Autor(es): Andrea Lucia Almeida de Carvalho
Resumo: O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de bruxismo em policiais militares, verificar a associação entre esta parafunção e o estresse emocional e avaliar a associação entre bruxismo e/ou estresse emocional e atividade funcional desenvolvida pelo policial. Foram selecionados 394 policiais do sexo masculino, pertencentes ao Comando de Policiamento do Interior - 2, da cidade de Campinas -SP, com faixa etária entre 20 e 51 anos. Os voluntários foram diagnosticados como bruxistas de acordo com o seguinte critério: presença generalizada ou localizada (dentes anteriores ou posteriores) de facetas alinhadas com desgaste grau 1, 2 ou 3 da escala ordinal de gravidade do desgaste, aliada à presença atual de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: auto-relato de ranger de dentes durante o sono e/ou vigília; sensibilidade dolorosa à palpação nos músculos mastigatórios masseter e/ou temporal; desconforto na musculatura mandibular ao despertar; e/ou hipertrofia do músculo masseter. Para o diagnóstico da presença ou ausência do estresse foi aplicado o Inventário de Sintomas do Stress (ISS). A prevalência de bruxismo encontrada foi de 50,25% (198 dos 394 policiais selecionados). Verificou-se que, no grupo de policiais sem estresse (n=214), a presença de bruxismo foi de 42,1% (n=90), enquanto que no grupo de policiais com estresse (n=180) o percentual de policiais diagnosticados como bruxistas foi de 60,0% (n=108), o que indica aumento de 42,5% na prevalência desse hábito parafuncional. O estresse emocional foi observado em 45,69% do grupo total de 394 policiais. No entanto, observou-se que, dentre os policiais não-bruxistas (n=196), 36,7% (n=72) apresentaram estresse, enquanto no grupo de policiais bruxistas (198) o percentual de policiais que apresentaram estresse elevou-se para 54,5%, configurando aumento de 48,5% na fteqüência de estresse. A análise estatística dos resultados demonstrou, através do teste do Qui-quadrado ao nível de significância de 95%, que houve associação significante (p=O,0004) entre bruxismo e estresse emocional. Quanto à atividade funcional exercida pelo policial (administrativa ou operacional), não foi encontrada associação significante entre estresse emocional e atividade funcional (p=O,382), nem tampouco entre bruxismo e atividade funcional (p=O,611). Desse modo, conclui-se que: a prevalência de bruxismo foi maior em policiais com estresse independentemente da atividade funcional exercida pelo policial e que os resultados da prevalência sugerem que o bruxismo está associado ao estresse emocional
Fonte: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000298321
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Há 6 anos
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