quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Informalidade impede maior fiscalização de doenças ocupacionais





 


 


O alto número de empregos informais impede que a fiscalização das doenças e acidentes ocupacionais seja mais efetiva no país, observa o procurador Alessandro Santos, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho. Ele pede que os trabalhadores, “ao notarem esses problemas, denunciem ao Ministério Público do Trabalho, porque nós vamos atuar”.A fiscalização no Brasil é intensa, garantiu, mas há ainda os casos de ocultamento ou de subnotificação pelas empresas. “Elas não reconhecem os acidentes, já que isso pode gerar prejuízos, mas devem estar conscientes de que, com menos acidentes, o lucro aumenta”, comentou Santos, em entrevista à Agência Brasil. Em sua avaliação, a maioria das empresas está despreparada, e raramente há treinamentos para os trabalhadores desempenharem melhor determinadas funções.Os investimentos em prevenção de acidentes, segundo o procurador, ainda são pequenos por parte dos empregadores. “Eles vêem isso como um gasto a mais, embora na verdade seja um incentivo aos trabalhadores para faltarem menos e cuidarem mais da saúde”. Santos lembrou que o governo oferece incentivos fiscais a empresas que registram menos casos de doenças e acidentes de trabalho. Os valores das multas, lembrou, são revertidos para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e por isso o empregado não deve se sentir constrangido em denunciar abusos ou falta de condições para o desempenho de suas funções. “Podem acontecer acidentes com outros trabalhadores, e o medo de perder o emprego não deveria impedir as denúncias de não-cumprimento da legislação. É preciso estar consciente da necessidade de eliminar os riscos”, alertou.A ex-bancária Maria Aparecida Lima está há nove anos afastada do trabalho. “A dor no braço direito apareceu em março de 1997. Fiz fisioterapia e melhorei, mas quase um ano depois tive que sair, de licença médica, e estou afastada até hoje”, contou. O quadro se agravou em decorrência do estresse – o que era lesão por esforço repetitivo (LER) progrediu para uma fibromialgia e os membros superiores ficaram totalmente prejudicados.”A dificuldade maior foi provar o afastamento por causa da digitação em excesso”, relatou a trabalhadora. “O INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] exige, no mínimo, 51% de capacidade laborativa prejudicada para que se possa receber o auxílio-acidente. E eu ainda consigo escovar os dentes, mas não posso desempenhar todas as tarefas, estou proibida de dirigir, por falta de força nas mãos.”Ela alertou que o trabalhador deve exigir cadeiras, mesas e equipamentos eletrônicos de acordo com o seu biotipo. E manter a postura correta, além de parar por dez minutos, para fazer alongamento, após cada 50 minutos de trabalho. Segundo o médico Walter Simões Filho, especialista em doenças decorrentes do trabalho, o empregado deve ficar atento aos sintomas da LER, que incluem dores crônicas principalmente nas mãos, punhos e ombros, e “procurar logo o serviço de assistência à saúde – público ou da própria empresa, se for caso”.


 


 


Fonte: http://dtmedororofacial.wordpress.com .Postado em Agosto de 2008 por Ricardo Toscano Cirurgião-dentista especialista em odontologia do trabalho.

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Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.