangsin
Tunísia
Adel Chaker
Hayet Baachaoui
A. Ben Salem
Najeh Daly
CIF Agradecimentos
22 0
Saïda Douki
Ridha Limam
Mhalla Nejia
Jamil Taktak
Turquia
Ahmet Gögüs
Elif Iyriboz
Kultegin Ogel
Berna Ulug
Uruguai
Paulo Alterway
Marta Barera
Margot Barrios
Daniela Bilbao
Gladys Curbelo
Ana M. Frappola
Ana M. Fosatti Pons
Angélica Etcheñique
Rosa Gervasio
Mariela Irigoin
Fernando Lavie
Silvia Núñez
Rossana Pipplol
Silvana Toledo
Vietname
Nguyen Duc Truyen
Zimbabwe **
Jennifer Jelsma
Dorcas Madzivire
Gillian Marks
Jennifer Muderedzi
Useh Ushotanefe
CIF Agradecimentos
22 1
Organizações do sistema das Nações Unidas
International Labour Organization (ILO)
Susan Parker
United Nations Children’s Fund (UNICEF)
Habibi Gulbadan
United Nations Statistical Division
Margarat Mbogoni
Joann Vanek
United Nations Statistical Institute for Asia and the Pacific
Lau Kak En
United Nations Economic and Social Commission for Asia and Pacific
Bijoy Chaudhari
Organização Mundial da Saúde
Escritórios Regionais
África: C. Mandlhate
Américas (Organização Pan-americana de Saúde): Carlos Castillo-Salgado, Roberto
Becker, Margaret Hazlewood, Armando Vázquez
Leste do Mediterrâneo: A. Mohit, Abdel Aziz Saleh, Kassem Sara, M. Haytham Al
Khayat
Europa: B. Serdar Savas, Anatoli Nossikov
Sudeste da Ásia: Than Sein, Myint Htwe
Oeste do Pacífico: R. Nesbit, Y.C. Chong
Escritórios Centrais
Vários departamentos dos escritórios centrais da OMS estiveram envolvidos no processo de
revisão. Os membros individuais das equipes que contribuíram para o processo de revisão estão
referenciados abaixo juntamente com seus departamentos.
M. Argandoña, anteriormente no Departamento de Abuso de Substâncias.
Z. Bankowski, Conselho para Organização Internacional de Ciências Médicas.
J.A. Costa e Silva, anteriormente na Divisão de Saúde Mental e Prevenção do Abuso de
Substâncias.
S. Clark, Departamento de Informações de Saúde, Gestão e Disseminação.
C. Djeddah, Departamento de Lesões e Prevenção da Violência.
CIF Agradecimentos
22 2
A. Goerdt, anteriormente no Departamento de Promoção da Saúde.
M. Goracci, anteriormente do Departamento de Prevenção de Lesões e Reabilitação.
M. A. Jansen, anteriormente do Departamento de Saúde Mental e Dependência de
Substâncias.
A. L’Hours, Programa Global sobre Evidências para Política de Saúde.
A. Lopez, Programa Global sobre Evidências para Política de Saúde.
J. Matsumoto, Departamento de Cooperação Externa e Parcerias.
C. Mathers, Programa Global sobre Evidências para Política de Saúde.
C. Murray, Programa Global sobre Evidências para Política de Saúde.
H. Nabulsi, anteriormente do IMPACT.
E. Pupulin, Departamento de Gestão de Doenças Não Transmissíveis.
C. Romer, Departamento de Lesões e Prevenção da Violência.
R. Sadana, Programa Global sobre Evidências para Política de Saúde.
B. Saraceno, Departamento de Saúde Mental e Dependência de Substâncias.
A. Smith, Departamento de Gestão de Doenças Não Transmissíveis.
J. Salomon, Programa Global sobre Evidências para Política de Saúde.
M. Subramanian, anteriormente do Relatório Mundial de Saúde.
M. Thuriaux, anteriormente da Divisão de Doenças Emergentes e outras Doenças
Transmissíveis.
B. Thylefors, anteriormente do Departamento de Incapacidade/Prevenção de Lesões e
Reabilitação.
M. Weber, Departamento da Saúde e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente.
Silbel Volkan e Grazia Motturi deram apoio administrativo e burocrático.
Can Celik, Pierre Lewalle, Matilde Leonardi, Senda Bennaissa e Luis Prieto realizaram aspectos
específicos do trabalho de revisão.
Somnath Chatterji, Shekhar Saxena, Nenad Kostanjsek e Margie Schneider realizaram a revisão
com base em todas as contribuições recebidas.
T. Bedirhan Üstün geriu e coordenou o processo de revisão e o projecto global da CIF.

Arquivo do blog

Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.