terça-feira, 14 de outubro de 2008

Acidente de trabalho e qualidade de vida : um estudo em tres hospitais

Autor(es): Claudia Maria Monteiro

Resumo: Trata-se de um estudo exploratório de caráter retrospectivo da ocorrência de acidente do trabalho e prospectivo da qualidade de vida, realizado em três hospitais do município de Mogi Guaçu, estado de São Paulo. A primeira amostra da população estudada incluiu o universo (n=286) dos trabalhadores da equipe médica, enfermagem e de apoio, trabalhadores vítimas de acidentes do trabalho com registro do acidente por meio da Comunicação de Acidentes de Trabalho. A segunda amostra da população foi constituída por 69 trabalhadores acidentados nos três hospitais no decorrer do ano de 2005. O objetivo geral foi o de analisar a ocorrência de acidentes em três hospitais no período compreendido entre 2000 e 2005 avaliando sua relação com a qualidade de vida dos trabalhadores vítimas de acidentes do trabalho ocorridos em 2005. O estudo mostrou uma incidência de 25,6% de trabalhadores acidentados nos três hospitais. A idade média dos trabalhadores acidentados foi 33 anos. Em relação ao gênero, observou-se a maior ocorrência dos acidentes do trabalho em trabalhadores do sexo feminino (83,6%). Em relação à remuneração dos acidentados, a maior média salarial foi de R$ 677,80. A categoria ocupacional mais atingida foi o auxiliar de enfermagem com 56%. Notou-se uma evolução gradativa dos acidentes nos anos de 2000 a 2005. O ano de 2005 apresentou o maior número de acidentes do trabalho (25,2 %) ocorridos no mês de agosto (12,5%), e em sua maioria durante os dias úteis da semana (74,4%). A maioria dos acidentes do trabalho ocorreu no turno de trabalho das 7h00 às 19h00 (70,6%) entre zero a quatro horas trabalhadas (40,2%). O quarto/leito do paciente foi o local de maior acidentalidade (17,5%). Em relação ao tipo de acidentes do trabalho, constatou-se que a maior parte dos acidentes notificados foi o de acidente típico (91,6%). Os membros superiores foram os mais atingidos (72,5%), com destaque para os dedos (51,1%) e mão (14,7%). A agulha foi o objeto causador responsável por 57,8 % dos acidentes. Os acidentes do trabalho com perfurocortantes representaram 67,1% do total de acidentes, principalmente durante o procedimento de descarte de material (6,3%). Quanto ao diagnóstico provável da lesão, observa-se que o acidente do trabalho com material perfurocortante foi o de maior impacto. Para avaliar a qualidade de vida dos acidentados do trabalho do ano de 2005, foi utilizado o instrumento validado SF-36. Constatou-se que os fatores que mais comprometeram a qualidade de vida dos trabalhadores foram, particularmente, as dimensões de Vitalidade 69,2 e Dor 67,8 de uma pontuação de zero (pior) a 100 (melhor). Conclui-se que o comprometimento da qualidade de vida pode estar interferindo no trabalho e consequentemente na ocorrência dos acidentes do trabalho.

Fonte: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000444360

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Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.